segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

QUANDO DAVI PAROU DE ORAR


“Aqui acabam as orações de Davi , filho de Jessé.” (Sl.72:20).



INTRODUÇÃO

Algumas coisas do Antigo Testamento só podem ser entendidas à luz das revelações do Novo. Embora a guerra espiritual sempre tenha existido, desde a queda de Satanás, o V.T. parece se ocupar mais com a guerra física. Os pecados de Davi, em II Sm.11, podem ser melhor entendidos, à luz das revelações do Novo Testamento, sobre a teologia da oração. Jesus contou uma parábola em Lc. 18:1-8, sobre o “dever de orar sempre, e nunca desfalecer”. Nesssa parábola, Ele revela que o motivo principal da oração, é porque temos um adversário (Satanás). O apóstolo Pedro também revela o mesmo ensino, quando escreve: “E já está próximo o fim de todas as coisas; PORTANTO SEDE SÓBRIOS E VIGIAI EM ORAÇÃO.” (I Pe. 4:7). “Sede sóbrios; vigiai; , porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar; ao qual resisti firmes na fé, sabendo que as mesmas aflições se cumprem entre vossos irmãos no mundo.” (I Pe. 5:8,9). Diante do exposto, vamos analisar a experiência de Davi.



DAVI ENFRENTAVA DUAS GUERRAS

Uma guerra era de ordem física, contra um povo chamado amonitas. Devemos lembrar, porém, que toda realidade do mundo físico, tem um paralelo no mundo espiritual. Embora Davi talvez não soubesse, ele estava em guerra, não somente contra os amonitas, mas também contra o deus dos amonitas. Segundo o texto de I Rs. 11:,5 e 7, o nome do deus dos amonitas era Milcom e Moloque. Ou era um só deus com dois nomes, ou eram dois deuses. O certo é que Davi estava envolvido numa guerra espiritual, embora talvez não tivesse consciência disto. É claro que Davi também contava com a ajuda de seu Deus, Jeová. Só que Davi esqueceu de um detalhe, que nós também podemos esquecer: a ajuda do Deus de Davi, que também é o nosso Deus, só vem mediante oração. Até então tudo estava dando certo para Davi. Era só vitória. Diante de tal situação, facilmente Davi pode ter pensado, que não precisaria mais orar. Aliás, quando se deixa de orar, também se deixa de ir à guerra. É o que o texto diz “no tempo em que os reis saem à guerra”, mas Davi não foi, mandou os outros. Davi estava acomodado, achando que já havia feito bastante, e que agora poderia gozar o merecido descanso, que ninguém é de ferro. Só que na guerra espiritual, o mais visado é o líder, esteja ele na frente de batalha ou não. O principado Milcom não estava parado, mas armava uma cilada para Davi. Lembremos como foi a origem dos amonitas. Esse povo teve origem através de uma relação sexual incestuosa, entre Ló e sua filha mais nova. (Gn.19:35-38). A partir daí estabeleceu-se uma regência espiritual, na área sexual desse povo. O principado Milcom certamente induziu as filhas de Ló e seu pai, a praticarem esse ato. É interessante observar, que Davi era tetraneto de Salmon, que casou com Raabe, uma prostituta de Jericó, e Davi também era bisneto de Boaz, que casou com Rute, a moabita, sendo que os moabitas são o outro povo que foi gerado pelo incesto de Ló e de suas filhas. Os textos são os seguintes: (Rt. 4:18-22; Mt.1:5,6). Os moabitas e os amonitas são irmãos, e podem estar debaixo da mesma regência espiritual. Toda essa herança espiritual, conspirava contra Davi, na guerra espiritual. Mas o seu Deus o teria livrado, se ele estivesse orando. Conosco não é diferente. Se estivermos orando haverá livramento, se não estivermos, não haverá.

CONCLUSÃO

Orar é a atividade prioritária na vida cristã. No Antigo Testamento o mandamento mais repetido e enfatizado é sobre a importância da Palavra de Deus. Eis alguns textos: Js.1:8; Dt.17:18-29; Sl.1; 19;119. Já no Novo Testamento, o mandamento mais repetido e enfatizado é sobre a importância da oração. “Orai sem cassar” (I Ts.5:17); “Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito...” (Ef.6:18); “Admoesto-te, pois, ANTES DE TUDO, que se façam deprecações, orações, intercessões, e ações de graças por todos os homens” (I Tm.2:1); “Quero, pois, que os homens orem em todo lugar, levantando mãos santas sem ira nem contenda” (I Tm.2:8); “A sua fama, porém, se propagava ainda mais, e ajuntava-se muita gente para o ouvir e para ser por ele curada das suas enfermidades. ELE, PORÉM, RETIRAVA-SE PARA OS DESERTOS, E ALI ORAVA” (Lc.5:15,16); “O qual, nos dias da sua carne, oferecendo, com grande clamor e lágrimas, orações e súplicas ao que o podia livrar da morte, foi ouvido quanto ao que temia” (Hb. 5:7). Não deixe de orar, como Davi deixou. Persevere em oração.

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