segunda-feira, 12 de novembro de 2012

DAVI, O CRENTE DESCOLADO


I Samuel 17



INTRODUÇÃO


Crente descolado é aquele que foge do estereótipo de que crente é uma pessoa quadrada, bitolada, fanática, desatualizada, radical, fundamentalista. Davi era um crente descolado.


DAVI ERA O MENOR


Em I Sm. 17:13,14 diz o seguinte “Apresentaram-se os três filhos mais velhos de Jessé a Saul e o seguiram à guerra. Chamavam-se: Eliabe, o primogênito, o segundo, Abinadabe, e o terceiro Samá. Davi era o mais moço; só os três maiores seguiram Saul.”

Sabemos que o filho primogênito era normalmente o mais honrado entre os irmãos, sendo, neste caso Eliabe.O mais novo era Davi, sendo encarregado dos serviços mais desagradáveis, como pastorear as ovelhas de seu pai. Deus, porém, gosta de fazer coisas inesperadas, como usar o mais novo, no lugar do primogênito. 

No Novo Testamento, sabemos que Pedro era o primogênito dos apóstolos, como diz Mateus...”Ora, os nomes dos doze apóstolos são estes: primeiro, Simão, por sobrenome Pedro...” E em I Co. 15:9 Paulo diz “Porque eu sou o menor dos apóstolos...” Temos, então, Pedro, o Primogênito, e Paulo, o menor, sendo que Paulo era da tribo de Benjamin, o menor dos filhos de Jacó, e Rúben, o primogênito. 

Não temos dúvida de que Paulo foi maior do que Pedro, ainda que aquele fosse o menor. Ironia de Deus? Entao, Davi, mesmo sendo o menor, foi maior que seus irmãos.

APLICAÇAO
Se você se acha pequeno, saiba que Deus pode usar voce, pois ele olha para o coração, ao contrário do homem. “Também escolheu a Davi, seu servo, e o tomou dos redis das ovelhas; tirou-o do cuidado das ovelhas e suas crias, para ser o pastor de Jacó, seu povo, e de Israel, sua herança. E ele os apascentou consoante a integridade do seu coração e os dirigiu com a perícia de suas mãos.” (Sl. 78:70-72).

sexta-feira, 13 de abril de 2012

OS TRÊS NÍVEIS DO DISCIPULADO


Lucas 15:11-32

1. OBEDIÊNCIA  -  Esse nível  é ilustrado na pessoa do filho mais velho da Parábola do Filho Pródigo. Ele disse a seu pai: "Há tantos anos te sirvo sem jamais transgredir uma ordem tua..." (v.29).  Não há dúvida de que ele era um filho obediente, ao contrário de seu irmão, que foi embora de casa com a herança antecipada, tendo gastado tudo prodigamente.  A obediência é importante, mas ela pode ser exercida com a motivação errada. Deus tem filhos assim, líderes têm discípulos assim. Eu diria que a disposição para obedecer a é o início do discipulado. Sim, porque tem gente que está na igreja, mas não passa pelo sua cabeça que ela deve ser uma pessoa obediente. Obediente a Deus, a Cristo, ao Espírito Santo, mas também aos líderes humanos colocados por Deus, com a sua autoridade delegada. E não só na igreja, mas também na família, no Estado, no trabalho, ou em qualquer  instância da vida social. Deus pode exercer sua autoridade diretamente, mas raramente Ele o faz, preferindo exercê-la por meio de prepostos. A obediência, com a motivação certa,  agrada a Deus. "Ora, nós somos testemunhas destes fatos, e bem assim o Espírito Santo, que Deus outorgou aos que lhe obedecem." (At.5:32). A Carta aos Hebreus diz que Jesus "tornou-se o Autor da salvação eterna para todos os que lhe obedecem." (5:9).

2. SUBMISSÃO  -  Esse nível pode ser  ilustrado na pessoa do filho mais novo da parábola do Filho Pródigo. Embora ele tenha sido desobediente no princípio, por meio do sofrimento por que passou, decidiu se submeter ao seu pai, aceitando ser tratado como um servo. Ele abdicou do direito de julgar ou rejeitar as decisões do pai, aceitando tudo o que seu pai lhe impusesse.Ele decidiu dizer a seu pai: "Já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus empregados." (Lc.15:19). Parece até que esse nível de discipulado é o ideal, pois Jesus nos mandou fazer discípulos de todas as nações, e se levarmos alguém a esse nível, teremos feito um discípulo. Esse é o nível de discipulado que levou Jesus a cruz, pois ele, "a si mesmo se esvaziou, a ssumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens;  e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até a morte e morte de cruz." Quantas pessoas estão dispostas a obedecer a Deus a qualquer custo, como Abraão o fez, entregando até seu filho, Isaque, para ser morto? Se alguém alcançar esse nível de discipulado, terá alcançado um excelente nível.

3. AMIZADE – O filho mais velho trabalhava como escravo, mas não tinha um relacionamento de amizade com seu pai. O filho mais novo decidiu ser servo, mas o que o pai necessitava, como ser humano que era,  era de amigos. Ele necessitava de relacionamento, que é a pedra de toque da amizade. Jesus disse aos seus discípulos, no final do período de treinamento do discipulado: "Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu Senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo o quanto ouvi de meu pai vos tenho dado a conhecer. (Jo.15:15). " Deus precisa de amigos, com quem ele possa compartilhar seus sonhos. "Certamente, o Senhor Deus não fará coisa alguma, sem primeiro revelar o seu segredo aos seus servos, os profetas." (Am. 3:7). Abraão é chamado na Bíblia de amigo de Deus. "Ora, Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça; e: Foi chamado amigo de Deus." (Tg.2:23). Deus disse dele "Ocultarei a Abraão o que estou para fazer, visto que Abraão certamente virá  a ser uma grande e poderosa nação, e nele serão benditas todas as nações da terra? Porque eu o escolhi para ordene a seus filhos e a sua casa depois dele, a fim de que guardem o caminho do Senhor e pratiquem a justiça e o juízo; para que o Senhor faça vir sobre Abraão o que tem falado a seus respeito." (Gn.18:17-19). 
  
    O coroamento do discipulado não é por meio da obediência, nem da submissão somente, mas quando esses dois níveis são praticados motivados por amizade ou amor (fileo ou ágape), como quando Jesus perguntou a Pedro "Tu me amas? ...Apascenta as minhas ovelhas." Deus precisa de amigos, nós precisamos de amigos. Que bom quando o discípulo evolui para o nível de amigo, sem perder o respeito.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

O CÓDIGO DE SANTIDADE


O livro de Levítico possui o Código de Santidade, pois a santidade de Deus deve ser refletida no seu povo. "Santos sereis, porque eu , o Senhor, vosso Deus, sou santo." (Lv. 19:2). E isto Ele disse "a toda a congregação dos filhos de Israel". Como a revelação é progressiva, no Antigo Testamento a santidade e enfatizada no corpo, embora o Novo Testamento ensine que a santidade deve ser no corpo, na alma, e no espírito. (I Ts. 5:23). Porém, tomando por base o livro de Levítico, vou destacar algumas áreas em que a santidade deve ser praticada.

   DOENÇA -  Essa impureza que milita contra a santidade do corpo, só veio a entrar na experiência humana depois do pecado. Assim, os capítulos 13 e 14 de Levítico, dois alentados capítulos, tratam da doença da lepra e do leproso. Deus não fez o corpo humano para ser contaminado por doença. Por isso, o Messias Jesus Cristo, curou tantos doentes. Em Israel eram os sacerdotes os encarregados de exercer o papel de médicos, como está em Levítico 14:7 "E, sobre aquele que há de PURIFICAR-SE da lepra, aspergirá sete vezes; então, o declarará LIMPO  e soltará a ave viva sobre o campo aberto."  Jesus, fluindo na unção sacerdotal, curava os enfermos. "Mas Jesus, sabendo disto, afastou-se dali. Muitos o seguiram, e a todos ele curou." (Mt.12:15). De maneira geral  a doença tem origem no pecado, como está em Ex. 15:26 "Se ouvires atento a voz do Senhor, teu Deus, e fizeres o que é reto diante dos seus olhos, e deres ouvido aos seus mandamentos, e guardares todos os seus estatutos, , nenhuma enfermidade virá sobre ti, das que enviei sobre os egípcios; pois eu sou o Senhor que te sara. "  Por isso Jesus disse ao paralítico de Betesda "Olha que já estás curado; não peques mais, para que não te suceda coisa pior." (Jo.5:14). E também falou ao paralítico de  Cafarnaum, antes de curá-lo "Filho, os teus pecados estão perdoados." (Mc. 2:5). E ainda em Tiago 5:16 "Confessai , pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados." Ainda que nem toda doença e causada diretamente pelo pecado pessoal, pode ser resultado também de uma herança contaminada. Sabemos que filho de aidético vai nascer soro positivo. Então a santidade requerida no corpo vai necessitar da cura da en fermidade. "Santos sereis, porque eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo."

ALIMENTAÇÃO  -  Em Levítico capítulo 11 tem toda uma orientação de como o povo de Deus deve se alimentar. "São estes os animais que comereis de todos os quadrúpedes que há sobre a terra...Destes, porém, não comereis..." (v.2, 4). Vemos, hoje em dia , no noticiário, os povos que não conhecem a Deus, comendo todo tipo de répteis e insetos  imundos , contaminando o seu corpo, e até correndo o risco de contrair doenças, desprezando as orientações de Deus, por ignorância ou por incredulidade. Sabemos que o Novo Testamento ensina a supremacia do espírito sobre o corpo, mas a santidade do corpo ainda é mantida, como Paulo escreveu "O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíve is na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo." (I Ts. 5:23). A santidade do corpo inclui uma alimentação saudável em todos os sentidos, pois desprezar a sabedoria de Deus não é seguro. Quem come alimento impuro pode contrair doenças, a não ser que que se previna com o antídoto, que é a palavra de Deus e a oração.(I Tm.4:1-5).

PECADO – É impressionante como Levítico ensina a oferecer a Deus sacrifícios e ofertas para purificar de vários tipos de pecados, como pecado de ignorância, pecados ocultos, sacrilégios, pecados voluntários, pecado do povo, pecado do sacerdote, etc. O pecado não nasce no corpo, mas no espírito e na mente, mas é consumado por meio do corpo, como é o caso de Judas Iscariotes, Ananias e Safira. (Jo.13:2; At.5:3). É mais impressionante ainda como o pecado de natureza sexual  recebe ênfase mais do que outros em Levítico capítulo 18 em diante. O Novo testamento também confirma essa tendência, pois escreve "Qualquer outro pecado que uma pessoa cometer é fora do corpo; mas aquele que pratica a imoralidade peca contra o próprio corpo." (I Co. 6:18). Na nossa g eração o pecado tem sido banalizado por causa do relativismo moral, que diz que nada é pecado, mas todos estão certos, de acordo com a sua maneira de pensar. O que é errado para um, pode não ser para outro, pois não existe um padrão absoluto da verdade. Todavia, esse padrão existe, mas tem sido rejeitado por grande parte da humanidade. Esse padrão é a Bíblia, o  livro de Deus. Embora a sua interpretação possa ser diferente para pessoas diferentes, alguns torcem as palavra de Deus, como fez a serpente no jardim do Éden. Porém, o padrão de Deus continua sendo o mesmo. Para ser santo, como Ele é santo.

CONCLUSÃO  -  O maior desafio de nossa geração é ser santo, como Deus manda. "para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros , filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo." (Fl.2:15).

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

O DOMÍNIO DO CRENTE


Olhando para a igreja hoje, percebemos que o estilo de liderança que mais tem se destacado é o estilo autoritário, caudilhesco, de dominação. Pelo menos na ala pentecostal e neo-pentecostal, é o que temos observado. E, justiça seja feita, tem dado certo e funcionado bem, pois essas igrejas são as que mais crescem, e se destacam no mundo. Todavia, por uma questão de justiça, vamos dar uma olhada na Escritura, para ver se esse estilo de liderança está alicerçado na Bíblia. Vamos examinar a palavra "Domínio", que tem a ver com autoridade e governo.

A palavra Domínio aparece em Gn. 1:28, quando Deus deu a Adão e Eva autoridade sobre os animais. "Dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja sobre a terra." Até aí não há nenhuma ordem para um ser humano dominar o outro. Depois do pecado, como parte do castigo da mulher, a palavrinha aparece de novo, desta feita se referindo ao relacionamento entre marido e esposa. "Multiplicarei grandemente a dor da tua conceição; em dor darás à luz filhos; e o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará (governará)." (Gn.3:16). Veja que Deus não mandou o homem dominar a mulher, mas fez uma advertência à mulher, dizendo que, em virtude do pecado, que é baseado no egoísmo e no egocentrismo, o marido dominaria a esposa. Estou adotando a palavra esposa, em vez de mulher, para deixar claro que esse domínio deveria acontecer dentro da família, já que, por causa do pecado, na criação de Deus, o mais forte procura dominar o mais fraco. No Novo testamento Pedro declara que a mulher é um vaso mais frágil do que o homem, se referindo ao corpo, pois quanto ao resto, há mulheres que têm dominado os homens por meio de um temperamento mais forte, uma vontade mais forte, uma personalidade mais forte, uma inteligência maior, e que tais. Todavia, o Novo Testamento ensina que, dentro do casamento, a mulher deve ser sujeita ao marido, o que não significa Domínio, mas uma sujeição voluntária, um respeito ao líder da família, por temor ao Senhor. (Ef.5:22-33; I Pd.3:1-6).

Voltando ao livro de Gênesis, vamos encontrar a palavrinha novamente, na boca de Deus, falando com Caim. "e se não procederes bem, o pecado jaz à porta, e sobre ti será o teu desejo; mas sobre  ele tu deves dominar." (Gn.4:7). Neste caso, o homem deverá exercer domínio não sobre outro ser humano, mas sobre o pecado. É o mesmo ensinamento que está em Provérbios 16:32. "Melhor é o longânimo do que o herói de guerra, e o que domina o seu espírito, do que o que toma uma cidade." Neste caso, o virtuoso não é dominar outro ser humano, mas o seu próprio espírito. "Caso, porém, não se dominem, que se casem", afirma Paulo em alusão à necessidade de casar ou não.(I Co. 7:9). O "domínio próprio" é mencionado por Paulo em Gl.5:23, como fruto do Espírito Santo. Assim vai transparecendo no Novo testamento, que o domínio deve ser exercido sobre o seu própri o espírito, sobre si próprio, sobre o próprio corpo. "Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão..." (I Co. 9:27).

Jesus faz distinção entre o estilo de liderança do mundo e o da igreja. Falando com os doze apóstolos, os líderes a igreja , Ele diz: "Sabeis que os que são considerados governadores dos povos têm-nos sobre o seu domínio, e sobre eles os seus maiorais exercem autoridade. Mas entre vós  não é assim; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será servo de todos."

Há dois estilos de liderança. O estilo do mundo, baseado no egoísmo e na exploração, onde o mais forte domina o mais fraco, e o estilo da igreja, onde o relacionamento é baseado no amor, e no serviço altruísta. Na verdade, o líder é colocado na figura de um pastor, que apascenta, alimenta, protege, e guia, servindo de modelo para os liderados, o rebanho. O apóstolo Pedro que estava presente quando Jesus deu este ensinamento, entendeu muito bem o que o mestre quis dizer, poi s na sua Primeira Carta, repete o ensino, aos presbíteros (líderes) da igreja: "Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, não por força, mas expontaneamente segundo a vontade de Deus; nem por torpe ganância, mas de boa vontade; nem como DOMINADORES sobre os que vos foram confiados, mas servindo de exemplo ao rebanho." (I Pd. 5:2,3).

E então? Qual é o estilo de liderança que você vai adotar? O do mundo ou o de Jesus? Mesmo tendo grande sucesso, o que Deus julga é a motivação do coração. Lembre-se de que a força da personalidade deve ser usada para dominar o pecado, não somente o de natureza sexual ou financeira, mas também a motivação do coração. Você está edificando o Reino de Deus ou o seu reino pessoal?

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

PALMADAS NOS FILHOS É ERRADO



"A Lei da Palmada" é assim que está sendo chamado um Projeto de Lei que tramita no Congresso Nacional, tendo sido já aprovado na Câmara, e sendo enviado para o Senado. Li vários artigos a respeito do assunto, todos condenando o tal Projeto de Lei, que, de fato, atenta contra a integridade da família.

O problema é que as crianças são Tabula Rasa, como diziam os filósofos, e que, se queremos que elas aprendam algo, devemos, antes, ensinar-lhes. "Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se desviará dele" é o que diz a Escritura em Provérbios 22:6. As crianças devem ser ensinadas a obedecer, pois, de outro modo não o farão quando crescerem. A primeira figura de autoridade com que a criança se depara são os pais. Se elas não forem ensinadas a obedecer aos pais, não obedecerão às demais autoridades com que se depararem, seja na escola, seja no Estado, seja no trabalho ou em qualquer outra instituição. Se os pais não ensinarem a seus filhos a obedecer à sua própria autoridade, o Estado gastará rios de dinheiro, no futuro, tentando ensinar-lhes a obediência, por meio do sistema prisional. Mas, antes disso, professores serão desacatados, afrontados e agredidos, por crianças e adolescentes, que não aprenderam a respeitar a sua autoridade.

Mas não é para dar palmadas, como prega a discussão hodierna. As famosas palmadas certamente derivam dos costumes dos nossos avós, que, por ignorância, as praticavam, fazendo o melhor que podiam, ou sabiam. Nunca, em lugar algum, a Escritura manda dar palmadas, mas manda usar a vara.


"A estultícia está ligada ao coração da criança, mas a vara da correção a afugentará dela." (Pv.22:15);
"Não retires a disciplina da criança, porque, fustigando-a com a vara, nem por isso morrerá. Tu a fustigarás com a vara e livrarás a sua alma do inferno." (Pv.23:13,14);
"A vara e a repreensão dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma envergonha a sua mãe." (Pv. 29:15).
Este último versículo sintetiza os meios de educação que eram usados na educação de filhos, a vara e a repreensão. A vara era o castigo físico, e a repreensão eram as palavras. O apóstolo Paulo segue a mesma linha de ensinamento quando preceitua Disciplina é a vara e admoestação é a confrontação verbal com os filhos, com o objetivo de corrigí-los. Palmada é usar a mão aberta para bater nos filhos, e isso é errado. Difere de soco somente no fato de ser com a mão aberta, enquanto que soco é com a mão fechada. Deus mandou corrigir os filhos com castigo físico e com palavras, mas não mandou espancar. Se for usado somente ocastigo físico, está errado, mas somente as palavras está errado também. É perigoso mudar as palavras de Deus, pois somente Ele conhece plenamente a estrutura da personalidade humana.  
"E vós, pais, não provoqueis a ira a vossos filhos, mas criai-os na disciplina e admoestação do Senhor."

Como pais não queremos bater nos nossos filhos, e nos iludimos pensando que somente palavras vão ser suficientes. Porém, para o bem deles, e mesmo com o coração partido, teremos que discipliná-los, da maneira como Deus orienta em sua Palavra. Não com palmadas e palavras, mas com a vara e palavras. A palmada não é recomendada, porque a mão deve ser usada para afagar, e não para bater nos filhos. Como gato escaldado tem medo de água fria, a mesma mão que foi usada para dar palmadas, não será aceita quando quiser afagar. A vara pode ser alguma coisa como o famoso cinturão que nossos pais mantinham guardado para nos disciplinar. Alguém já disse que o lugar onde deve ser aplicado o castigo são as nádegas, que podem suportar as lapadas. A Bíblia não diz o lugar, mas homens sensatos já sugeriram que pode ser assim. Não é puxão de orelha, que podem danificar o aparelho auditivo, nem dar tapa na cara, como alguns fazem, exibindo uma natureza violenta e cruel.
"Botar de castigo" também é errado, pois em nenhum lugar da Escritura mandou colocar as crianças de castigo. O que Deus mandou foi vara e repreensão. O ser humano está sempre tentando inventar algo de sua própria cabeça, achando que deve colocar a criança de joelhos sobre grãos de milho, ou de frente para a parede durante horas, ou detrás da porta. Isto é tortura e não tem nenhum efeito disciplinar ou corretivo. Disciplina tem a mesma raiz de discípulo, pois visa ensinar algo a um aluno, que são nossos filhos. O efeito danoso à psiquê humana causado por um castigo inadequado, só Deus pode saber. Mas a consciência humana é feita de tal maneira que quando fazemos algo errado, o tribunal interior, chamado de consciência, nos condena e diz que temos de receber o castigo. O quando sofremos o castigo, a consciência se aplaca,e volta a ter paz. Se não acharemos um jeito de nos punir, ainda que inconscientemente. Dizem os psiquiatras que os chamados psicopatas são destituídos de consciência, e que eles representam 4% da população mundial. Porém, a maioria das pessoas tem consciência.

Porém, a situação no Brasil é grave, pois se esse Projeto de Lei for aprovado, como parece que vai ser, os pais brasileiros estarão impedidos de ducarem seus filhos conforme as normas que Deus determinou em sua Palavra, com conseqüencias bem previsíveis para as futuras gerações. Já vivemos em uma situação de quase anarquia com respeito à educação de filhos, pois a maioria das pessoas não sabe o que fazer com seus filhos. Tudo isso porque ignoram solenemente a Bíblia como fonte de autoridade na educação de filhos, relegando-a à condição de um velho livro arcaico, sem utilidade prática para a moderna e sofisticada sociedade, que vive na dependência da frágil sabedoria humana. "Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus."(ICo.1:18). O que está acontecendo é que satanás está cumprindo a sua agenda, que ele elaborou desde o Jardim do Éden, que é desacreditar, desmoralizar, desqualificar a Palavra de Deus, para que ele coloque as suas mentiras. Quem quiser fazer o papel de Eva, acreditando nele, que faça. Porém, eu e a minha casa serviremos ao Senhor!

sábado, 10 de dezembro de 2011

AS TRÊS FESTAS JUDAICAS PRINCIPAIS


Eram a Páscoa, o Pentecostes, e Tabernáculos, que são assim chamadas em II Cr. 8:13 "Na Festa dos Pães Asmos, e na festa das Semanas, e na Festa das Tendas.". Páscoa é Pessah, que significa passagem, em hebraico, derivado do fato de o anjo destruidor ter passado por sobre toda a terra do Egito, na morte dos primogênitos, na instituição da Páscoa. Pentecostes deriva de Penta, cinco, em grego, em virtude de ser comemorada esta Festa cinqüenta dias após a páscoa, que é também chamada de Festa das Semanas, em virtude de acontecer sete semanas, após a Páscoa. A Festa dos Tabernáculos é a terceira das três festas principais, e é chamada de Sucote, derivada de Sukáh, em hebraico, que significa Tendas ou Cabanas.

Com é sabido, a Antiga Aliança é constituída, em parte, de sombras e figuras, das realidades espirituais, que o a Nova Aliança veio revelar. "Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados, que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo." (Cl.2:16,17). Estas categorias, que Paulo descreve, são as festas anuais, as mensais, e as semanais. Cada uma das festas anuais tem um sentido literal, que é o tipo, e um sentido oculto, que é o antítipo.

A Páscoa, com a morte do cordeiro de um ano, sem defeito e sem mácula, representa Jesus, que é o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. "No dia seguinte, João viu a Jesus , que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo." (Jo.1:29,36). A Festa das Semanas, que se seguia à Páscoa, era um período de sete dias em que os judeus só poderiam comer pães asmos, isto é, sem fermento. O sentido oculto é dado por Paulo, em I Co 5:6-8: "Não é boa a vossa jactância. Não sabeis que um pouco de fermento faz levedar toda a massa? Alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como estais sem fermento. Porque Cristo, nossa Páscoa, foi sacrificado por nós. Pelo que façamos a festa, não com o fermento velho, , nem com o fermento da maldade e da malícia, mas com os asmos da sinceridade e da verdade. Então, o fermento representa o pecado, neste contexto. E os pães asmos significam a santidade, que incl ui a sinceridade e a verdade, aqui mencionadas, mas também o guardar-se do  pecado sexual, do texto.

Pentecostes é também chamada de Festa das Primícias, pois, era quando o judeu entregava os primeiros frutos da terra. O sentido oculto está registrado em At. 2:1, onde está escrito: "cumprindo-se o dia de Pentecostes..." Para que o judeu fizesse a sua colheita, era necessário que houvesse chuva. O trabalho manual, como a semeadura e a ceifa, eram a parte humana, mas a chuva era a parte de Deus. Se não houvesse chuva, não haveria colheita, embora pudesse haver semeadura. Bem, no dia de Pentecostes, o trabalho manual foi feito pelos discípulos, por meio da oração. "Todos estes perseveravam unanimemente  em oração e súplicas, comn as mulheeres, e Maria, mãe de Jesus, e com seus irmãos." A descida do Espírito Santo foi a chuva que Deus mandou,em resposta às orações dos discípulos. E, as "quase três mil almas ' que se batizaram naquele dia, foram os primeiros frutos, as primícias, da grande colheita.

Tabernáculos é a terceira festa, e era quando os judeus colhiam os restantes dos frutos de toda a plantação.  Enquanto Pentecostes fala da colheita somente das primícias, Tabernáculos fala da colheita do todo o fruto de toda a plantação. Creio que estamos presenciando a grande colheita, em todo o mundo, quando o Senhor da seara está convocando todos os servos para a tarefa. Ninguém está dispensado. A chuva, no dia de Pentecostes, foi localizada em Jerusalém, que era o local onde a colheita das primícias seria feita. Hoje, a chuva está acontecendo em toda a seara,a saber, em todo o mundo, para que a colheita seja feita em grande escala, e toda a plantação seja ceifada. "Os que semeiam em lágrimas segarão com alegria. Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará, sem dúvida, com alegria, trazendo consigo os seus molhos." (Sl. 126:5,6). 

A igreja hoje está cantando e dançando, com júbilo, porque este é o tema da colheita, alegria. Alguns da igreja ainda estão com o espírito somente da semeadura, que é penosa, e criticam àqueles que estão no espírito da ceifa, cantando e dançando, enquanto colhem os seus feixes. O tempo de cantar chegou. Alegria e brados de vitória na tenda dos justos. Entre neste espírito.

Pr. Valdi Pedro

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

O QUE ESTÁ POR TRÁS DO SUCESSO DO TITANIC

Ainda que um tanto tardiamente, quero relatar o seguinte: Em 1998, eu estava em João Pessoa, na Paraíba, fazendo um curso de pós-graduação. Numa certa noite, eu passeava no Shoping Center Manaíra, quando decidi entrar numa das salas de cinema, para assistir a um filme. Por acaso, o filme era Titanic, que estava fazendo muito sucesso naqueles dias. Comecei a assistir ao fime sem muito entusiasmo, pois o meu propósito era mais passar o tempo. A trama foi se desenrolando, e não sei em que momento isto aconteceu, mas em determinado momento eu comecei a chorar. Uma cena que ficou marcada na minha mente foi aquela em que o navio se inclina, com a popa para cima, e as pessoas despencavam se esborrachando no convés.

Eu achei estranho tudo aquilo, pois não costumo chorar dentro de cinema, diante de cenas de tragédia. Mas, à medida que eu refletia sobre o assunto, entendi que Deus me estava revelando algo. Há um texto no Antigo Testamento que tem uma cena dessa, onde o profeta Eliseu, recebe uma revelação de Deus, sobre a pessoa de Hazael: "E afirmou a sua vista e fitou os olhos nele, até se envergonhar; e chorou o homem de Deus. Então disse Hazael: Por que chora meu Senhor? E ele disse: porque sei o mal que farás aos filhos de Israel; porás fogo às suas fortalezas..." (II Rs. 8:11,12).  Jesus também teve uma revelação semelhante sobre Jerusalém: "E, quando ia chegando, vendo a cidade, chorou sobre ela, dizendo: Ah! Se tu conhecesses também, ao menos neste teu dia, o que à tua paz pertence! Mas agora, isto está encoberto aos teus olhos. Porque dias virão sobre ti, em que os teus inimigos te cercarão de trincheiras..." (Lc. 19:41-43).

Voltando ao caso do Titanic, Deus estava revelando ao meu espírito, por meio do espírito Santo, o que aquela cena representava. Como está escrito em Rm.8:14 "Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus." Não quero parecer presunçoso, me comparando com Jesus e Eliseu, mas os crentes do Novo Testamento tem o Espirito Profético dentro deles. Como está em I Co. 3:16 "Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?" E ainda em I Co. 6:19 "Ou não sabeis que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?" Deus trouxe ao meu espírito, por meio do Espírito Santo, que o que a tragédia do Titanic representava era o juízo final.

Foi no dia 14 de abril de 1912, às 23:40 horas, que o titanic colidiu com um Iceberg, quando se dirigia para Nova York, vindo da Inglaterra. Esse navio era o maior que tinha sido construído e a maior obra da engenharia humana. O entusiasmo daquela geração, pela conquista de uma tecnologia tão avançada, levou-os a dizer que nem Deus afundaria o Titanic. Principalmente os meios de comunicação, afirmavam repetidamente que o Titanic era insubmergível, e que "ninguém afundaria este navio." Havia no Titanic 2.228 pessoas, sendo que dessas, 1.523 pereceram, e somente 705 sobreviveram. A tragédia do Titanic lembra o episódio da Torre de Babel. (Gn.11).

A rebelião da Torre de Babel foi um grito de independência da humanidade em relação a Deus. Foi um demonstração de soberba, a qual Deus não deixou sem castigo. No caso do Titanic, a soberba era demonstrada pela confiança excessiva na ciência e na tecnologia.

Enquanto eu assistia ao desenrolar das cenas, o meu espírito se quebrantava, por entender que o fim do mundo vai ser assim. As pessoas estavam presas numa armadilha, da qual  não poderiam sair, a não ser por meio de um milagre. Naquele dia as pessoas verão a futilidade de deixarem Deus fora de suas vidas, sendo donas do seu próprio nariz. Só restará desespero, pois o dia da oportunidade passou. Enquanto estamos na época da graça, Deus ainda está com as mãos estendidas, esperando aqueles que querem abrir mãos de sua independência, e se voltarem para Deus, por meio de Jesus Cristo, através do arrependimento.

O sucesso do Titanic não deve ser atribuído ao talento dos autores do filme, e de seus efeitos especiais. Mas o sucesso do filme, é mais uma manifestação da misericórdia de Deus, "não querendo que niguém se perca, mas que todos venham ao arrependimento." Na verdade o filme é uma mensagem evangelística da parte de Deus, para chamar a atenção do mundo, antes da tragédia final, da qual o naufrágio do Titanic é apenas uma amostra.