domingo, 10 de julho de 2011

QUANDO JESUS FOI GERADO?

"E, havendo eles cumprido todas as coisas que dele estavam escritas, tirando-o do madeiro, o puseram na sepultura. Mas Deus o ressuscitou dos mortos. E ele, por muitos dias, foi visto pelos que subiram com ele da Galiléia a Jerusalém, e são suas testemunhas para com o povo. E nós vos anunciamos que a promessa que foi feita aos pais, Deus a cumpriu a nós, seus filhos, ressuscitando a Jesus, como também está escrito no salmo segundo: Meu filho és tu; hoje te gerei. E que o ressuscitaria dos mortos, para nunca mais tornar à corrupção, disse-o assim: As santas e fiéis bênçãos de Davi vos darei. Pelo que também em outro salmo diz: Não permitirás que o teu santo veja corrupção.” (At.13:29-35).

Num certo dia eu estava debatendo com uma Testemunha de Jeová, e ela, repetidamente, citava esta expressão do salmo segundo: Tu és meu filho; eu hoje te gerei. Com isso ela – era uma mulher – queria dizer que Jesus foi gerado, e, portanto, ele teve começo, não sendo, por isso, co-eterno com o Pai. Eu rebatia dizendo que o verbo hebraico “barah”, criar do nada, se refere a Lúcifer, e, por extensão aos anjos, mas não a Jesus. Eu não cedi na discussão, pois cria, como creio, que Jesus é eterno, como o Pai e o Espírito Santo.Todavia, naquele tempo eu não sabia o sentido da expressão do salmo segundo. Mas hoje eu creio que o Espírito Santo me revelou o sentido, na Escritura.

No seu discurso em Antioquia da Pisídia, Paulo, claramente, conecta a expressão do salmo segundo “Tu és meu filho; eu hoje te gerei”, com a ressurreição de Jesus. Além do salmo 2:7, Paulo cita também o salmo 16:10, onde o salmista diz “Não permitirás que o teu Santo veja corrupção.” Ele diz que o corpo de Davi apodreceu na sepultura, mas não o de Jesus.

Eu já entrei três vezes no túmulo de Jesus. É uma caverna. Recentemente eu entendi que aquela caverna é um útero. O corpo mortal de Jesus foi plantado naquele útero, assim como o sêmen do homem é plantado no útero da mulher. Depois de nove meses, o filho que foi gerado, nasce, bem diferente da semente que foi plantada. A gestação de Jesus durou três dias. Mas o Jesus que saiu daquele útero, era bem diferente do que foi plantado. O que foi plantado era mortal e corruptível. O que saiu era imortal e com um corpo incorruptível.

O túmulo de Lázaro – João 11 – era também um útero, mas ele ressuscitou ainda mortal, porque não era tempo, pois Jesus tinha de ser “as primícias dos que dormem.” (I Co.15:20). 
“Ouvi-me vós que seguis a justiça, que buscais ao Senhor;olhai para a rocha de onde fostes cortados e para a caverna do poço de onde fostes cavados. Olhai para Abraão , vosso pai, e para Sara que vos deu à luz; porque, sendo ele só, eu o chamei, e o abençoei, e o multipliquei.” (Is.51:1,2).

Durante muitos anos eu não entendi o texto de Romanos 1:3,4 pois eu não tinha esta revelação. Mas agora este texto é de uma clareza meridiana. Veja o que ele diz: 
“acerca de seu Filho, que nasceu da descendência de Davi segundo a carne, declarado Filho de Deus em poder, segundo o Espírito de santificação, pela ressurreição dos mortos, -Jesus Cristo, nosso Senhor”.

Jesus só foi declarado Filho de Deus em poder, depois da ressurreição. Antes disso, assim como nós, era como uma lagarta no casulo, que depois da ressurreição se transforma em borboleta, por meio da metamorfose. O nosso corpo mortal é o corpo da nossa humilhação. Deus é imortal, e só pode ter filhos imortais. E Jesus só se tornou imortal depois da ressurreição, e se cumpriu a palavra: Tu és meu Filho; eu hoje te gerei. Nós também estamos no processo para nos tornarmos imortais, depois da nossa própria ressurreição ou transformação, no arrebatamento da igreja . (I Ts.4:13-18).

A Testemunha de Jeová estava equivocada, pois o Jesus Espírito estava no princípio com o Pai, que também é espírito. Mas o Jesus homem imortal, foi gerado, passando da mortalidade para a imortalidade, assim como o feto e embrião passam do mundo do ventre de sua mãe, para o mundo exterior , no qual vivemos. O Jesus que ressuscitou tinha carne e osso, o que um espírito não tem. “Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; tocai-me e vede, pois um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho.” (Lc.24:39).