sábado, 16 de abril de 2016

OS TRÊS CRESCIMENTOS DA IGREJA

OS TRÊS CRESCIMENTOS DA IGREJA
1.       CRESCIMENTO NUMÉRICO
“De sorte que as igrejas eram confirmadas na fé, e cada dia cresciam em número.” (At.16:5).
O crescimento numérico da igreja é bíblico, como vemos no versículo acima, e é natural o crescimento em todo organismo vivo. É sabido que a história da igreja, em Atos, já começa registrando a conversão de “quase três mil almas” e “quase cinco mil homens” (At. 2:41 e 4:4). Porém, alguns balizamentos devem ser colocados sobre o crescimento da igreja, para que Satanás não leve vantagens sobre nós. Isto porque estamos vivendo numa época em que alguns se tomaram de verdadeira obsessão pelo crescimento da igreja. Temos de ter cuidado para que a motivação pelo crescimento não se torne uma competição carnal para ver quem é o maior. Todo organismo vivo cresce até o seu limite de maturidade, e depois para de crescer, e começa a se multiplicar. A analogia é com o corpo humano, cujo crescimento é limitado, embora possa se multiplicar indefinidamente.  Temos de lembrar também do papel do Espírito Santo na multiplicação da igreja. “Assim, pois, as igrejas em toda a Judéia, Galiléia e Samaria, tinham paz, sendo edificadas, e andando no temor do Senhor; e, pelo auxílio do Espírito Santo, se multiplicavam.” (At. 9:31).  O crescimento numérico da igreja decorre de uma ação conjugada entre a igreja e o Espírito Santo. Quando a igreja faz tudo o que pode, Deus faz a sua parte, exatamente a parte que a igreja não pode fazer, acrescentar pessoas à igreja. Assim, dar metas de crescimento para a igreja, é usurpar a prerrogativa do espírito Santo, que é o único que pode “convencer o homem do pecado, da justiça, e do juízo.” (Jo.16:7,8). “Ele testificará de mim. E vós também testificareis, pois estivestes comigo desde o princípio.” (Jo.15:26,27).  A igreja primitiva fazia a sua parte, que era: “E perseveravam na doutrina dos apóstolos, na comunhão, no partir do pão e nas orações” (At. 2:42), e o Espírito Santo fazia a sua, que era: “E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.” (At. 2:47). 
2.       CRESCIMENTO NA GRAÇA
“Antes crescei na graça...de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo” (II Pd. 3:18).
Enquanto o crescimento numérico equivale ao crescimento físico, o crescimento na graça é o crescimento espiritual. O crescimento espiritual é a comunhão com o espírito Santo. O problema é que o crescimento na graça é Mais difícil de ser percebido e mensurado, e por causa disto, pode até ser desprezado. O crescimento numérico pode até ser conseguido pelo esforço humano, como o faz qualquer corporação secular, e as heresias, mas o crescimento na graça, espiritual, só pode ser conseguido por meio de um fator chamado obediência. “E nós somos testemunhas acerca destas palavras, nós e também o espírito Santo, que Deus deu àqueles que lhe obedecem.” (At.5:32). Sabemos que o Espírito Santo pode ser entristecido. “E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o dia da redenção.” (Ef. 4:30). Ele pode ser  extinto da nossa vida. “Não extingais o Espírito.” (I Ts. 5:19). O crescimento na graça se percebe mediante a manifestação dos dons espirituais e do fruto do Espírito. (I Co.12 e Gl. 5:22). Geralmente vem por meio da oração. “Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos.” (Ef. 6:18).
3.       CRESCIMENTO NO CONHECIMENTO
“Antes crescei ...no conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo” (II Pd. 3:18).

Crescimento em conhecimento por parte da igreja da pessoa de nosso Senhor e
Salvador Jesus Cristo. É o conhecimento intelectual obtido por meio do estudo diligente das Escrituras, para saber o que ela diz a respeito de Jesus. O crescimento numérico é o físico, o crescimento na graça é o espiritual, e o crescimento em conhecimento é o intelectual. Tem crente que pensa que Deus criou o espírito humano, mas o diabo criou o a mente, o intelecto. Aliás, o antigo Gnosticismo acreditava que o espírito era bom e o corpo era mal. Dizia até que Jesus não veio em carne, e que a carne de Jesus era apenas aparente, o que se chamou de Docetismo, de Dokein, parecer.  O diabo é muito astuto e vive enganado a igreja que não atenta para o que Deus disse na sua Escritura. São necessários os três tipos de crescimentos. Se o diabo eliminar um deles, prejudica os outros dois. Ou mesmo se inverter a ordem deles. Podemos até tentar uma ordem de crescimento. Primeiro, Jesus passou cerca de três anos ensinando seus discípulos, nos Evangelhos. É o crescimento no conhecimento. Depois, o Espírito Santo veio sobre eles, no dia de Pentecostes, em Atos 2, depois de dez dias de oração, e todos foram cheios do Espírito Santo. É o crescimento na graça. “E os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus e em todos eles havia abundante graça” (At. 4:33). E, depois da pregação de Pedro, aconteceu o crescimento numérico, quase três mil e quase cinco mil. O mesmo padrão se repete, pois em At. 2:42 eles “perseveravam na doutrina dos apóstolos” (crescimento em conhecimento),  perseveravam “nas orações” (buscavam o crescimento na graça), e em At. 4:31 “e, tendo eles orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do espírito Santo, e anunciavam com ousadia a Palavra de Deus” (o crescimento numérico certamente ocorreu, pois a combinação estava formada, crentes cheios do espírito Santo anunciando a Palavra de Deus). Então, a ordem é: crescimento no conhecimento, para se saber o que se vai dizer, crescimento na graça para se falar com autoridade e sem medo, e o crescimento numérico legítimo acontecerá.


sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

A PROSTITUIÇÃO DA IGREJA


Gn.12:10-20; 20:1-18.

Tipologia.  Sara representa a igreja, Abraão representa os pastores, Faraó representa satanás ou os poderes políticos deste mundo, a terra de Canaã representa o ambiente da igreja. No primeiro caso houve fome na terra de Canaã, que é um tempo difícil na igreja, quando as necessidades das pessoas não são supridas. A tentação é ir buscar no mundo a solução dos problemas, como Abraão fez. Só que Abraão inventou uma mentira dizendo que Sara era sua irmã,para enganar os egípcios. Abraão fez isso tanto em Gn.12:10-20 quanto em Gn. 20:2. Aqui há uma lição. Quando Abraão nega que Sara é sua mulher, é como se a repudiasse, e a induz à prostituição ou ao adultério. Jesus disse: “qualquer que repudiar sua mulher, a não ser por causa de prostituição, faz que ela cometa adultério, e qualquer que casar com a repudiada comete adultério.” (Mt.5:32). Espiritualizando. Jesus é o noivo ou esposo da igreja, enquanto que os pastores são uma espécie de maridos provisórios. É como se Jesus fosse o marido da igreja Universal, e os pastores são maridos das igrejas locais. Bem, quando Abraão disse que Sara era sua irmã, e não sua mulher, declarou quer não tinha intimidade com ela, pois não se tem normalmente, intimidade com a irmã. E com isso a tornou disponível para que outros homens a cobiçassem e a tomassem, como aconteceu com Faraó. Então, tanto Sara como Faraó foram induzidos ao adultério por intermédio de Abraão, de acordo com as palavras de Jesus. Espiritualizando. Os pastores de hoje que disponibilizam suas igrejas para os políticos e para os empresários, estão caindo na mesma palavra, ainda que o façam bem intencionados. Ou seja, estão prostituindo suas igrejas, para não dizer, as igrejas de Jesus. O motivo que Abraão deu foi “Porque eu dizia comigo: Certamente não há temor de Deus neste lugar, e eles me matarão por amor da minha mulher.” (Gn. 20:11). Foi falta de fé de Abraão. Jesus é o provedor da igreja, ou seja,o sustentador, como todo o marido deveria ser, segundo a Bíblia. A prosperidade de Abraão, nesse tempo, veio de Faraó, não de Deus. “E fez bem a Abraão por amor dela; e ele teve ovelhas, e vacas, e jumentos, e servos, e servas, e jumentas e camelos.” (Gn.12:16). “Então tomou Abimeleque (rei dos filisteus) ovelhas e vacas, e servos e servas, e os deu a Abraão, e restituiu-lhe Sara, sua mulher.” (Gn.20:14). Nesse tempo, Deus não foi para Abraão Jeová-Jiré, pois a sua prosperidade não veio de Deus, mas de Faraó, rei do Egito, e de Abimeleque, rei dos filisteus. E tudo isso, em troca de Sara, que se tornou em objeto de comércio, ou de negócio. Pedro disse: “E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas”.  (II Pd. 2:3). A proteção é outra prerrogativa que compete a Deus ou a Cristo, como maridos. Abraão, por medo, foi buscar proteção em Faraó, rei do Egito. Tanto a proteção, quanto a provisão, devem ser objetos de fé, por parte das igrejas e de seus pastores. Porém, se os pastores não confiarem em Deus, irão buscar proteção nos políticos, ou mesmo no Estado, e provisão, nos empresários, que, supostamente, são os que têm dinheiro. A Bíblia diz: “Feriu, porém, o Senhor  a Faraó com grandes pragas, e a sua casa, por causa de Sarai, mulher de Abrão. “ (Gn. 12:17). Eu tenho me perguntado se as grandes pragas que tem acontecido no Brasil, nos dias de hoje, são por causa dos descrentes, ou por causa dos crentes. Creio que esse texto dá a resposta. A Bíblia diz: “E aconteceu que, entrando Abrão no Egito,  viram os egípcios  a mulher, que era mui formosa.” (Gn.12:14). Paulo diz que a igreja é “igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante,  mas santa e irrepreensível.” (Ef. 5:27). A beleza da igreja atrai a cobiça dos políticos (à procura de votos), e dos empresários ( a procura de lucro), e por tudo o dinheiro responde.  A igreja prostituída aparece em Apocalipse: “Mistério, a grande Babilônia, a mãe das prostituições e abominações da terra...(Ap.17:5). “E os reis da terra (os políticos), que se prostituíram com ela, e viveram em delícias, a chorarão, e sobre ela prantearão, quando virem o fumo do seu incêndio.” (Ap. 18:9). “ Os mercadores( os empresários) destas coisas, que com ela se enriqueceram, estarão de longe, pelo temor do seu tormento, chorando e lamentando.” (Ap. 18:15). Deus diz ao rei dos filisteus: “Agora pois restitui a mulher ao seu marido, porque profeta é, e rogará por ti, para que vivas...E orou Abraão a Deus, e sarou Deus a Abimeleque, e à sua mulher, e às suas servas, de maneira que tiveram filhos; porque o Senhor havia fechado totalmente todas as madres da casa de Abimeleque, por causa de sara, mulher de Abraão.” (Gn.20:7,17,18). Ainda há tempo de os pastores brasileiros, que estão nessa situação, reverterem o jogo em favor do Brasil, tomando de volta a igreja das mãos dos políticos e dos empresários, orando em seu favor, para a que a esterilidade saia e venha prosperidade na nação, tanto para os políticos, quanto para os empresários, da parte de Deus, mas não em troca da prostituição da igreja. 

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

AS DEZ PRAGAS DO EGITO

As dez pragas do Egito são:
1.       Água transformada em sangue – Ex. 7:20
2.       Rãs  -  Ex. 8:6
3.       Piolhos  -  Ex. 8:16-19
4.       Moscas  -  Ex. 8:20-32
5.       Peste nos animais  - Ex. 9:1-7
6.       Úlceras  -  Ex. 9:8-12
7.       Chuva de Pedras  -  Ex.9:18
8.       Gafanhotos -  Ex. 10:1-19
9.       Trevas  -  Ex. 10:21-29
10.   Morte dos primogênitos  - Ex. 11:5
          Essas famosas pragas do Egito, na verdade, são milagres, tecnicamente chamados na Bíblia de Sinais e Prodígios ou Sinais e Maravilhas. Na verdade, é um dos dons espirituais revelados em I Co. 12:10 “a outro , operação de milagres”. É também uma característica apostólica, como Paulo diz em II Co. 12:12 “Pois as credenciais do apostolado foram apresentadas no meio de vós, com toda a persistência,por sinais, prodígios e poderes miraculosos.” Também o livro de Atos registra o exercício desse dom, por meio dos apóstolos: “Em cada alma havia temor; e muitos prodígios e sinais eram feitos por intermédio dos apóstolos.” (At.2:43). E ainda: “Muitos sinais e prodígios eram feitos entre o povo pelas mãos dos apóstolos.” (At. 5:12). Para sermos justos, convém informar que somente Filipe e Estêvão, que não eram apóstolços, fizeram sinais e prodígios. Mas eram diáconos, e receberam a imposição dos mãos dos apóstolos. A intenção aqui é ensinar que não é qualquer crente que pode fazer milagres, mas, mesmo Jo. 14:12 deve se sujeitar a essas regras hermenêuticas. Moisés e Arão fizeram esses milagres porque, mesmo no Antigo Testamento, estavam investidos de uma autoridade apostólica, pois haviam sido enviados por Deus. Deus havia dito a Moisés que o faraó não deixaria Israel ir embora senão por uma forte mão. Moisés disse a faraó: “Assim diz o Senhor...Deixa ir o meu povo, para que me sirva” (Ex. 10:3). E a Bíblia diz: “Tendo Faraó deixado ir o povo...” (Ex. 13:17). Por que será que Deus precisava da autorização de Faraó para libertar seu povo, já que Deus é soberano e Todo-Poderoso? Porque Deus age na legalidade e não na ilegalidade. Deus respeitava a autoridade de Faraó e não queria passar por cima dela. Mas Deus realizou as dez pragas, ou juízos, por leio de Moisés e Arão, a fim de obrigar Faraó liberar o povo. Os oficiais de Faraó lhe disseram: “Acaso, não sabes ainda que o Egito está arruinado?” (Ex. 10:7). A mesma coisa com a Presidenta do Brasil hoje. Deus não vai violar a autoridade do governo, mas pode arruinar a nação para obrigá-la a renunciar. Voltemos à questão espiritual. No Novo Testamento, Deus, por meio de pessoas escolhidas, realiza Sinais e prodígios, para obrigar Satanás a liberar as pessoas que ele mantém cativas. Jesus disse ao apóstolo Paulo: “Eu te envio aos gentios, para lhes abrires os olhos e os converteres das trevas para a luz e da autoridade de Satanás para Deus, a fim de que recebam eles remissão de pecados e herança entre os que são santificados pela fé em mim.” (At.26:17,18). E em At. 19:11 “E Deus, pelas mãos de Paulo, fazia milagres extraordinários”. “Muitos dos que creram vieram confessando e denunciando publicamente as suas próprias obras...Assim, a Palavra do Senhor crescia e prevalecia poderosamente.” (At.19:18-20). Mas temos de ter prudência, pois no Egito, os feiticeiros de Faraó reproduziram as duas primeiras pragas, mas na terceira, não conseguiram. (Ex. 7:22; 8:7, 18). No N.T. Jesus advertiu: “porque surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos.” (Mt.24:24). Paulo também advertiu: “Ora, o aparecimento do iníquo é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais, e prodígios da mentira, e com todo engano de injustiça aos que perecem, porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos.” (II Ts. 2:9, 10). Então, cautela. Há milagres verdadeiros e milagres falsos. Temos de orar e pedir a Deus discernimento, para distinguir uns dos outros.