terça-feira, 20 de janeiro de 2015

MEGA IGREJA: CRSCIMENTO E MULTIPLICAÇÃO


Creio  que o crescimento da igreja tem um paralelo no crescimento da humanidade e no crescimento da nação de Israel. Deus começou com Adão, depois com Abraão, e depois com Jesus. Esses três personagens estão ligados.

1.       Adão. Deus disse para  Adão e Eva: “Sede fecundos (frutificai),  multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a”.  A palavra que se destaca é “multiplicar” e não aparece a palavra “crescer” aqui. Crescimento é diferente de multiplicar, pois crescimento é para cima, enquanto que multiplicação é para os lados, um é vertical e o outro e horizontal. É claro que a palavra “crescimento” vai aparecer em outros textos com o sentido horizontal, mas a idéia mais dominante é vertical. Adão e Eva não poderiam crescer pois já foram criados adultos, mas poderiam e deveriam se multiplicar, que é fazer muitas cópias de si mesmo. Caim e Abel foram cópias de Adão, e, pelo menos Caim,  constituiu família, que passou a ser uma cópia da família de seu pai. E assim a multiplicação da humanidade aconteceria, multiplicando pessoas e multiplicando famílias. Deus havia dito para Adão e Eva “enchei a terra” (Gn.1:28). Esse processo de multiplicação deveria continuar até encher toda a terra. Veja que o conceito de cidade começou com Caim “Caim edificou uma cidade e lhe chamou Enoque, o nome de seu filho” (Gn.4:17). Será que o modelo de uma igreja é uma cidade ou é uma família? Uma cidade é um conjunto de famílias reunidas? E um conjunto de igrejas reunidas é o quê? Uma mega igreja?  Depois do dilúvio Deus disse para Noé e seus filhos: “frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra” (Gn.9:1). Deus repete o mesmo mandamento que havia dado a Adão e Eva. E novamente a palavra que se destaca é “multiplicar, ” e não “crescer”. Mais adiante aparece um homem chamado Ninrode “Cuxe gerou a Ninrode,o qual começou a ser poderoso na terra”. (Gn.10:8). “O princípio do seu reino foi Babel” (v.10). Ninrode significa “ele se rebelou” e foi o líder da rebelião da torre de Babel. Eles disseram “Vinde, edifiquemos  para nós uma cidade e uma torre ...para que não sejamos espalhados por toda a terra.” Deus havia dito para se espalhar, e eles disseram “não iremos nos espalhar como Deus quer”. Veja que o que começou com uma família no Éden, evoluiu para a cidade de Caim, depois a cidade de Ninrode, e agora aparece o conceito de reino “O princípio do seu reino foi Babel” (Gn.10:10). Babel é a famosa cidade de Babilônia. “Babilônia, a jóias dos reinos, glória e orgulho dos caldeus, será como Sodoma e Gomorra, quando Deus as transtornou.” (Is.13:19). A concentração de pessoas numa cidade ou numa igreja gera dois fatores: poder financeiro e poder político, que é o domínio. Também demanda uma mega estrutura, que exige muito dinheiro para manter. Sobre “domínio” é bom lembrar que Deus disse para Adão e Eva “dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra.” (Gn.1:28). Não mandou dominar pessoas, mas animais. É interessante que Jesus disse “Sabeis que os governadores dos povos os dominam e que os maiorais exercem autoridade sobre eles. Não é assim entre vós; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva.” (Mt.20:25,26). Pedro disse aos presbíteros “ pastoreai o rebanho de Deus...não como tendo domínio sobre os que vos foram confiados, antes, tornando-vos modelos do rebanho.” (I Pd.5:1-3).

2.       Abraão. Deus mandou Abrão sair da terra Dos caldeus e ir para uma terra que lhe mostraria. Disse-lhe “de ti farei uma grande nação”. (Gn.12:2). Agora não era o planeta todo, mas uma terra delimitada que seria ocupada, a terra de Canaã. No Egito, outra terra delimitada, os filhos de Abraão começaram o ver o cumprimento da promessa de Deus. Para Adão Deus deu uma ordem, para Abraão fez uma promessa. “Mas os filhos de Israel frutificaram, aumentaram muito, e se multiplicaram, e grandemente se fortaleceram, de maneira que a terra se encheu deles.” (Ex.1:7). Deus havia dito para Adão e Eva “enchei a terra”, mas era o planeta terra. Agora os filhos de Abraão encheram a terra do Egito, uma nação, mas não a nação deles. Mais à frente é dito “Mas, quanto mais os afligiam, tanto mais se multiplicavam e tanto mais se espalhavam”.(Ex. 1:12). O que Deus havia mandado a Adão e Eva, os filhos de Abraão conseguiram, se multiplicavam e se espalhavam, mas debaixo de perseguição. Talvez seja por isso que a igreja de Jerusalém teve a mesma experiência. “Naquele dia, levantou-se grande perseguição contra a igreja em Jerusalém; e todos, exceto os apóstolos, foram dispersos pelas regiões da Judéia e da Samaria...As multidões atendiam, unânime, ao que Filipe dizia...se espalharam até a Fenícia, Chipre e Antioquia...A mão do Senhor estava com eles, e muitos, crendo, se converteram ao Senhor.” (At.8:1,6;11:19,21). No caso de Israel, Deus queria concentrar um povo numa terra específica, para que as nações viessem a ele. O auge desse reino foi Salomão, que pesou tributos exorbitantes sobre o povo, causando depois de sua morte a divisão do reino. O poder político o levou a casar com muitas mulheres estrangeiras que lhe perverteram o c oração.

3.       Jesus. Este disse “Ide por todo o mundo, e pregai o Evangelho a toda a criatura” e “Fazei discípulos de todas as nações”. (Mc. 16:15 e Mt.28:18-20). Os discípulos também tiveram dificuldade de se espalhar, pois preferiam se concentrar em Jerusalém. Na torre de Babel Deus castigou com a confusão das línguas, em Jerusalém com a perseguição, a fim de obrigá-los a se espalharem. “Ora, naqueles dias, multiplicando-se  o número dos discípulos...Crescia a palavra de Deus, e, em Jerusalém, se multiplicava o número dos discípulos”. (At.6;1,7). “o povo cresceu e se multiplicou no Egito” (At.7:17). “Entretanto, a palavra do Senhor crescia e se multiplicava.” (At.12:24). “Assim, a palavra do Senhor crescia e prevalecia poderosamente”. (At.19:20). Babilônia era uma grande cidade, assim como Roma se tornou também. A igreja de Roma assumiu a forma da cidade, que era uma mega cidade, e se tornou uma mega igreja. A igreja passou a ser desse mundo, e se tornou um reino terreno, contado entre os reinos da terra, na cidade do Vaticano. O pastor da igreja, passou a ser o papa, um monarca ou um rei como os das nações. A igreja evangélica, ou pelo menos parte dela, está caminhando a passos largos, pelo mesmo caminho, procurando poder político e poder financeiro, através do conceito de mega Igreja. O poder que a igreja deve almejar é o poder do Espírito Santo, que não é nem político, nem financeiro, mas suficiente para a igreja cumprir a missão de fazer discípulos de todas as nações. A igreja deve se focar em multiplicação, no sentido horizontal, e não em crescimento, no sentido vertical. Lembremos da torre de Babel.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

NOVAMENTE O RETORNO DE JESUS ou A parábola dos Trabalhadores da vinha


Mt. 20:1-16
Esta parábola ensina que o tempo de trabalho na vinha foi de doze horas ou de cinco vigílias contadas da seguinte maneira: as três vigílias iniciais foram de três horas cada, como acontece na noite, que é constituída de quatro vigílias. Mas o quarto período consta só de duas horas, da nona (três da tarde) à undécima (cinco da tarde). E o quinto período tem uma duração de uma hora somente, de cinco da tarde à seis da tarde, que é a hora duodécima. Vou considerar as doze horas como o período da graça ou a era da igreja. Vou considerar também que esse tempo deve durar dois mil anos. Não estou sendo preciso nem dogmático, mas tentando descobrir em que tempo estamos. “dos filhos de Issacar, conhecedores da época, para saberem o que Israel devia fazer, duzentos chefes e todos os seus irmãos sob suas ordens” (I Cr.12:32).

1.       O homem saiu a 1, 3, 6, 9, 11 horas para contratar trabalhadores para a sua vinha. No nosso sistema seria as 6 da manhã, às 9, ao meio-dia, às três da tarde, e às cinco da tarde.

2.       A vinha é a igreja, lembrando que é uma parábola o que estamos considerando. “Porque a vinha do Senhor dos exércitos é a casa de Israel, e os homens de Judá são a planta dileta do Senhor” (Is.5:7); “lavoura de Deus...sois vós” (I Co. 3:9); e os trabalhadores são os pastores (presbíteros, bispos), e não os crentes, as ovelhas; “Vendo ele as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam aflitas e exaustas como ovelhas que não têm pastor. E, então, se dirigiu a seus discípulos: A seara, na verdade, é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara” (Mt.9:36-38).

3.       Com respeito aos pastores, ainda, Paulo diz “Porque de Deus somos cooperadores (Paulo e Apolo); lavoura de Deus, edifício de Deus sois vós” (I Co.3:9) e mais “Eu plantei, Apolo regou” (I Co. 3:6). Paulo usou o dom de Evangelista (pregador, kerigma), e Apolo o dom de mestre (didáskalos, ensino).

4.       O trabalho a ser realizado na seara está exemplificado no ministério de Jesus “E percorria Jesus todas as cidades e povoados, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda a sorte de doenças e enfermidades” (Mt.9:35). Este versículo é a repetição de Mt.4:23, que diz “Percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades entre o povo...endemonhados, lunáticos e paralíticos. E ele os curou. (versos 24 e 25). Era cura física, mental (lunático), e espiritual. Então o trabalho que os trabalhadores tinham de executar na vinha era: 1. Ensino; 2. Pregação; 3. Cura; e exorcismo.

5.       Jesus começou a chamar os trabalhadores em 30 d.C. (depois de Cristo). “Caminhando junto ao mar da Galiléia, viu dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André...Passando adiante, viu outros dois irmãos, Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão” (Mt.4:18-22).  Para saber a data aproximada do retorno de Jesus, basta dividir os dois mil anos de história da igreja, pelas doze horas do dia da parábola. Cada hora tem um valor aproximado de 166.6 anos. Se considerarmos que Jesus começou o seu ministério três anos e meio antes da sua  ressurreição, e a contagem deve ser a partir da ressurreição  e não do seu nascimento, poderemos arredondar os números da seguinte maneira: Começando com o ano zero, a partir da ressurreição, o homem saiu a segunda vez no ano 500 d.C. Saiu a terceira vez no ano 1000 d.C. saiu quarta vez no ano 1500 d. C. Saiu quinta vez no ano 1832 d. C. Então o retorno do Senhor será no ano de 1998 d.C. (1832+166=1998). Acrescentando a isso os 30 anos do nascimento chegamos a 2028 d.C.  Como estamos lidando com dados aproximados, sabendo que ficam muitas lacunas, mas chegamos quase à mesma data da outra mensagem, com outro raciocínio totalmente diferente deste. Não estamos querendo adivinhar a data, mas nos alertar, para que não sejamos pegos de surpresa pela seu retorno. Estes cálculos podem estar errados, e ele pode voltar antes disso. Devemos estar preparados para encontrar com ele o tempo todo. Lembremos da parábola das dez virgens.

sábado, 3 de janeiro de 2015

PODEMOS CALCULAR A DATA DO RETORNO DE JESUS?

“Mas a respeito daquele e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão o Pai.”  (Mt.24:36).

William Miller (adventista) marcou o retorno de Jesus para 10 de dezembro de 1843. Como não aconteceu, ele marcou outra data: 22 de outubro de 1844. Também não aconteceu. De lá pra cá, muitos têm marcado a data do retorno de Jesus, mas em vão. Por causa disso, qualquer que tentar calcular a data do retorno de Jesus, é considerado herege ou fanático. Porém, Jesus falou do dia e da hora, deixando em aberto o mês e o ano. Ademais, Apocalipse lança um desafio à nossa inteligência, ainda que o tema seja outro. “Aquele que tem entendimento calcule o número da besta, pois é número de homem. Ora, esse número é seiscentos e sessenta e seis.”

Vou fazer algumas considerações, e que o leitor julgue por si mesmo.

1.       Supostamente estamos no ano  2015, contados a partir do nascimento de Jesus. Sabemos que o calendário gregoriano tem um erro, pois começou a contar o ano zero quando Jesus tinha aproximadamente 4 anos. Assim, estamos, na verdade, no ano 2019, contados a partir do nascimento de Jesus.

2.       Acontece que os anos são contados na Bíblia a partir da data em um rei assume o governo, e não a partir do seu nascimento. “No ano terceiro do reinado de Jeoaquim, rei de Judá, veio Nabucodonosor, rei da Babilônia, a Jerusalém e a sitiou (Dn.1:1)...No segundo ano do reinado de Nabucodonosor (Dn.2:1)...No primeiro ano de Belsazar, rei da Babilônia, teve Daniel um sonho...(Dn.7:1...No ano terceiro do reinado do rei Belsazar, eu, Daniel, tive uma visão...(Dn.8:1...No primeiro ano de Dario, filho de assuero, da linhagem dos medos...(Dn.9:1)...No terceiro ano de Ciro, rei da Pérsia, foi revelada uma palavra a Daniel...(Dn.10:1)”. Observe que o primeiro rei mencionado é rei de Judá (Israel), Jeoaquim. A partir daí, os reis mencionados são gentios, das nações. Porque Deus tirou a autoridade de governo (domínio) de Israel e a colocou nas nações gentias. Agora observe a sequência no Novo Testamento. “No décimo quinto ano do reinado de Tibério César (romano)..., veio a palavra de Deus a João, filho de Zacarias, no deserto.” (Lc.3:1,2). A autoridade de governo (domínio) ainda estava com os gentios. Agora veja o que Jesus disse depois de ressuscitar. “Toda a autoridade (governo, domínio) me foi dada no céu e na terra.” (Mt.28:18). Daniel também viu isto, pois disse “eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha com as nuvens do céu um como Filho do homem, e dirigiu-se ao Ancião de dias, e o fizeram chegar até ele. Foi-lhe dado domínio, e glória, e o reino, para que os povos, nações e homens de todas as línguas o servissem; o seu domínio é domínio eterno, que não passará, e o seu reino jamais será destruído.” (Dn.7:13,14).

3.       Dentro da cronologia bíblica, há uma possibilidade de que haja dois mil anos de Adão a Abraão, dois mil anos de Abraão até Jesus, o Messias, e dois mil anos de Jesus até a sua segunda vinda. De outro modo, como harmonizar a tipologia, que o judeu tinha de trabalhar seis dias e descansar no sétimo? Pedro disse “que, para o Senhor, um dia é como mil anos, e mil anos, como um dia.” (II Pd. 3:8). O planeta deverá sofrer os efeitos do pecado e a ação de Satanás e seus demônios por seis mil anos, e o sétimo milênio, é o Milênio em que Jesus estará reinando de fato e de direito. (Ap.20:4-6). A tipologia  também nos ajuda no caso do escravo hebreu, que deveria servir seis anos, mas no sétimo seria livre. (Ex.21:1,2). Também está escrito “Seis anos semearás o teu campo, e seis anos podarás a tua vinha, e colherás os seus frutos. Porém, no sétimo ano, haverá sábado de descanso solene para a terra, um sábado ao Senhor; não semearás o teu campo, nem podarás a tua vinha...ano de descanso solene será para terra.” (Lv. 25:1-5). Se o sétimo milênio não for o descanso do planeta, a tipologia terá falhado, o que sabemos ser impossível.

4.       Agora, se contarmos os dois mil anos de Jesus, não a partir do seu nascimento, mas da sua ressurreição, a história é outra. Já vimos que quando Jesus ressuscitou, recebeu toda a autoridade. Também a ressurreição de Jesus foi um nascimento, pois o sepulcro era um útero em que foi gerado o seu corpo imortal, e se cumpriu a palavra do salmo 2:7 “Tu és meu Filho, eu, hoje, te gerei.” Já que estamos no ano 2019 do seu nascimento, em que data estamos, contando a partir de sua ressurreição? Mais um detalhe. Creio que Jesus morreu com trinta e três anos e meio, pois o seu ministério terreno durou a metade de sete anos (da grande tribulação) e a outra metade será cumprida pela igreja, que estará três anos e meio na grande tribulação. Mas isto já outra história. É só subtrair (diminuir) 2019 menos 33,5 é igual a 1985,5. Então podemos fazer a conta assim: 2000 – 1985,5=14,5. Ou seja, faltam 14,5 anos (catorze anos e meio) para completar dois mil anos a contar da data em que Jesus recebeu toda a autoridade. Seguindo o calendário gregoriano, é só adicionar 14,5 anos a 2015, que vamos encontrar a data de 2029,5. Então, em julho de 2029 completará dois mil anos da partida de Jesus deste mundo. Será essa a data do seu retorno? Julgue você mesmo