“Elias era homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos, e orou, com instância, para que não chovesse sobre a terra, e, por três anos e seis meses, não choveu. E orou, de novo, e o céu deu chuva, e a terra produziu o seu fruto.” (Tg. 5:17,18).
1. Tudo começa com oração, como foi o caso de Elias, pois Tiago diz que Elias orou instantemente ou fervorosamente. Portanto não foi uma oração qualquer, mas uma oração qualificada. O Antigo Testamento não diz nada sobre a primeira oração de Elias, para que não chovesse, mas diz muitas coisas sobre a segunda oração, para que chovesse. Em I Rs. 18:41-46, diz que Elias meteu o rosto entre os joelhos, que é um tipo de oração chamada de oração de dores de parto. É o mesmo tipo de oração que Jesus fez quando ressuscitou Lázaro, pois João diz que Jesus “agitou-se no espírito e comoveu-se... Jesus, agitando-se novamente em si mesmo, encaminhou-se para o túmulo” (Jo.11:33,38). O apóstolo Paulo diz em Gálatas “meus filhos, por quem, de novo, sofro as dores de parto, até ser Cristo formado em vós” (Gl.4:19), e em I Co. 4:15 “Porque, ainda que tivésseis milhares de preceptores em Cristo, não teríeis, contudo, muitos pais; pois eu, pelo Evangelho, vos gerei em Cristo Jesus.” Então, qualquer coisa que tiver que ser gerada no mundo espiritual, tem de ser por meio da oração fervorosa, instante, perseverante, que envolve corpo, alma e espírito. Não pode ser uma oração qualquer, formal, fingida, dissimulada, como os fariseus faziam. “E, quando orardes, não sereis como os hipócritas; porque gostam de orar em pé nas sinagogas e nos cantos das praças, para serem vistos pelos homens.” (Nt.6:5). A Bíblia diz que “Ora, Isaque orou insistentemente ao Senhor por sua mulher porquanto ela era estéril; e o Senhor ouviu as suas orações, e Rebeca, sua mulher, concebeu.” (Gn.25:21). Isaque orou vinte anos, mas a bênção veio dobrada, pois nasceram gêmeos. Para que Jesus nascesse alguém pagou o preço. “Havia uma profetisa chamada Ana...Esta não deixava o templo, mas adorava noite e dia em jejuns e orações.” (Lc. 2:36,37).
2. A segunda coisa que acontece é chuva, pois Tiago diz “e o céu deu chuva”, para que o processo de frutificação prossiga. Literalmente falando, para que a terra dê fruto é preciso que haja chuva. E a chuva está sob o controle de Deus. No tempo de Elias houve três anos e seis meses sem chover sobre a terra. Isso causou o que a Bíblia chama de fome, no Brasil é chamado de seca, e na economia é chamado de recessão, crise, etc. No caso de Elias, em I Rs. 18:41-46, começou com um ruído “porque já se ouve ruído de abundante chuva” (v.41), e depois “uma nuvem pequena como a palma da mão do homem” (v.44), e depois  ; “os céus se enegreceram, com nuvens e vento, e caiu grande chuva” (v.45). No caso de Maria, depois que a profetisa Ana orou, o anjo disse a Maria “Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra; por isso, também o ente santo que há de nascer será chamado filho de Deus.” (Lc.1:35). Em vez de chuva, quem desceu foi o Espírito Santo, e não foi sobre a terra, mas sobre Maria. Isaías diz “Porque, assim como descem a chuva e a neve dos céus e para lá não tornam, sem que primeiro reguem a terra, e a fecundem, e a façam brotar, para dar semente ao semeador e pão ao que come, assim será a palavra que sair da minha boca: não voltará para mim vazia, mas fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a designei.” (Is.55:10,11). No caso de Isaque, embora a B&iacu te;blia não diga, podemos deduzir que foi o Espírito Santo quem desceu sobre Rebeca, do mesmo modo que desceu sobre Maria, e fez com que uma mulher estéril concebesse, ou seja, um milagre. Hoje não é diferente primeiro é a oração, e depois é a chuva, ou seja, o Espírito Santo, que Deus manda no tempo dele, seja para que milagre for.
3. Tiago diz que o terceiro estágio do processo de frutificação, é que “a terra produziu o seu fruto”. Novamente, literalmente falando, a terra só pode produzir fruto, se houver chuva sobre ela. No caso de Elias, a fome terminou ali, e no caso de Maria, ela concebeu quando o Espírito Santo desceu sobre ela. No caso da igreja primitiva, depois que ela orou dez dias, de modo “perseverante” (At.1:14), o Espírito Santo foi derramado, e cerca de três mil almas foram salvas. Seja para que finalidade for, o resultado tem obedecer essa ordem: oração qualificada, chuva derramada (Espírito Santo), fruto produzido (bênção, resultado, consequência). Ressalva: Deus decide o tempo de derramar o Espírito Santo. Por isso que a oração tem de ser perseverante.
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