sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

A PROSTITUIÇÃO DA IGREJA


Gn.12:10-20; 20:1-18.

Tipologia.  Sara representa a igreja, Abraão representa os pastores, Faraó representa satanás ou os poderes políticos deste mundo, a terra de Canaã representa o ambiente da igreja. No primeiro caso houve fome na terra de Canaã, que é um tempo difícil na igreja, quando as necessidades das pessoas não são supridas. A tentação é ir buscar no mundo a solução dos problemas, como Abraão fez. Só que Abraão inventou uma mentira dizendo que Sara era sua irmã,para enganar os egípcios. Abraão fez isso tanto em Gn.12:10-20 quanto em Gn. 20:2. Aqui há uma lição. Quando Abraão nega que Sara é sua mulher, é como se a repudiasse, e a induz à prostituição ou ao adultério. Jesus disse: “qualquer que repudiar sua mulher, a não ser por causa de prostituição, faz que ela cometa adultério, e qualquer que casar com a repudiada comete adultério.” (Mt.5:32). Espiritualizando. Jesus é o noivo ou esposo da igreja, enquanto que os pastores são uma espécie de maridos provisórios. É como se Jesus fosse o marido da igreja Universal, e os pastores são maridos das igrejas locais. Bem, quando Abraão disse que Sara era sua irmã, e não sua mulher, declarou quer não tinha intimidade com ela, pois não se tem normalmente, intimidade com a irmã. E com isso a tornou disponível para que outros homens a cobiçassem e a tomassem, como aconteceu com Faraó. Então, tanto Sara como Faraó foram induzidos ao adultério por intermédio de Abraão, de acordo com as palavras de Jesus. Espiritualizando. Os pastores de hoje que disponibilizam suas igrejas para os políticos e para os empresários, estão caindo na mesma palavra, ainda que o façam bem intencionados. Ou seja, estão prostituindo suas igrejas, para não dizer, as igrejas de Jesus. O motivo que Abraão deu foi “Porque eu dizia comigo: Certamente não há temor de Deus neste lugar, e eles me matarão por amor da minha mulher.” (Gn. 20:11). Foi falta de fé de Abraão. Jesus é o provedor da igreja, ou seja,o sustentador, como todo o marido deveria ser, segundo a Bíblia. A prosperidade de Abraão, nesse tempo, veio de Faraó, não de Deus. “E fez bem a Abraão por amor dela; e ele teve ovelhas, e vacas, e jumentos, e servos, e servas, e jumentas e camelos.” (Gn.12:16). “Então tomou Abimeleque (rei dos filisteus) ovelhas e vacas, e servos e servas, e os deu a Abraão, e restituiu-lhe Sara, sua mulher.” (Gn.20:14). Nesse tempo, Deus não foi para Abraão Jeová-Jiré, pois a sua prosperidade não veio de Deus, mas de Faraó, rei do Egito, e de Abimeleque, rei dos filisteus. E tudo isso, em troca de Sara, que se tornou em objeto de comércio, ou de negócio. Pedro disse: “E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas”.  (II Pd. 2:3). A proteção é outra prerrogativa que compete a Deus ou a Cristo, como maridos. Abraão, por medo, foi buscar proteção em Faraó, rei do Egito. Tanto a proteção, quanto a provisão, devem ser objetos de fé, por parte das igrejas e de seus pastores. Porém, se os pastores não confiarem em Deus, irão buscar proteção nos políticos, ou mesmo no Estado, e provisão, nos empresários, que, supostamente, são os que têm dinheiro. A Bíblia diz: “Feriu, porém, o Senhor  a Faraó com grandes pragas, e a sua casa, por causa de Sarai, mulher de Abrão. “ (Gn. 12:17). Eu tenho me perguntado se as grandes pragas que tem acontecido no Brasil, nos dias de hoje, são por causa dos descrentes, ou por causa dos crentes. Creio que esse texto dá a resposta. A Bíblia diz: “E aconteceu que, entrando Abrão no Egito,  viram os egípcios  a mulher, que era mui formosa.” (Gn.12:14). Paulo diz que a igreja é “igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante,  mas santa e irrepreensível.” (Ef. 5:27). A beleza da igreja atrai a cobiça dos políticos (à procura de votos), e dos empresários ( a procura de lucro), e por tudo o dinheiro responde.  A igreja prostituída aparece em Apocalipse: “Mistério, a grande Babilônia, a mãe das prostituições e abominações da terra...(Ap.17:5). “E os reis da terra (os políticos), que se prostituíram com ela, e viveram em delícias, a chorarão, e sobre ela prantearão, quando virem o fumo do seu incêndio.” (Ap. 18:9). “ Os mercadores( os empresários) destas coisas, que com ela se enriqueceram, estarão de longe, pelo temor do seu tormento, chorando e lamentando.” (Ap. 18:15). Deus diz ao rei dos filisteus: “Agora pois restitui a mulher ao seu marido, porque profeta é, e rogará por ti, para que vivas...E orou Abraão a Deus, e sarou Deus a Abimeleque, e à sua mulher, e às suas servas, de maneira que tiveram filhos; porque o Senhor havia fechado totalmente todas as madres da casa de Abimeleque, por causa de sara, mulher de Abraão.” (Gn.20:7,17,18). Ainda há tempo de os pastores brasileiros, que estão nessa situação, reverterem o jogo em favor do Brasil, tomando de volta a igreja das mãos dos políticos e dos empresários, orando em seu favor, para a que a esterilidade saia e venha prosperidade na nação, tanto para os políticos, quanto para os empresários, da parte de Deus, mas não em troca da prostituição da igreja. 

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

AS DEZ PRAGAS DO EGITO

As dez pragas do Egito são:
1.       Água transformada em sangue – Ex. 7:20
2.       Rãs  -  Ex. 8:6
3.       Piolhos  -  Ex. 8:16-19
4.       Moscas  -  Ex. 8:20-32
5.       Peste nos animais  - Ex. 9:1-7
6.       Úlceras  -  Ex. 9:8-12
7.       Chuva de Pedras  -  Ex.9:18
8.       Gafanhotos -  Ex. 10:1-19
9.       Trevas  -  Ex. 10:21-29
10.   Morte dos primogênitos  - Ex. 11:5
          Essas famosas pragas do Egito, na verdade, são milagres, tecnicamente chamados na Bíblia de Sinais e Prodígios ou Sinais e Maravilhas. Na verdade, é um dos dons espirituais revelados em I Co. 12:10 “a outro , operação de milagres”. É também uma característica apostólica, como Paulo diz em II Co. 12:12 “Pois as credenciais do apostolado foram apresentadas no meio de vós, com toda a persistência,por sinais, prodígios e poderes miraculosos.” Também o livro de Atos registra o exercício desse dom, por meio dos apóstolos: “Em cada alma havia temor; e muitos prodígios e sinais eram feitos por intermédio dos apóstolos.” (At.2:43). E ainda: “Muitos sinais e prodígios eram feitos entre o povo pelas mãos dos apóstolos.” (At. 5:12). Para sermos justos, convém informar que somente Filipe e Estêvão, que não eram apóstolços, fizeram sinais e prodígios. Mas eram diáconos, e receberam a imposição dos mãos dos apóstolos. A intenção aqui é ensinar que não é qualquer crente que pode fazer milagres, mas, mesmo Jo. 14:12 deve se sujeitar a essas regras hermenêuticas. Moisés e Arão fizeram esses milagres porque, mesmo no Antigo Testamento, estavam investidos de uma autoridade apostólica, pois haviam sido enviados por Deus. Deus havia dito a Moisés que o faraó não deixaria Israel ir embora senão por uma forte mão. Moisés disse a faraó: “Assim diz o Senhor...Deixa ir o meu povo, para que me sirva” (Ex. 10:3). E a Bíblia diz: “Tendo Faraó deixado ir o povo...” (Ex. 13:17). Por que será que Deus precisava da autorização de Faraó para libertar seu povo, já que Deus é soberano e Todo-Poderoso? Porque Deus age na legalidade e não na ilegalidade. Deus respeitava a autoridade de Faraó e não queria passar por cima dela. Mas Deus realizou as dez pragas, ou juízos, por leio de Moisés e Arão, a fim de obrigar Faraó liberar o povo. Os oficiais de Faraó lhe disseram: “Acaso, não sabes ainda que o Egito está arruinado?” (Ex. 10:7). A mesma coisa com a Presidenta do Brasil hoje. Deus não vai violar a autoridade do governo, mas pode arruinar a nação para obrigá-la a renunciar. Voltemos à questão espiritual. No Novo Testamento, Deus, por meio de pessoas escolhidas, realiza Sinais e prodígios, para obrigar Satanás a liberar as pessoas que ele mantém cativas. Jesus disse ao apóstolo Paulo: “Eu te envio aos gentios, para lhes abrires os olhos e os converteres das trevas para a luz e da autoridade de Satanás para Deus, a fim de que recebam eles remissão de pecados e herança entre os que são santificados pela fé em mim.” (At.26:17,18). E em At. 19:11 “E Deus, pelas mãos de Paulo, fazia milagres extraordinários”. “Muitos dos que creram vieram confessando e denunciando publicamente as suas próprias obras...Assim, a Palavra do Senhor crescia e prevalecia poderosamente.” (At.19:18-20). Mas temos de ter prudência, pois no Egito, os feiticeiros de Faraó reproduziram as duas primeiras pragas, mas na terceira, não conseguiram. (Ex. 7:22; 8:7, 18). No N.T. Jesus advertiu: “porque surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos.” (Mt.24:24). Paulo também advertiu: “Ora, o aparecimento do iníquo é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais, e prodígios da mentira, e com todo engano de injustiça aos que perecem, porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos.” (II Ts. 2:9, 10). Então, cautela. Há milagres verdadeiros e milagres falsos. Temos de orar e pedir a Deus discernimento, para distinguir uns dos outros.