sexta-feira, 23 de outubro de 2015

DEUS ESTÁ IRADO


          A geração anti-diluviana foi totalmente destruída por Deus, como castigo pela sua maldade, numa solene demonstração da sua ira. Somente Noé e sua família foram poupados, em virtude de sua retidão. “Eis a história de Noé. Noé era homem justo e íntegro entre os seus contemporâneos; Noé andava com Deus.”  (Gn. 6:9).  
A Bíblia diz que Deus não muda. Portanto, o Deus do tempo de Noé é o mesmo Deus de hoje. O Deus do Antigo Testamento é o mesmo Deus do Novo. Deus é soberano sobre toda a terra, e nada aqui acontece sem o seu consentimento. Em 1906, ano do avivamento da rua Azuza, houve o grande terremoto de São Francisco, na Califórnia, onde morreram mais de 500 pessoas. A imprensa e os pregadores da época tentavam convencer o povo de que Deus nada tinha a ver com isso. Porém, os intercessores, que estavam orando, sentiram que era a mão de Deus, tentando levar o povo ao arrependimento. 
A Primeira Guerra Mundial (1914-1918) e a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), quando milhões de pessoas morreram, foram tidas como juízo de Deus, por causa do pecado de ser humano. A Peste Negra na Europa foi tida como juízo de Deus. O Tsunami na Indonésia  foi tido como juízo de Deus. O Tsunami no Japão foi tido como juízo de Deus. Hoje mesmo está havendo alagação no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina, e um pouco antes, houve alagação no Acre e no Amazonas. Ninguém se engane, tudo isso é juízo de Deus , por causa do pecado. 
A crise econômica que assola hoje o Brasil é um juízo de Deus. Tudo isso é a voz de Deus dizendo “arrependam-se”. O Deus que tem sido apresentado ao povo brasileiro hoje, por boa parte da igreja, é uma caricatura do verdadeiro Deus, revelado na Escritura. Numa tentativa de agradar o povo, muitos pregadores apresentam um Deus bonachão, um paizão, que mima seus filhos, e é como um grande Papai Noel, com um saco de presentes às costas, pronto para distribuir bênçãos em troca de lealdade. 
Porém, terremotos e maremotos estão sob o controle de Deus, e ainda que as placas tectônicas se movam, é ele quem as faz se mover. Como diz Isaías: “Entra nas rochas, e esconde-te no pó, de diante da espantosa presença do Senhor e da glória da sua majestade” (Is. 2:10) e “Então os homens se meterão nas cavernas da rochas,  e nas covas da terra, por causa da presença espantosa do Senhor,  e da glória d a sua majestade, quando ele se levantar para assombrar a terra.” (Is. 2:19). Paulo diz “A ira de Deus se revela do céu contra toda a impiedade e perversão dos homens que detém a verdade pela injustiça” (Rm. 1:19). E João “Por isso, quem crê no filho tem a vida eterna;  o que, todavia, se mantém rebelde contra o filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus.” (JO.3:36).  
É hora de aqueles que conhecem a Deus, buscarem a sua face, em oração, pois Jesus mesmo disse “Vigiai, pois, a todo tempo, orando, para que possais escapar de todas estas coisas que t& ecirc;m de suceder e estar em pé ma presença do filho do homem” (Lc. 21:36).

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

O CRENTE FRUTÍFERO


“Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio” (Gl. 5:22,23).
          Fruto é, literalmente, produto da árvore, reino vegetal. Mas, figuradamente, pode ser também o produto do ser humano e dos animais, reino animal. (Dt. 28:4). Então, ser frutífero significa a árvore dar frutos, os animais dar crias, e os homens ter filhos. Mas há ainda outro sentido, que é dar frutos espirituais, gerar filhos espirituais, assim como o homem gera filhos físicos, biológicos. Em Gênesis Deus deu ordem a Adão e a Noé, para que frutificassem (Gn.1:28; 9:1), e em Êxodo 1:7, está escrito que os filhos de Israel “frutificaram e aumentaram muito”. Então, o crente frutífero é aquele que faz muitos discípulos, gera filhos espirituais? Tem algum sentido, mas não é o único modo de ser frutífero. O que &e acute; preocupante hoje, em boa parte da igreja, é que se estabeleceu como dogma, que o único fruto que o crente pode apresentar, é ter discípulos. É preocupante porque com essa atitude se ignora outros textos da Escritura, que claramente ensinam outra coisa. No caso de Gálatas 5:22,23, o fruto do Espírito, que nasce da intimidade entre o crente e o Espírito Santo, não são pessoas ou discípulos, mas qualidades de uma personalidade que reflete a natureza e o caráter de Deus. Paulo diz que “Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados à comunhão de seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor.” (I Co. 1:9). A prova de que alguém anda realmente em comunhão com Deus, é exibir, no seu caráter e na sua personalidade, a pessoa de Jesus Cristo, Filho de Deus. Amor, alegria, paz, existem numa personalidade realmente curada pelo Espírito de Deus. &E acute; a restauração da personalidade de Adão, antes de ter cometido pecado. Alguém em quem não há essas coisas, pode ter uma multidão de seguidores, pela força, magnetismo, e carisma de sua liderança, mas não é o fruto que Deus requer. São as qualidades de uma pessoa realmente liberta por aquele que disse “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.” (Jo.8:36). Longanimidade, benignidade, bondade, são as características de uma pessoa que reflete em si mesma, a natureza de Deus. E diz respeito à maneira de se relacionar com as outras pessoas. Uma pessoa que não tem essas qualidades, pode ter uma multidão de seguidores, mas não tem o fruto que Deus requer. Fidelidade, mansidão, domínio próprio, são necessários na pessoa que realmente quer dar fruto para Deus. Até porque os nossos discípulos, como os nossos filhos, serão semelhantes a nós. Antes de gerar filhos para Deus, temos de ter o nosso caráter mudado e a nossa alma curada da contaminação do pecado. A palavra “carne” que aparece em Gálatas 5:19-21,  é um eufemismo para esconder a figura de Satanás. Satanás é um espírito, assim como o Espírito Santo também. Só que Satanás é um espírito maligno, imundo, mentiroso e assassino, enquanto que o Espírito de Deus, é santo.  Somos influenciados por um desses espíritos. Paulo diz que o espírito mau “atua nos filhos da desobediência.”(Ef.2:2). As obras da carne são o resultado da atuação do espírito mau em nós, assim como o fruto do Espírito é o resultado da atuação do Espírito Santo em nós . Devemos primeiro ensinar às pessoas a obedecer a Deus, antes de encorajá-las a ter filhos, assim como fazemos com os nossos filhos biológicos. Jesus disse “fazei discípulos de todas as nações, batizando-os...ensinado-os a guardar (obedecer) todas as coisas que vos tenho ordenado.” O crente frutífero é aquele que tem em si o fruto do Espírito, e os filhos espirituais por ele gerados, são uma cópia de si mesmo, isto é, de Jesus.

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

O CRENTE PRECISA ORAR

          Em Apocalipse 5:8, os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, “tendo cada um deles uma harpa e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos” e em 8:3 “foi dado ao anjo muito incenso para oferecê-lo com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro que se acha diante do trono”. Enquanto o crente não tem a obrigação de ler a Bíblia, tem, porém, a obrigação de orar. “Disse-lhes Jesus uma parábola sobre o dever de orar sempre e nunca esmorecer.” (Lc.18:1). Deus é coerente e razoável, pois sabe que para ler a Bíblia em países com regime totalitário, comunista e muçulmano, não é fácil. Ninguém, porém, precisa contrabande ar oração. Oração é tão natural quanto respirar, e não depende de dinheiro ou de qualquer outra estrutura. Então por que a igreja não ora? Porque o diabo sabe da eficácia da oração, e se empenha, com toda a sua astúcia, para que a igreja não ore. No tempo do profeta Daniel, o diabo conseguiu, através de seus discípulos, um decreto proibindo qualquer oração a Deus. E, no caso da oração, ela não é só para os pastores, embora estes devam orar mais, porque têm maior responsabilidade, e recebem ataques mais concentrados de Satanás. A cosmovisão do Antigo Testamento enfatiza a palavra de Deus, como a doutrina mais importante, porém, a do Novo, enfatiza a importância da oração. O Antigo Testamento manda meditar dia e noite na palavra do Senhor, o Novo manda orar dia e noite. So bre a profetisa Ana, Lucas diz “Esta não deixava o templo, mas adorava noite e dia em jejuns e orações.” (Lc. 237). A igreja primitiva estava a dez dias em oração, quando o Espírito Santo foi derramado. “Todos estes perseveravam  unânimes em oração, com as mulheres, com Maria, mãe de Jesus, e com os irmãos dele.” (At. 1:14). Alguns dias depois, o fenômeno se repete: “Tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos; todos ficaram cheios do Espírito Santo e, com intrepidez, anunciavam a palavra de Deus.” (At.4:31). Paulo, escrevendo “aos santos e fiéis irmãos em Cristo”, recomenda “Perseverai na oração, velando nela com ações de graças.” (Cl. 1:2; 4:2). O diabo faz tudo para manter a igreja no ativismo, ocupada com tudo, menos com a oração, pois ele sabe qu e a oração da igreja é fatal para ele. O moderno movimento de crescimento da igreja teve origem na Coréia do Sul, na igreja do Evangelho Pleno, do pr. David Ionggi Cho. Acontece, que ele não se cansava de dizer que o segredo do crescimento de sua igreja estava na Montanha da Oração, que reunia, diariamente, cerca de três mil crentes orando, e no fim de semana, dez mil. O crente comum precisa orar, pois todo crente do Novo Testamento, é um sacerdote espiritual, cujo ministério consiste em orar diariamente a Deus. O crente não pode ficar dependente dos pastores, nem dos intercessores, para orar por eles, pois a oração, além de ser uma obrigação de todo crente, é também uma proteção contra as investidas de Satanás. “Está alguém entre vós sofrendo? Faça oração.” (Tg. 5:13). “A ntes de tudo, pois, exorto que use a prática de súplicas, orações, intercessões, ações de graças, em favor de todos os homens, em favor dos reis e de todos os que se acham investidos de autoridade” (I Tm. 2:1,2). Neste momento precisamos orar, urgentemente  e intensamente, pelo Brasil, nas áreas  da política e da economia. Precisamos orar também por Israel, pois seus inimigos estão atacando com facas, de surpresa, pegando muitos desprevenidos. O que acontece com Israel no plano físico, acontece com a igreja no plano espiritual. Satanás e seus demônios estão armados de facas,no nosso meio, procurando  os desprevenidos.

terça-feira, 20 de outubro de 2015

O CRENTE NÃO PRECISA LER A BÍBLIA


           “Bem-aventurados aqueles que lêem e aqueles que ouvem as palavras da profecia e guardam as coisas nela escritas, pois o tempo está próximo” (Ap.1:3).
             Os chineses inventaram a imprensa, mas o alemão  Johannes Gutenberg aperfeiçoou o processo, e o primeiro livro impresso por ele foi uma Bíblia chamada de Bíblia de Gutenberg entre 1425 e 1456. Foi o primeiro livro impresso na Europa com a ajuda de caracteres móveis, com tiragem de 180 exemplares.
          Então, durante mais de 1400 anos, a igreja viveu sem a Bíblia nas mãos, pois os exemplares eram escassos, antes da invenção da imprensa. O texto de Apocalipse acima fala de escrita, de leitura e de audição. Bem, “as coisas nela escritas” foram escritas por alguém. No caso do Apocalipse, quem escreveu foi o apóstolo João, pois Jesus lhe disse “Escreve, pois, as coisas que viste, e as que são, e as que hão de acontecer depois destas” (Ap.1:19). As Escrituras foram escritas por profetas, que funcionaram como amanuenses do Espírito Santo, tanto no Antigo, quanto no Novo Testamento. Neste caso de João, o apóstolo funciona como secretário de Jesus, assim como Baruque o era do profeta Jeremias. (Jr.45:1). Moisés escreveu a Torá (Lei), e os profetas, o restante do Antigo testamento, e os apóstolos e seus discípulos escreveram o Novo Testamento. Mas todos eles eram profetas. Já que Deus mandou escrever as suas palavras, é porque a Escritura tem importância, e deve chegar ao conhecimento de todos, mas da maneira correta. João diz “Bem-aventurados aqueles que lêem e aqueles que ouvem” (Ap. 1:3). Os que lêem são os pastores, os presbíteros, e os que ouvem são os crentes, o povo. Na 1ª Carta Pastoral a Timóteo, Paulo diz: “Até à minha chegada, aplica-te à leitura, à exortação, ao ensino” (I Tm.4:13). Em I Tm. 3:2, dentre as qualificações do bispo (sinônimo de presbítero e de pastor), está “apto para ensinar.” Em Mateus 21:16, Jesus, respondendo aos principais sacerdotes e aos escribas (os pastores e presbíter os de Israel), disse “Nunca lestes?”. No Sermão do Monte, Jesus disse aos discípulos e ao povo “Ouvistes que foi dito aos antigos” (Mt. 5:21) e “Ouvistes que foi dito: Não adulterarás.” (Mt. 5:27). Em Mt. 21:23,42,  Jesus interroga os principais sacerdotes e os anciãos(presbíteros), dizendo: “Nunca lestes nas Escrituras?” Jesus esperava e espera que os pastores leiam a Bíblia, e que o povo ouvisse da boca dos seus pastores. “Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, e da sua boca devem os homens procurar a instrução, porque ele é o mensageiro do Senhor dos Exércitos.” (Ml.2:7). O texto de Oséias 4:6, tem sido muito citado hoje, mas somente a primeira parte, que diz respeito ao povo, mas a segunda parte diz: “O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento. Porque tu, sacerdote, rejeitaste o conhecimento,também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos.” No tempo de Neemias, Esdras, sacerdote e escriba, leu no livro da lei, para o povo: “e todo o povo tinha os ouvidos atentos ao livro da lei. Esdras, o escriba, estava num púlpito de madeira, que fizera para aquele fim...Leram no livro, na Lei de Deus, claramente, dando explicações, de maneira que entendessem o que se lia.” (Nee.8:1-8). Em Apocalipse, Jesus diz a João “Ao anjo da igreja em Éfeso (o pastor) escreve” (Ap.2:1). Jesus comunicava suas ordens ao pastor da igreja, que deveria lê-las, e comunicar, do púlpito, ao povo. O povo deveria ouvir da boca do pastor, por isso que João termina cada carta, dizendo: “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz à s igrejas” (Ap. 2:7). O Espírito fala, por meio da Escritura, ao pastor, que comunica verbalmente do púlpito, ao povo. Mas hoje, vemos muitos pastores que não são “aptos para ensinar”, e as ovelhas, por não ouvirem a palavra, perecem de fome. Mesmo com a bíblia na mão, elas não a entendem, porque o entendimento da bíblia é um dom do Espírito Santo. Como pastor a mais de trinta anos, tenho ouvido muitos crentes dizendo “eu leio a bíblia, mas não entendo nada”. E eu digo que está certo, pois o método de Deus não é este. “Compreendes o que estás lendo? Ele respondeu: Como poderei entender, se alguém não me explicar?” (At. 8:30,31).

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

A CHAVE ESPIRITUAL


          Depois de concluída a sua primeira viagem missionária, Paulo e Barnabé voltaram para Antioquia da Síria, deram o relatório do que Deus fizera “e como abrira aos gentios a porta a porta da fé.” (At.14:27). A fé tem porta? Claro que sim, mas é uma porta espiritual. É como a porta do reino de Deus. A linguagem da Bíblia é hermética para muitos, porque não entendem que toda a realidade do mundo físico, tem um correspondente no mundo espiritual. No mundo espiritual, que é invisível aos olhos físicos, tem porta, bem como chave para abrir essas portas. É elementar que para se abrir uma porta tem de se ter uma chave. Deus abrir a a porta da fé aos gentios, por meio de Paulo e Barnabé, porque tinha dado a eles a chave espiritual para abri-la. Em At. 26:18, Jesus envia Paulo aos gentios “para lhes abrires os olhos”, e para isso, ele tinha de ter a chave. Embora alguém tenha dito que a chave é Jesus, esse conceito fica muito indefinido, porque você fica sem saber como utilizar essa chave. Na verdade, a chave espiritual, para abrir portas espirituais,é a oração. Em At. 16:25, Paulo e Silas “oravam e cantavam louvores a Deus” e o resultado foi que “abriram-se todas as portas, e soltaram-se as cadeias de todos” (v.26). A chave foi usada e portas se abriram. Aqui há um perigo que deve ser observado. O texto fala de “oração e louvor”, não fala de “louvor e oração”. Na Bíblia quem é citado primeiro é mais importante. Há uma t endência hoje de se superestimar a importância do louvor, até mesmo em detrimento da oração. É por causa de II Cr. 20:22, onde o rei Josafá e seu povo são orientados por Deus a somente louvar, e o inimigo foi derrotado. Mas não podemos fazer disso uma regra, quando, na verdade, foi uma exceção. É claro que é mais fácil cantar do que orar. A igreja da pós-modernidade, a igreja hodierna, a igreja emergente, colocou o louvor no lugar da oração. O louvor pode ser falsificado, pois os festivais de música do mundo, como Rock In Rio e outros, reúne multidões de pessoas, principalmente de jovens e adolescentes. Mas eu nunca vi o mundo se reunir para fazer um festival de oração. Mesmo na igreja, se você quiser reunir uma multidão de jovens, basta fazer um festival de música, só acrescentando o adjetivo &ldqu o;gospel”. O diabo é muito astuto e pode facilmente enganar a igreja, se não atentarmos para os detalhes da Palavra de Deus. A chave espiritual para abrir portas espirituais, é a oração. Paulo sabia tanto disso que não cansava de ensinar essa doutrina.”com toda a oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos e também por mim; para que me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra, para, com intrepidez, fazer conhecido o mistério do Ecangelho”(Ef.6:18,19). O Evangelho é um mistério, algo oculto, mas pode ser revelado por meio da oração. Essa chave espiritual está bem clara no caso do profeta Eliseu: “Orou Eliseu e disse: Senhor peço-te que lhe abras os olhos para que veja. O Senhor abriu os olhos do moço, e ele viu que o monte es tava cheio de cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu...orou Eliseu ao Senhor e disse: Fere, peço-te, esta gente de cegueira. Feriu-a de cegueira, conforme a palavra de Eliseu...disse Eliseu: Ó Senhor, abre os olhos destes homens para que vejam. Abriu-lhes o Senhor os olhos, e viram” (II Rs.6:17,20).

domingo, 18 de outubro de 2015

O PLANO DE DEUS PARA A SALVAÇÃO


          Depois do pecado de Adão, a humanidade foi separada de Deus, ficando condenada ao inferno, o lago de fogo. (Ap. 20:15).  Mas Deus, cuja essência é o amor (I Jo. 4:8,16), tinha um plano para reparar esse percalço. O Plano tem duas etapas principais, e é realizado a longo prazo. A primeira etapa está no Antigo Testamento, e consistiu em criar uma nação especial, Israel, a partir de um homem, Abraão. “E me farão um santuário, para que eu possa habitar no meio deles.” (Ex.25:8). O Tabernáculo do deserto era um santu&aac ute;rio móvel, em virtude do caráter nômade do povo, na ocasião. “Então, a nuvem cobriu a tenda da congregação,  e a glória do Senhor encheu o tabernáculo.” (Ex.40:34). Depois de fixados na terra de Canaã, o templo, o santuário fixo, foi construído, e o mesmo fenômeno se verificou. “Tendo Salomão acabado de orar, desceu fogo do céu e consumiu o holocausto e os sacrifícios; e a glória do Senhor encheu a casa.” (II Cr. 7:1). Deus estabeleceu uma base fixa na terra, na nação de Israel, na cidade de Jerusalém, a fim de que, quem quisesse se encontrar com ele, não precisasse subir ao céu. Ele estava ao alcance de todos os habitantes da terra, embora para muitos fosse difícil chegar até lá, não era impossível. “A rainha do Sul (Sabá era a capital da Etiópia, África) se levantará, no juízo, com esta geração e a condenará; porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão. E eis aqui está quem é maior do que Salomão.” (Mt. 12:42). “Todos os reis do mundo procuravam ir ter com ele (Salomão) para ouvir a sabedoria que Deus lhe pusera no coração.” (II Cr. 9:23). Este era o plano de Deus, no Antigo Testamento. Atrair todas as nações a Jerusalém,  a fim de receberem o conhecimento de Deus, e leva-lo para a sua própria terra. A falha de Israel não foi ter deixado de levar o conheci mento de Deus para as nações, embora isso tenha acontecido no caso de Jonas, e de missionários involuntários como José, Daniel e Mardoqueu. Isso foi uma prévia da doutrina do Novo Testamento. A falha de Israel foi ter deixado escapar a presença de Deus do meio deles, através da desobediência, especialmente da idolatria. “Sendo já velho (Salomão), suas mulheres lhe perverteram o coração para seguir outros deuses” (I Rs. 11:4).
          A segunda etapa do plano de Deus para a salvação está no Novo testamento, e é parecida com a etapa do Antigo Testamento. “Destruí este santuário, e em três dias o reconstruirei...Ele, porém, se referia ao santuário do seus corpo” (Jo. 2:19, 21). “Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi guiado pelo mesmo Espírito, no deserto”  (Lc.4:1). “Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem&rdquo ; (At.2:4). “Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” (I Co. 3:16). “Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos?” (I Co. 6:19). Agora, a presença de Deus não está no tabernáculo móvel do deserto, nem no templo fixo de Jerusalém, mas na pessoa, no corpo do próprio crente. Agora, além da responsabilidade de manter a presença de Deus em si, por meio da obediência, o crente tem também a responsabilidade de levá-la a todas as nações.” Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura” (Mc.16:15) e “Fazei discípulos de todas as nações” (Mt.28:19). A idéia de Deus é facilitar o acesso de todas as pessoas do mundo ao conhecimento de si mesmo. Não precisa ir a Jerusalém nem a Meca, mas, na sua própria cidade ou vila, cada pessoa pode, se desejar, ter conhecimento de Deus. “Aconteceu, depois disto, que andava Jesus de cidade em cidade e de aldeia em aldeia, pregando e anunciando o evangelho do reino de Deus” (Lc. 8:1). A igreja pode ter como meta, estabelecer em cada cidade ou vila, uma congregação em que haja  a presença de Deus, como ela estava no tabernáculo, no templo, e também, em Jesus. “Por esta causa, te deixei em Creta, para pusesses em ordem as coisas restantes, bem como, em cada cidade constituísses presbíteros, conforme te prescrevi” (Tt. 1:5). Agora, encher as cidades de igrejas sem a presen&ccedi l;a de Deus, não cumpre o seu propósito. A responsabilidade da igreja é garantir a presença de Deus, ao alcance razoável das pessoas, a fim de que, os que quiserem, possam ter acesso a ela. Acho até que não se deve facilitar demais, como está sendo feito por alguns. Jesus disse para não dar pérolas aos porcos. Não é preciso colocar o estádio de futebol dentro das casas das pessoas, para elas lotarem o Maracanã  e o Pacaembu. Quando o ser humano quer, ele faz algum esforço. Quando facilitamos demais, é porque a presença de Deus já foi embora.

sábado, 17 de outubro de 2015

PASTORES, NÃO LÍDERES


                Atualmente há uma verdadeira obsessão por líderes, tanto no mundo quanto na igreja.  A igreja deveria servir de padrão para o mundo e não o contrário. Mas o que está acontecendo, é que a igreja que não confia na palavra de Deus, está indo buscar os seus referenciais no mundo. A obsessão por líderes é uma delas. No mundo há muitos conceitos de liderança. Um conceito que eu lembro, emitido por Simon Bolívar é: “Liderar é a arte de manipular pessoas”.  Outros estudiosos do assunto, dizem que a liderança de alguém é medida pelo número de seus seguidores. Nesse caso,  Hitler foi mais líder do que Jesus, pois “À vista disso, muitos dos seus discípulos o abandonaram e já não andavam com ele” (Jo.6:66), e do que Paulo, pois “todos me abandonaram” (II Tm. 4:16). Sabemos que quase toda a Alemanha seguiu Hitler, na loucura do Nazismo. Mas, se liderar é a arte de manipular pessoas, Hitler estava na dele, pois nem Jesus, nem Paulo eram manipuladores.  Quando, porém, olhamos para a Bíblia, o que a igreja precisa é de pastores, pois, embora haja muitos conceitos de liderança, há um só de pastor. Pastor alimenta, defende, guia e cura o rebanho, além de buscar a ovelha perdida. (Salmo 23). É interessante que homens como Moisés e Davi, antes de pastorearem o povo, foram treinados por Deus, no pastoreio de ovelhas. Será que Deus queria lhes ensinar algo? “Apascentava Moisés o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote de Midiã” (Ex.3:1). “Davi, porém, ia a Saul e voltava, para apascentar as ovelhas de seu pai, em Belém” (I Sm. 17:15). “Tendo José dezessete anos, apascentava os rebanhos com seus irmãos” (Gn.37:2). É interessante que at é para ser um governante secular, José foi treinado no pastoreio de ovelhas.  Quando o profeta Miquéias profetisa a respeito do lugar do nascimento do Messias, em Belém, ele escreve “de ti me sairá o que há de reinar em Israel” (Mq. 5:2). Mateus muda essa expressão para “de ti sairá o guia que há de apascentar o meu povo, Israel” (Mt. 2:6). Mateus muda a figura do Messias, de um rei, para a figura de um pastor. Quando Moisés soube que iria morrer, disse para Deus “ponha um homem sobre esta congregação...para que a congregação do Senhor não seja como ovelhas que não têm pastor” (Nm.27:16,17). Muito tempo depois, o profeta Micaías teve uma visão sobre o futuro de Is rael: “Vi todo o Israel disperso pelos montes, como ovelhas que não têm pastor” (I Rs. 22:17). No seu tempo, Jesus viu o cumprimento da visão de Micaías. “Vendo ele as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam aflitas e exaustas como ovelhas que não têm pastor” (Mt. 9:36). Israel tinha muitos líderes no tempo de Jesus, mas não tinha pastores. Estará acontecendo o mesmo hoje? Como Jesus era pastor, cumpriu o seu papel, apascentando as ovelhas: “curou os seus enfermos” (Mt.14:14), e “E passou a ensinar-lhes muitas coisas” (Mc. 6:34). As ovelhas devem ter saúde e ter conhecimento de Deus. (Os.4:6). Curar as ovelhas e ensiná-las é a função do pastor. Em Mateus 9:38, Jesus diz: “Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara.” O contexto revela que esses trabalhadores, são pastores. Por isso, ele diz a Pedro, que a prova de que este o amava era “Apascenta os meus cordeiros...Pastoreia as minhas ovelhas...Apascenta as minhas ovelhas.” (Jo.21:15-17).

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

AINDA RIQUEZA DE PASTOR


          Com respeito ao Ensaio anterior: “levitas (no plural) só aparece uma vez no N. T., em Jo.1:19.  Continuando. Em I Co. 9:13, Paulo argumenta: “Não sabeis vós que os que prestam serviços sagrados (os levitas) do próprio templo se alimentam? E quem serve ao altar ( os sacerdotes)  do altar tira o seu sustento?” Paulo usa o exemplo do ministério do Antigo Testamento,  para justificar o seu direito de também ser sustentado pela igreja. “Assim ordenou também o Senhor (Jesus) aos que pregam o Evangelho que vivam do Evangelho” (I Co.9:14).  No contexto, ele fala de “alimento”, “sustento” (v.13). Ele diz que ele e Barnabé têm direito de comer e beber (v.4),  e de ser acompanhados de uma esposa, com faziam os demais apóstolos,  e os irmãos do Senhor (Jesus), e Cefas (Pedro) (v. 5). Tudo isso por conta da igreja. Paulo usa a expressão “serviços sagrados”, se referindo ao serviço prestado pelos levitas e sacerdotes no Antigo Testamento,  e pelo seu equivalente na igreja, no Novo Testamento. Ou seja, pessoas chamadas por Deus, para se dedicar exclusivamente ao cuidado da igreja.  Em outro texto Paulo reforça este ensino, dizendo: “Nenhum soldado em serviço se embaraça com negócios desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra” (II Tm.2:4). Num outro texto,  Jesus diz “buscai, pois, em primeiro lugar, o reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas (comida, bebida e roupa) vos serão acrescentadas” (Mt.6:33).  E ainda Paulo: “Os presbíteros (pastores) que presidem bem, sejam considerados dignos de honorários em dobro,  especialmente os que se afadigam na palavra e no ensino” (I Tm. 5:17). “Até a minha chegada, aplica-te à leitura, à exortação, ao ensino” (I Tm. 4:13). Deus é razoável, e sabe que os pastores necessitam de sus tento digno,  para si e para a sua família. No entanto, o ser humano é pecador, e, mesmo sendo remido, e sendo transformado numa nova criação (II Co.5:17), a história da igreja revela que tem havido “Abuso Espiritual” (título de um livro). Há (ou houve) igrejas que abusaram do seu pastor,  sustentando-o de maneira precária, mantendo-o numa pobreza vergonhosa.  Mas também há o contrário, pastores que abusam de seus rebanhos, explorando-os sem dó nem piedade,  buscando um padrão de vida questionável, nivelando-se com empresários e outros profissionais liberais. O profeta Zacarias fala de um tempo desse: “Assim diz o Senhor, meu Deus: Apascenta as ovelhas destinadas para a matança. Aqueles que as compram matam-nas e não são punidos; os que as vendem dizem: Louvado seja o Senhor, porque me tornei rico; e os seus pastores não se compadecem delas” (Zc. 11:4,5). O profeta Ezequiel também faz uma severa advert&ec irc;ncia, que, bem faríamos em dar ouvidos: “Assim diz o Senhor Deus: Eis que eu estou contra os pastores e deles demandarei as minhas ovelhas; porei termo no seu pastoreio, e não se apascentarão mais a si mesmos; livrarei as minhas ovelhas da sua boca, para que já não lhes sirvam de pasto” (Ez. 34:10). Paulo diz: “Até a presente hora, sofremos fome, e sede, e nudez” (I Co. 4:11). As três coisas que Jesus disse que Deus supriria. (Mt.6:33). Mas já sei a explicação. Paulo continua: “nos afadigamos, trabalhando com as nossas próprias mãos” (I Co.4:12). Paulo tinha uma tendência para o orgulho (II Co. 12:7). Não quis ser sustentado pela igreja,  para não ser criticado. Eu também já fiz isso. Jesus, porém, nunca trabalhou de carpinteiro, depois que começou seu ministério, mas era sustentado por mulheres. (Lc. 8:1-3). Jesus era humilde, e bem faremos em imitá-lo. Depois Paulo aprendeu: “E, posto que eram do mesmo ofício, passou a morar com eles (Áqüila e Priscila) e ali trabalhava,  pois a profissão deles era fazer tendas...Quando silas e Timóteo desceram da Macedônia, Paulo se entregou totalmente à palavra, testemunhando aos judeus que o Cristo é Jesus.” (At. 18:1-5).

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

A IGREJA NÃO PODE CALAR


“Porque, se de todo te calares agora, de outra parte se levantará para os judeus socorro e livramento...” (Et. 4:14).
          A situação do tempo de Ester é semelhante a que a igreja brasileira vive hoje, em relação ao Brasil. Israel estava sob um decreto de morte e extermínio. Todos os judeus deveriam ser mortos, por força de um decreto real. Só quem poderia mudar a situação era o rei Assuero. E só quem poderia interceder junto ao rei era Ester, que era sua esposa. 

      No caso do Brasil, que vive uma de suas maiores crises econômicas e políticas de sua história, só quem pode mudar a situação, é aquele que disse “Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra” (Mt.28:19). A Ester do Brasil é a igreja, que é a noiva, a esposa do Cordeiro, que é Jesus. (Ap.21:9b). Se Ester se calasse, a nação, provavelmente, pereceria, a não ser que Deus levantasse socorro de outra parte, mas a sua omissão de lhe traria castigo. Mas Ester não se calou. Ela foi falar com aquele que poderia resolver a situação, em favor de seu povo. Mas, antes de falar com o rei, Ester solicitou um jejum de todos os judeus de sua cidade, e ela também jejuou. Foi um dos jejuns mais radicais que a Bíblia registra. Três dias e três noites, sem comer e sem beber, nem de dia nem de noite. Isso não é fácil, mas para doença grave, o remédio é amargo. 

A igreja brasileira pode ajudar a nação, se colocando, como Ester fez, diante de Deus, em intercessão, orando. Não é hora do ativismo religioso, mas de a igreja se colocar diante de Deus, em intercessão qualificada por meio da contrição e da humilhação, como fez Ester. A igreja não pode calar, mas não é hora de falar com os homens, mas com Deus. O profeta Isaías dá essa mesma orientação, dizendo: 
“ Sobre os teus muros, ó Jerusalém, pus guardas, que todo o dia e toda a noite jamais se calarão; vós, os que fareis lembrado o Senhor, não descanseis” (Is.62:6). 
O profeta Ezequiel diz o mesmo: 
“Busquei entre eles um homem que tapasse o muro e se colocasse na brecha perante mim, a favor desta terra, para que eu não a destruísse; mas a ninguém achei.” (Ez. 22:30). 

A igreja não vai ajudar o Brasil, falando com os homens, pois é a hora de falar com Deus, o único que pode resolver a situação. O diabo não está nem aí para o ativismo da igreja, seja de que tipo for. O ativismo que tem eficácia hoje , é a atividade da oração. A igreja não pode calar nem deixar de falar com Deus, pois esta é a sua missão. Mardoqueu disse a Ester que ela e casa de seu pai pereceriam, se ela se calasse. Se a igreja se calar hoje, pode lhe acontecer algum mal. Jesus disse “Vigiai, pois, a todo tempo, orando”(Lc. 21:36). Pedro disse “portanto sede sóbrios e vigiai em oração” (I Pd. 4:7). 

Na vida da igreja tem hora de agir e tem hora orar, ou seja, pedir pra Deus agir. O mundo sem Deus só age ou pede a quem não pode salvar. Ester venceu pela intercessão, não se calando, mas falando com o rei Assuero. A igreja pode também vencer pela oração, não se calando diante de Deus, embora possa se calar diante dos homens.    

PASTOR NÃO PODE SER RICO


          No Antigo Testamento, a nação de Israel era dividida em três grupos, que podem ser comparados com a constituição da igreja. Não estou sendo dogmático, mas apenas convidando você a refletir.  1. O povo (igual em Israel e na igreja); 2. Os levitas (equivalente aos diáconos na igreja), At. 6:1-6; Fl. 1:1; 3. Os sacerdotes (equivalente aos pastores, presbíteros e bispos, no N. T.).  O povo cuidava da sua vida particular, contribuindo com o ministério por meio de dízimos e ofertas, adorando e louvando a Deus nos sábados ( semanal), nas luas novas (mensais), e nas Assembléias (anuais), (Cl. 2:16).  Os levitas se dedicavam em tempo integral aos serviços sagrados no Átrio exterior;  os sacerdotes cuidavam do Lugar Santo, depois da primeira cortina; e o sumo sacerdote, anualmente, entrava no Santo dos Santos, à presença de Deus, (Hb.9:6, 7). Sabemos que o véu do santuário se rasgou do alto a baixo, quando Jesus morreu, deixando o caminho livre para a presença de Deus, para qualquer crente em Jesus. E que as realidades do Antigo Testamento são sombras e figuras, que se cumpririam no Novo. (Hb. 10:1; Cl. 2:17). Mas ainda podemos fazer comparações. As onze tribos ganharam uma porção de terra para cultivar, na terra de Canaã, que era a sua herança. Porém, a tribo de Levi, não recebeu herança, nem uma porção de terra, até porque não teriam tempo para cultivá-la, já que estariam ocupados no serviço sagrado do Tabernáculo. “mas aos levitas na tinha dado herança entre seus irmãos...aos levitas não deram herança na terra, senão cidades em que habitassem e os seus arredores para  seu gado e para a sua possessão” (Js. 14:3,4). Os levitas eram toda a tribo de Levi, e os sacerdotes também eram da tribo de Levi, mas, especificamente,  da família de Arão. Os levitas eram sustentados pelos dízimos das onze tribos. “Aos filhos de Levi dei todos os dízimos em Israel por herança, pelo serviço que prestam,   serviço da tenda da congregação” (Nm. 18:21). Enquanto os levitas se ocupavam do serviço geral do Tabernáculo,  os sacerdotes se ocupavam do altar (Nm. 18:7), e do ensino da Escritura, a lei de Deus. “Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, e da sua boca devem os homens procurar a instrução, porque ele é mensageiro do Senhor dos Exércitos” (Ml. 2:7). Os sacerdotes eram sustentados pelas ofertas dos filhos de Israel, e pelas ofertas dos levitas, o dízimo dos dízimos, (Nm.18:26-28). “Disse também o Senhor a Arão: Na sua terra, herança nenhuma terás e, no meio deles,  nenhuma porção terás. Eu sou a tua porção e a tua herança no meio dos filhos de Israel” (Nm.18:20).  O perigo para nós pastores,  é que podemos querer ter uma herança, como as demais tribos, porque o Senhor já não nos é suficiente.  A palavra “levita” só aparece no N. T. em Lc. 10:32 e At. 4:36. Neste último texto, Barnabé, que era levita, fez o óbvio, vendeu o seu campo (não podia ter herança), e deu aos apóstolos (sacerdotes, comparar Ml.2:7 e At. 6:4). Na apostasia de Israel aconteceu algo pareci do. “Também soube que os quinhões (sustento) do levitas não se lhes davam,  de maneira que os levitas e os cantores, que faziam o serviço, tinham fugido cada um para o seu campo” (Nee. 13:10).  Israel não estava entregando os dízimos, não havia sustento para o ministério,  e os ministros estavam trabalhando para se sustentar. A obra de Deus estava abandonada. A igreja não pode fazer o mesmo.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

O FIM DO MUNDO


          “Dize-nos quando sucederão estas coisas  e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo”  e  “que sinal haverá da tua vinda e da consumação do século” (Mt.24:3).

             É uma questão de tradução. Não é mundo, pois esta palavra no grego é “kosmo”, e a que aparece aqui,  é “aiônos”, que significa siclo, era, época. Não é o fim do mundo que está em questão, mas o fim de uma era, para que entre uma nova era, ou new age, como está em inglês. Não é que passou a era de peixe e tenha entrado a era de aquário, como Satanás tem alardeado, através do movimento da Nova Era. 

Mas o que Jesus disse é o que vale,  como está na Escritura. Os discípulos perguntaram três coisas: 
1. Quando sucederão estas coisas? 2. Que sinal haverá da tua vinda? 3. Que sinal haverá do fim desta era? 
A primeira pergunta se refere às palavras “n&atild e;o ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derribada”(Mt.24:2),  e já sabemos que se cumpriram no ano 70 d.C., quando os romanos destruíram o templo, e conquistaram a cidade de Jerusalém. A segunda e terceira perguntas estão conectadas, pois Jesus voltará para pôr fim a esta era, a era da graça, a era da igreja, quando Satanás e a igreja lutam pela conquista das almas humanas. “O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar; resisti-lhe firmes na fé, certos de que sofrimentos iguais aos vossos estão se cumprindo na vossa irmandade espalhada pelo mundo.”(I Pd. 5:8,9). “Ora, tendo Cristo sofrido na carne, armai-vos também vós do mesmo pensamento; pois aquele que sofreu na carne deixou o pecado” (I Pd.4:1).  

Em Mateus 24, Jesus passa a revelar os sinais que denunciariam a aproximação do fim desta era.  
1. O primeiro sinal é “muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Messias, e enganarão a muitos” (Líderes messiânicos) (v.5). 
2. ”Guerras e rumores de guerras...mas ainda não é o fim” (v.6) “se levantará nação contra nação, reino contra reino”. Esse tempo parece com outro,  em que o povo de Deus não buscava a Deus. “Naqueles tempos, não havia paz nem para os que saíam nem para os que entravam, mas muitas perturbações sobre todos os habitantes daquelas terras” (II Cr. 15:5). A igreja hoje precisa orar mais,  e diminuir o ativismo, fruto de uma mente humanista.  
3. “haverá fomes” (v.7), que é um sinal do juízo e do aborrecimento de Deus, e que o mundo moderno chama de crise econômica, recessão, e pobrez a. Já está acontecendo no Brasil e no mundo. 
4. “terremotos em vários lugares” (v.7) é um sinal de que está havendo um conflito no mundo invisível, entre anjos e demônios. “E eis que houve um grande terremoto; porque um anjo do Senhor desceu do céu, chegou-se, removeu a pedra e assentou-se sobre ela” (Mt.28:2). As placas tectônicas podem se mover, mas não invalida o registro sagrado. “porém tudo isto é o princípio das dores” (v.28). 
5. “Então, sereis atribulados, e vos matarão. Sereis odiados de todas as nações, por causa do meu nome” (v.9), parece indicar a grande tribulação, e que terá um alcance global. Sabemos que o Isis, Estado Islâmico, está matando cristãos no Oriente Médio, mas essa perseguição deverá chegar em todo o mundo. Tiago diz “Está alguém entre vós sofrendo? Ore.” (Tg.5:13).  
6. Apostasia (v.12), o aumento da iniqüidade e o esfriamento do amor, é a apostasia. “Aquele, porém, que perseverar até o fim , esse será salvo” (v.13).
7. Evangelismo Mundial (v.14). Com os modernos meios de comunicação, como rádio, televisão, internet, redes sociais, muitas nações podem ouvir ou ler o Evangelho. “Então, virá o fim” (v.14).  A vinda de Jesus e o fim desta era   estão próximas. Os sinais estão aí.

terça-feira, 13 de outubro de 2015

COMO ENTRAR NO REINO DE DEUS


          Inicialmente, quero esclarecer que a expressão “reino dos céus” (Mt. 13:31) e “reino de Deus” (Mc. 4:30) são sinônimos, pois Mateus, escrevendo aos judeus, evita ofendê-los,  usando “céus” no lugar de “Deus”.  Em Mt. 5:20, Jesus diz “Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus” e em João 3:5 “quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus”.  

Nascer da água é o batismo nas águas (Mc.16:16), e nascer do Espírito é o batismo com o Espírito Santo (At. 19:1-6). Então, quem não for batizado nas águas e no Espírito Santo, não pode entrar no reino de De us. Essa é a justiça de Deus, que ele escolheu para justificar o homem.(Mt. 3:15). 

O problema dos escribas e fariseus é que eles rejeitaram a maneira de Deus justificar, e tentavam fazê-lo pelo cumprimento da lei, como tinham aprendido. “Separados estais de Cristo, vós os que vos justificais pela lei; da graça decaístes.”(Gl.5:4). “Todo o povo que ouviu João Batista, até os publicanos reconheceram a justiça de Deus, tendo sido batizados com o batismo de João; mas os fariseus e os intérpretes da Lei rejeitaram, quanto a si mesmos, o desígnio de Deus, não tendo sido batizados por ele.” (Lc. 7:29,30). 

Não importa as maneiras que o homem e as religiões inventaram para que alguém entre no reino de Deus, pois o que prevalece é o que Jesus ensinou. O batismo nas águas é a demonstração de arrependimento da parte do homem, por isso que algumas vezes, senão sempre, envolve confissão de pecados. “eram por ele batizados no rio Jordão, confessando os seus pecados”(Mt.3:6) e “Muitos dos que creram vieram confessando e denunciando publicamente as suas próprias obras” (At.19:18). 

O batismo no Espírito Santo é a resposta de Deus, ao ver o sincero arrependimento no coração do pecador, e a obediência demonstrada no batismo. Até agora a Lei de Deus não entra,  pois esta é a doutrina da graça. Agora, já dentro do reino de Deus, a Lei passa a ter o seu papel na vida do crente. Jesus disse que não veio revogar a Lei, mas veio cumprir. Só Jesus podia cumprir a Lei,  pois só ele  era um homem sem pecado. Creio eu, que quando Jesus disse “Está consumado!” (Jo.19:30), Ele cumpriu as exigências da lei, para que o homem fosse justificado. 
“Aquele, pois, que violar um destes mandamentos, posto que dos menores, e assim ensinar aos homens, será considerado mínimo no reino dos céus; aquele, porém, que os observar e ensinar, esse será considerado grande  no reino dos céus.” (Mt.5:19).  
Há mandamentos maiores e menores, menos importantes e mais importantes. Veja que quem violar um mandamento, não perderá a salvação, mas ocupará lugar menor no reino de Deus.  Fala também de ensinar. Mas o que obedecer e ensinar os mandamentos, não ganhará a salvação, mas ocupará lugar mais importante no reino de Deus.  Apesar que a Lei e os Profetas significarem o Antigo Testamento, os Dez Mandamentos parece estão aqui em questão.  

Então,  primeiro entramos no reino, obedecendo ao que Deus estabeleceu, e só depois vamos nos preocupar em obedecer os mandamentos, não para ser salvos, mas porque já estamos salvos. A posição que você vai ocupar no reino de Deus, depende do quanto você obedece e ensina os  mandamentos. Ele disse “Não matarás” (Mt.5:21), “Não adulterarás” (Mt.5:27), “Não jurarás falso” (Mt.5:33). Mas, antes de se preocupar com o lugar que você vai ocupar no reino, é melhor garantir a entrada nele, cuidando de nascer da água e do Espírito, coisa que os escribas e fariseus não fizeram. 

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

A SENHORA APARECIDA


          Em certo sentido, todo ser humano é vítima, e o diabo é o vilão. “e sairá a seduzir as nações que há nos quatro cantos da terra...O diabo, o sedutor deles” (Ap.20:8,10). Para os líderes judeus de seu tempo, Jesus disse:  
“vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira.”(Jo.8:44).
Então, ele engana as nações, usando sua principal arma, que é a mentira. Para os muçulmanos, ele criou outro Deus, outro Messias, e outra Escritura. Para os Mórmons, ele criou outro testamento de Jesus Cristo, O Livro de Mórmon.  Para os católicos, ele criou outro Deus, a Senhora Aparecida. Para ser justo, tenho de dizer que, para os Evangélicos, ele criou uma série de outros enganos também. 
A única maneira de escapar dos seus enganos é adotar a Sola Scriptura, como tentaram fazer os reformadores. Mas não é fácil, pois até os protestantes, em grande parte, perderam a confiança na autoridade da Bíblia. Mas, aproveitando o feriado de 12 de outubro, dia da padroeira do Brasil, a Senhora Aparecida, iremos nos concentrar nesse engano. 
O diabo é tão astuto, que vinculou o Dia das Crianças, ao dia da Aparecida, a fim de fazer  com que todos honrem a Aparecida, pensando estar honrando as crianças. Essa tática de usar divindades do sexo feminino é antiga, pois todo ser humano tem fortes ligações psicológicas e emocionais, com a figura da mãe. 
Porém, na revelação bíblica, não existe divindade do sexo feminino, oriunda do verdadeiro Deus. Mas a Bíblia registra o engano de Satanás nas várias culturas dos povos. Os antigos cananeus tinham Astarte ou Astarote, consorte de Baal; os gregos tinham Ártemis, que dizem ser a mesma Diana dos efésios, revelada em Atos 19; daí, o sincretismo religioso, mistura do paganismo com o cristianismo, gerou a Senhora de Fátima, em Portugal, A Senhora de Lourdes, na França; a Senhora Aparecida, no Brasil; e assim sucessivamente. 
O propósito de Satanás, escondido por trás dessas práticas, é levar o ser humano a violar a lei de Deus, atraindo a maldição e o justo castigo, por parte de um Deus santo, embora amoroso. Paulo diz que todo ser humano é indesculpável, pois tem a obrigação de conhecer a Deus, somente observando a criação. 
“A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens que detêm a verdade pela injustiça; porquanto o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou. Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos pelas coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis” (Rm.1:18-20).
O primeiro mandamento do decálogo é “Não terás outros deuses diante de mim” (Ex. 20:3). Esses deuses são seres espirituais reais, invisíveis, que manipulam o ser humano, por ordem de Satanás. O segundo mandamento é a proibição de se fazer imagem de escultura, “nem semelhança alguma”, da criação, com o propósito de adoração e culto(serviço). (Ex. 20:4,5).  Apocalipse fala sobre isso, dizendo “e adoraram o dragão porque deu a sua autoridade à besta; também adoraram a besta(o anticristo)” (Ap. 13:4). Paulo fala “adorando e servindo a criatura em lugar do criador”(Rm.1:25). Adorar e cultuar são sinônimos de servir,serviço de qualquer ordem. Veja o Círio de Nazaré, que reuniu mais de dois milhões de pessoas, este ano (2015), segundo informações da mídia. Até quando o povo brasileiro vai prevaricar contra o criador, gastando tempo e dinheiro, em cultuar e adorar falsos deuses, atraindo maldição para o Brasil, em lugar de atrair bênçãos,  fazendo isso para o verdadeiro Deus, e seu Filho, Jesus Cristo? 
As igrejas evangélicas têm a responsabilidades de obedecer a Deus, e orar, se colocando como intercessora, diante de Deus , em favor de seus irmãos brasileiros, para que o encanto de Satanás caia de seus olhos. (II Co. 4:3,4). O ativismo religioso que se observa hoje em grande parte da igreja evangélica, pode até atrair pessoas para as hostes protestantes, mas não pode libertar ninguém do domínio de Satanás, pois isso só pode acontecer, pelo poder sobrenatural do espírito Santo, que deriva de uma igreja santa. 
“eu te envio aos idólatras, Paulo,para lhes abrires os olhos e os converteres das trevas para a luz e da autoridade de Satanás para Deus, a fim de que recebam eles perdão de pecados e herança entre os que são santificados pela fé em mim” (At . 26:17,18).
E o resultado foi: “pois eles mesmos, no tocante a nós, proclamam que repercussão teve o nosso ingresso no vosso meio, e como, deixando os ídolos, vos convertestes a Deus, para servirdes o Deus vivo e verdadeiro e para aguardardes dos céus o seu Filho, a quem ele ressuscitou dentre os mortos, Jesus, que nos livra da ira vindoura.” (I Ts.1:9,10).

domingo, 11 de outubro de 2015

COMO SERÁ A VIDA NO MILÊNIO


          A doutrina do Milênio está em Apocalipse 20:1-7. Em grego,  a palavra mil é kília, a doutrina do Milênio é kiliasmo, e os aficionados a esta doutrina são chamados de kiliastas. 

          Creio num milênio literal, quando Jesus estará reinando no trono de Davi, em Jerusalém, assessorado pela igreja, esta já com o corpo imortal.
 “Deus, o Senhor,  lhe dará o trono de Davi, seu pai; ele reinará para sempre sobre a casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim.” (Lc.1:32,33).
 As condições que prevalecerão na terra, durante o milênio,  estão descritas em várias partes da Bíblia. “Pois a terra se encherá do conhecimento da glória do Senhor, como as águas cobrem o mar.” (Habacuque 2:14). Muitos pensam que esta condição será resultado da ação evangelística e missionária da igreja na terra,  mas não será. Será, sim, resultado da vinda do Senhor Jesus Cristo, com todos os seus anjos. (Ap. 19:11-16). 

O mesmo texto de Habacuque está em Isaías: “porque a terra se encherá do conhecimento do Senhor,  como as águas cobrem o mar.” (Is.11:9).  Porém, os versículos que vêm antes,  descrevem com clareza de detalhes, como será a vida na terra durante o milênio, lembrando que Satanás estará preso no abismo, e que haverá muita paz nesse tempo. 
“O lobo habitará com o cordeiro, e o leopardo se deitará junto ao cabrito; o bezerro, o leão novo e o animal cevado andarão juntos, e um pequenino os guiará. A vaca e a ursa pastarão juntas, e as suas crias juntas se deitarão; o leão comerá  palha como o boi. A criança de peito brincará sobre a toca da áspide, e o já desmamado meterá a mão na cova do basilisco.” (Is. 11:6-8). 
Já no final de sua profecia, Isaías repete este mesmo ensinamento, como que para nos lembrar de sua importância. “O lobo e o cordeiro pastarão juntos, e o leão comerá palha como o boi; pó será a comida da serpente. Não se fará mal nem dano algum em todo o meu santo monte, diz o Senhor.” (Is. 65:25). 

Pode parecer estranho que isto aconteça, pois nós nascemos neste mundo amaldiçoado, cheio de perigos, e não lembramos mais de como era a terra, antes da maldição. Como Isaías fala da comida da serpente, lembremos como Deus amaldiçoou-a, logo depois do pecado. “rastejarás sobre o teu ventre e comerás pó todos os dias da tua vida” (Gn.3:14). Não sabemos que forma a serpente tinha,  antes da maldição. Dizem alguns estudiosos que ela tinha asas e voava, mas que, depois da maldição,  foi reduzida à forma primitiva de um verme rastejante. Deus amaldiçoou a terra por causa de Adão, “maldita é a terra por tua causa...ela te produzirá espinhos e abrolhos” (Gn.3:17,18).  Não sabemos como  era a vida na terra antes da maldição, causada pelo pecado. Sabemos que a natureza do homem mudou, pois logo em seguida, Caim matou perversamente seu próprio irmão, Abel. (Gn.4:8). 

É lógico que a natureza dos animais também mudou para se tornar predadora, sendo que antes,  eles eram meigos e herbívoros. Mas, no milênio, as coisas mudarão, pois Isaías também diz, 
"Não haverá mais nela criança para viver poucos dias,  nem velho que não cumpra os seus; porque morrer aos cem anos é morrer ainda jovem, e quem pecar só aos cem anos será amaldiçoado.” (Is.65:20).  
Adão viveu 930 anos,  Jarede 962,  Matusalém 969, Noé 950, Abraão 175, Isaque 180, Jacó 147 anos. Esses anos foram literais. A Bíblia diz, anos de doze meses, meses de trinta dias, dias de vinte e quatro horas. Esse tempo vai voltar. 

sábado, 10 de outubro de 2015

SATANÁS É PRESO NO ABISMO


          “Então, vi descer do céu um anjo; tinha na mão a chave do abismo e uma grande corrente. Ele segurou o dragão, a antiga serpente, que é o diabo, Satanás,  e o prendeu por mil anos; lançou-o no abismo, fechou-o e pôs selo sobre ele, para que não mais enganasse as nações até se completarem os mil anos” (Ap. 20:1-3). 

Depois desses mil anos de prisão temporária, Satanás é solto e volta a praticar as mesmas coisas que sempre praticou, enganar as nações.  O abismo aqui mencionado é o mesmo que Hades, em grego, e que aparece várias vezes no Novo Testamento, e que no hebraico do Antigo Testamento é Sheol, o mundo dos mortos. A chegada de Satanás ao Sheol,  é registrada pelo profeta Isaías. 
“Já agora descansa e está sossegada toda a terra. Todos exultam de júbilo.” (Is.14:7). 
Isaías está se referindo ao Milênio, quando Satanás não estará na terra, mas preso no abismo. 
“O além (sheol), desde o profundo, se turba por ti, para te sair ao encontro na tua chegada; ele, por tua causa, despertas as sombras (refains, gigantes) e todos os príncipes da terra e faz levantar dos seus tronos a todos os reis das nações” (Is.14:9). 
Essa é a recepção que é feita a Satanás, quando de sua chegada ao abismo (sheol, hades) é registrada em Ap. 20:1-3). 
“Todos estes  respondem e te dizem: Tu também, como nós, estás fraco? E és semelhante a nós? Derribada está na cova a tua soberba, e, também, o som da tua harpa; os bichinhos debaixo de ti se estendem e os bichos te cobrem” (Is.14:11). 
Todo o mal que Satanás tem feito na terra, matar, roubar e destruir, não ficará sem castigo, pois Deus é justo e lhe fará pagar pelo que tem feito. 
 “Contudo, serás precipitado para o reino dos mortos, no mais profundo do abismo” (Is. 14:15). 
É impressionante como Isaías registra o mesmo que João registrou em Apocalipse, mesmo havendo cerca de novecentos anos de distância cronológica entre um e outro.
” Os que te virem te contemplarão, hão de fitar-te e dizer-te: É este o homem que fazia estremecer a terra e tremer os reinos? Que punha o mundo como um deserto e assolavas as suas cidades? Que a seus cativos não deixava ir para casa?” (Is.14:16,17). 
É isso mesmo que Satanás faz na terra, embora de maneira invisível, manipulando pessoas e situações, colocando até pensamentos em suas mentes, como fez, até mesmo com Davi (I Cr. 21:1) e com Pedro (Mt.16:23). Em Lc. 8:31, os demônios que estavam no gadareno, pediram a Jesus que não os mandasse para o abismo. “Rogavam-lhe que não os mandasse sair para o abismo.” E o abismo é um lugar de tormento,pois foi de lá que saíram aqueles demônios atormentadores. 
“O quinto anjo tocou a trombeta, e vi uma estrela caída do céu na terra. E foi-lhe dada a chave do poço do abismo...Também da fumaça saíram gafanhotos para a terra; e foi-lhes dado poder como o que têm os escorpiões da terra” (Ap. 9:1-3). 
Depois de mil anos preso e sendo atormentado no abismo, Deus deu a Satanás uma oportunidade de se consertar,  soltando-o, mas ele não mudou.  
“e sairá a seduzir as nações que há nos quatro cantos da terra...desceu, porém, fogo do céu e os consumiu...O diabo, o sedutor deles, foi lançado para dentro do lago de fogo e enxofre”  (Ap. 20:7-10).  
Vivemos num universo moral,  em que tudo que o homem semear, isso também ceifará, a não ser que se arrependa diante de Deus e de seu Filho Jesus Cristo.
“Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos.” (Mt. 25:41). 

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

A QUINTA TROMBETA DO APOCALIPSE


Ap. 9:1-11 “O quinto anjo tocou a trombeta, e vi uma estrela caída do céu na terra” (v.1) e “O terceiro anjo tocou a trombeta, e caiu do céu sobre a terça parte dos rios...uma grande estrela, ardendo como tocha.  O nome da estrela é Absinto.” (Ap. 8:10,11). Estrela é anjo. “Eu via Satanás caindo do céu como um relâmpago.” (Lc.10:18). 

Dentro do Apocalipse a cronologia é incerta, pois coisas que aconteceram antes  podem ser registradas depois, como em Daniel: “O rei Belsazar deu um grande banquete a mil dos seus grandes e bebeu vinho na presença dos mil...Naquela mesma noite, foi morto Belsazar, rei dos caldeus.” (Dn.5:1,30) e, “No primeiro ano de Belsazar, rei da Babilônia, teve Daniel um sonho e visões ante seus” (Dn.7:1) e, “No ano terceiro do reinado do rei Belsaza r, eu, Daniel, tive uma visão depois daquela que eu tivera a princípio.” (Dn.8:1). 

Apocalipse fala de sete selos, sete trombetas e sete taças. Creio que dentro de cada uma dessas figuras, o registro tem uma seqüência cronológica. A quinta trombeta é precedida de quatro juízos terríveis que sobrevirá ao mundo. Esses juízos têm um paralelo com as dez pragas do Egito, registradas em êxodo, no tempo de Moisés. 

Creio que a igreja verdadeira não sofrerá esses juízos, pois Israel não sofreu. “Naquele dia, separarei a terra de Gózen, em que habita o meu povo, para que nela não haja enxames de moscas, e saibas que eu sou o Senhor no meio desta terra.” (Ex. 8:22). Tudo leva a crer que a igreja já terá sido tirada da terra, quando a quinta trombeta acontecer. Um anjo (estrela) cai do céu, e lhe foi dada a chave do poço do abismo , e ele abre o posso, e saem de lá seres semelhantes a gafanhotos, do tamanho de cavalos, que passam a atormentar os homens, pois tem cauda com ferrão, como os escorpiões e dentes como de leões, e, naturalmente, voam.    O tempo em que eles atormentarão os homens é de cinco meses, e os homens não poderão morrer, pois a morte fugirá deles. 

Têm estudiosos que acham que essa descrição dos seres é simbólica, mas eu creio que é literal. O ser humanos está acostumados a entender as coisas do ponto de vista da terra, e com as categorias da terra. Mas existem outros mundos, e outras dimensões, que tem seres tão diferentes dos conhecidos na terra, que pensamos logo tratar-se de uma linguagem figurada.  Mas não é o caso, pois Deus guardou esses seres no abismo, até o dia em que serão libertos para realizar a sua missão. 

O abismo pode ser o mesmo lugar chamado de Hades, mencionado no Novo Testamento, e governado por Abadom ou Apoliom, que pode ser o mesmo principado também chamado de Hades, tanto no Novo Testamento, como na mitologia grega. 

Alguém  pode perguntar o porque de tocar num assunto tão desagradável  e tão aterrorizante, que vai amedrontar o povo. Porém, não tocar, seria incredulidade, pois isso vai acontecer sim, e o povo precisa ser avisado. De Deus não se zomba. Jesus veio avisar os gentios do juízo (Mt. 12:18). E os crentes que vivem brincando de ser crentes, brincando com Deus, devem ser avisados para não cair nas mãos desses seres.  Não crer que isso vai acontecer, é se candidatar a sofrer nas mãos desses demônios que irão  se levantar sobre a terra. 

Deus quer arrependimento, para crentes e descentes, pois está escrito: 


“Os outros homens, aqueles que não foram mortos por esses flagelos, não se arrependeram das obras das suas mãos , deixando de adorar os demônios e os ídolos de ouro, de prata, de cobre, de pedra e de pau, que nem podem ver, nem ouvir nem andar,  nem ainda se arrependeram dos seus assassínios, nem das suas feitiçarias, nem da sua prostituição, nem dos furtos.” (Ap.9:20,21).

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

O ARREBATAMENTO DA IGREJA


          Na seqüência da descrição do ministério das duas testemunhas, Apocalipse diz: “Quando tiverem, então,  concluído o testemunho que devem dar, a besta (o anticristo) que surge do abismo (Ap. 13:1) pelejará contra elas,  e as vencerá,  e matará” (Ap. 11:7).  

Em seguida vai dizer que os cadáveres das duas testemunhas ( a igreja)  ficarão expostos na praça da grande cidade, que literalmente pode ser Roma, mas espiritualmente, pode ser  Nova York, ou outra grande cidade do mundo, onde o pecado do homossexualismo (Sodoma), e o pecado da idolatria (Egito) predominam.  

É interessante que durante três dias e meio (literal) “muitos dentre os povos, tribos, línguas e nações contemplam os cadáveres das duas testemunhas, e não permitem que esses cadáveres sejam sepultados” (não havia televisão na época) (Ap.11:9), mas hoje, com o advento da televisão, isso pode acontecer perfeitamente. Pode ser este cenário que é mostrado em outra parte. “Quando ele abriu o quinto selo, vi, debaixo do altar, as almas daqueles que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que sustentavam” (Ap.6:9), e “São estes os que vêm da grande tribulação, lavaram as suas vestiduras e as alvejaram no sangue do Cordeiro” (Ap. 7:14). 

A grande tribulação deve durar três anos e meio, metade de sete anos, bem como o ministério das duas testemunhas (Ap. 11:3; 13:5). “Depois de três dias  e meio insepultos, um  espírito de vida, vindo da parte de Deus, entrou neles, e eles se ergueram sobre os pés” (Ap.11:11).  Pode ser este momento que Paulo descreveu: 
“Eis que vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos, num momento, num abrir e fechar do olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados.”  (I Co. 15:51,52). 
Não é o arrebatamento que será instantâneo, num abrir e fechar de olhos, mas a transformação. “Todos seremos transformados” (I Co.15:51). A boa notícia que aparece aqui, é que nem todos seremos mortos, mas alguns estarão vivos, quando isso acontecer. Não contraria o sentido de Ap. 11:7, pois algumas vezes a Bíblia arredonda, usa a aproximação, como no caso de Ed. 2:13 “Os filhos de Adonicão, seiscentos e sessenta e seis”, e Ne. 7:18 “Os filhos de Adonicão, seiscentos e sessenta e sete”.  

Temos visto em filmes e documentários, os crentes sumirem instantaneamente, num abrir e fechar de olhos, e isto ficou na nossa mente, mas à luz dos textos bíblicos, não será assim. Ap. 11:12 diz “E subiram ao céu numa nuvem, e os seus inimigos as contemplaram.”  Não sumiram repentinamente, mas lentamente foram subindo, como aconteceu com Jesus “foi Jesus elevado às alturas, às vista deles, e uma nuvem o encobriu de seus olhos”, como também com Elias “se me vires quando for tomado de ti, assim se te fará; porém, se não me vires, não se fará. Indo eles andando e falando, eis que um carro de fogo, com cavalos de fogo, os separou um do outro; e Elias subiu ao céu num redemoinho. O que vendo Eliseu, clamou...E nunca mais o viu” (II Rs. 2:10-12). Sabemos que Eliseu viu Elias subindo, porque recebeu o que lhe pediu, porção dupla, ou dobrada do Espírito de Elias. 

O mundo também verá a igreja subindo, no arrebatamento. “E subiram ao céu em uma nuvem; e os seus inimigos os viram” (Ap.11:12).
          

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

AINDA A GRANDE TRIBULAÇÃO


          Em Apocalipse há muita informação sobre a Grande Tribulação. Por exemplo, em Ap. 6:9, quando o quinto selo foi aberto, João viu “as almas daqueles que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que sustentavam”.  Esses foram mortos na terra, foram martirizados, eram cristãos, e tudo indica que foram mortos na grande tribulação, e é revelado (v.11) que há um número definido de crentes que precisam ser mortos do modo como eles o foram. 

Em Ap. 7:14 há uma informação mais precisa: “São estes os que vêm da grande tribulação, lavaram as suas vestiduras e as alvejaram no sangue do Cordeiro”. É o mesmo grupo cujas almas estavam debaixo do altar (Ap.6:9)pois haviam sido mortos, e que agora (7:9) é descrito como “grande multidão que ninguém podia enumerar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro”. É o mesmo grupo de Ap. 20:4 “Vi ainda as almas dos decapitados por causa do testemunho de Jesus, bem como por causa da palavra de Deus, tantos quantos não adoraram a besta, nem tampouco a sua imagem, e não receberam a marca na fronte e na mão; e viveram e reinaram com Cristo durante mil anos.” 

Até a forma da morte Deus revela, foram “decapitados”. É por isso que o Estado Islâmico, o ISIS, faz questão de degolar os cristãos diante das câmaras de televisão. Também o motivo da morte é revelado. Eles se recusaram a adorar a adorar o anticristo, a besta, e a sua imagem. Também se recusaram a receber a marca da besta na fronte ou na mão. Você está preparado? Em Mateus 24:21, Jesus diz “porque nesse tempo haverá  grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido nem haverá jamais. 

O Holocausto judeu sob o nazismo foi a grande tribulação dos judeus, mas essa será a grande tribulação dos cristãos, o holocausto cristão. A segunda guerra mundial, que ocasionou o holocausto, foi de 1939 a 1945, sete anos. A grande tribulação, segundo a profecia das setenta semanas de Daniel, deveria durar sete anos. (Dn. 9:24-27). Porém, em Mateus 24:22 Jesus revela algo a respeito do assunto. ”Não tivessem aqueles dias sido abreviados, ninguém seria salvo; mas, por causa dos escolhidos, tais dias serão abreviados”. Os sete anos da grande tribulação foram abreviados. Abreviados para quantos anos? Em Ap. 11:1-14 há uma pista, pois aparece “quarenta e dois meses” (v.2) e “mil duzentos e sessenta dias” (v.3), ou seja, um período de três anos e meio, a metade de sete anos. Já mostrei em outro texto, que as duas testemunhas de Ap. 11, são duas igrejas, a judaica, Judeus Messiânicos, e a igreja gentílica. A primeira representada por Moisés, e a segunda representada  por Elias. 

A história das duas testemunhas parece terminar de maneira negativa, pois diz: “Quando tiverem, então, concluído o testemunho que devem dar, a besta que surge do abismo pelejará contra elas, e as vencerá, e matará” (Ap. 11:7). Mas há uma reviravolta, pois a Bíblia diz “Mas, depois de três dias e meio, um espírito de vida, vindo da parte de Deus, neles penetrou, e eles se ergueram sobre os pés, e àqueles que os viram sobreveio grande medo; e as duas testemunhas ouviram grande voz vinda do céu, dizendo-lhes: Subi para aqui. E subiram ao céu numa nuvem, e os seus inimigos as contemplaram”.

terça-feira, 6 de outubro de 2015

ADORAÇÃO NÃO É LOUVOR


         É impressionante como a igreja se desvia da Palavra de Deus, a Escritura, a Bíblia, e segue irracionalmente a tradição humana. A esse respeito, Jesus repreendeu os judeus de sua época: “E, assim, invalidastes a Palavra de Deus,  por causa da vossa tradição. Hipócritas! Bem profetizou Isaías a vosso respeito, dizendo: Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. E em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens.” (Mt.15:6-9). 

O Saltério Hebraico, o nosso livro dos salmos, está recheado da expressão “louvai ao Senhor!” Somente  no salmo 150, o último salmo, essa expressão está registrada onze vezes. Não diz “adorai ao Senhor”, porque adoração não é louvor. Na cura de um leproso por Jesus, Mateus registra  “adorou-o” (Mt.8:2);  Marcos registra “de joelhos” (Mc.1:40); e Lucas “prostrando-se com o rosto em terra” (Lc.5:12). 

Na verdade adoração significa levantar as mãos, inclinar-se, ajoelhar-se, ou prostrar-se, diante de um oponente, que quer dizer render-se, desistir de lutar, entregar-se, levantar a bandeira branca, e se disponibilizar a fazer o que o vencedor mandar, na condição de um escravo.  Um exemplo disso está no livro de Josué, quando os moradores da cidade de Gibeão  se renderam a Josué, e disseram: “Eis que estamos na tua mão; trata-nos segundo te parecer bom e reto...Naquele dia,  Josué os fez rachadores de lenha e tiradores de água para a congregação e para o altar do Senhor, até ao dia de hoje,  no lugar que Deus escolhesse.” (Js. 9:25,27).  

Na tentação de Jesus, o diabo mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles, e disse-lhe: “Tudo isso te darei, se, prostrado, me adorares. Então,  ordenou-lhe Jesus: Vai-te Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus adorarás, e só a ele servirás.” Portanto, adorar é servir, e adorar a Deus, é servir ao Deus que você escolheu, ou melhor, que escolheu você. No caso dos gibeonitas, o servi co era tirar água e rachar lenha para Deus e para o povo de Deus. 

No caso dos cristãos, que se renderam a Jesus, adoração, ele determina o serviço que devemos prestar para ele, que é também chamado de culto, de forma que culto e serviço são sinônimos. Sabemos que para se fazer qualquer serviço, o empregador (ou Senhor) submete o empregado (ou escravo) a um curso (ou treinamento). Como Deus é Deus e Jesus é o seu Filho, antes mesmo do treinamento, ele nos capacita com a habilidade concernente ao serviço que devemos realizar para ele, que são os dons espirituais. (I Co. 12). O apóstolo Paulo, quando foi vencido por Jesus, no caminho de Damasco, fez duas perguntas: “Quem és tu, Senhor? E a resposta foi: Eu sou Jesus, a quem tu persegues” (At. 9:5) e “Que farei, Senhor? E o Senhor me disse: Levanta-te, entra em Damasco, pois ali te dirão acerca de tudo que te é ordenado fazer” (At. 22:10). 

Tenho ouvido ministros da área de música da igreja, dizer que Deus não procura pastores, nem evangelistas, mas adoradores.(Jo. 4:23). É verdade, mas adoradores são todos os que servem a nosso Senhor  Jesus Cristo em qualquer modalidade de serviço que ele determinou, por meio dos dons espirituais, inclusive na área da música. Os músicos são louvadores, porque adoradores somos todos nós.