terça-feira, 15 de dezembro de 2015

O PROCESSO DA FRUTIFICAÇÃO


“Elias era homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos, e orou, com instância, para que não chovesse sobre a terra, e, por três anos e seis meses, não choveu. E orou, de novo, e o céu deu chuva, e a terra produziu o seu fruto.” (Tg. 5:17,18).

1.       Tudo começa com oração, como foi o caso de Elias, pois Tiago diz que Elias orou instantemente ou fervorosamente. Portanto não foi uma oração qualquer, mas uma oração qualificada. O Antigo Testamento não diz nada sobre a primeira oração de Elias, para que não chovesse,  mas diz muitas coisas sobre a segunda oração, para que chovesse. Em I Rs. 18:41-46, diz que Elias meteu o rosto entre os joelhos, que é um tipo de oração chamada de oração de dores de parto. É o mesmo tipo de oração que Jesus fez quando ressuscitou Lázaro, pois João diz que Jesus “agitou-se no espírito e comoveu-se... Jesus, agitando-se novamente em si mesmo, encaminhou-se para o túmulo” (Jo.11:33,38). O apóstolo Paulo diz em Gálatas “meus filhos, por quem, de novo, sofro as dores de parto, até ser Cristo formado em vós” (Gl.4:19), e em I Co. 4:15 “Porque, ainda que tivésseis milhares de preceptores em Cristo, não teríeis, contudo, muitos pais; pois eu, pelo Evangelho, vos gerei em Cristo Jesus.” Então, qualquer coisa que tiver que ser gerada no mundo espiritual, tem de ser por meio da oração fervorosa, instante, perseverante, que envolve corpo, alma e espírito. Não pode ser uma oração qualquer, formal, fingida, dissimulada, como os fariseus faziam. “E, quando orardes, não sereis como os hipócritas; porque gostam de orar em pé nas sinagogas e nos cantos das praças, para serem vistos pelos homens.” (Nt.6:5). A Bíblia diz que “Ora, Isaque orou insistentemente ao Senhor por sua mulher porquanto ela era estéril; e o Senhor ouviu as suas orações, e Rebeca, sua mulher, concebeu.” (Gn.25:21). Isaque orou vinte anos, mas a bênção veio dobrada, pois nasceram gêmeos. Para que Jesus nascesse alguém pagou o preço. “Havia uma profetisa chamada Ana...Esta não deixava o templo, mas adorava noite e dia em jejuns e orações.” (Lc. 2:36,37).

2.       A segunda coisa que acontece é chuva, pois Tiago diz “e o céu deu chuva”, para que o processo de frutificação prossiga. Literalmente falando, para que a terra dê fruto é preciso que haja chuva. E a chuva está sob o controle de Deus. No tempo de Elias houve três anos e seis meses sem chover sobre a terra. Isso causou o que a Bíblia chama de fome, no Brasil é chamado de seca, e na economia é chamado de recessão, crise, etc. No caso de Elias, em I Rs. 18:41-46, começou com um ruído “porque já se ouve  ruído de abundante chuva” (v.41), e depois “uma nuvem pequena como a palma da mão do homem” (v.44), e depois&nbsp ; “os céus se enegreceram, com nuvens e vento, e caiu grande chuva” (v.45). No caso de Maria, depois que a profetisa Ana orou, o anjo disse a Maria “Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra; por isso, também o ente santo que há de nascer será chamado filho de Deus.” (Lc.1:35). Em vez de chuva, quem desceu foi o Espírito Santo, e não foi sobre a terra, mas sobre Maria. Isaías diz “Porque, assim como descem a chuva e a neve dos céus e para lá não tornam, sem que primeiro reguem a terra, e a fecundem, e a façam brotar, para dar semente ao semeador e pão ao que come, assim será a palavra que sair da minha boca: não voltará para mim vazia, mas fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a designei.” (Is.55:10,11). No caso de Isaque, embora a B&iacu te;blia não diga, podemos deduzir que foi o Espírito Santo quem desceu sobre Rebeca, do mesmo modo que desceu sobre Maria, e fez com que uma mulher estéril concebesse, ou seja, um milagre. Hoje não é diferente primeiro é a oração, e depois é a chuva, ou seja, o Espírito Santo, que Deus manda no tempo dele, seja para que milagre for.

3.       Tiago diz que o terceiro estágio do processo de frutificação, é que “a terra produziu o seu fruto”.  Novamente, literalmente falando, a terra só pode produzir fruto, se houver chuva sobre ela. No caso de Elias, a fome terminou ali, e no caso de Maria, ela concebeu quando o Espírito Santo desceu sobre ela. No caso da igreja primitiva, depois que ela orou dez dias, de modo “perseverante” (At.1:14), o Espírito Santo foi derramado, e cerca de três mil almas foram salvas. Seja para que finalidade for, o resultado tem obedecer essa ordem: oração qualificada, chuva derramada (Espírito Santo), fruto produzido (bênção, resultado, consequência). Ressalva: Deus decide o tempo de derramar o Espírito Santo. Por isso que a oração tem de ser perseverante. 

domingo, 6 de dezembro de 2015

FATORES DA SALVAÇÃO


          Em I Co. 6:9-11, Paulo diz que “Ou são sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus?...nem roubadores herdarão o reino de Deus.” Neste texto, ele elenca uma série de comportamentos pecaminosos, que tornam a pessoa injusta, e que a desqualificam para o reino de Deus. Neste caso, justo é quem não tem pecados, ou que, tendo-os, foram perdoados. Somente três pessoas humanas pisaram nesta terra sem pecado. Adão e Eva, antes da queda, e Jesus. Os demais seres humanos, todos foram pecadores, e, portanto, desqualificados para o reino de Deus. Mas, dos que foram injustos, por pecados pessoais ou herdados, serão justificados todos os que tiveram seus pecados perdoados. Neste texto, Paulo enumera os pecados que tornam  uma pessoa injusta, mas não esgota a lista.

1.       Impuros, PORNOI, fornicação, prostituição, pecado sexual.
2.       Idólatras, adorar imagem, física ou metafísica, adorar deuses falsos.
3.       Adúlteros, violar aliança de casamento, ou quebrar aliança com Deus, sendo amigo do mundo – Tg. 4:4; I Jo.2:15-17.
4.       Efeminados, comportamento de mulher em homem, homossexualidade passiva.
5.       Sodomitas, homossexualidade ativa, pederastia.
6.       Ladrões, os que roubam ou furtam bens de outros, de modo ilegal.
7.       Avarentos,  amor ao dinheiro ou ao lucro, obsessão por bens materiais.
8.       Bêbados, viciados em alcoolismo, alcoólatras.
9.       Maldizentes, murmuradores, queixosos, que falam mal dos outros, e das autoridades.
10.   Roubadores, aproveitadores, enganadores, oportunistas, que tiram coisas dos outros, mesmo de forma legal.
São dez comportamentos representativos da pecaminosidade do coração humano, contaminado pelo pecado.  E Paulo diz “Tais fostes alguns de vós”.  Em seguida ele passa a dizer como eles foram tornados aptos para o reino de Deus.

I-                    MAS FOSTES LAVADOS – I Co. 6:11, Neste caso, o primeiro passo do processo de reabilitação para o reino de Deus é a necessidade de ser lavado. O profeta Eliseu mandou dizer ao general sírio, Naamã “Vai, lava-te sete vezes no Jordão, e a tua carne será restaurada, e ficarás limpo.” (II Rs. 5:10). Em At. 22:16, Ananias diz a Saulo “E agora,por que te demoras? Levanta-te, recebe o batismo e lava os teus pecados, invocando o nome dele (de Jesus).” Quando Paulo diz, em I Co. 6:11 “mas fostes lavados”, está se referindo ao batismo nas águas, em nome de Jesus.

II-                  MAS FOSTES SANTIFICADOS – I Co. 6:11, depois de lavados, eles precisaram ser santificados, que é a efetiva purificação do coração, efetuada pelo espírito Santo, na experiência chamada de batismo no espírito Santo, ou receber o Espírito Santo. Quando Pedro fala no Concílio de Jerusalém, sobre o fato de os gentios terem recebido o Espírito Santo, ele diz: “Ora, Deus, que conhece os corações, lhes deu testemunho, concedendo Espírito Santo a eles, como também a nós nos concedera. E não estabeleceu distinção algu ma entre nós e eles, purificando-lhes pela fé o coração.” Mesmo tendo sido notórios pecadores, os coríntios foram santificados, quando receberam o Espírito Santo. “Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos?

III-                MAS FOSTES JUSTIFICADOS – I Co. 6:11, Mesmo tendo sido injustos no passado, pela prática daqueles pecados, esses coríntios foram justificados, porque os seus pecados foram perdoados.  Agora eles são justos, isto é, estão com a ficha limpa, e já nenhuma acusação há contra eles. “Concluímos, pois,  que o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da lei.” (Rm. 3:28). “Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo” (Rm.5:1). E Paulo conclui dizendo que tudo isso foi feito em nome de noss o Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus. O nome de Jesus é invocado no batismo, e o espírito Santo vem para selar o crente, como um selo de propriedade de Deus. “Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (Rm.10:13). “Levanta-te, recebe o batismo e lava os teus pecados, invocando o nome de Jesus” (At.22:16).

sábado, 5 de dezembro de 2015

A GRANDE TRIBULAÇÃO


1.       Conceito: Tribulação é o povo de Deus sendo perseguido por causa de sua fé em Deus ou em Jesus.
2.       Texto: Ap. 1:9; 6:9 “Eu, João, irmão vosso e companheiro na tribulação, no reino e na perseverança, em Jesus, achei-me na ilha chamada Patmos, por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus...Quando ele abriu o quinto selo, vi, debaixo do altar, as almas daqueles que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que sustentavam.”
3.       A grande tribulação: Jesus disse: “porque nesse tempo haverá grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido e nem haverá jamais”(Mt. 24:21). Ele prossegue dizendo “Não tivessem aqueles dias sido abreviados, ninguém seria salvo; mas, por causa dos escolhidos, tais dias serão abreviados” (Mt. 24:22). O holocausto Nazista, na segunda Guerra Mundial, contra os judeus, pode ser considerado a grande tribulação de Israel. Pelo que Jesus disse, a tribulação da igreja será pior.
4.       Jesus disse: “Então, sereis atribulados , e vos matarão. Sereis odiados de todas as nações, por causa do meu nome. Nesse tempo, muitos hão de se escandalizar, trair e odiar uns aos outros...E, por se multiplicar a iniquidade, o amor se esfriará de quase todos. Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo...É na vossa perseverança que ganhareis a vossa alma” (Mt.24:9-13; Lc. 21:19), e “Contudo, não se perderá um só fio de cabelo da vossa cabeça” (Lc.21:18).
5.       Jesus disse: “então, os que estiverem na Judeia fujam para os montes; quem estiver sobre o eirado não desça a tirar de casa alguma coisa; e quem estiver no campo não volte atrás para buscar a sua capa” (Mt.24:16-18). Literalmente Jesus está falando da destruição de Jerusalém, que aconteceu no ano 70 d.C., mas profeticamente, ele está dando um sinal de que na grande tribulação, nos últimos dias, a situação será semelhante. Ou seja, numa situação de emergência como essa, a vida, e somente a vida, será saldo. Jesus disse: “Quando, porém, virdes Jerusalém sitiada de exércitos, sabei que est&aac ute; próxima a sua devastação” (Lc.21:20). É interessante o que Deus fala a Ebede-Meleque, o etíope, numa Jerusalém sitiada: “Pois certamente te salvarei, e não cairás à espada, porque a tua vida te será como despojo, porquanto confiaste em mim” (Jr.39:18), e a Baruque, secretário de Jeremias, Numa situação semelhante: “E procuras tu grandezas? Não as procures; porque eis que trarei mal sobre toda a carne, diz o Senhor; a ti, porém, eu te darei a tua vida como despojo, em todo lugar para onde fores” (Jr.45:5). A vida física no A.T. se torna vida espiritual no N.T. , ou seja, mesmo que você morra fisicamente, a vida eterna está garantida.
6.       Jesus disse: “Logo em seguida à tribulação daqueles dias, o sol escurecerá, a lua não dará a sua claridade, as estrelas cairão do firmamento, e os poderes dos céus serão abalados. Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do homem” (Mt. 24:29,30). Uma coisa é a tribulação, e outra é o juízo de Deus, que começará depois da tribulação. “Logo depois da tribulação daqueles” contra o povo de Deus, é que começará o juízo de Deus, contra os moradores da terra, por terem perseguido a igreja, instrumentalizados por Satanás. Apocalipse parece descrever o mesmo cenário, pois diz: “O terceiro anjo tocou a trombeta, e caiu do céu sobre a terça parte dos rios, e sobre as fontes das águas uma grande estrela, ardendo como tocha (será um meteoro?)...O quinto anjo tocou a trombeta, e vi uma estrela caída do céu na terra. E foi-lhe dada a chave do poço do abismo” (Ap. 8:10; 9:1). “as estrelas cairão do firmamento, e os poderes dos céus serão abalados” (Mt.24:29).
7.       A tribulação de Noé. Alguém disse que a igreja não vai passar pela grande tribulação, porque Deus tirou Noé e sua família, antes de mandar o dilúvio. É um erro de interpretação. O dilúvio não foi tribulação, mas juízo de Deus. Tribulação pode ter sofrido Noé, enquanto construía a arca. A Bíblia não diz, mas ele pode ter sido alvo de zombaria, por parte daqueles a quem ele pregou, mas que não creram. Noé é chamado de “pregador da justiça” (II Pd.2:5). A tribulação de Noé foi durante o tempo em que ele pregou e construiu a arca, mas ningu&eac ute;m creu. Quando ele entrou na arca, Deus mandou o juízo para castigar aqueles incrédulos. A Bíblia diz que Deus “fez vir o dilúvio sobre o mundo dos ímpios” (II Pd.2:5). O dilúvio não foi tribulação, mas juízo de Deus sobre os ímpios. “Logo depois da tribulação daqueles dias, escurecerá o sol, e a lua não dará a sua luz” (Mt.24:29).
8.       A tribulação de Ló. Alguém disse que a igreja não vai passar pela grande tribulação, porque Deus tirou Ló da cidade, antes de destruí-la. É um erro de interpretação. A destruição de Sodoma não foi tribulação, mas juízo de Deus. A tribulação sofreu Ló, por parte dos moradores de Sodoma, enquanto morava lá. A Bíblia diz que Deus “livrou o justo Ló, afligido pelo procedimento libertino daquele daqueles insubordinados (porque este justo, pelo que via e ouvia quando habitava entre eles, atormentava a sua alma justa, cada dia, por causa das obras iníquas daqueles)” (II Pd.2:7,8). A B&iac ute;blia diz que os moradores de Sodoma “E arremessaram-se contra o homem, contra Ló, e se chegaram para arrombar a porta” (Gn.19:9). Ló sofreu tribulação nas mãos dos moradores de Sodoma, assim como os crentes sofrem ou vão sofrer tribulação nas mãos dos moradores deste mundo, que “jaz no maligno”. Paulo diz que “Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos” (II Tm. 3:12).
9.       A igreja já está passando pela grande tribulação na China e Coréia do Norte (Comunismo) e Oriente Médio (Islamismo), e a pergunta que temos de fazer é “quando chegará aqui?” Não é “se”, mas “quando”, pois a Escritura certamente se cumprirá. Apocalipse diz “Foi-lhe dado, também, que pelejasse contra os santos e os vencesse. Deu-se-lhe ainda autoridade sobre cada tribo, povo, língua e nação” (Ap. 13:7). Mas a igreja não deve ter medo, mas orar por eles, pois aquele que está conosco é maior do que aquele que está com eles. “Mas a besta foi aprisionada, e com ela o falso profeta que, c om os sinais feitos diante dela, seduziu aqueles que receberam a marca da besta e eram os adoradores da sua imagem. Os dois foram lançados vivos dentro do lago de fogo que arde com enxofre. Os restantes foram mortos com a espada que saía da boca daquele que estava montado no cavalo. E todas as aves se fartaram das suas carnes.” (Ap.19:20,21). 

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

A IRA VINDOURA


“para aguardardes dos céus o seu Filho, a quem ele ressuscitou dentre os mortos, Jesus, que nos livra da ira vindoura” (I Ts. 1:10).
          Durante muito tempo eu não sabia que havia depósitos de lama em Minas Gerais. Um depósito se rompeu, e há outros ameaçando se romper. Até mesmo quem sabia de sua existência, provavelmente não sabia do perigo dessas barragens se romperem. Pode até ser que alguém pode ter sido avisado, mas não deu crédito. Era a ira vindoura. Tenho pensado no tempo de Noé, quando este avisou do dilúvio vindouro, mas ninguém creu. Somente sua família acreditou nos seus avisos. Mas a ira vindoura chegou na forma do dilúvio, que matou toa a população do mundo daquela época. Deus prometeu nunca mais matar toda a população com um dilúvio de água, mas nada falou sobre um dilúvio de lama. Também Deus prometeu não tr azer mais um dilúvio universal, mas nada falou sobre um dilúvio local. A ira vindoura pode chegar a qualquer momento para uns, mas virá o dia em que chegará para todos, isto é, todos os que não estiverem preparados para ela. Noé e sua família estavam preparados, e nós temos de nos preparar. No texto acima, Paulo informa que o motivo de ansiarmos pela volta de Jesus, é que ele nos livra da ira vindoura. É a ira de Deus. Há vários tipos de ira. Em I Ts. 2:16, Paulo fala da ira que caiu sobre os judeus daquela época. “A ira, porém, sobreveio contra eles, definitivamente.” Não é essa a ira vindoura. João Batista, vendo muitos fariseus e saduceus vindo para serem batizados, lhes disse: “Raça de víboras, quem vos induziu a fugir da ira vindoura?” (Mt.3:7). Jesus, repreendendo os escribas e fariseus, lhes disse: “S erpentes, raça de víboras! Como escapareis da condenação do inferno?” (Mt.23:33). Paulo fala de outro tipo de ira, que não é a vindoura, mas atual. “A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens que detém a verdade pela injustiça” (Rm. 1:18). O pecado, neste caso, foi a idolatria, que significa servir a outros deuses, ou à sua representação, violando o primeiro mandamento do decálogo “Não terás outros deuses diante de mim” (Ex.20:3). “e mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, bem como de aves, quadrúpedes e répteis.” (Rm. 1:23). Neste caso, a ira de Deus se manifestou e se manifesta, ao entregar tais pessoas e seus descendentes, a espíritos de homossexualismo, como está escrito: “Por isso, Deus entregou tais homens a imundície...Por causa disso, os entregou Deus a paixões infames...E, por haverem desprezado o conhecimento de Deus, o próprio Deus os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem coisas inconvenientes” (Rm. 1: 24,26,28). Então, a pessoa que está dominada por um espírito de homossexualismo, não pode se libertar a si mesma. Mas Jesus disse “Se o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (Jo.8:36). Quando sofremos correção por parte de nossos pais terrenos, podemos nos revoltar, e nos encher de amargura, ou podemos aceitar a correção, reconhecendo que merecemos o castigo. Com Deus é a mesma coisa. A pessoa  que está nessa situação pode se revoltar, ou racionalizar, alegando que é normal, ou pode reconhecer a justiça de deus, e pedir ajuda a Jesus, que nos livra da ira vindoura e da atual. “Ora, na vossa luta contra o pecado, ainda não tendes resistido até ao sangue e estais esquecidos da exortação que, como filhos, discorre convosco: Filho meu, não menospreze a correção que vem do Senhor, nem desmaies quando por ele és reprovado; porque o senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho que recebe. É para disciplina que sofreis (Deus vos trata como filhos); pois que filho há que o pai não corrige?” (Hb.12:4-7). Mas isso ainda não é a ira vindoura. A ira vindoura é “Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos” (Mt.25:41). “E, se alguém não foi achado inscrito no livro da vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo” (Ap.20:15). A boa notícia é que Jesus nos livra da ira vindoura e da atual. Só sofrerá e ssa ira quem quiser.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

AS TRÊS DIMENSÕES DO HOMEM


          Geralmente se crê que o homem é constituído de três partes, teoria essa chamada de tricotomia. Outros creem que o homem é constituído de somente duas partes, teoria essa chamada de dicotomia. As três partes são corpo, alma e espírito, sendo essa a tricotomia. Os que creem que só existem duas partes, dizem que essas são o corpo, que é a parte física, e a alma ou espírito, a parte imaterial e invisível, sendo corpo e alma a mesma coisa. Todavia, creio eu que a tricotomia é que está certa, e a dificuldade consiste em distinguir a alma do espírito, já que ambas são invisíveis. Também devemos lembrar que a revelação é progressiva, e que no Antigo Testamento alma e espírito podem ser termos intercambi&aac ute;veis, ou seja, sinônimos, mas o Novo Testamento os separa. No A.T. o profeta Elias ressuscita o filho da viúva de Sarepta usando a palavra “alma”, enquanto que no N.T., Lucas usa a palavra “espírito” para descrever o mesmo fenômeno. “Ó Senhor, meu Deus, rogo-te que faças a alma deste menino tornar a entrar nele. O Senhor atendeu à voz de Elias; e a alma do menino tornou a entrar nele, e reviveu.” (I Rs. 17:21,22). “Menina, levanta-te! Voltou-lhe o espírito, ela imediatamente se levantou, e ele mandou que lhe dessem de comer.” (Lc. 8:54,55). Porém, o N.T.  separa mais claramente essas palavras quando diz “Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer  espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propó sitos do coração.” (Hb.4:12). “O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.” (I Ts. 5:23). A ainda “Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma,  de todo o teu entendimento e de toda a tua força.” (Mc. 12:30). Força aqui significa o corpo, que junto com alma e espírito, constituem a totalidade do homem, sendo o entendimento uma característica da alma.
1.       Rm. 12:1 “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.” Aqui é o corpo que está em consideração. Todo sacerdote tem a função de oferecer sacrifícios a Deus. No Ant. Testamento, os sacerdotes da Ordem de Arão, ofereciam sacrifícios mortos, pois matavam ou imolavam os animais que eram oferecidos a Deus. No Novo Testamento, cada crente é um sacerdote, só que não é da Ordem de Arão, mas da Ordem de Melquisedeque, e deve oferecer sacrifícios espirituais. “Por meio de Jesus, pois, ofereçamos a De us, sempre, sacrifício de louvor, que é o fruto de lábios que confessam o seu nome. Não negligencieis, igualmente, a prática do bem e a mútua cooperação; pois, com tais sacrifícios, Deus se compraz.” (Hb.13:15,16). Pedro também fala disso: “sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo.” (I Pd. 2:5). Paulo também fala disso “Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado.” (I Co. 9:27). Creio eu que ele está se referindo ao jejum. O jejum é o sacrifício do corpo, sendo um sacrifício vivo, pois o corpo não precisa ser morto, mas apenas mortificado. Toda pessoa que pensa em suicidar, seria melhor jejuar, po is estaria consagrando seu corpo a Deus.
2.       Rm.12:2 “E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” A renovação da mente tem a ver com a alma, e Paulo diz que a nossa transformação não é responsabilidade de Deus, mas nossa. Para sermos transformados teremos que renovar a nossa mente. E para renovar a mente teremos que enchê-la com a palavra de Deus. Alguém já disse que o homem é o produto do que lê e do que ouve. Já disse em outra ocasião que os pastores devem ler, e os crentes devem ouvir a palavra de Deus. Aliás, a palavra Metanóia, que &eacute ; traduzida por  arrependimento, significa mudança de mente. Para mudar a nossa mente, precisamos saturá-la com a palavra de Deus. Isso é doutrina, é ideologia, é um conjunto de ideias, conceitos, paradigmas, que devem gerar uma cosmovisão, que resulta numa cultura. Não é filosofia, nem psicologia, mas a palavra de Deus. Quem quiser mudar a mente, tem de enchê-la com a palavra de Deus. Então se cumprirá o que Paulo escreveu “Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento.” (Fl.4:8).
3.       Rm.12:3 “Porque pela graça que me foi dada, digo a cada um dentre vós que não tenha de si mesmo mais alto conceito do que convém; mas pense de si sobriamente, conforme a medida da fé que Deus, repartiu a cada um.”seguindo a cronologia do capítulo, este versículo se refere ao espírito, já que os dois primeiros se referiram ao corpo e à alma. E neste versículo três, Paulo começa a falar sobre os dons espirituais, e aconselha a não se ter um conceito de si mesmo mais elevado do que convém. Ou seja, a nossa importância na igreja é medida pelo dom que recebemos. Ele diz “Se é profecia, seja segundo a proporção da f&e acute;;  se ministério, dediquemo-nos ao ministério; ou o que ensina esmere-se no fazê-lo; ou o que exorta faça-o com dedicação; o que contribui, com liberalidade; o que preside,com diligência; quem exerce misericórdia, com alegria.” É uma cilada pensar que somos muito importantes, quando, na verdade, não somos. Em outro texto, Paulo dá uma dica “pois quem profetisa é superior ao que fala em outras línguas, salvo se as interpretar, para que a igreja receba edificação.” (I Co. 14:5). A importância do dom está na devida proporção ao quanto edifica a igreja. O dom que mais edifica a igreja é mais importante. Porque as línguas tinham uma aparência misteriosa, pensavam que era muito importante. Mas não era, porque ninguém entendia o que estava sendo dito, e em nada edificava a igreja. Entã o, o que é importante é o que é entendido, pois transmite uma mensagem, que é entendida, renova a mente, e transforma quem ouve. O Espírito Santo se manifesta na igreja por meio dos dons espirituais. “A manifestação do Espírito é concedida a cada um visando a um fim proveitoso.” (I Co.12:7). Então, mortificamos o corpo com o jejum, renovamos a mente com a palavra de Deus, e edificamos o espírito pelo exercício dos dons espirituais.

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

FONTES DO AMOR


“Ora, o intuito da presente admoestação visa ao amor que procede de um coração puro, e de consciência boa, e de fé sem hipocrisia.” (I Tm. 1:5).
          Paulo chama a sua carta de “admoestação”, que é parangelia (em grego), e significa ordem, mandamento, comando, instrução, preceito, regra de vida. O objetivo de escrever esta admoestação, diz Paulo, é o amor. Ou seja, Paulo queria que Timóteo aprendesse sobre o amor, e ensinasse às suas ovelhas a mesma doutrina. Aliás, os escritores do N.T. falam muito do amor. Com certeza o cristianismo é a religião do amor. Não importa o que os cristãos fizeram ou estão fazendo, se não estão fundamentados no amor, estão desviados. E não é o amor ao dinheiro, que é a raiz de todos os males.  Jesus mesmo resumiu os Dez Mandamentos em dois: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o entendimento ...e...Amarás o teu próximo como a ti mesmo.” (Mt. 22:37-39). E João chega a dizer que “Deus á amor.” Mas, Paulo esclarece, para alguém tenha esse amor, há três condições. Ele deve brotar de um coração puro, de uma boa consciência, e de uma fé não fingida.
1.       Um coração puro – é um coração sem pecado, pois Jesus disse “Porque do coração procedem maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias.” (Mt.15:19). E Pedro disse que Deus não estabeleceu distinção alguma entre judeus e gentios “purificando-lhes pela fé o coração.”(At.15:9). Ou seja,  quando o Espírito Santo caiu sobre os gentios na casa de Cornélio, purificou os seus corações. Então, não é o batismo nas águas que purifica o coração, mas o batismo no Espírito Santo. No entanto, Pe dro diz em At. 2:38, que quando somos batizados nas águas, em nome de Jesus Cristo, os nossos pecados são perdoados. Então, o perdão dos pecados é um ato jurídico, um ato legal, como quando o juiz assina o ato de soltura de um preso, e isso acontece no batismo nas águas. Mas o batismo no Espírito Santo é um ato de fato, como quando o carcereiro abre a porta da prisão. O primeiro é de direito, o segundo é de fato. Aí temos o coração puro. Foi anelando isso, que Davi clamou, depois do seu pecado “Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro de mim um espírito inabalável.” (Sl.51:10).
2.       Uma boa consciência – é a consciência de uma pessoa que não tem pecado, ou que seus pecados foram perdoados. Essa pessoa dorme em paz, pois a consciência de nada lhe acusa. Davi passou por isso também, depois de seu pecado: “Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos meus constantes gemidos todo o dia.” (Sl. 32:3). A rigor, somente o crente pode ter uma boa consciência, já que “todos pecaram, e foram destituídos da glória de Deus.” Mas quando o homem se converte, seus pecados são perdoados, e passa, então, a ter uma boa consciência, já que não há mais nenhuma acusação contra ele. Quando,por&eacu te;m, o crente peca, a consciência passa a incomodá-lo novamente. Por isso João diz “Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo.” (I Jo. 2:1). O segredo para ter uma boa consciência é o arrependimento constante, sempre que a pessoa pecar. Por isso Provérbios diz “O que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas o que as confessas e deixa alcançará misericórdia.” (Pv.28:13).
3.       Uma fé sem hipocrisia – ou uma fé não fingida, acontece quando o homem, não tendo pecado, não tem nada para esconder, podendo ser autêntico , sincero, e transparente. Jesus disse a seus discípulos “Acautelai-vos do fermento dos fariseus, que é a hipocrisia.” (Lc. 12:1). Em outro texto a Bíblia diz “Os fariseus, que eram avarentos, ouviam tudo isto e o ridicularizavam.” (Lc. 16:14). Os fariseus não podiam ser sinceros, pois procuravam esconder do povo os seus pecados. Então, há aqui um encadeamento, pois uma pessoa só pode ter uma fé sem fingimento ou sem hipocrisia, se tiver uma boa consciência, e só pode ter uma boa consci&eci rc;ncia, se não tiver pecado, ou seja, se tiver um coração puro. Então, o amor, que Paulo estava procurando ensinar a Timóteo e às suas ovelhas, só pode brotar de uma pessoa santa, ou seja, que tem santidade, que é a ausência de pecado. “Pois esta é a vontade de Deus: a vossa santificação, que vos abstenhais da prostituição” (I Ts. 4:3). “e o Senhor vos faça crescer e aumentar  no amor uns para com os outros e para com todos, como também nós para convosco, a fim de que seja o vosso coração confirmado em santidade, isento de culpa, na presença de nosso Deus e Pai, na vinda de nosso Senhor Jesus, com todos os seus santos.” (I Ts. 3:12,13).

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

O MILÊNIO


          A palavra “Xília” (pronuncia-se kília) aparece seis vezes em Apocalipse 20:1-7, e significa mil. Na verdade, a expressão completa é “Xília Étê” e significa “mil anos”. Satanás será preso por mil anos. Satanás não enganará as nações durante mil anos. Os santos reinarão na terra juntamente com Cristo durante mil anos. Os mortos sem Cristo não ressuscitarão durante os mil anos. Quando se completarem os mil anos Satanás será solto. Esse período é chamado de Milênio, e já houve época em que foi muito enfatizado, sendo seus seguidores chamados de kiliastas, por causa de Xília, mil. A questão é saber se os mil anos referidos em Apocalipse devem ser tomados litera lmente, ou em sentido figurado. Aliás, o segredo da interpretação do Apocalipse é saber o que é figurado e o que é literal. Se tomar em sentido figurado aquilo que é literal, o intérprete erra. Assim também erra, se tomar em sentido literal aquilo que é figurado. Por exemplo,  “quarenta e dois meses” (Ap.11:2) e “mil duzentos e sessenta dias” (Ap.12:6) e “um tempo, tempos e metade de um tempo” (Ap.12:14). Todos esses períodos representam a metade de sete anos. Mas deverão ser tomados literalmente? Cada contexto deve ser analisado, embora eu creia que, neste caso, devem ser tomados literalmente. Em outro texto, João viu uma mulher montada em uma besta que tinha sete cabeças e dez chifres. O anjo diz: “as sete cabeças são sete montes, nos quais a mulher está sentada. São também sete reis.” (Ap. 17:3,9). Aliás, a revelação bíblica é progressiva, e, como Apocalipse é o último livro, contém o maior número de chaves de interpretação. Por exemplo: “as sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete candeeiros são as sete igrejas” (Ap. 1:20). “E a besta, que era e não é, também é ele, o oitavo rei, e procede dos sete, e caminha para a destruição” (Ap.17:11). “Os dez chifres que viste são dez reis, os quais ainda não receberam reino, mas recebem autoridade como reis, com a besta durante uma hora” (Ap.17:12). E assim por diante. Voltando ao Milênio, será que há provas de sua literalidade, em outras partes da Escritura? Acreditamos que sim.
1.       Is. 2:1-4 “Palavra que, em visão, veio a Isaías, filho de Amós, a respeito de Judá e Jerusalém. Nos últimos dias, acontecerá que o monte da Casa do Senhor será estabelecido no cume dos montes e se elevará sobre os outeiros, e para ele afluirão todos os povos. Irão muitas nações e dirão: Vinde, e subamos ao monte do senhor e à Casa do Deus de Jacó, para que nos ensine os seus caminhos, e andemos pelas suas veredas; porque de Sião sairá a lei, e a palavra do Senhor de Jerusalém. Ele julgará entre os povos e corrigirá muitas nações; estas converterão as  suas espadas em relhas de arados e as suas lanças, em podadeiras;  uma nação não levantará a espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerra.” Será uma descrição do Milênio? Pode ser.
2.       Zc. 14:9,11,16-19 - “O Senhor será Rei sobre toda a terra; naquele dia, um só será o Senhor, e um só será o seu nome...Habitarão nela, e já não haverá maldição, e Jerusalém habitará segura...Todos os que restarem de todas as nações que vierem contra Jerusalém subirão de ano em ano para adorar o Rei, o Senhor dos Exércitos, e para celebrar  a Festa dos Tabernáculos. Se alguma das famílias da terra não subir a Jerusalém, para adorar o Rei, o Senhor dos exércitos, não virá sobre ela a chuva. Se a família dos egípcios não subir, nem vier, não cairá sob re eles a chuva; virá a praga com que o senhor ferirá as nações que não subirem a celebrar a Festa dos Tabernáculos. Este será o castigo dos egípcios e o castigo de todas as nações que não subirem a celebrar a Festa dos Tabernáculos.”
3.       Is. 11:3  “Deleitar-se-á no temor do Senhor; não julgará segunda a vista dos seus olhos, nem repreenderá segundo o ouvir dos seus ouvidos; mas julgará com justiça os pobres e decidirá com equidade a favor dos mansos da terra; ferirá a terra com a vara de sua boca e com o sopro dos seus lábios matará o perverso (II Ts. 2:8 “então, será, de fato, revelado o iníquo, a quem O Senhor Jesus matará com o sopro de sua boca e o destruirá pela manifestação de sua vinda”; Ap.19:21 “Os restantes foram mortos com a espada que saía da boca daquele que estava montado no cavalo.”) ...O lobo habitará com o cordeiro, e o leopardo se deitará junto ao cabrito; o bezerro, o leão novo e animal cevado andarão juntos, e um pequenino os conduzirá. A vaca e a ursa pastarão juntas, e as suas crias juntas se deitarão; o leão comerá palha como o boi. A criança de peito brincará sobre a toca da áspide, e o já desmamado meterá a mão na cova do basilisco. Não se fará mal nem dano algum em todo o meu santo monte, porque a terra se encherá do conhecimento do senhor, como as águas cobrem o mar. Naquele dia, recorrerão as nações à raiz de Jessé que está posta por estandarte dos povos. Gloriosas lhe serão as suas moradas.”
4.       Is. 65:25 “O lobo e o cordeiro pastarão juntos, e o leão comerá palha como o boi; pó será a comida da serpente. Não se fará mal nem dano algum em todo o meu santo monte, diz o Senhor.”
5.       Is. 65:20 “Não haverá mais nela criança para viver poucos dias , nem velho que não cumpra os seus; porque morrer aos cem anos é morrer ainda jovem, e quem pecar só aos cem anos será amaldiçoado...porque a longevidade do meu povo será como a da árvore.”
6.       Hq. 2:14 “Pois a terra se encherá do conhecimento da glória do Senhor, como as águas cobrem o mar.”
7.       Ap. 20:4 “Vi também tronos, e nestes sentaram-se aqueles aos quais foi dada autoridade de julgar. Vi ainda as almas dos decapitados por causa do testemunho de Jesus, bem como por causa da palavra de Deus, tantos quantos não adoraram a besta, nem tampouco a sua imagem, e não receberam a marca na fronte e na mão; e viveram e reinaram com Cristo durante mil anos.” Mt. 19:28 “Jesus lhes respondeu: Em verdade vos digo que vós, os que me seguistes, quando, na regeneração, o Filho do homem se assentar no trono da sua glória, também vos assentareis em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel.”  Mt. 25:31 “Quando vier o Filho do Homem na sua majestade e todos os anjos c om ele, então, se assentará no trono da sua glória...”

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

O MINISTÉRIO DOS DIÁCONOS


          A palavra “diáconos” aparece, no Novo Testamento, em Fl. 1:1; I Tm. 3:8, 12, 13, e significa servo, administrador, garçom, ministro. Na carta aos Filipenses, está associada com a palavra “bispos”, que também significa presbítero ou ancião, e             que tem a função de apascentar, e que, portanto, pode ser pastor. Em I Timóteo, vem logo após as qualificações para ser bispo, onde também descreve as qualificações para ser diácono.  Porém, o serviço diaconal, propriamente dito, é descrito em Atos 6, onde a palavra “diácono” não aparece, mas as suas atribuições. Nesse contexto, os apóstolos estavam ameaç ados de deixar suas atividades principais, para exercer atividades administrativas, ou seja, “servir às mesas”. Eles disseram: “Não é razoável que nós abandonemos a palavra de Deus para servir às mesas.”(At. 6:2). E depois eles declararam “e, quanto a nós, nos consagraremos à oração e ao ministério da palavra.” (At.6:4). Então, está claro que os apóstolos tinham atribuições específicas, as quais eles não poderiam negligenciar, para fazer coisas que outros poderiam executar. Essas atribuições dos apóstolos eram relacionadas à oração e à palavra de Deus. Com respeito à oração, eles estavam imitando seu mestre, pois Lucas registra com respeito a Jesus: “e grandes multidões afluíam para o ouvirem e serem curadas de suas enfermidade s. Ele, porém, se retirava para lugares solitários e orava.” (Lc. 5:15,16). Com respeito à palavra de Deus, Paulo escreve: “Devem ser considerados merecedores de dobrados honorários os presbíteros que presidem bem, com especialidade os que se afadigam na palavra e no ensino.” (I Tm. 5:17). Então, a principal atividade em que devem se ocupar os líderes das igrejas é a oração e a palavra de Deus. Por isso, os diáconos foram instituídos. A igreja seguiu este modelo durante muito tempo, adotando o diaconato, que servia como auxiliar do ministério pastoral. Porém, alguns  diáconos se rebelaram contra seus pastores, o que veio trazer um estigma para esse ministério, e ele foi abandonado. Alguns pastores tem horror de diácono, achando até que foram instituídos pelo próprio diabo. Porém, sabemos que foram institu&ia cute;dos por Deus, restando saber se foi uma instituição de caráter provisório ou permanente. Não é pelo fato de que só porque alguns se comportaram  mau, devamos abolir todo o ministério. Mais uma vez devemos lembrar que Deus sabe mais do que nós, e que não é prudente desprezar algo que ele estabeleceu. Até o próprio ministério pastoral tem sofrido grande descrédito, pelo fato de alguns pastores terem se comportado mal. Será que fazemos bem jogando fora o ministério diaconal e estabelecendo outros, de nossa própria cabeça? Será que o trabalho que os diáconos deveriam realizar, está agora sendo feito pelos pastores? E se isso está acontecendo, será que os pastores estão deixando de lado os seus verdadeiros afazeres? Será que agora os pastores estão servindo às mesas? Já sabemos que o verdadeiro serviço dos pastores está centralizado na oração e na palavra de Deus. E se os pastores  estiverem ocupados servindo às mesas, certamente não terão tempo para orar nem para estudar a Bíblia. Não será essa uma das causas do enfraquecimento do ministério pastoral, e consequentemente, da fraqueza espiritual da vida da igreja? Pastores que não oram e não leem a Bíblia, não terão alimento para seus rebanhos, e as ovelhas gemem de fome. Parece até a situação do filho pródigo, de quem está escrito: “Ali, desejava ele fartar-se das alfarrobas que os porcos comiam; mas ninguém lhe dava nada.” (Lc.15:16). Também de Lázaro está escrito : “e desejava alimentar-se das migalhas que caíam da mesa do rico”(Lc.16:21). Não será melhor repensar e v oltar para a palavra de Deus, deixando que os diáconos façam o seu trabalho e os pastores o seu? É só adotar o padrão apostólico, que diz que os diáconos deveriam ter “boa reputação, ser cheios do Espírito Santo e cheios de sabedoria” (At. 6:3). É claro que se os diáconos tinham de ter tais qualificações, que se dizer dos pastores? Então, quem mudou foram as exigências para ser oficial da igreja.  Estamos numa época em que a igreja está obcecada por números. Se ainda tivéssemos o ministério diaconal, alguns pastores estariam disputando para ver quem teria o maior número de diáconos. E aí, certamente que as exigências para ser diácono seriam certamente inferiores àquelas estabelecidas pelos apóstolos. Então, teríamos rebaixado o padrão do minist&ea cute;rio pastoral, do ministério diaconal, e, obrigatoriamente, teríamos rebaixado as exigências para ser crente. Porém, retornando ao tema do sumiço dos diáconos, ou os pastores estão fazendo o trabalho diaconal, ou criamos outro tipo de ministro para fazê-lo. Mas o modelo do Novo Testamento  está fundamentado no Antigo Testament , onde havia o povo de Deus, e os sacerdotes, que oficiavam no altar. Os levitas eram auxiliares dos sacerdotes, e, por assim dizer, eles faziam o trabalho braçal, para que os sacerdotes se ocupassem do trabalho mais qualificado, ou seja, os sacrifícios e a lei de Deus. No Novo Testamento, os pastores fazem o trabalho dos sacerdotes do A.T. , enquanto que os diáconos fazem o trabalho dos levitas. O sacrifício que os sacerdotes ofereciam, são as orações que os pastores devem oferecer a Deus.

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

OS FALSOS PROFETAS


“Acautelai-vos dos falsos profetas” (Mt. 7:15).
          Jesus disse em Nazaré, cidade onde foi criado “Não há profeta sem honra, senão na sua terra, entre os seus parentes e na sua casa” (Mc. 6:4). Jesus era um verdadeiro profeta, e fazia duas coisas em Nazaré: 1. Ensinava a palavra de Deus: “Que sabedoria é esta que lhe foi dada?” (v.2). 2. Fazia milagres: “Como se faz tais maravilhas por suas mãos?” (v.2). Era o que se esperava de um verdadeiro profeta. Que falasse a palavra de Deus, ou seja, profetizasse, e que fizesse milagres, geralmente cura de enfermidades e expulsão de demônios. Jesus era um verdadeiro profeta, e era o que ele fazia em Nazaré. Com ele não havia problema, mas havia com seus conterrâneos nazarenos. Eles não criam em Jesus e no que ele fazia, em virtude de sua familiaridade com ele, po r ter sido criado em sua cidade. “Não é este o carpinteiro, filho de Maria, irmão de Tiago, José, Judas, e Simão?” (v.3). No caso de Mateus 7:15-23, acontece  o contrário, pois os discípulos poderiam crer nos falsos profetas, que estariam fazendo as mesmas coisas que Jesus fazia: “não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres?” (Mt.7:22). No contexto de Mateus, o Sermão do Monte, Jesus está prevenindo as ovelhas, seus discípulos, em virtude do caráter ingênuo das mesmas. Todo o sermão do Monte é endereçado às ovelhas. Temos de ter cuidado na interpretação da Bíblia, pois há textos dirigidos às ovelhas, e há textos dirigidos aos pastores. As três cartas pastorais de Timóteo e Tit o, por exemplo, são dirigidas aos pastores, e não às ovelhas.  Todo o sermão do Monte é dirigido às ovelhas. O texto de Mateus 23:13-36, é dirigido aos pastores, que no caso, são os escribas e fariseus. “Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas...” (Mt. 23:13). Em Mt. 7:15-23, Jesus previne as ovelhas, contra os falsos pastores, que são aqui chamados de falsos profetas. “Acautelai-vos dos falsos profetas” (Mt.7:15). Aqui ele usa duas figuras de linguagem. A primeira é a do rebanho, pois ele fala de ovelhas e de lobos roubadores. O lobo vem disfarçado de ovelha, para não causar desconfiança no rebanho. Podemos apenas imaginar o estrago que um lobo disfarçado de ovelha pode causar no meio do rebanho. As ovelhas são fáceis de enganar, pois são ingênuas. Mas Jesus recomenda cautela. Em outro texto Jesus diz &ldqu o;Eis que eu vos envio como ovelhas para o meio de lobos; sede, portanto, prudentes como as serpentes e símplices como as pombas. E acautelai-vos dos homens” (Mt. 10:16,17). A segunda figura de linguagem que Jesus usa, é a da árvore e seus frutos. O disfarce de ovelha pode ser improvisado rapidamente, mas o fruto de uma árvore demanda mais tempo, e surge naturalmente. Enquanto está só a árvore, você pode ser enganado, mas quando o fruto aparece, sua verdadeira natureza é revelada. O disfarce do falso profeta pode se constituir de palavras: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.”  (Mt.7:21). Não é o que alguém diz, mas o que ele faz, que deve ser observado, para se saber qual é o caráter do profeta. Então, o disfarce do lobo consiste em palavras enganosas e milagres enganosos. Jesus disse “porque surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos.” (Mt. 24:24). Jesus disse que entrará no reino dos céus “aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus”(Mt.7:21). Paulo explica: “Pois esta é a vontade de Deus: a vossa santificação, que vos abstenhais da prostituição” (I Ts. 4:3). Então, o fruto bom, do verdadeiro profeta, que deve observado, é a vida de santidade, pois Jesus disse “Apartai-vos de mim, os que praticais a iniquidade.” (Mt.7:23). 

terça-feira, 10 de novembro de 2015

O PROJETO DE DEUS


         A Bíblia começa dizendo que “havia trevas sobre a face do abismo” (Gn.1:2), e termina dizendo “que Deus é luz, e não há nele treva nenhuma” (I Jo.1:5). Jesus disse: “Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida.”  Paulo diz que a nossa luta é “contra os dominadores deste mundo tenebroso”. É uma linguagem espiritual, e se refere a treva espiritual e luz espiritual. Traduzindo: onde Deus está tem luz, é claro, iluminado; e onde Deus não está, é escuro, tem trevas, por causa da presença de Satanás e seus demônios.  João diz que “o mundo inteiro jaz no maligno” (I Jo.5:19). Achamos que as trevas inundaram a terra depois do pecado de Adão, mas antes disso havia trevas espirituais, pois a presença de satanás estava no jardim. Pelo sim ou pelo não, Deus tinha um plano para que a terra fosse iluminada. Embora a presença se Satanás estivesse no jardim, a presença de Deus estava dentro do Adão, na pessoa do Espírito Santo. Depois que desobedeceu a Deus, Adão perdeu a presença do Espírito Santo dentro de si, e ficou cheio de trevas, culminando no assassinato de Abel, por Caim. O plano de Deus foi trazer a sua presença de novo, para ficar ao alcance do homem.
1.       O TABERNÁCULO NO DESERTO – Deus tinha dito a Moisés “E me farão um santuário, para eu possa habitar no meio deles” (Ex. 25:8), e quando eles o fizeram, o resultado foi “Então, a nuvem cobriu a tenda da congregação, e a glória do Senhor encheu o tabernáculo” (Ex. 40:34). Pronto, Deus estava habitando na terra, dentro do tabernáculo, ao alcance de toda a nação de Israel, enquanto eles peregrinavam no deserto. As demais nações não acesso a ele.
2.       O TEMPLO EM JERUSALÉM –  já fixados na terra de Canaã, Salomão construiu o templo, onde,  depois de consagrado,aconteceu o seguinte: “Tendo os sacerdotes saído do santuário, uma nuvem encheu a casa do Senhor, de tal sorte que os sacerdotes não puderam permanecer ali, para ministrar, por causa da nuvem, porque a glória do Senhor enchera a casa do Senhor” (I Rs. 8:10,11). Agora Deus estava habitando num santuário fixo, no meio do povo de Israel, mas estava ao alcance de outras nações, pois está escrito “Todos os reis do mundo procuravam ir ter com ele (Salomão) para ouvir a sabedoria  que Deus lhe pusera mo coração” (II Cr. 9:23). A rainha de Sabá (Etiópia) foi um desses reis (rainha) que foram buscar o conhecimento de Deus, na pessoa de Salomão.
3.       A PESSOA DE JESUS CRISTO, O FILHO DE DEUS – Jesus disse “Destruí este santuário, e em três dias o reconstruirei. Replicaram os judeus: Em quarenta e seis anos foi edificado este santuário, e tu, em três dias, o levantarás? Ele, porém, se referia ao santuário do seu corpo”  (Jo. 2:19-21). Deus, o Espírito Santo, que habitara no corpo de Adão, estava agora habitando no corpo de Jesus. Mas, o acesso a Jesus estava limitado às pessoas que habitavam na sua proximidade, enquanto que, para muitos, Deus estava inacessível. Diferentemente do tempo de Salomão, Israel não era agora uma nação soberana, mas estava debaixo da autoridade do imperado r romano. “Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi guiado pelo mesmo Espírito, no deserto” (Lc. 4:1).  Aliás, o ministério de Jesus, limitou-se basicamente ao território de Israel. Mas Deus estava chegando perto.
4.       O INÍCIO DA IGREJA NO DIA DE PENTECOSTES -  “Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem” (At.2:4). Agora, o plano de Deus, de colocar a sua presença ao alcance de todos, estava chegando ao seu auge. O mesmo Espírito que estava em Adão, depois, no tabernáculo, e depois,  no templo de Jerusalém, e depois,  ainda, na pessoa de Jesus, agora estava no corpo de cada discípulo. Agora, a ordem que Jesus havia dado “Ide por todo o mundo, pregai o Evangelho a toda criatura”, podia ser colocada em prática. No tempo de Salomão, os reis das nações iam a Jerusal&eac ute;m, buscar o conhecimento de Deus, para levar a seus súditos. Eles podiam levar o conhecimento de Deus, mas não podiam levar a presença de Deus. Aliás, mesmo depois de treinados diretamente por Jesus, tendo o conhecimento de Deus, para levar às nações, os discípulos foram proibidos de ir, pelo próprio Jesus. “permanecei, pois, na cidade, até que do alto sejais revestidos de poder” (Lc.24:49). “Eis que um etíope, eunuco, alto oficial de Candace, rainha dos etíopes, o qual era superintendente de todo o seu tesouro, que viera adorar  em Jerusalém” (At. 8:27). Este etíope foi batizado por Filipe, pois, embora tivesse uma parte da bíblia, não conseguia entendê-la. Filipe ministrou a ele não só o conhecimento de Deus, mas também a presença de Deus, pois era “cheio do espírito Santo”(At. 6:3,5). Este é um princípio para a obra missionária, pois devemos enviar para as nações, não somente o conhecimento de Deus, mas também a presença de Deus. Ou seja, devemos enviar pessoas cheias do Espírito Santo. O plano de Deus é colocar a sua presença, bem como o conhecimento de si, ao alcance de todos os habitantes da terra.  Seja numa cidade, seja numa nação, seja num continente, seja no mundo todo. Ninguém poderá dizer que não teve acesso a Deus, nem ao conhecimento de sua pessoa. Portanto, a responsabilidade de cada crente, é se encher do Espírito Santo, e procurar conhecer o máximo sobre a sua pessoa, para poder transmiti-las aos outros. “crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo” (II Pr. 3:18). A presença de Deus se consegue orando, e o conhecimento de Deus, estudando a b& iacute;blia, ou ouvindo o ensino da boca do pregadores. 

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

A TEORIA DA SEGUNDA CRIAÇÃO


          Existem muitas teorias sobre a criação do planeta terra, conforme está descrito na Bíblia. Não é prudente descartar nenhuma delas, pois quem as defende tem bons argumentos para sustentá-las, ainda que não conclusivos. Vou apresentar uma delas. O primeiro versículo da Bíblia diz “No princípio, criou Deus os céus e a terra.”  (Gn.1:1).  É uma afirmação absoluta, subentendendo que Deus criou os céus e a terra com tudo o que neles deveria se conter.  O que chama a atenção é o fato de céus está no plural, e terra, no singular. Então Deus criou mais de um céu, mas somente uma terra. No hebraico, a expressão “os céus”, é HASHAMAIM, e está no dual, significan do as coisas que Deus criou aos pares na natureza, como ouvidos, mãos, narinas, olhos, etc. Então Deus criou, pelo menos, dois céus. Porém, em II Co. 12:2, Paulo afirma que foi arrebatado ao “terceiro céu”, e no verso 4, ele diz que esse terceiro céu, é o paraíso, ou seja, o jardim do Éden.  Bem, o jardim do Éden ficava na terra, permanecendo, por isso, ainda, a teoria dos dois céus. O segundo versículo da bíblia diz que “A terra, porém, estava sem forma e vazia” (Gn.1:2). Alguns acham que a tradução “estava”, pode ser melhor traduzida por “veio a ser” sem forma e vazia. Ou seja, a terra, que foi criada por Deus perfeita, se tornou sem forma e vazia, em virtude de um cataclismo, geralmente entendido como o derramar da ira de Deus.  Então, entre o primeiro e o segundo versículos da bíblia , pode haver um intervalo de milhões de anos. Vestígios desta teoria podem ser encontrados em passagens como, por exemplo, Jr. 4:23-26, que diz: “Olhei para a terra, e ei-la sem forma e vazia; para os céus, e não tinha luz. Olhei para os montes, e eis que tremiam,  e todos os outeiros estremeciam. Olhei, e eis que não havia homem nenhum, e todas as aves dos céus haviam fugido. Olhei ainda, e eis que a terra fértil era um deserto, e todas as suas cidades estavam derribadas diante do Senhor, diante do furor da sua ira.” E ainda Isaías diz “Porque assim diz o Senhor, que criou os céus, o Deus que formou a terra, que a fez e a estabeleceu; que não a criou para ser um caos, mas para ser habitada: Eu sou o Senhor, e não há outro.” (Is. 45:18). A dedução é que houve um mundo bem diferente deste que conhecemos, com seres bem diferentes dos que conhece mos. Se não houvesse um registro bíblico do dilúvio de Noé, não acreditaríamos que o mundo antidiluviano existiu, apesar de que era bem semelhante ao nosso. O que vemos de diferente no mundo de antes do dilúvio, é a impressionante longevidade de seus habitantes. A ponto de muitos não acreditarem  que esses dias sejam literais, mas, na verdade, o são. Eram anos de doze meses, meses de trinta dias, dias de vinte e quatro horas. No mundo de hoje não se conhece dragão, nem outros seres chamados de mitológicos, que podem ter sido habitantes da primeira criação. Os dinossauros só são cridos porque as suas ossadas estão por todo o planeta. Podem ter sido habitantes da primeira criação. Porém, eu duvido que os paleontólogos saibam que tipo de seres eram, a não ser  a sua aparência. O behemot de Jó 40:1 5 e o leviatan de Jó 41, descritos detalhadamente, têm toda a aparência de um dinossauro. Mas sabemos  que se refere a principados espirituais, sendo o leviatan o próprio satanás, que é apresentado como um dragão, em Apocalipse 12:3. Então, poderíamos dizer que a terra do primeiro versículo de Gênesis foi destruída, por causa do pecado, e que seus habitantes foram mortos pelo juízo de Deus. Pode ter sido o pecado de Satanás, descrito em Is. 14, e Ez. 28. A terra do segundo versículo de gênesis foi  destruída por causa do pecado de Adão, que foi crescendo até o juízo dos dias de Noé. A terra de hoje se encaminha para uma destruição semelhante, por causa do pecado,  mas Deus vai salvar alguns, os  que crerem em Jesus, como o fez nos dias de Noé. Se você acha essa teoria absurda, pergunte co mo foi que satanás entrou em Judas, a não ser  pelo fato de que ele não tem corpo, que deixou em algum lugar, em algum tempo. Aliás, é o que Judas, irmão de Jesus, diz: “e a anjos, os que não guardaram o seu estado original, mas abandonaram o seu próprio domicílio (o corpo), ele tem guardado sob trevas, em algemas eternas, para o juízo do grande Dia.” (Jd.6). Será que o corpo que satanás deixou para trás, era um corpo de um tiranossauro Rex? 

domingo, 8 de novembro de 2015

COMBATE SINGULAR


          Quando a nação de Israel guerreava contra os filisteus, Golias, o campeão dos filisteus, desafiou Israel com as seguintes palavras: “Hoje, afronto as tropas de Israel. Dai-me um homem, para que ambos pelejemos.” (I Sm. 17:10). Antes ele já havia dito “Se ele puder pelejar comigo e me ferir, seremos vossos escravos; porém,  se eu o vencer e o ferir, então, sereis nossos escravos e nos servireis.” (v.9).  O jovem Davi, que nem do exército era, aceitou o desafio, e matou o gigante golias. “Assim, prevaleceu Davi contra o filisteu, com uma funda e com uma pedra, e o feriu, e o matou;  porém não havia espada na mão de Davi.” (v.50).  Isto se chama Combate Singular, e é um princípio espiritual, criado pelo próprio Deus. Na conquista do Oeste Americano, Búfalo Bill desafiava o líder da tribo indígena, e, se vencesse, ficaria como o chefe da tribo, e os índios aceitavam.  Até no reino animal, se um animal estranho desafia e derrota o macho alfa, fica sendo o líder do grupo, e os outros se submetem naturalmente. Porque é um princípio espiritual, uma lei natural, criada pelo próprio Deus. Davi, representando Israel, derrotou o representante dos filisteus, e se tornou, por assim dizer, o chefe dos filisteus, que se tornaram escravos dos Israelitas. “Vendo os filisteus que era morto seu herói, fugiram.” (v.51b). Isto é muito interessante, porque os chamados palestinos de hoje, que disputam com Israel a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, chamadas no Novo Testamento de Judéia e Samaria, são os mesmos filisteus representados por Golias, a quem Davi derrotou. O que vemos no noticiário não leva em conta essa lei espiritual. Percebo que Israel sempre vence hoje. Quando os palestinos matam um israelense, os israelenses matam oito ou dez palestinos. Se olharmos  do ponto de vista natural, poderemos dar várias justificativas para esses resultados. Porém, se olharmos para o que está escrito, poderemos pensar que Deus está obrigando Golias a cumprir o que prometeu. Para Deus o tempo é irrelevante. Afinal, foi Golias quem disse “Se ele puder pelejar comigo e me ferir, seremos vossos escravos;  porém, se eu o vencer e o ferir, então, sereis nossos escravos e nos servireis” (I Sm.17:9). Será que isto está valendo até hoje? Pode ser.  Agora vamos ampliar o conceito de combate singular, por meio da tipologia. Alguns podem não crer, mas isto não invalida o princípio espiritual. Eu creio que o combate entre Davi e Golias, era, na verdade, entre o Espírito de Deus e o diabo, que também é um espírito. O texto diz claramente que “daquele dia em diante, o espírito do Senhor se apossou de Davi” (I Sm. 16:13). Quem lançou a pedra através da funda foi o braço do Espírito Santo, que era mais poderoso que o de Davi. Ora, se o Espírito Santo estava em Davi, o espírito de satanás estava em Golias. O N.T. mesmo o declara “maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo” (I Jo. 4:4). O desafio que Golias lançou a Israel, era o diabo desafiando toda a humanidade, pois ele já derrotara o nosso primeiro campeão, Adão. “Dai-me um homem, para que ambos pelejemos”, disse Satanás a toda a humanidade. Israel ficou humilhado por  quarenta dias, suportando a afronta do filisteu. A humanidade ficou humilhada por quatro mil anos, depois da derrota do nosso primeiro campeão, adão. Porém, um dia, pela boca de Pôncio Pilatos, autoridade representante do imperador romano, Deus disse a Satanás: “Eis o homem!”  (Jo. 19:5). Esse homem era da linhagem do mesmo Davi que derrotara Golias tanto tempo antes. Era um combate singular. Jesus e Satanás. Satanás tentava fazer Jesus desobedecer a Deus, como fizera com Adão. Mas Jesus venceu. “para que pela morte derrotasse aquele que tinha o poder da morte, isto é, o diabo; e livrasse todos aqueles que, com medo da morte,  estavam por toda a vida sujeitos à escravidão” (Hb.2:14,15), e “despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz” (Cl. 2:15). Quando Adão foi derrotado, todos nós passamos a ser escravos de Satanás e de seus demônios. Quando Jesus derrotou Satanás na cruz do Calv& aacute;rio, o diabo, satanás e seus demônios, ficaram sendo escravos de Jesus e de seus discípulos, ou súditos, que são os crentes verdadeiros. 

sábado, 7 de novembro de 2015

O MINISTÉRIO DE TEMPO INTEGRAL


          Jesus disse “não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir...buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mt. 6:25, 33). E o apóstolo Paulo disse “Até a presente hora, sofremos fome, e sede, e nudez” (I Co. 4:11). Será que Jesus se enganou, ou havia alguma coisa errada com Paulo? O próprio Paulo depois afirma “Nenhum soldado em serviço se embaraça com negócios desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra” (II Tm. 2:4). O autor de Hebreus diz “Portanto, também nós, pois estamos rodeados de tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo o embaraço, e o pecado que t&ati lde;o de perto nos rodeia” (Hb.12:1). Embaraço é tudo aquilo que, embora não sendo pecado, atrapalha a nossa missão como cristãos. Aquilo que é permitido para o cristão comum, ovelha, pode ser embaraço para o cristão que tem chamada ministerial, como Paulo e Timóteo, pastores. Trabalhar secularmente, fora da chamada ministerial, é permitido ao crente comum. Aliás, não só permitido, mas obrigatório, para ter o seu sustento e o de sua família. Mas, para quem tem uma chamada ministerial, a promessa de Deus é providenciar o sustento, afim de que o homem possa servi-lo, sem preocupações com o sustento. Paulo passou fome, sede, e nudez, porque quebrou esta regra, pois ele mesmo diz “e nos afadigamos, trabalhando com as nossas próprias mãos” (I Co.4:12). Jesus nunca precisou trabalhar de carpinteiro, depois que assumiu o seu ministério, pois o Pai o sustentava, como prometeu sustentar a qualquer um, que chame para o ministério. O próprio Paulo reconhece isso quando diz “não temos nós o direito de comer e de beber? E também de fazer-nos acompanhar de uma mulher irmã, como fazem os demais apóstolos, e os irmãos do Senhor, e Cefas? Ou somente eu e Barnabé não temos direito de deixar de trabalhar? Quem jamais vai à guerra à sua própria custa? Quem planta a vinha e não come do seu fruto? Ou quem apascenta um rebanho e não se alimenta do leite do rebanho?...Entretanto não usamos desse direito; antes, suportamos tudo, para não criarmos qualquer obstáculo ao Evangelho de Cristo.” (I Co. 9:4-12). Paulo, por decisão própria, ignorando o claro ensino da Escritura, que ele bem conhecia, resolveu trabalhar para se sustentar. Eu também j&aa cute; fiz isso, nos tempos da ignorância, motivado por orgulho, com medo de ser criticado pelos incrédulos, e acusado de explorar a fé dos fiéis. Mas não temos esse direito, pois o senhor deu o exemplo, e usou o modelo do Antigo testamento, dos sacerdotes  e levitas, para o sustento. “Não sabeis vós que os que prestam o serviços sagrados (os levitas)do próprio templo se alimentam? E quem serve ao altar (os sacerdotes) do altar tira o seu sustento? Assim ordenou também o senhor (Jesus) aos que pregam o Evangelho que vivam do Evangelho” (I Co. 9:13,14).  Mas Paulo confessa a sua desobediência, dizendo “eu, porém, não me tenho servido de nenhuma dessas coisas e não escrevo isto para que assim se faça comigo; porque melhor fora morrer, antes que alguém me anule esta glória.” (I Co. 9:15). Paulo foi coerente, quando disse: “s ede meus imitadores, como também eu sou de Cristo” (I Co. 11:1). Então naquilo que Paulo imitou a Cristo, ele é nosso modelo. Nesse caso do sustento, porém, Paulo não imitou a Cristo, deixando de ser modelo para nós, nesse particular. Sei que cada caso é um caso. Temos de perguntar se Deus nos chamou, ou se fomos sem ser chamados. Deus tem compromisso com aqueles a quem ele chama. Mas, mesmo sendo chamados, devemos estar sendo fiéis ao trabalho para o qual Deus nos chamou, De outra sorte ele não tem compromisso de nos sustentar. A preguiça pode prejudicar muito um vocacionado de Deus. Aliás, estamos numa época em que grande parte da igreja deixou de fazer distinção entre os vocacionados para o ministério, e os crentes comuns. Hoje o Status na igreja é por meio da produtividade. Outro padrão copiado do mundo. Mas a Bíblia não muda. Temos d e separar as ovelhas dos pastores. Senão iremos cair no paradoxo de ver ovelhas pastoreando pastores. Quem Deus chamou para ser pastor, ele sustenta. E, ele sustenta por meio dos que foram chamados para ser ovelhas.

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

FALTAM APENAS 14 ANOS


          Em Êxodo 21:2 está escrito: “Se comprares um escravo hebreu, seis anos servirá; mas, ao sétimo, sairá forro, de graça”  em 20:9,10 “Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor, teu Deus; não farás nenhum trabalho...” e em II Pd. 3:8 “para o Senhor, um dia é como mil anos, e mil anos, como um dia.” Então, seis dias de trabalho, com um dia de descanso; seis anos de trabalho escravo, depois a liberdade; seis mil a nos de escravidão do planeta, então o Milênio. Segundo a cronologia interna da Bíblia, Adão foi criado já adulto, em cerca de 4 mil anos a.C. No caso de Abraão, a respeito de seu nascimento, dentre vários cronologistas, cito dois: Whitcomb, 2165 a.C.;  Klassen, 1967. Dá 198 anos de diferença. Porém, Adão foi criado adulto, enquanto que Abraão, não. Então, eu creio que, no caso de Abraão, a contagem deve ter início, não a partir de seu nascimento, mas de sua chamada. Arredondando, podemos dizer que Adão foi criado no ano 4 mil a.C., Abraão foi chamado no ano 2 mil a.C., e  Jesus, o Messias, recebeu toda a autoridade em 29 d.C. Isto, porque o calendário começou a ser contado, quando Jesus tinha cerca de 4 anos de idade, permanecendo essa diferença. Então, Jesus morreu 33 anos depois do seu nascimento, que foi na verdade em 29 d.C. Então, temos 2 mil anos de Adão a Abraão, e 2 mil anos de Abrão até Jesus, o Messias, e mais 2 mil anos até a volta de Jesus, o Cristo. O grande erro que se cometeu, foi considerar o início da contagem dos dois mil anos, a partir do nascimento de Jesus, e não, como seria correto, da sua morte. Não propriamente da sua morte, mas de sua ressurreição e exaltação, embora possamos colocar os três fatos na mesma data, devido à sua proximidade. Percebi que a contagem dos anos de um rei, na Bíblia, se faz a partir de sua coroação, e não do se u nascimento. “No ano terceiro do reinado de Jeoaquim, rei de Judá” (Dn.1:1). “No segundo ano do reinado de Nabucodonosor” (D. 2:1). “No primeiro ano de Belsazar, rei da Babilônia” (Dn.7:1). “No ano terceiro do reinado do rei Belsazar” (Dn. 8:1). “No primeiro ano de Dario, filho de Assuero,  da linhagem dos medos, o qual foi constituído rei sobre o reino dos caldeus” (Dn.9:1). “No décimo quinto ano do reinado de Tibério césar” (Lc. 3:1). É interessante que depois que Jesus Cristo disse “Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra” (Mt.28:18),  o imperador romano é chamado meramente de Cláudio. “estava para vir grande fome por todo o mundo, a qual sobreveio nos dias de Cláudio” (At.11:28) e “em vista de ter Cláudio decretado que todos os judeus se retirassem de Roma” (At.18:2). É claro que os apóstolos Paulo e Pedro mandam que os cristãos  se submetam  às autoridades políticas, pois foram constituídas por Deus, a quem hão de prestar contas.(Rm. 13:1-7 e I Pd.2:13,14). De outra sorte haveria anarquia. Mas todos devem saber que há um rei que governa com toda a legitimidade, e as demais autoridades são seus vas salos. Este rei é Jesus. Então, não estamos no ano de 2015, mas no ano de 1986 do reinado de Jesus Cristo. Se isto for certo, faltam apenas 14 anos para ele voltar, no verdadeiro ano 2000 d.C. Mas, tenha cuidado, pois o erro no calendário pode ser de quatro, cinco ou seis anos. Se for seis, faltarão apenas doze anos.

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

A TERRA TAMBÉM ADOECE


“Se eu cerrar os céus de modo que não haja chuva, ou se ordenar aos gafanhotos que consumam a terra, ou se enviar a peste entre o meu povo; se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra” (II Cr. 7:13,14).

A terra no Antigo Testamento é literal, mas na linguagem do Novo Testamento, é o coração do povo de Deus. A doença da terra acontece por ação de Deus, como castigo pelo pecado de seu povo. 
  1. O primeiro flagelo que Deus envia contra terra é a falta de chuva (II Cr. 7:13), que sem água, fica seca, como temos visto no Sertão do Nordeste brasileiro. Na linguagem do N.T., é a falta do Espírito Santo no coração do crente, que se torna duro, esclerosado. 
  2. O segundo flagelo que Deus envia contra a terra são gafanhotos, que consomem tudo que é verde, inclusive a lavoura e o alimento produzido. No caso do crente, são demônios que consomem toda boa intenção, levando o mesmo a praticar toda obra má. “Porque do coração procedem maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias.” (Mt.15:19). 
  3. O terceiro flagelo é a peste entre o povo de Deus, doença, que, naturalmente, impede o povo de cultivar a terra, trabalhar. No caso do crente é o esfriamento da fé e do amor, que lhe tira toda a sensibilidade espiritual. “E, por si multiplicar a iniqüidade, o amor se esfriará de quase todos” (Mt.24:12). “Eis a razão por que há entre vós muitos fracos e doentes e não poucos que dormem” (I Co. 11:30). Mas, o Deus que manda os fatores para adoecer a terra, é o mesmo Deus que revela o remédio para curá-la.

Se o meu povo se humilhar – há mais de uma maneira de nos humilharmos diante de Deus, porém, há uma que é mais enfatizada. “Então, apregoei ali um jejum junto ao rio Aava, para nos humilharmos perante o nosso Deus, para lhe pedirmos jornada feliz para nós, para nossos filhos e para tudo o que era nosso.” (Ed. 8:21). “Tendo Acabe ouvido estas palavras, rasgou as suas vestes, cobriu de pano de saco o seu corpo e jejuou; dormia em panos de saco e andava cabisbaixo. Então veio a palavra do Senhor a Elias, o tesbita, dizendo: Não viste que Acabe se humilha perante mim? Portanto, visto que se humilha perante mim, não trarei esse mal nos seus dias, mas nos dias de seu filho o trarei sobre a sua casa.” (I Rs. 21:27-29). Então, o remédio para curar a terra, começa com jejum.


Se o meu povo orar – não é preciso falar muito sobre este ponto, pois está muito claro que o povo de Deus deve orar a ele, para que ele faça algo. Porém, há muitos tipos de oração, sendo um deles Oração de Arrependimento e confissão de Pecados, exemplificada na oração de Daniel. (Dn.9). É só imitar.


Se o meu povo buscar a minha face – é a mesma coisa que jejuar e orar. “Voltei o rosto ao Senhor Deus, para o buscar com oração e súplicas, com jejum, pano de saco e cinza.” (Dn.9:3).


Se o meu povo se converter dos seus maus caminhos – primeiro o povo de Deus tem de reconhecer que tem maus caminhos, e segundo, que deve deixá-los. “O que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mais o que as confessa e deixa alcançará misericórdia” (Pv. 28:13).


Se o povo de Deus fizer a sua parte, com certeza Deus fará a dele, pois ele mesmo diz: “então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra”, que, no caso da igreja, é a purificação do coração dos crentes, gerando santidade, para que possa produzir todo tipo de boas obras.

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

DEUS ESTÁ IRADO


          A geração anti-diluviana foi totalmente destruída por Deus, como castigo pela sua maldade, numa solene demonstração da sua ira. Somente Noé e sua família foram poupados, em virtude de sua retidão. “Eis a história de Noé. Noé era homem justo e íntegro entre os seus contemporâneos; Noé andava com Deus.”  (Gn. 6:9).  
A Bíblia diz que Deus não muda. Portanto, o Deus do tempo de Noé é o mesmo Deus de hoje. O Deus do Antigo Testamento é o mesmo Deus do Novo. Deus é soberano sobre toda a terra, e nada aqui acontece sem o seu consentimento. Em 1906, ano do avivamento da rua Azuza, houve o grande terremoto de São Francisco, na Califórnia, onde morreram mais de 500 pessoas. A imprensa e os pregadores da época tentavam convencer o povo de que Deus nada tinha a ver com isso. Porém, os intercessores, que estavam orando, sentiram que era a mão de Deus, tentando levar o povo ao arrependimento. 
A Primeira Guerra Mundial (1914-1918) e a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), quando milhões de pessoas morreram, foram tidas como juízo de Deus, por causa do pecado de ser humano. A Peste Negra na Europa foi tida como juízo de Deus. O Tsunami na Indonésia  foi tido como juízo de Deus. O Tsunami no Japão foi tido como juízo de Deus. Hoje mesmo está havendo alagação no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina, e um pouco antes, houve alagação no Acre e no Amazonas. Ninguém se engane, tudo isso é juízo de Deus , por causa do pecado. 
A crise econômica que assola hoje o Brasil é um juízo de Deus. Tudo isso é a voz de Deus dizendo “arrependam-se”. O Deus que tem sido apresentado ao povo brasileiro hoje, por boa parte da igreja, é uma caricatura do verdadeiro Deus, revelado na Escritura. Numa tentativa de agradar o povo, muitos pregadores apresentam um Deus bonachão, um paizão, que mima seus filhos, e é como um grande Papai Noel, com um saco de presentes às costas, pronto para distribuir bênçãos em troca de lealdade. 
Porém, terremotos e maremotos estão sob o controle de Deus, e ainda que as placas tectônicas se movam, é ele quem as faz se mover. Como diz Isaías: “Entra nas rochas, e esconde-te no pó, de diante da espantosa presença do Senhor e da glória da sua majestade” (Is. 2:10) e “Então os homens se meterão nas cavernas da rochas,  e nas covas da terra, por causa da presença espantosa do Senhor,  e da glória d a sua majestade, quando ele se levantar para assombrar a terra.” (Is. 2:19). Paulo diz “A ira de Deus se revela do céu contra toda a impiedade e perversão dos homens que detém a verdade pela injustiça” (Rm. 1:19). E João “Por isso, quem crê no filho tem a vida eterna;  o que, todavia, se mantém rebelde contra o filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus.” (JO.3:36).  
É hora de aqueles que conhecem a Deus, buscarem a sua face, em oração, pois Jesus mesmo disse “Vigiai, pois, a todo tempo, orando, para que possais escapar de todas estas coisas que t& ecirc;m de suceder e estar em pé ma presença do filho do homem” (Lc. 21:36).

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

O CRENTE FRUTÍFERO


“Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio” (Gl. 5:22,23).
          Fruto é, literalmente, produto da árvore, reino vegetal. Mas, figuradamente, pode ser também o produto do ser humano e dos animais, reino animal. (Dt. 28:4). Então, ser frutífero significa a árvore dar frutos, os animais dar crias, e os homens ter filhos. Mas há ainda outro sentido, que é dar frutos espirituais, gerar filhos espirituais, assim como o homem gera filhos físicos, biológicos. Em Gênesis Deus deu ordem a Adão e a Noé, para que frutificassem (Gn.1:28; 9:1), e em Êxodo 1:7, está escrito que os filhos de Israel “frutificaram e aumentaram muito”. Então, o crente frutífero é aquele que faz muitos discípulos, gera filhos espirituais? Tem algum sentido, mas não é o único modo de ser frutífero. O que &e acute; preocupante hoje, em boa parte da igreja, é que se estabeleceu como dogma, que o único fruto que o crente pode apresentar, é ter discípulos. É preocupante porque com essa atitude se ignora outros textos da Escritura, que claramente ensinam outra coisa. No caso de Gálatas 5:22,23, o fruto do Espírito, que nasce da intimidade entre o crente e o Espírito Santo, não são pessoas ou discípulos, mas qualidades de uma personalidade que reflete a natureza e o caráter de Deus. Paulo diz que “Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados à comunhão de seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor.” (I Co. 1:9). A prova de que alguém anda realmente em comunhão com Deus, é exibir, no seu caráter e na sua personalidade, a pessoa de Jesus Cristo, Filho de Deus. Amor, alegria, paz, existem numa personalidade realmente curada pelo Espírito de Deus. &E acute; a restauração da personalidade de Adão, antes de ter cometido pecado. Alguém em quem não há essas coisas, pode ter uma multidão de seguidores, pela força, magnetismo, e carisma de sua liderança, mas não é o fruto que Deus requer. São as qualidades de uma pessoa realmente liberta por aquele que disse “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.” (Jo.8:36). Longanimidade, benignidade, bondade, são as características de uma pessoa que reflete em si mesma, a natureza de Deus. E diz respeito à maneira de se relacionar com as outras pessoas. Uma pessoa que não tem essas qualidades, pode ter uma multidão de seguidores, mas não tem o fruto que Deus requer. Fidelidade, mansidão, domínio próprio, são necessários na pessoa que realmente quer dar fruto para Deus. Até porque os nossos discípulos, como os nossos filhos, serão semelhantes a nós. Antes de gerar filhos para Deus, temos de ter o nosso caráter mudado e a nossa alma curada da contaminação do pecado. A palavra “carne” que aparece em Gálatas 5:19-21,  é um eufemismo para esconder a figura de Satanás. Satanás é um espírito, assim como o Espírito Santo também. Só que Satanás é um espírito maligno, imundo, mentiroso e assassino, enquanto que o Espírito de Deus, é santo.  Somos influenciados por um desses espíritos. Paulo diz que o espírito mau “atua nos filhos da desobediência.”(Ef.2:2). As obras da carne são o resultado da atuação do espírito mau em nós, assim como o fruto do Espírito é o resultado da atuação do Espírito Santo em nós . Devemos primeiro ensinar às pessoas a obedecer a Deus, antes de encorajá-las a ter filhos, assim como fazemos com os nossos filhos biológicos. Jesus disse “fazei discípulos de todas as nações, batizando-os...ensinado-os a guardar (obedecer) todas as coisas que vos tenho ordenado.” O crente frutífero é aquele que tem em si o fruto do Espírito, e os filhos espirituais por ele gerados, são uma cópia de si mesmo, isto é, de Jesus.