segunda-feira, 19 de abril de 2010

COMO VOCÊ SE VÊ?

“Éramos aos nossos olhos como gafanhotos, e assim também éramos aos seus olhos.” (Nm.13:33).

      A maneira como nos vemos, ou o que pensamos a respeito de nós mesmos, e que, muitas vezes, não temos coragem de verbalizar, é hoje chamada de autoestima. Não é o que os outros pensam a nosso respeito, nem mesmo o que nós somos de fato, mas o que nós pensamos a nosso próprio respeito. E o que nós pensamos a nosso respeito pode ser falso ou verdadeiro. Complexo de superioridade é quando nós pensamos que somos mais do que de fato somos. E complexo de inferioridade é quando nós pensamos que somos menos do que de fato somos. Se somos mais ou menos bonitos, feios, importantes, fortes, fracos, etc. De fato, nós agimos de acordo com o que pensamos a nosso próprio respeito. Provérbios 23:7 tem sido muito citado hoje em dia. “Porque, como imaginou no seu coração, assim é ele.”

      Neste caso, corremos o perigo de pensar além ou aquém, do que devemos a respeito de nós mesmo. Neste caso concreto de Nm.13:33, os espias estavam se vendo por uma ótica negativa ou pessimista, divorciada da fé. Porém, em Rm.12:3, Paulo adverte do perigo de pensarmos além do que devemos a respeito de nós mesmo. “Por isso, pela graça que me foi dada digo a todos vocês: Ninguém tenha de si mesmo um conceito mais elevado do que deve ter; mas, ao contrário, tenha um conceito equilibrado, de acordo com a medida da fé que Deus lhe concedeu.” Em seguida , Paulo passa a discorrer a respeito dos dons espirituais. Cada um é o que o dom que Deus lhe deu é, e o limite é a medida da fé que Deus repartiu a cada um.

      Analisando realisticamente o que os espias viram, podemos tirar algumas conclusões. Uma tradução mais literal de Nm. 13:33 seria: “Também vimos ali os Nefilins, ou melhor, os filhos de Enaque, que são descendentes dos Nefilins; e éramos aos nossos olhos como gafanhotos, e assim também éramos aos seus olhos.” Eu creio que os Nefilins são anjos caídos. Essa palavra só aparece três vezes na Bíblia, sendo duas vezes nesta passagem, e uma vez em Gn.6:4. Uma tradução mais literal dessa última passagem seria: “Naqueles dias estavam os nefilins na terra, e também depois, quando os filhos de Deus conheceram as filhas dos homens, as quais lhes deram filhos. Estes foram os valentes, os varões de renome, que houve na antigüidade.” Ou seja, os nefilins, que normalmente estariam no céu, naqueles dias estavam sobre a terra. Eles possuíram as mulheres, e dessa união proibida, nasceram híbridos, gigantes. Os varões de renome da antigüidade, não foram os nefilins, mas os filhos dos nefilins com as mulheres.

      É provável que os gigantes tenham morrido no dilúvio, nos tempos de Noé. Mas os espias viram na terra de Canaã, pelo menos, três gigantes, o que significa que, mesmo depois do dilúvio, os nefilins tornaram a possuir as mulheres, ou que alguns gigantes sobreviveram ao dilúvio. Os gigantes que os espias viram foram Aimã, Sesai e Talmai, filhos de Enaque. (Nm.13:22). A cidade de Hebron era antes chamada de Kiriate-Arba, que significa Cidade de Arba. Esse Arba foi o maior homem entre os enaquins, segundo Js.14:15. Enaquins significa filhos de Enaque. Os nomes desses três gigantes também aparece em Jz. 1:10. Resumindo a genealogia dos gigantes, temos Arba, que foi pai de Enaque, que foi pai de Aimã, Sesai e Talmai, os três gigantes que os espias viram na terra de Canaã, segundo Nm.13:22.

      Quando os dez espias viram os três gigantes, concluíram que todos os habitantes da terra eram gigantes. “Todo o povo que vimos nela são homens de grande estatura.” (Nm.13:32). O medo, que é o contrário da fé (Mc.5:36), superdimensionou o problema, e eles passaram a se ver como gafanhotos, ou insetos, e, até concluíram que eram vistos pelos gigantes como insetos também. Mas será que era isso que os habitantes de Canaã pensavam deles? A primeira opinião de um habitante de Canaã a respeito deles diz outra coisa: “Bem sei que o Senhor vos deu esta terra e que o pavor de vós caiu sobre nós, e que todos os moradores da terra estão desfalecidos diante de vós. Porque temos ouvido que o Senhor secou as águas do Mar Vermelho diante de vós, quando saíeis do Egito, e o que fizestes aos dois resi dos amorreus, a Siom e a Ogue, que estavam além do Jordão, os quais destruístes. O que ouvindo, desfaleceu o nosso coração, e em n inguém mais há ânimo algum, por causa da vossa presença; porque o Senhor vosso Deus é Deus em cima nos céus e em baixo na terra.”

      Calebe e Josué viram a fidelidade e o poder de Deus sobre eles, e o cumprimento de suas promessas. Eles confiaram no seu Deus, e conquistaram o território, e receberam a herança. Havia gigantes, cidades muradas, mas o problema não era esse. O problema era saber se eles confiariam em Deus, pois a terra manava leite e mel. Nós também temos um território a conquistar, uma herança a receber, e inimigos a vencer. “A nossa luta não é contra seres humanos, mas contra principados e potestades, dominadores deste mundo tenebroso, hostes espirituais da maldade nos lugares celestiais.” (Ef.6:12).

      Avante igreja, Calebe e Josué são os nossos modelos de fé, e o Senhor Jesus Cristo é o nosso comandante, e o nosso Deus é um fogo consumidor.

domingo, 11 de abril de 2010

O ÉDEN E O CALVÁRIO

“O Senhor Deus, pois, o lançou fora do Jardim do Éden, para lavrar a terra de que fora tomado.”

Tudo começou quando Deus criou o homem e o colocou no Jardim do Éden. O homem podia comer de toda árvore do Jardim, menos da árvore do conhecimento do bem e do mal. Era um teste de obediência, pelo qual todos os homens passarão. José, na casa de Potifar, podia tudo, menos tocar na mulher de seu patrão. “e nenhuma coisa me vedou, senão a ti, porquanto tu és sua mulher” (Gn.39:9). Quero lembrar,mais uma vez, que Deus falou somente para o homem, por causa do princípio da responsabilidade do líder.

Bom, a serpente (Satanás) enganou a mulher, e a mulher convenceu o homem a comer, mas o homem não foi enganado. “assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia” (II Co. 11:3) e “E Adão não foi enganado, mas a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão.” (I Tm. 2:14).

A desobediência à ordem de Deus é desonra, rebeldia, transgressão, pecado, e tem conseqüências. Geralmente, a conseqüência mais imediata é a expulsão do território ou perda da herança, que pode ser definitiva ou temporária. Tudo começou com Lúcifer, que foi expulso do segundo céu, que era o seu território, por ter se rebelado contra Deus.

“E houve batalha no céu; Miguel e os seus anjos batalhavam contra o dragão, e batalhavam o dragão e os seus anjos. Mas não prevaleceram, nem mais o seu lugar se achou nos céus. E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamado o Diabo, e Satanás, que engana todo o mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele.” (Ap.12:7-9).

É interessante observar que a linguagem de Apokalipse, é semelhante a de Gêneses, quando o homem foi expulso do Jardim do Éden. O Jardim do Éden é o paraíso, e também é chamado de terceiro céu, em II Co. 12:2,4. O Paraíso era o território do homem, a sua herança. “O Senhor Deus, pois, o lançou fora do Jardim do Éden, para lavrar a terra de que fora tomado. E havendo lançado fora o homem, pôs querubins ao oriente do jardim do Éden, e uma espada inflamada que andava ao redor, para guardar o caminho da árvore da vida.” (Gn.3:23,24). Tanto Lúcifer quanto Adão, foram expulsos de seus territórios, por causa da desobediência, o que significa que desobediência é uma coisa grave.

O terceiro exemplo é a nação de Israel. A herança e o território de Israel é a terra de Canaã. “Eu sou Iavé, que te tirei de Ur dos caldeus, para dar-te a ti esta terra, para herda-la...Naquele mesmo dia fez Iavé uma aliança com Abraão, dizendo: À tua descendência tenho dado esta terra, desde o rio do Egito até ao grande rio Eufrates.” (Gn.15:7,18). Josué conquistou a terra de Canaã, e Israel tomou posse de sua herança. Mas, quando desobedeceram a Deus, o reino do Norte foi expulso de sua terra, em 722 a.C., e levado cativo para a assíria.”Assim foi Israel expulso da sua terra à Assíria até ao dia de hoje.” (II Rs. 17:23b). O reino do Sul também foi expulso de sua herança e levado cativo para Babilônia, em 586 a.C. “Então a cidade foi invadida, e todos os homens de guerra fugiram de noite pelo caminho da porta...E tomaram o rei, e o fizeram subir ao rei de Babilônia, a Ribla; e foi-lhe pronunciada a sentença.” (II Rs. 25:4,6). Esta expulsão foi temporária, e durou setenta anos. É o chamado cativeiro babilônico. Depois dos setenta anos, Israel voltou para a sua terra, sob a liderança de Zorobabel e Neemias. A retomada da herança foi penosa e trabalhosa. Todavia, no ano 70 d.C., Israel foi novamente expulso de sua herança, e Jerusalém foi destruída pelas leg iões do general Tito, filho do imperador Vespasiano, do império romano. Somente no século passado, depois de mil e novecentos anos, eles começaram a voltar e retomar a posse da herança. Ainda hoje eles lutam contra os palestinos, para retomar a terra, pois, a faixa de Gaza e Cisjordânia, é a antiga Judéia e Samaria.

A moral da história é, que depois que você é expulso de sua herança, não é fácil voltar. Alguns jamais voltarão. Adão voltará, e Israel também voltará, mas os anjos jamais voltarão. A base legal para o retorno de Adão e de Israel, é a seguinte: “E Jesus, clamando outra vez com grande voz, rendeu o espírito. E eis que o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo.” (Mt.27:50,51). “Dando nisto a entender o Espírito Santo que ainda o caminho do santuário não estava descoberto enquanto se conservava em pé o primeiro tabernáculo.” (Hb. 9:8). O Jardim do Éden foi fechado para que o Adão não pudesse voltar, mas quando Jesus morreu, o caminho de volta foi reaberto.

Em João 11:50,51 diz as duas finalidades da morte de Jesus. “Nem considerais que nos convém que um homem morra pelo povo, e que não pereça toda a nação. Ora ele não disse isto de si mesmo, mas, sendo o sumo sacerdote naquele ano, profetizou que Jesus devia morrer pela nação. E não somente pela nação, mas também para reunir em um corpo os filhos de Deus que andavam dispersos.” Adão voltará para o seu território e retomará a sua herança, porque o segundo Adão disse ao ladrão na cruz “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso.” (Lc.23:43). Israel voltará (já voltou) para o seu território, mas a sua legitimidade ainda é questionada pelo mundo. A morte de Jesus foi para pagar o direito de o homem voltar ao Éden, e de Israel retomar a terra de Canaã.
 
Cada pessoa que se torna discípulo de Jesus, obtém o direito de retomar a comunhão com Deus, como está escrito “Veio para o que era seu (os judeus), e os seus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome.” (João 1:11,12).

sábado, 10 de abril de 2010

CONFLITO DE GERAÇÕES

“E ele (Elias) converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos a seus pais; para que eu não venha e fira a terra com maldição.” (Ml. 4:6).

A última palavra do Antigo Testamento é maldição, conseqüente de um conflito de gerações, entre pais e filhos. O conflito de gerações já existia desde Adão, por causa do pecado, mas era tolerado por Deus, nos “tempos da ignorância”. “Mas Deus, não levando em conta os tempos da ignorância, manda agora que todos os homens em todo lugar se arrependam.” (At. 17:30). Porém, o profeta fala que a partir de um determinado tempo, Deus agiria, ferindo a terra com maldição. Esse tempo seria marcado pela vinda do profeta Elias, que se cumpriu em João Batista.

Quando do cumprimento dessa profecia, no capítulo 1º de Lucas, o anjo Gabriel repete as palavras de Malaquias, mudando ligeiramente o final. “E converterá muitos dos filhos de Israel ao Senhor seu Deus, e irá adiante dele no espírito e poder de Elias, para converter os corações dos pais aos filhos, e os rebeldes à prudência dos justos, com o fim de preparar ao Senhor um povo bem disposto.” No lugar da expressão “e o coração dos filhos a seus pais”, ele usa a expressão “e os rebeldes à prudência dos justos”. (v.16,17). Neste caso, o pecado dos filhos é revelado como rebeldia. O pecado de ambos, pais e filhos, é falta de conversão mútua. Todavia, a rebeldia dos filhos contra seus pais, é chamada de falta de conversão. Pode ser que o pecado dos pais seja intolerância e falta de tempo e atenção a seus filhos. Comparando At. 2:38 com At. 3:19, que dizem a mesma coisa, com palavras difer entes, concluímos que a expressão “cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo” e “convertei-vos” são sinônimos. Nos dois versículos, o arrependimento seria demonstrado pelo batismo em nome de Jesus Cristo e pela conversão, que seria a mesma coisa. Por isso o batismo de João é chamado de batismo de arrependimento. Então, para que os pais e os filhos convertessem seus corações reciprocamente, teriam que se arrepender, demonstrando isso através do batismo em nome de Jesus Cristo. A partir daí,teriam que produzir obras justas, como está escrito: “Quem tiver duas túnicas, reparta com o que não tem, e quem tiver alimentos,faça da mesma maneira” e para os publicanos “Não peçais mais do que o que vos está ordenado” e para os soldados “A ninguém trateis mal nem defraudeis, e contentai-vos com o vosso soldo”. (Lc.3:1014).

Ainda hoje Satanás luta para jogar pais contra filhos e filhos contra seus pais, para que Deus fira a terra com maldição. O contexto do Evangelho de Lucas, na parábola do filho pródigo, é uma ilustração desse conflito. (Lc.15:11-32). Normalmente,pensamos nessa parábola, como o pai representando Deus, e o filho pródigo, os seres humanos. Mas, se pensarmos nessa parábola, como representando uma família típica judaica, talvez recebamos os ensinamentos que Jesus quis nos ministrar. O comportamento do filho mais novo é,tipicamente, um comportamento rebelde. O filho mais velho também era rebelde, mas disfarçava sua rebeldia, com um comportamento certinho. Neste caso específico, o coração do pai estava convertido a seus filhos, mas faltava o coração dos filhos se converterem a seu pai. A tolerância e a paciência do pai são proverbiais. Pode ser que Jesus esteja dizendo que é assim que um pai deve ser. A conversão do coraçà £o deve começar com o pai, já que é mais experiente. O coração do filho mais novo se converteu a seu pai, depois da penosa experiência porque passou. O coração do filho mais velho, não sabemos o que aconteceu, pois a parábola termina antes de sabermos o que realmente aconteceu. Pelo visto, o coração do filho mais velho precisava se converter ao seu irmão também. Jesus tem em vista a família. A harmonia familiar é o ideal de Deus, para abençoar. Satanás luta contra isso. Paulo resume este ensinamento em Colossenses 3:18-21 “Vós, mulheres, estai sujeitas a vossos próprios maridos, como convém no Senhor. Vós, maridos, amai a vossas mulheres, e não vos irriteis contra elas. Vós, filhos, obedecei em tudo a vossos pais, porque isto é agradável ao Senhor. Vós, pais, não irriteis a vosso filhos, para que não percam o ânimo.”

AS QUATRO RESSURREIÇÕES

“Mas cada um por sua ordem: Cristo, as primícias, depois os que são de Cristo, na sua vinda.” (I Co. 15:23).

CRISTO, AS PRIMÍCIAS

Essa linguagem é tirada da cultura agrícola do Antigo testamento, das três festas anuais. A primeira festa é a Páscoa, realizada no décimo quarto dia do primeiro mês, seguida da Festa dos pães ázimos, que é pão sem fermento. Durante sete dias os judeus só poderiam comer pão ázimo. Pão é feito de trigo ou cevada, depois de colhidos e trabalhados. A segunda festa é a Festa das Semanas ou Pentecoste, por se realizar sete semanas após a Páscoa ou cinqüenta dias após. Nesta festa, as primícias da plantação eram colhidas e oferecidas ao Senhor, por isso se chama também de Festa das Primícias. Atos 2:1 registra o cumprimento profético dessa festa dizendo “Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar”. Cinqüenta dias após o domingo da Páscoa, quando Jesus ressucitou, o Espírito Santo desceu sobre a igreja, e houve uma colheita de quase três mil a lmas, as primícias para Deus. Desde Adão até Jesus muita gente morreu, e houve até alguns que foram ressucitados, mas tecnicamente Jesus é o primeiro, as primícias dessa nova humanidade, que não mais morrerá. A terceira festa é a Festa dos Tabernáculos, Sucot, quando haverá a colheita do restante da plantação. A vinda do Messias é iminente. Se o Espírito Santo foi derramado para que houvesse a colheita das primícias, para a colheita do restante da plantação, que é bem maior, o mundo todo, o derramamento do Espírito será maior.

OS CRENTES DO ANTIGO TESTAMENTO

Somente Mateus registra algumas informações que passam despercebidas por quem lê a Bíblia apressadamente. Depois que Jesus expirou na cruz do Calvário, Mateus 27:51-53, alguns fenômenos aconteceram:

a) O VÉU DO TEMPLO SE RASGOU EM DOIS DE ALTO A BAIXO;

b) TREMEU A TERRA;

c) FENDERAM-SE AS PEDRAS;

d) ABRIRAM-SE OS SEPULCROS;

e) MUITOS CORPOS DE SANTOS QUE DORMIAM FORAM RESSUCITADOS:

-Saindo dos sepulcros, depois da ressurreição dele;

-Entraram na cidade Santa;

-Apareceram a muitos.

Não são dadas maiores informações sobre quem eram esses “santos que dormiam”, mas é dito que eram “muitos”. Também é dito que “os sepulcros se abriram”. Não diz que alguns sepulcros se abriram, mas “os sepulcros se abriram”. Será que todos os santos do Antigo Testamento ressuscitaram? Pode ser, mas pode também não ser. Se foram todos os crentes do Antigo Testamento tem mais lógica do que se não foram. O certo é que um grande contingente de santos foi ressuscitado. Mas é dito que eles só saíram dos sepulcros “depois da ressurreição dele”, para preservar o caráter primicial da ressurreição de Jesus.

A RESSURREIÇÃO DOS JUSTOS

É o que Paulo diz em I Co. 15:23 “Cristo, as primícias, DEPOIS OS QUE SÃO DE CRISTO , NA SUA VINDA.” É a ressurreição dos crentes em Jesus, que está descrita em I Ts. 4:16 “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados...” Três coisas acontecerão concomitantemente: O 2º Advento de Cristo, a ressurreição dos justos, e o arrebatamento do igreja. A ressurreição dos justos está descrita também em Ap. 20:4 “e vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus...e viveram , e reinaram com Cristo durante mil anos.” É o Milênio. Todos os crentes em Jesus, ressuscitarão nesse momento, e reinarão com Cristo durante o Milênio.
 
A RESSURREIÇÃO FINAL

É a ressurreição de todos os que morreram desde Adão, até aquele dia, e que está registrado em Ap. 20:11-15. Esta ressurreição só acontecerá mil anos depois da ressurreição dos justos. É conveniente ser justo, isto é, crente em Jesus, para evitar ficar mil anos desnecessários na sepultura. Entre a ressurreição dos justos e a dos injustos haverá mil anos. E a ressurreição dos injustos será seguida imediatamente pelo Juízo Final. E os mortos serão julgados pelas coisas que estarão escritas nos livros. É o julgamento pelas obras. Todos os que forem julgados por esse critério, serão condenados. Só serão salvos os que tiverem seu nome escrito no Livro da Vida, que será aberto nessa ocasião. Esta ressurreição está também descrita no livro do Profeta Daniel 12:2 “E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno.” De qual ressurreição você participará? Dos justos ou dos injustos?