terça-feira, 15 de dezembro de 2015

O PROCESSO DA FRUTIFICAÇÃO


“Elias era homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos, e orou, com instância, para que não chovesse sobre a terra, e, por três anos e seis meses, não choveu. E orou, de novo, e o céu deu chuva, e a terra produziu o seu fruto.” (Tg. 5:17,18).

1.       Tudo começa com oração, como foi o caso de Elias, pois Tiago diz que Elias orou instantemente ou fervorosamente. Portanto não foi uma oração qualquer, mas uma oração qualificada. O Antigo Testamento não diz nada sobre a primeira oração de Elias, para que não chovesse,  mas diz muitas coisas sobre a segunda oração, para que chovesse. Em I Rs. 18:41-46, diz que Elias meteu o rosto entre os joelhos, que é um tipo de oração chamada de oração de dores de parto. É o mesmo tipo de oração que Jesus fez quando ressuscitou Lázaro, pois João diz que Jesus “agitou-se no espírito e comoveu-se... Jesus, agitando-se novamente em si mesmo, encaminhou-se para o túmulo” (Jo.11:33,38). O apóstolo Paulo diz em Gálatas “meus filhos, por quem, de novo, sofro as dores de parto, até ser Cristo formado em vós” (Gl.4:19), e em I Co. 4:15 “Porque, ainda que tivésseis milhares de preceptores em Cristo, não teríeis, contudo, muitos pais; pois eu, pelo Evangelho, vos gerei em Cristo Jesus.” Então, qualquer coisa que tiver que ser gerada no mundo espiritual, tem de ser por meio da oração fervorosa, instante, perseverante, que envolve corpo, alma e espírito. Não pode ser uma oração qualquer, formal, fingida, dissimulada, como os fariseus faziam. “E, quando orardes, não sereis como os hipócritas; porque gostam de orar em pé nas sinagogas e nos cantos das praças, para serem vistos pelos homens.” (Nt.6:5). A Bíblia diz que “Ora, Isaque orou insistentemente ao Senhor por sua mulher porquanto ela era estéril; e o Senhor ouviu as suas orações, e Rebeca, sua mulher, concebeu.” (Gn.25:21). Isaque orou vinte anos, mas a bênção veio dobrada, pois nasceram gêmeos. Para que Jesus nascesse alguém pagou o preço. “Havia uma profetisa chamada Ana...Esta não deixava o templo, mas adorava noite e dia em jejuns e orações.” (Lc. 2:36,37).

2.       A segunda coisa que acontece é chuva, pois Tiago diz “e o céu deu chuva”, para que o processo de frutificação prossiga. Literalmente falando, para que a terra dê fruto é preciso que haja chuva. E a chuva está sob o controle de Deus. No tempo de Elias houve três anos e seis meses sem chover sobre a terra. Isso causou o que a Bíblia chama de fome, no Brasil é chamado de seca, e na economia é chamado de recessão, crise, etc. No caso de Elias, em I Rs. 18:41-46, começou com um ruído “porque já se ouve  ruído de abundante chuva” (v.41), e depois “uma nuvem pequena como a palma da mão do homem” (v.44), e depois&nbsp ; “os céus se enegreceram, com nuvens e vento, e caiu grande chuva” (v.45). No caso de Maria, depois que a profetisa Ana orou, o anjo disse a Maria “Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra; por isso, também o ente santo que há de nascer será chamado filho de Deus.” (Lc.1:35). Em vez de chuva, quem desceu foi o Espírito Santo, e não foi sobre a terra, mas sobre Maria. Isaías diz “Porque, assim como descem a chuva e a neve dos céus e para lá não tornam, sem que primeiro reguem a terra, e a fecundem, e a façam brotar, para dar semente ao semeador e pão ao que come, assim será a palavra que sair da minha boca: não voltará para mim vazia, mas fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a designei.” (Is.55:10,11). No caso de Isaque, embora a B&iacu te;blia não diga, podemos deduzir que foi o Espírito Santo quem desceu sobre Rebeca, do mesmo modo que desceu sobre Maria, e fez com que uma mulher estéril concebesse, ou seja, um milagre. Hoje não é diferente primeiro é a oração, e depois é a chuva, ou seja, o Espírito Santo, que Deus manda no tempo dele, seja para que milagre for.

3.       Tiago diz que o terceiro estágio do processo de frutificação, é que “a terra produziu o seu fruto”.  Novamente, literalmente falando, a terra só pode produzir fruto, se houver chuva sobre ela. No caso de Elias, a fome terminou ali, e no caso de Maria, ela concebeu quando o Espírito Santo desceu sobre ela. No caso da igreja primitiva, depois que ela orou dez dias, de modo “perseverante” (At.1:14), o Espírito Santo foi derramado, e cerca de três mil almas foram salvas. Seja para que finalidade for, o resultado tem obedecer essa ordem: oração qualificada, chuva derramada (Espírito Santo), fruto produzido (bênção, resultado, consequência). Ressalva: Deus decide o tempo de derramar o Espírito Santo. Por isso que a oração tem de ser perseverante. 

domingo, 6 de dezembro de 2015

FATORES DA SALVAÇÃO


          Em I Co. 6:9-11, Paulo diz que “Ou são sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus?...nem roubadores herdarão o reino de Deus.” Neste texto, ele elenca uma série de comportamentos pecaminosos, que tornam a pessoa injusta, e que a desqualificam para o reino de Deus. Neste caso, justo é quem não tem pecados, ou que, tendo-os, foram perdoados. Somente três pessoas humanas pisaram nesta terra sem pecado. Adão e Eva, antes da queda, e Jesus. Os demais seres humanos, todos foram pecadores, e, portanto, desqualificados para o reino de Deus. Mas, dos que foram injustos, por pecados pessoais ou herdados, serão justificados todos os que tiveram seus pecados perdoados. Neste texto, Paulo enumera os pecados que tornam  uma pessoa injusta, mas não esgota a lista.

1.       Impuros, PORNOI, fornicação, prostituição, pecado sexual.
2.       Idólatras, adorar imagem, física ou metafísica, adorar deuses falsos.
3.       Adúlteros, violar aliança de casamento, ou quebrar aliança com Deus, sendo amigo do mundo – Tg. 4:4; I Jo.2:15-17.
4.       Efeminados, comportamento de mulher em homem, homossexualidade passiva.
5.       Sodomitas, homossexualidade ativa, pederastia.
6.       Ladrões, os que roubam ou furtam bens de outros, de modo ilegal.
7.       Avarentos,  amor ao dinheiro ou ao lucro, obsessão por bens materiais.
8.       Bêbados, viciados em alcoolismo, alcoólatras.
9.       Maldizentes, murmuradores, queixosos, que falam mal dos outros, e das autoridades.
10.   Roubadores, aproveitadores, enganadores, oportunistas, que tiram coisas dos outros, mesmo de forma legal.
São dez comportamentos representativos da pecaminosidade do coração humano, contaminado pelo pecado.  E Paulo diz “Tais fostes alguns de vós”.  Em seguida ele passa a dizer como eles foram tornados aptos para o reino de Deus.

I-                    MAS FOSTES LAVADOS – I Co. 6:11, Neste caso, o primeiro passo do processo de reabilitação para o reino de Deus é a necessidade de ser lavado. O profeta Eliseu mandou dizer ao general sírio, Naamã “Vai, lava-te sete vezes no Jordão, e a tua carne será restaurada, e ficarás limpo.” (II Rs. 5:10). Em At. 22:16, Ananias diz a Saulo “E agora,por que te demoras? Levanta-te, recebe o batismo e lava os teus pecados, invocando o nome dele (de Jesus).” Quando Paulo diz, em I Co. 6:11 “mas fostes lavados”, está se referindo ao batismo nas águas, em nome de Jesus.

II-                  MAS FOSTES SANTIFICADOS – I Co. 6:11, depois de lavados, eles precisaram ser santificados, que é a efetiva purificação do coração, efetuada pelo espírito Santo, na experiência chamada de batismo no espírito Santo, ou receber o Espírito Santo. Quando Pedro fala no Concílio de Jerusalém, sobre o fato de os gentios terem recebido o Espírito Santo, ele diz: “Ora, Deus, que conhece os corações, lhes deu testemunho, concedendo Espírito Santo a eles, como também a nós nos concedera. E não estabeleceu distinção algu ma entre nós e eles, purificando-lhes pela fé o coração.” Mesmo tendo sido notórios pecadores, os coríntios foram santificados, quando receberam o Espírito Santo. “Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos?

III-                MAS FOSTES JUSTIFICADOS – I Co. 6:11, Mesmo tendo sido injustos no passado, pela prática daqueles pecados, esses coríntios foram justificados, porque os seus pecados foram perdoados.  Agora eles são justos, isto é, estão com a ficha limpa, e já nenhuma acusação há contra eles. “Concluímos, pois,  que o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da lei.” (Rm. 3:28). “Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo” (Rm.5:1). E Paulo conclui dizendo que tudo isso foi feito em nome de noss o Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus. O nome de Jesus é invocado no batismo, e o espírito Santo vem para selar o crente, como um selo de propriedade de Deus. “Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (Rm.10:13). “Levanta-te, recebe o batismo e lava os teus pecados, invocando o nome de Jesus” (At.22:16).

sábado, 5 de dezembro de 2015

A GRANDE TRIBULAÇÃO


1.       Conceito: Tribulação é o povo de Deus sendo perseguido por causa de sua fé em Deus ou em Jesus.
2.       Texto: Ap. 1:9; 6:9 “Eu, João, irmão vosso e companheiro na tribulação, no reino e na perseverança, em Jesus, achei-me na ilha chamada Patmos, por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus...Quando ele abriu o quinto selo, vi, debaixo do altar, as almas daqueles que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que sustentavam.”
3.       A grande tribulação: Jesus disse: “porque nesse tempo haverá grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido e nem haverá jamais”(Mt. 24:21). Ele prossegue dizendo “Não tivessem aqueles dias sido abreviados, ninguém seria salvo; mas, por causa dos escolhidos, tais dias serão abreviados” (Mt. 24:22). O holocausto Nazista, na segunda Guerra Mundial, contra os judeus, pode ser considerado a grande tribulação de Israel. Pelo que Jesus disse, a tribulação da igreja será pior.
4.       Jesus disse: “Então, sereis atribulados , e vos matarão. Sereis odiados de todas as nações, por causa do meu nome. Nesse tempo, muitos hão de se escandalizar, trair e odiar uns aos outros...E, por se multiplicar a iniquidade, o amor se esfriará de quase todos. Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo...É na vossa perseverança que ganhareis a vossa alma” (Mt.24:9-13; Lc. 21:19), e “Contudo, não se perderá um só fio de cabelo da vossa cabeça” (Lc.21:18).
5.       Jesus disse: “então, os que estiverem na Judeia fujam para os montes; quem estiver sobre o eirado não desça a tirar de casa alguma coisa; e quem estiver no campo não volte atrás para buscar a sua capa” (Mt.24:16-18). Literalmente Jesus está falando da destruição de Jerusalém, que aconteceu no ano 70 d.C., mas profeticamente, ele está dando um sinal de que na grande tribulação, nos últimos dias, a situação será semelhante. Ou seja, numa situação de emergência como essa, a vida, e somente a vida, será saldo. Jesus disse: “Quando, porém, virdes Jerusalém sitiada de exércitos, sabei que est&aac ute; próxima a sua devastação” (Lc.21:20). É interessante o que Deus fala a Ebede-Meleque, o etíope, numa Jerusalém sitiada: “Pois certamente te salvarei, e não cairás à espada, porque a tua vida te será como despojo, porquanto confiaste em mim” (Jr.39:18), e a Baruque, secretário de Jeremias, Numa situação semelhante: “E procuras tu grandezas? Não as procures; porque eis que trarei mal sobre toda a carne, diz o Senhor; a ti, porém, eu te darei a tua vida como despojo, em todo lugar para onde fores” (Jr.45:5). A vida física no A.T. se torna vida espiritual no N.T. , ou seja, mesmo que você morra fisicamente, a vida eterna está garantida.
6.       Jesus disse: “Logo em seguida à tribulação daqueles dias, o sol escurecerá, a lua não dará a sua claridade, as estrelas cairão do firmamento, e os poderes dos céus serão abalados. Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do homem” (Mt. 24:29,30). Uma coisa é a tribulação, e outra é o juízo de Deus, que começará depois da tribulação. “Logo depois da tribulação daqueles” contra o povo de Deus, é que começará o juízo de Deus, contra os moradores da terra, por terem perseguido a igreja, instrumentalizados por Satanás. Apocalipse parece descrever o mesmo cenário, pois diz: “O terceiro anjo tocou a trombeta, e caiu do céu sobre a terça parte dos rios, e sobre as fontes das águas uma grande estrela, ardendo como tocha (será um meteoro?)...O quinto anjo tocou a trombeta, e vi uma estrela caída do céu na terra. E foi-lhe dada a chave do poço do abismo” (Ap. 8:10; 9:1). “as estrelas cairão do firmamento, e os poderes dos céus serão abalados” (Mt.24:29).
7.       A tribulação de Noé. Alguém disse que a igreja não vai passar pela grande tribulação, porque Deus tirou Noé e sua família, antes de mandar o dilúvio. É um erro de interpretação. O dilúvio não foi tribulação, mas juízo de Deus. Tribulação pode ter sofrido Noé, enquanto construía a arca. A Bíblia não diz, mas ele pode ter sido alvo de zombaria, por parte daqueles a quem ele pregou, mas que não creram. Noé é chamado de “pregador da justiça” (II Pd.2:5). A tribulação de Noé foi durante o tempo em que ele pregou e construiu a arca, mas ningu&eac ute;m creu. Quando ele entrou na arca, Deus mandou o juízo para castigar aqueles incrédulos. A Bíblia diz que Deus “fez vir o dilúvio sobre o mundo dos ímpios” (II Pd.2:5). O dilúvio não foi tribulação, mas juízo de Deus sobre os ímpios. “Logo depois da tribulação daqueles dias, escurecerá o sol, e a lua não dará a sua luz” (Mt.24:29).
8.       A tribulação de Ló. Alguém disse que a igreja não vai passar pela grande tribulação, porque Deus tirou Ló da cidade, antes de destruí-la. É um erro de interpretação. A destruição de Sodoma não foi tribulação, mas juízo de Deus. A tribulação sofreu Ló, por parte dos moradores de Sodoma, enquanto morava lá. A Bíblia diz que Deus “livrou o justo Ló, afligido pelo procedimento libertino daquele daqueles insubordinados (porque este justo, pelo que via e ouvia quando habitava entre eles, atormentava a sua alma justa, cada dia, por causa das obras iníquas daqueles)” (II Pd.2:7,8). A B&iac ute;blia diz que os moradores de Sodoma “E arremessaram-se contra o homem, contra Ló, e se chegaram para arrombar a porta” (Gn.19:9). Ló sofreu tribulação nas mãos dos moradores de Sodoma, assim como os crentes sofrem ou vão sofrer tribulação nas mãos dos moradores deste mundo, que “jaz no maligno”. Paulo diz que “Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos” (II Tm. 3:12).
9.       A igreja já está passando pela grande tribulação na China e Coréia do Norte (Comunismo) e Oriente Médio (Islamismo), e a pergunta que temos de fazer é “quando chegará aqui?” Não é “se”, mas “quando”, pois a Escritura certamente se cumprirá. Apocalipse diz “Foi-lhe dado, também, que pelejasse contra os santos e os vencesse. Deu-se-lhe ainda autoridade sobre cada tribo, povo, língua e nação” (Ap. 13:7). Mas a igreja não deve ter medo, mas orar por eles, pois aquele que está conosco é maior do que aquele que está com eles. “Mas a besta foi aprisionada, e com ela o falso profeta que, c om os sinais feitos diante dela, seduziu aqueles que receberam a marca da besta e eram os adoradores da sua imagem. Os dois foram lançados vivos dentro do lago de fogo que arde com enxofre. Os restantes foram mortos com a espada que saía da boca daquele que estava montado no cavalo. E todas as aves se fartaram das suas carnes.” (Ap.19:20,21). 

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

A IRA VINDOURA


“para aguardardes dos céus o seu Filho, a quem ele ressuscitou dentre os mortos, Jesus, que nos livra da ira vindoura” (I Ts. 1:10).
          Durante muito tempo eu não sabia que havia depósitos de lama em Minas Gerais. Um depósito se rompeu, e há outros ameaçando se romper. Até mesmo quem sabia de sua existência, provavelmente não sabia do perigo dessas barragens se romperem. Pode até ser que alguém pode ter sido avisado, mas não deu crédito. Era a ira vindoura. Tenho pensado no tempo de Noé, quando este avisou do dilúvio vindouro, mas ninguém creu. Somente sua família acreditou nos seus avisos. Mas a ira vindoura chegou na forma do dilúvio, que matou toa a população do mundo daquela época. Deus prometeu nunca mais matar toda a população com um dilúvio de água, mas nada falou sobre um dilúvio de lama. Também Deus prometeu não tr azer mais um dilúvio universal, mas nada falou sobre um dilúvio local. A ira vindoura pode chegar a qualquer momento para uns, mas virá o dia em que chegará para todos, isto é, todos os que não estiverem preparados para ela. Noé e sua família estavam preparados, e nós temos de nos preparar. No texto acima, Paulo informa que o motivo de ansiarmos pela volta de Jesus, é que ele nos livra da ira vindoura. É a ira de Deus. Há vários tipos de ira. Em I Ts. 2:16, Paulo fala da ira que caiu sobre os judeus daquela época. “A ira, porém, sobreveio contra eles, definitivamente.” Não é essa a ira vindoura. João Batista, vendo muitos fariseus e saduceus vindo para serem batizados, lhes disse: “Raça de víboras, quem vos induziu a fugir da ira vindoura?” (Mt.3:7). Jesus, repreendendo os escribas e fariseus, lhes disse: “S erpentes, raça de víboras! Como escapareis da condenação do inferno?” (Mt.23:33). Paulo fala de outro tipo de ira, que não é a vindoura, mas atual. “A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens que detém a verdade pela injustiça” (Rm. 1:18). O pecado, neste caso, foi a idolatria, que significa servir a outros deuses, ou à sua representação, violando o primeiro mandamento do decálogo “Não terás outros deuses diante de mim” (Ex.20:3). “e mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, bem como de aves, quadrúpedes e répteis.” (Rm. 1:23). Neste caso, a ira de Deus se manifestou e se manifesta, ao entregar tais pessoas e seus descendentes, a espíritos de homossexualismo, como está escrito: “Por isso, Deus entregou tais homens a imundície...Por causa disso, os entregou Deus a paixões infames...E, por haverem desprezado o conhecimento de Deus, o próprio Deus os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem coisas inconvenientes” (Rm. 1: 24,26,28). Então, a pessoa que está dominada por um espírito de homossexualismo, não pode se libertar a si mesma. Mas Jesus disse “Se o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (Jo.8:36). Quando sofremos correção por parte de nossos pais terrenos, podemos nos revoltar, e nos encher de amargura, ou podemos aceitar a correção, reconhecendo que merecemos o castigo. Com Deus é a mesma coisa. A pessoa  que está nessa situação pode se revoltar, ou racionalizar, alegando que é normal, ou pode reconhecer a justiça de deus, e pedir ajuda a Jesus, que nos livra da ira vindoura e da atual. “Ora, na vossa luta contra o pecado, ainda não tendes resistido até ao sangue e estais esquecidos da exortação que, como filhos, discorre convosco: Filho meu, não menospreze a correção que vem do Senhor, nem desmaies quando por ele és reprovado; porque o senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho que recebe. É para disciplina que sofreis (Deus vos trata como filhos); pois que filho há que o pai não corrige?” (Hb.12:4-7). Mas isso ainda não é a ira vindoura. A ira vindoura é “Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos” (Mt.25:41). “E, se alguém não foi achado inscrito no livro da vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo” (Ap.20:15). A boa notícia é que Jesus nos livra da ira vindoura e da atual. Só sofrerá e ssa ira quem quiser.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

AS TRÊS DIMENSÕES DO HOMEM


          Geralmente se crê que o homem é constituído de três partes, teoria essa chamada de tricotomia. Outros creem que o homem é constituído de somente duas partes, teoria essa chamada de dicotomia. As três partes são corpo, alma e espírito, sendo essa a tricotomia. Os que creem que só existem duas partes, dizem que essas são o corpo, que é a parte física, e a alma ou espírito, a parte imaterial e invisível, sendo corpo e alma a mesma coisa. Todavia, creio eu que a tricotomia é que está certa, e a dificuldade consiste em distinguir a alma do espírito, já que ambas são invisíveis. Também devemos lembrar que a revelação é progressiva, e que no Antigo Testamento alma e espírito podem ser termos intercambi&aac ute;veis, ou seja, sinônimos, mas o Novo Testamento os separa. No A.T. o profeta Elias ressuscita o filho da viúva de Sarepta usando a palavra “alma”, enquanto que no N.T., Lucas usa a palavra “espírito” para descrever o mesmo fenômeno. “Ó Senhor, meu Deus, rogo-te que faças a alma deste menino tornar a entrar nele. O Senhor atendeu à voz de Elias; e a alma do menino tornou a entrar nele, e reviveu.” (I Rs. 17:21,22). “Menina, levanta-te! Voltou-lhe o espírito, ela imediatamente se levantou, e ele mandou que lhe dessem de comer.” (Lc. 8:54,55). Porém, o N.T.  separa mais claramente essas palavras quando diz “Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer  espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propó sitos do coração.” (Hb.4:12). “O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.” (I Ts. 5:23). A ainda “Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma,  de todo o teu entendimento e de toda a tua força.” (Mc. 12:30). Força aqui significa o corpo, que junto com alma e espírito, constituem a totalidade do homem, sendo o entendimento uma característica da alma.
1.       Rm. 12:1 “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.” Aqui é o corpo que está em consideração. Todo sacerdote tem a função de oferecer sacrifícios a Deus. No Ant. Testamento, os sacerdotes da Ordem de Arão, ofereciam sacrifícios mortos, pois matavam ou imolavam os animais que eram oferecidos a Deus. No Novo Testamento, cada crente é um sacerdote, só que não é da Ordem de Arão, mas da Ordem de Melquisedeque, e deve oferecer sacrifícios espirituais. “Por meio de Jesus, pois, ofereçamos a De us, sempre, sacrifício de louvor, que é o fruto de lábios que confessam o seu nome. Não negligencieis, igualmente, a prática do bem e a mútua cooperação; pois, com tais sacrifícios, Deus se compraz.” (Hb.13:15,16). Pedro também fala disso: “sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo.” (I Pd. 2:5). Paulo também fala disso “Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado.” (I Co. 9:27). Creio eu que ele está se referindo ao jejum. O jejum é o sacrifício do corpo, sendo um sacrifício vivo, pois o corpo não precisa ser morto, mas apenas mortificado. Toda pessoa que pensa em suicidar, seria melhor jejuar, po is estaria consagrando seu corpo a Deus.
2.       Rm.12:2 “E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” A renovação da mente tem a ver com a alma, e Paulo diz que a nossa transformação não é responsabilidade de Deus, mas nossa. Para sermos transformados teremos que renovar a nossa mente. E para renovar a mente teremos que enchê-la com a palavra de Deus. Alguém já disse que o homem é o produto do que lê e do que ouve. Já disse em outra ocasião que os pastores devem ler, e os crentes devem ouvir a palavra de Deus. Aliás, a palavra Metanóia, que &eacute ; traduzida por  arrependimento, significa mudança de mente. Para mudar a nossa mente, precisamos saturá-la com a palavra de Deus. Isso é doutrina, é ideologia, é um conjunto de ideias, conceitos, paradigmas, que devem gerar uma cosmovisão, que resulta numa cultura. Não é filosofia, nem psicologia, mas a palavra de Deus. Quem quiser mudar a mente, tem de enchê-la com a palavra de Deus. Então se cumprirá o que Paulo escreveu “Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento.” (Fl.4:8).
3.       Rm.12:3 “Porque pela graça que me foi dada, digo a cada um dentre vós que não tenha de si mesmo mais alto conceito do que convém; mas pense de si sobriamente, conforme a medida da fé que Deus, repartiu a cada um.”seguindo a cronologia do capítulo, este versículo se refere ao espírito, já que os dois primeiros se referiram ao corpo e à alma. E neste versículo três, Paulo começa a falar sobre os dons espirituais, e aconselha a não se ter um conceito de si mesmo mais elevado do que convém. Ou seja, a nossa importância na igreja é medida pelo dom que recebemos. Ele diz “Se é profecia, seja segundo a proporção da f&e acute;;  se ministério, dediquemo-nos ao ministério; ou o que ensina esmere-se no fazê-lo; ou o que exorta faça-o com dedicação; o que contribui, com liberalidade; o que preside,com diligência; quem exerce misericórdia, com alegria.” É uma cilada pensar que somos muito importantes, quando, na verdade, não somos. Em outro texto, Paulo dá uma dica “pois quem profetisa é superior ao que fala em outras línguas, salvo se as interpretar, para que a igreja receba edificação.” (I Co. 14:5). A importância do dom está na devida proporção ao quanto edifica a igreja. O dom que mais edifica a igreja é mais importante. Porque as línguas tinham uma aparência misteriosa, pensavam que era muito importante. Mas não era, porque ninguém entendia o que estava sendo dito, e em nada edificava a igreja. Entã o, o que é importante é o que é entendido, pois transmite uma mensagem, que é entendida, renova a mente, e transforma quem ouve. O Espírito Santo se manifesta na igreja por meio dos dons espirituais. “A manifestação do Espírito é concedida a cada um visando a um fim proveitoso.” (I Co.12:7). Então, mortificamos o corpo com o jejum, renovamos a mente com a palavra de Deus, e edificamos o espírito pelo exercício dos dons espirituais.