quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

PALMADAS NOS FILHOS É ERRADO



"A Lei da Palmada" é assim que está sendo chamado um Projeto de Lei que tramita no Congresso Nacional, tendo sido já aprovado na Câmara, e sendo enviado para o Senado. Li vários artigos a respeito do assunto, todos condenando o tal Projeto de Lei, que, de fato, atenta contra a integridade da família.

O problema é que as crianças são Tabula Rasa, como diziam os filósofos, e que, se queremos que elas aprendam algo, devemos, antes, ensinar-lhes. "Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se desviará dele" é o que diz a Escritura em Provérbios 22:6. As crianças devem ser ensinadas a obedecer, pois, de outro modo não o farão quando crescerem. A primeira figura de autoridade com que a criança se depara são os pais. Se elas não forem ensinadas a obedecer aos pais, não obedecerão às demais autoridades com que se depararem, seja na escola, seja no Estado, seja no trabalho ou em qualquer outra instituição. Se os pais não ensinarem a seus filhos a obedecer à sua própria autoridade, o Estado gastará rios de dinheiro, no futuro, tentando ensinar-lhes a obediência, por meio do sistema prisional. Mas, antes disso, professores serão desacatados, afrontados e agredidos, por crianças e adolescentes, que não aprenderam a respeitar a sua autoridade.

Mas não é para dar palmadas, como prega a discussão hodierna. As famosas palmadas certamente derivam dos costumes dos nossos avós, que, por ignorância, as praticavam, fazendo o melhor que podiam, ou sabiam. Nunca, em lugar algum, a Escritura manda dar palmadas, mas manda usar a vara.


"A estultícia está ligada ao coração da criança, mas a vara da correção a afugentará dela." (Pv.22:15);
"Não retires a disciplina da criança, porque, fustigando-a com a vara, nem por isso morrerá. Tu a fustigarás com a vara e livrarás a sua alma do inferno." (Pv.23:13,14);
"A vara e a repreensão dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma envergonha a sua mãe." (Pv. 29:15).
Este último versículo sintetiza os meios de educação que eram usados na educação de filhos, a vara e a repreensão. A vara era o castigo físico, e a repreensão eram as palavras. O apóstolo Paulo segue a mesma linha de ensinamento quando preceitua Disciplina é a vara e admoestação é a confrontação verbal com os filhos, com o objetivo de corrigí-los. Palmada é usar a mão aberta para bater nos filhos, e isso é errado. Difere de soco somente no fato de ser com a mão aberta, enquanto que soco é com a mão fechada. Deus mandou corrigir os filhos com castigo físico e com palavras, mas não mandou espancar. Se for usado somente ocastigo físico, está errado, mas somente as palavras está errado também. É perigoso mudar as palavras de Deus, pois somente Ele conhece plenamente a estrutura da personalidade humana.  
"E vós, pais, não provoqueis a ira a vossos filhos, mas criai-os na disciplina e admoestação do Senhor."

Como pais não queremos bater nos nossos filhos, e nos iludimos pensando que somente palavras vão ser suficientes. Porém, para o bem deles, e mesmo com o coração partido, teremos que discipliná-los, da maneira como Deus orienta em sua Palavra. Não com palmadas e palavras, mas com a vara e palavras. A palmada não é recomendada, porque a mão deve ser usada para afagar, e não para bater nos filhos. Como gato escaldado tem medo de água fria, a mesma mão que foi usada para dar palmadas, não será aceita quando quiser afagar. A vara pode ser alguma coisa como o famoso cinturão que nossos pais mantinham guardado para nos disciplinar. Alguém já disse que o lugar onde deve ser aplicado o castigo são as nádegas, que podem suportar as lapadas. A Bíblia não diz o lugar, mas homens sensatos já sugeriram que pode ser assim. Não é puxão de orelha, que podem danificar o aparelho auditivo, nem dar tapa na cara, como alguns fazem, exibindo uma natureza violenta e cruel.
"Botar de castigo" também é errado, pois em nenhum lugar da Escritura mandou colocar as crianças de castigo. O que Deus mandou foi vara e repreensão. O ser humano está sempre tentando inventar algo de sua própria cabeça, achando que deve colocar a criança de joelhos sobre grãos de milho, ou de frente para a parede durante horas, ou detrás da porta. Isto é tortura e não tem nenhum efeito disciplinar ou corretivo. Disciplina tem a mesma raiz de discípulo, pois visa ensinar algo a um aluno, que são nossos filhos. O efeito danoso à psiquê humana causado por um castigo inadequado, só Deus pode saber. Mas a consciência humana é feita de tal maneira que quando fazemos algo errado, o tribunal interior, chamado de consciência, nos condena e diz que temos de receber o castigo. O quando sofremos o castigo, a consciência se aplaca,e volta a ter paz. Se não acharemos um jeito de nos punir, ainda que inconscientemente. Dizem os psiquiatras que os chamados psicopatas são destituídos de consciência, e que eles representam 4% da população mundial. Porém, a maioria das pessoas tem consciência.

Porém, a situação no Brasil é grave, pois se esse Projeto de Lei for aprovado, como parece que vai ser, os pais brasileiros estarão impedidos de ducarem seus filhos conforme as normas que Deus determinou em sua Palavra, com conseqüencias bem previsíveis para as futuras gerações. Já vivemos em uma situação de quase anarquia com respeito à educação de filhos, pois a maioria das pessoas não sabe o que fazer com seus filhos. Tudo isso porque ignoram solenemente a Bíblia como fonte de autoridade na educação de filhos, relegando-a à condição de um velho livro arcaico, sem utilidade prática para a moderna e sofisticada sociedade, que vive na dependência da frágil sabedoria humana. "Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus."(ICo.1:18). O que está acontecendo é que satanás está cumprindo a sua agenda, que ele elaborou desde o Jardim do Éden, que é desacreditar, desmoralizar, desqualificar a Palavra de Deus, para que ele coloque as suas mentiras. Quem quiser fazer o papel de Eva, acreditando nele, que faça. Porém, eu e a minha casa serviremos ao Senhor!

sábado, 10 de dezembro de 2011

AS TRÊS FESTAS JUDAICAS PRINCIPAIS


Eram a Páscoa, o Pentecostes, e Tabernáculos, que são assim chamadas em II Cr. 8:13 "Na Festa dos Pães Asmos, e na festa das Semanas, e na Festa das Tendas.". Páscoa é Pessah, que significa passagem, em hebraico, derivado do fato de o anjo destruidor ter passado por sobre toda a terra do Egito, na morte dos primogênitos, na instituição da Páscoa. Pentecostes deriva de Penta, cinco, em grego, em virtude de ser comemorada esta Festa cinqüenta dias após a páscoa, que é também chamada de Festa das Semanas, em virtude de acontecer sete semanas, após a Páscoa. A Festa dos Tabernáculos é a terceira das três festas principais, e é chamada de Sucote, derivada de Sukáh, em hebraico, que significa Tendas ou Cabanas.

Com é sabido, a Antiga Aliança é constituída, em parte, de sombras e figuras, das realidades espirituais, que o a Nova Aliança veio revelar. "Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados, que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo." (Cl.2:16,17). Estas categorias, que Paulo descreve, são as festas anuais, as mensais, e as semanais. Cada uma das festas anuais tem um sentido literal, que é o tipo, e um sentido oculto, que é o antítipo.

A Páscoa, com a morte do cordeiro de um ano, sem defeito e sem mácula, representa Jesus, que é o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. "No dia seguinte, João viu a Jesus , que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo." (Jo.1:29,36). A Festa das Semanas, que se seguia à Páscoa, era um período de sete dias em que os judeus só poderiam comer pães asmos, isto é, sem fermento. O sentido oculto é dado por Paulo, em I Co 5:6-8: "Não é boa a vossa jactância. Não sabeis que um pouco de fermento faz levedar toda a massa? Alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como estais sem fermento. Porque Cristo, nossa Páscoa, foi sacrificado por nós. Pelo que façamos a festa, não com o fermento velho, , nem com o fermento da maldade e da malícia, mas com os asmos da sinceridade e da verdade. Então, o fermento representa o pecado, neste contexto. E os pães asmos significam a santidade, que incl ui a sinceridade e a verdade, aqui mencionadas, mas também o guardar-se do  pecado sexual, do texto.

Pentecostes é também chamada de Festa das Primícias, pois, era quando o judeu entregava os primeiros frutos da terra. O sentido oculto está registrado em At. 2:1, onde está escrito: "cumprindo-se o dia de Pentecostes..." Para que o judeu fizesse a sua colheita, era necessário que houvesse chuva. O trabalho manual, como a semeadura e a ceifa, eram a parte humana, mas a chuva era a parte de Deus. Se não houvesse chuva, não haveria colheita, embora pudesse haver semeadura. Bem, no dia de Pentecostes, o trabalho manual foi feito pelos discípulos, por meio da oração. "Todos estes perseveravam unanimemente  em oração e súplicas, comn as mulheeres, e Maria, mãe de Jesus, e com seus irmãos." A descida do Espírito Santo foi a chuva que Deus mandou,em resposta às orações dos discípulos. E, as "quase três mil almas ' que se batizaram naquele dia, foram os primeiros frutos, as primícias, da grande colheita.

Tabernáculos é a terceira festa, e era quando os judeus colhiam os restantes dos frutos de toda a plantação.  Enquanto Pentecostes fala da colheita somente das primícias, Tabernáculos fala da colheita do todo o fruto de toda a plantação. Creio que estamos presenciando a grande colheita, em todo o mundo, quando o Senhor da seara está convocando todos os servos para a tarefa. Ninguém está dispensado. A chuva, no dia de Pentecostes, foi localizada em Jerusalém, que era o local onde a colheita das primícias seria feita. Hoje, a chuva está acontecendo em toda a seara,a saber, em todo o mundo, para que a colheita seja feita em grande escala, e toda a plantação seja ceifada. "Os que semeiam em lágrimas segarão com alegria. Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará, sem dúvida, com alegria, trazendo consigo os seus molhos." (Sl. 126:5,6). 

A igreja hoje está cantando e dançando, com júbilo, porque este é o tema da colheita, alegria. Alguns da igreja ainda estão com o espírito somente da semeadura, que é penosa, e criticam àqueles que estão no espírito da ceifa, cantando e dançando, enquanto colhem os seus feixes. O tempo de cantar chegou. Alegria e brados de vitória na tenda dos justos. Entre neste espírito.

Pr. Valdi Pedro

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

O QUE ESTÁ POR TRÁS DO SUCESSO DO TITANIC

Ainda que um tanto tardiamente, quero relatar o seguinte: Em 1998, eu estava em João Pessoa, na Paraíba, fazendo um curso de pós-graduação. Numa certa noite, eu passeava no Shoping Center Manaíra, quando decidi entrar numa das salas de cinema, para assistir a um filme. Por acaso, o filme era Titanic, que estava fazendo muito sucesso naqueles dias. Comecei a assistir ao fime sem muito entusiasmo, pois o meu propósito era mais passar o tempo. A trama foi se desenrolando, e não sei em que momento isto aconteceu, mas em determinado momento eu comecei a chorar. Uma cena que ficou marcada na minha mente foi aquela em que o navio se inclina, com a popa para cima, e as pessoas despencavam se esborrachando no convés.

Eu achei estranho tudo aquilo, pois não costumo chorar dentro de cinema, diante de cenas de tragédia. Mas, à medida que eu refletia sobre o assunto, entendi que Deus me estava revelando algo. Há um texto no Antigo Testamento que tem uma cena dessa, onde o profeta Eliseu, recebe uma revelação de Deus, sobre a pessoa de Hazael: "E afirmou a sua vista e fitou os olhos nele, até se envergonhar; e chorou o homem de Deus. Então disse Hazael: Por que chora meu Senhor? E ele disse: porque sei o mal que farás aos filhos de Israel; porás fogo às suas fortalezas..." (II Rs. 8:11,12).  Jesus também teve uma revelação semelhante sobre Jerusalém: "E, quando ia chegando, vendo a cidade, chorou sobre ela, dizendo: Ah! Se tu conhecesses também, ao menos neste teu dia, o que à tua paz pertence! Mas agora, isto está encoberto aos teus olhos. Porque dias virão sobre ti, em que os teus inimigos te cercarão de trincheiras..." (Lc. 19:41-43).

Voltando ao caso do Titanic, Deus estava revelando ao meu espírito, por meio do espírito Santo, o que aquela cena representava. Como está escrito em Rm.8:14 "Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus." Não quero parecer presunçoso, me comparando com Jesus e Eliseu, mas os crentes do Novo Testamento tem o Espirito Profético dentro deles. Como está em I Co. 3:16 "Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?" E ainda em I Co. 6:19 "Ou não sabeis que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?" Deus trouxe ao meu espírito, por meio do Espírito Santo, que o que a tragédia do Titanic representava era o juízo final.

Foi no dia 14 de abril de 1912, às 23:40 horas, que o titanic colidiu com um Iceberg, quando se dirigia para Nova York, vindo da Inglaterra. Esse navio era o maior que tinha sido construído e a maior obra da engenharia humana. O entusiasmo daquela geração, pela conquista de uma tecnologia tão avançada, levou-os a dizer que nem Deus afundaria o Titanic. Principalmente os meios de comunicação, afirmavam repetidamente que o Titanic era insubmergível, e que "ninguém afundaria este navio." Havia no Titanic 2.228 pessoas, sendo que dessas, 1.523 pereceram, e somente 705 sobreviveram. A tragédia do Titanic lembra o episódio da Torre de Babel. (Gn.11).

A rebelião da Torre de Babel foi um grito de independência da humanidade em relação a Deus. Foi um demonstração de soberba, a qual Deus não deixou sem castigo. No caso do Titanic, a soberba era demonstrada pela confiança excessiva na ciência e na tecnologia.

Enquanto eu assistia ao desenrolar das cenas, o meu espírito se quebrantava, por entender que o fim do mundo vai ser assim. As pessoas estavam presas numa armadilha, da qual  não poderiam sair, a não ser por meio de um milagre. Naquele dia as pessoas verão a futilidade de deixarem Deus fora de suas vidas, sendo donas do seu próprio nariz. Só restará desespero, pois o dia da oportunidade passou. Enquanto estamos na época da graça, Deus ainda está com as mãos estendidas, esperando aqueles que querem abrir mãos de sua independência, e se voltarem para Deus, por meio de Jesus Cristo, através do arrependimento.

O sucesso do Titanic não deve ser atribuído ao talento dos autores do filme, e de seus efeitos especiais. Mas o sucesso do filme, é mais uma manifestação da misericórdia de Deus, "não querendo que niguém se perca, mas que todos venham ao arrependimento." Na verdade o filme é uma mensagem evangelística da parte de Deus, para chamar a atenção do mundo, antes da tragédia final, da qual o naufrágio do Titanic é apenas uma amostra.