segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

A ALIANÇA E A CONFIRMAÇÃO

Irmãos, como homem falo; se a aliança de um homem for confirmada, ninguém a anula nem a acrescenta.” (Gl.3:15).


INTRODUÇÃO
A Bíblia é o livro das alianças. Desde o início até o fim, ela fala de alianças. Quem não entende o que é uma aliança, também não pode entender a Bíblia. De maneira geral, a cultura ocidental também não entende bem o que é uma aliança. Em particular, o povo brasileiro não sabe bem o que é uma aliança. Até mesmo o povo de Deus, isto é, a igreja, também não sabe bem o que é uma aliança. Até porque, o conhecimento da doutrina, não depende da capacidade humana, mas de revelação. 
Neste tempo, o Espírito Santo está derramando uma verdadeira chuva de revelação, para que se cumpra o que está escrito no livro do profeta Daniel: “E tu, Daniel, encerra estas palavras e sela este livro, ATÉ AO FIM DO TEMPO; muitos correrão de uma parte para a outra, e o conhecimento se multiplicará.” (Dn.12:4). Tudo indica que estamos no fim do tempo (kronos). Vou escrever sobre três tipos de alianças, como fazê-las, e como confirmá-las.

1. ALIANÇA DE PROSPERIDADE - ESAÚ E JACÓ.
Esaú era o primogênito, já nasceu assim, não dependeu dele, mas era uma dádiva de Deus para ele, e, portanto, tinha direito à porção dobrada da herança, dupla honra. “Mas ao filho da desprezada reconhecerá por primogênito, dando-lhe dobrada porção de tudo quanto tiver.” (Dt.21:17). Mas Esaú não valorizou a Bênção que Deus lhe deu. Parece que aquilo que não nos custa nada, temos a tendência de não valorizar. Por isso, porque estava com fome, vendeu a sua primogenitura a seu irmão, por um prato de comida.


a) O RITO DA ALIANÇA – Em Gn. 25:29-34, Jacó disse a Esaú “Jura-me hoje. E jurou-lhe e vendeu a sua primogenitura a Jacó.” (v.33). No Antigo testamento, onde fala de juramento, fala de aliança, pois as alianças eram feitas por meio de juramento, invocando Deus por testemunha. No Novo Testamento, Jesus proibiu isso, quando disse: “de maneira nenhuma jureis...Seja, porém, o vosso falar: sim, sim; não, não; porque o que passa disto é de procedência maligna.” (Mt. 5:33-37). A palavra do crente empenhada, tem a força de uma juramento e de uma aliança. (Pelo menos deveria ter). Esaú fez aliança com Jacó, vendendo a sua primogenitura, mesmo que não soubesse de todas as implicações.


b) A CONFIRMAÇÃO DO LÍDER (OU SACERDOTE) - Em Gn.27, O líder, o pai, o sacerdote, Isaque, se dispõe a abençoar Esaú, seu filho predileto, talvez não sabendo que ele já não era o dono da primogenitura. No enredo que se segue, eu creio que Deus usou Rebeca para dar a Jacó, a bênção da primogenitura, que ele legalmente havia comprado. Esaú não valorizou a primogenitura porque não lhe custou nada, mas Jacó pagou um preço por ela, por isso a valorizou. É verdade que Isaque foi enganado, e abençoou Jacó pensando ser Esaú, mas Deus estava fazendo justiça. A confirmação da aliança foi esta: “Que Deus te dê do orvalho do céu, e dos lugares férteis da terra, e abundância de trigo e de mosto; sirvam-te povos, e nações se encurvem a ti; sê senhor de teus irmãos, e os filhos de tua mãe se encurvem a ti; sejam malditos os que te amaldiçoarem, e benditos sejam os que te abençoarem .” (Gn.27:28,29). Esta foi a confirmação da autoridade humana, ou do líder humano.
Observe que a bênção do líder foi precedida de uma oferta por parte do postulante à bênção. Isaque era rico e não tinha falta de nada, mas não pode dispensar a oferta, que é um princípio. Ainda que tenha pedido somente um guisado saboroso. Na verdade os dois jovens trouxeram cada um a sua oferta, mas foi abençoado aquele que chegou primeiro. Portanto, seja rápido em primiciar no seu líder.

c) A CONFIRMAÇÃO DIVINA - tem coisas na aliança que não está dentro da capacidade humana, só Deus pode fazer. Esaú passou a primogenitura para seu irmão, Isaque profetizou a bênção sobre Jacó, mas tudo poderia ficar só em palavras se Deus não fizesse a sua parte. A confirmação divina sobre a prosperidade do primogênito só foi confirmada muito tempo depois, como está escrito sobre Jacó: “E cresceu o homem em grande maneira, e teve muitos rebanhos, e servas, e servos, e camelos e jumentos.” (Gn.30:43). Jacó prosperou tanto, que somente um presente que ele mandou a Esaú, representa uma fortuna. “Duzentas cabras e vinte bodes; duzentas ovelhas e vinte carneiros; Trinta camelas de leite com suas crias, quarenta vacas e dez novilhos; vinte jumentos e dez jumentinhos.” (Gn.32:14,15). Você gostaria de ter um irmão assim?

2. ALIANÇA DE SALVAÇÃO 
a) O RITO DA ALIANÇA - é o batismo, como está em At. 8:12 “Mas, como cressem em Filipe, que lhes pregava acerca do reino de Deus, e do nome de Jesus Cristo, se batizavam, tanto homens como mulheres.” Se fosse hoje, o processo pararia aí, pois todos chegariam aos novos convertidos e dariam os parabéns, dizendo que agora está tudo certo. Mas lá não foi assim. Ainda faltava a confirmação da aliança, em duas partes, a humana e a divina.
b) A CONFIRMAÇÃO DO(S) LÍDER(ES) - apesar de que Filipe foi o evangelista que batizou aqueles samaritanos, foram os apóstolos Pedro e João, que foram enviados de Jerusalém para fazer a confirmação humana. Creio que o que aconteceu aqui, é o mesmo princípio que está em II Sm. 12:26-31 “Ora pelejou Joabe contra Rabá, dos filhos de Amon, e tomou a cidade real. Então mandou Joabe mensageiros a Davi, e disse: Pelejei contra Rabá,e também tomei a cidade das águas. Ajunta, pois, agora o restante do povo, e cerca a cidade, e toma-a, para que tomando eu a cidade, não se aclame sobre ela o meu nome. “ A ausência de vaidade e a nobreza de Joabe é um modelo para hoje, dentro do discipulado. Honrou o líder, embora soubesse de sua recente queda. De fato, Filipe, como o general Joabe, tomou a cidade de Samaria, embora a arma da conquista não fosse mais espada e lança, mas a Palavra de Deus.
Mas a glória da conquista não ficou com Filipe, mas com seus líderes, os apóstolos. “Os quais, tendo descido, oraram por eles para que recebessem o Espírito Santo...Então lhes impuseram as mãos...” (At. 8:15,17). Os líderes fizeram o que eles podiam para confirmar a aliança, oraram e impuseram as mãos. Como autoridade humana, eles fizeram a sua parte. A parte dos samaritanos foi se submeter e obedecer. Mas tudo poderia ter ficado somente em palavras e rituais, sem nenhum efeito na vida dos samaritanos, se Deus não fizesse a sua parte, a qual o homem não pode fazer.


c) A CONFIRMAÇÃO DIVINA - “e receberam o Espirito Santo. E Simão, vendo que pela imposição das mãos dos apóstolos era dado o Espírito Santo...”. (At.8:17,18).
Essa é a confirmação divina, o batismo no Espírito Santo. Como está escrito em Mt. 3:11 “E eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; cujas alparcas não sou digno de levar; ele vos batizará com o Espírito Santo, e com fogo.” Jesus é o que batiza no Espírito Santo. A igreja Católica tem o batismo (de criança e por aspersão e efusão), a Primeira Comunhão, e a Crisma. A palavra Xrisma é uma palavra grega que aparece em I Jo. 2:20 e 27 (é semelhante à palavra Xristo –pronuncia-se Crisma e Cristo -), e é traduzida em português por UNÇÃO, que é, de fato, o espírito Santo. Portanto, a igreja Católica traz no seu arcabouço teológico, as três fases de uma aliança, embora nos detalhes, pode destoar do eu estou ensinando. Também a Assembléia de Deus, justiça seja feita, desde o princípio tem ensinado e praticado as três fases da aliança da salvação. O batismo nas águas e o batismo no Espírito Santo, com oração e imposição de mãos. É claro que o objetivo da aliança de salvação é a geração de discípulos, pois Jesus disse “Ide, fazei discípulos.” O fruto da aliança de salvação é a multiplicação de discípulos, que é o resultado da ação do Espírito Santo na vida do aliançado, e da bênção de Deus. “O povo cresceu e se multiplicou no Egito.”(At.7:17b). “E a palavra de Deus cresc ia e se multiplicava.”(At.12:24).

3 - A ALIANÇA DE CASAMENTO
a)O RITO DA ALIANÇA - é a cerimônia propriamente dita que é feita por um juiz de paz ou por um ministro religioso, em que os dois dizem sim, selando a aliança.
b) A CONFIRMAÇÃO HUMANA - É a co-habitação sexual que deve ocorrer depois do casamento, sob pena de até o casamento ser anulado pela lei humana, se não houver essa consumação. Observe que até aqui tudo depende de uma ação humana.
c) A CONFIRMAÇÃO DIVINA - É a geração de filhos, embora pareça ser que não. Todavia, na Bíblia há pelo menos seis mulheres estéreis, e que só puderam conceber, pela intervenção divina , em resposta à oração do líder espiritual, no caso, o marido. Sara, Rebeca, Raquel, Ana, mãe de Samuel, a mãe de Sansão; e no N.T. Isabel, a mãe de João Batista. Eu sei que nem em todos os casos mencionados, está revelado que o marido orou, mas nos que estão revelados, o princípio se estabelece. Também no A.T. o castigo de Deus, o seu desagrado, a maldição, se manifestam pela esterilidade. (Gn.20:18; II Sm. 6:23).

CONCLUSÃO
Observe que estes três tipos de alianças estão relacionados. O casamento deve gerar filhos biológicos; a salvação deve gerar filhos espirituais, ou seja, discípulos; e a aliança de prosperidade é para sustentar a família, dentre outros objetivos. A ignorância sobre os princípios que regem a aliança, tem levado muita gente a quebrá-los, trazendo sobre sua vida e a de seus filhos, maldição em forma de doença, pobreza, miséria, ruína, esterilidade, e outros males sem fim. A palavra da aliança é fidelidade. Por todo lugar vejo nos carros a expressão DEUS É FIEL. E fico pensando se eles sabem o que isto significa. Deus é fiel porque Ele jamais quebra uma aliança. Se formos fiéis em nossas alianças, bênçãos sem medida virão sobre nós.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

O JUSTO E O ÍMPIO

INTRODUÇÃO
A humanidade está dividida de várias maneiras, como, por exemplo, o judeu, o gentio, e a igreja. Mas existe uma divisão que é da maior importância: o justo e o ímpio. O ímpio é também chamado de pecador, ou de escarnecedor, como no salmo de nº 1. Todo ser humano já nasce ímpio. Para ser justo ele tem de passar por um processo. Isto mesmo, um processo judicial. Deus, o juiz de todos, é quem pode declarar alguém justo. Veja este texto:

“E chegou-se Abraão, dizendo: Destruirás também o JUSTO com o ímpio? Se porventura houver cinqüenta JUSTOS na cidade, destruirás também, e Não pouparás o lugar por causa dos cinqüenta JUSTOS que estão dentro dela? Longe de ti que faças tal coisa, que mates o JUSTO com o ímpio; que o JUSTO Seja como o ímpio, longe de ti. Não faria justiça o juiz de toda a terra? Então disse o Senhor: Se eu em Sodoma achar cinqüenta JUSTOS dentro da Cidade, pouparei a todo o lugar por amor deles. E respondeu Abraão dizendo: Eis que agora me atrevi a falar ao Senhor, ainda que sou pó e cinza. Se porventura De cinqüenta JUSTOS faltarem cinco, destruirás por aqueles cinco toda a cidade?”(Gn.18:23-28).
“E condenou á destruição as cidades de Sodoma e gomorra, reduzindo-as Cinza, e pondo-as para exemplo aos que vivessem impiamente; e livrou O justo Ló, enfadado da vida dissoluta dos homens abomináveis (porque Este justo, habitando entre eles, afligia todos os dias a sua alma justa, Vendo e ouvindo sobre as suas obras injustas); assim sabe o Senhor livrar da Tentação os piedosos, e rese rvar os injustos para o dia do juízo, para serem Castigados.” (II Pd. 2:6-9).
Portanto, Ló era justo, embora tivesse uma vida cheia de problemas, por causa das decisões erradas. O que nos ensina que um justo pode ter uma vida de fracassos, em conseqüência das decisões erradas que tomar. O justo geralmente salva a si e á sua família do juízo de Deus. De Noé é dito que
“Noé era homem justo e perfeito em suas gerações; Noé andava com Deus.” (Gn.6:9).
 Noé salvou a si mesmo do juízo do dilúvio, e salvou também toda a sua família. Ló não salvou sua mulher, mas somente as suas filhas. Deus quer que nós salvemos os nossos familiares, pois está escrito
“Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo tu e a tua casa.” (At. 16:31).
 Em Rm. 3:10 está escrito
“Não há um justo, nem um sequer. Não há ninguém que entenda; Não ninguém que busque a Deus.”
Em Gn.15:6, Deus imputa a justiça a Abrão, por ter crido no que Ele disse sob re a sua descendência. Então o princípio é que somos declara dos justos quando cremos no que Deus disse, é a justificação pela fé. Em I Co. 1:30 somos informados que Jesus Cristo foi feito por Deus, para nós, sabedoria, JUSTIÇA, santificação, e redenção. Portanto, neste caso Jesus Cristo é o único Justo, e a sua justiça nos é imputada quando cremos nele.

CONCLUSÃO
Você é justo ou ímpio? Não é suficiente ser crente, ou evangélico, mas, além de ser justificado por Ele, deve viver na prática da justiça. Se alguém diz que é justo, por ser crente ou evangélico, e vive na prática da injustiça, como pode ser declarado justo por um Deus justo?
Sabemos que a cidade de Sodoma foi destruída, porque dentro dela não havia dez justos, que Foi a última cifra que Abraão pechinchou com Deus . Sabemos também que dentro da cidade havia um justo, que era Ló, sobrinho de Abraão.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

AS DUAS VISÕES

INTRODUÇÃO 
A palavra “Visão” se tornou popular no contexto da igreja hoje em dia. Cosmovisão é a visão do kosmo, do todo. Visão, no contexto da igreja, é como você vê a igreja e sua missão. Ao longo da História da igreja houve várias concepções ou visões de como Deus age no mundo. A Carta Aos Hebreus começa assim: “Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho.” AT.18 1.

A VISÃO VELHA PERSEGUE A NOVA
Na sinagoga, Paulo enfrenta a oposição dos judeus. “Mas resistindo e blasfemando eles.” (At.18:6). E no verso 12 “levantaram-se os judeus concordemente contra Paulo , e o levaram ao tribunal.” E no verso 17 “Então todos os gregos agarraram Sóstenes, o principal da sinagoga, e o feriram diante do tribunal.” E em Gálatas 4:29 “Mas, como então aquele que era gerado segundo a carne perseguia o que era segundo o Espírito, assim é também agora.” Sempre que o Espírito Santo levanta uma nova Visão, a velha Visão persegue a nova. Assim, é fácil descobrir de que lado o Espírito Santo está. É uma chave para o entendimento. Foi assim com Judaismo e Cristianismo, foi assim com Catolicismo e Protestantismo, Foi assim com Anglicanismo e Metodismo, foi assim com Tradicionalismo e Pentecostalismo, no início do século vinte, e é assim agora com a Visão da Igreja em Células no Modelo dos Doze. Pode-se dizer da Visão o que os judeus de Roma disseram a Paulo. “Porque, quanto a esta Seita, notório nos é que em toda parte é impugnada.” (At.28:22). 

2. AS DUAS VISÕES NÃO PODEM ANDAR JUNTAS 
Em At.18:6 Paulo diz aos judeus, depois de insistentes tentativas de convertê-los á nova visão: “O vosso sangue seja sobre a vossa cabeça; eu estou limpo, e desde agora parto para os gentios.” Por mais que seja dolorido deixar a velha igreja, tem uma hora que é preciso fazer isto, pois “como andarão juntos se não houver acordo entre si?” (Am.3:3). 

3. AS DUAS VISÕES NÃO DEVEM SER INIMIGAS 
Em At.18:7 “E, saindo dali, entrou em casa de um homem chamado Tício Justo, que servia a Deus, E CUJA CASA ESTAVA JUNTO DA SINAGOGA.” A igreja foi aberta junto da sinagoga, querendo Deus dizer que não devem ser inimigas, pois, embora não possam andar juntas, não devem estar longe. Há sempre a possibilidade de a nova visão ser adotada.

4. A VISÃO É FRUTÍFERA 
At.18:8 – “E Crispo, principal da sinagoga, creu no Senhor com toda a sua casa.” O motivo de Deus ter se afastado da velha visão e adotado uma nova, é a falta de frutos, dentre outras coisas. Em Mateus 21:43 Jesus sentencia “Portanto, eu vos digo que o reino de Deus vos será tirado, e será dado a uma nação que dê os seus frutos.”A velha visão estava acomodada, até pela idade, mas não justifica, pois no Salmo 92:12-15 diz: “O justo florescerá como a palmeira; crescerá como o cedro do Líbano. Os que estão plantados na casa do Senhor florescerão nos átrios do nosso Deus. Na velhice ainda darão frutos; serão viçosos e vigorosos, para anunciar que o Senhor é reto. Ele á a minha rocha e nele não há injustiça. “ 

5. A VISÃO É DE FAMÍLIA 
At.18:8 - “E Crispo, principal da Sinagoga, creu no Senhor COM TODA A SUA CASA.” A casa é a família. A Visão é uma visão de resgate de família. Em At. 16:15, falando sobre Lídia, está escrito “E, depois que foi batizada, ela e a sua casa.” E ainda, em At. 16:31, Paulo diz ao carcereiro “Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa.” E no verso 33 “Logo foi batizado, ele e todos os seus.” E no verso 34 “e, na sua crença em Deus, alegrou-se com toda a sua casa.” A visão veio salvar a família, tanto no espiritual quanto no físico.

6. A VELHA VISÃO ACHA QUE A NOVA É ILEGAL 
At.18:13 – os judeus dizem de Paulo, no tribunal “Este persuade os homens a servirem a Deus contra a lei.” A velha visão não vê a nova porque esta estava oculta na lei. Em Ef. 3:3-6 está escrito “Como me foi este MISTÉRIO manifestado pela revelação, como antes um pouco vos escrevi. Por isso, quando ledes, podeis perceber a minha compreensão do MISTÉRIO de Cristo, o qual noutros séculos não foi manifestado aos filhos dos homens, como agora tem sido revelado pelo Espírito aos seus santos apóstolos e profetas , a saber, que os gentios são co-herdeiros, e de um mesmo corpo, e participantes da promessa em Cristo pelo Evangelho.” Mistério é algo oculto, que só pode ser conhecido mediante revelação. A Visão estava aculta, para ser revelada no tempo determinado. “Vai, Daniel, porque estas palavras estão fechadas e seladas até ao tempo do fim.” (Dn.12:9). 

CONCLUSÃO 
Duas visões estão colocadas diante de você. Faça a sua escolha. O mais difícil para os que nasceram na velha visão, é transicionar a mente. Jesus disse “pelos seus frutos os conhecereis.” Veja o fruto, e escolha visão frutífera. Jesus também disse “Fazei discípulos.”O cerne da Visão é obedecer á ordem de Jesus.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

O PRINCÍPIO DA HONRA

“A QUEM HONRA, HONRA”. (Rm,13:7)




O Evangelho é contracultura, isto é, o propósito final do Evaqngelho, ou de qualquer ideologia que quer se impor numa determinada sociedade, é mudar a cultura. Assim, o Evangelho, o Judaismo, o Islamismo, o comunismo, o Nazismo, o Hinduismo, o Budismo, ou qualquer outra ideologia religiosa ou política, sabe que para conquistar uma sociedade, é preciso mudar a cultura. Para isso é preciso começar mudando os conceitos, que mudam os paradimas, que mudam a cosmovisão, que mudam a cultura, que mudam a sociedade.

Cada sociedade tem os seus valores, que são fundamentados em princípios. Eu creio que a Bíblia ensina os princípios adotados tanto por judeus , como por cristãos. Tanto o Velho quanto o Novo Testamento, servem de base para judeus e cristãos, respectivamente.

Creio também que a Bíblia corretamente traduzida e corretamente interpretada, oferece princípios e valores que trarão o bem-estar a qualquer sociedade que os adote. Um desses princípios é o Princípio da Honra.

Vi ontem, no noticiário, que um asilo de pessoas idosas foi fechado, em virtude dos maus tratos e abandono em que se achavam os idosos. Cada família pagava cerca de oitocentos reais para que o asilo cuidasse do seu idoso. Apareceram filhos levando de volta seus pais, para cuidarem deles em casa. Quem manda seu pai ou sua mãe para um asilo os está honrando? O N.T. ensina: “Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo. Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeirto mandamento com promessa, para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra.“ (Ef.6:1-3).

Se honrar pai e mãe trás benefícios, desonrá-los tem conseqüências. Vou usar um outro texto, que está em II Sm. 6:1-23. Davi, rei de Israel, levou a Arca da Aliança, para Jerusalém. Ele era, então casado com Mical, filha do antigo rei de Israel, chamado Saul. Ora, Mical, sendo filha do rei S aul, era uma princesa altiva e orgulhosa. Acontece que Davi já vira Uzá ser morto por Deus, quando tocou na arca, coisa que lhe era proibido pela lei de Deus. Na verdade a Arca estava sendo levada para Jerusalém erradamente. Estava sendo levada em carro de boi. Eles tinham aprendido isto com os filisteus. A maneira correta de transportar a Arca era por meio de varas aos ombros dos levitas, mas somente os sacerdotes podiam tocar na Arca. Agora Davi estava levando a Arca pela segunda vez, e, naturalmente, estava com medo. Além de sacrificar bois e carneiros cevados, “Davi saltava com todas as suas forças diante do Senhor”. Quando Mical viu pela janela “ao rei Davi que ia bailando e saltando, diante do Senhor, O DESPREZOU NO SEU CORAÇÃO.” (V.16). Davi dançava publicamente, mesmo sendo rei, para se humilhar diante de Deus. Mas a cena foi forte demais para o orgulho da rainha, Mical. O desprezo do coração, logo passou a ser manifestado em palavras. “Quão honrado foi o rei de Israel, descobrindo-se hoje aos olhos das servas de seus servos, como sem pejo se descobre qualquer dos vadios”. Davi não ficou calado, e respondeu à altura, mas o que é preocupante é o que diz o verso 23 “E Mical, filha de Saul, não teve filhos, até o dia da sua morte”. Mical tinha dois motivos para honrar a Davi. Ele era o rei e era o seu marido. As palavras insolentes de Mical foram desonra para Davi. A desonra feita por Mical a Davi era observada por alguém. Alguém que é juiz e paga a cada um segundo as suas obras. Em I Sm. 1: 5,6 é dito que Ana chorava “porque o Senhor lhe tinha cerrado a madre.” E em Gn.20:18 “Porque o Senhor havia fechado totalmente todas as madres da casa de Abimeleque, por causa de Sara, mulher de Abraão.” Deus castigou Mical com esterilidade por causa da desonra que fez a Davi.

Precisamos aprender a honrar as pessoas. Rm.13:7 diz “Portanto, daí a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra.” E em I Pe. 2:17 “Honrai a todos. Amai a fraternidade. Temei a Deus. Honrai ao rei.” E ainda em I Pd. 3: 7 “Igualmente vós, maridos, coabitai com elas com entendimento, DANDO HONRA À MULHER, como vaso mais fraco; como sendo vós os seus co-herdeiros da graça da vida; PARA QUE NÃO SEJAM IMPEDIDAS AS VOSSAS ORAÇÕES.” Quem honra prospera, e quem desonra seca e fica estéril.

Devemos cultivar uma cultura de honra, e evitar uma cultura de desonra. Isto é cultural. Quem honra o chefe é visto como bajulador. Mas a diferença entre o que honra e o que bajula, é que um espera receber benefícios dos homens, e o outro espera receber de Deus, como está escrito “E tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo coração, como ao Senhor, e não aos homens.” (Cl.3:23).

terça-feira, 13 de julho de 2010

A PARÁBOLA DO FILHO REBELDE


“E irá adiante dele no espírito e poder de Elias, para converter os corações dos pais aos filhos, e os rebeldes à prudência dos justos, com o fim de preparar ao Senhor um povo bem disposto.”


O Antigo Testamento termina com o livro do profeta Malaquias dizendo o seguinte: “Eis que eu vos enviareio profeta Elias, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor; e ele converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos aos seus pais; para que eu não venha e fira a terra com maldição.” (Ml. 4:5,6). Depreendemos desse enunciado o seguinte princípio: a conversão mútua do coração dos pais e dos filhos, traz bênçãos, e a não conversão traz maldição. Se somente os pais tiverem os seus corações convertidos aos seus filhos, eles terão bênção, e se somente os filhos tiverem os seus corações convertidos, eles também terão a bênção. A bênção, segundo eu a entendo, traz prosperidade espiritual e material. “Porque, se os gentios foram participantes dos seus bens espirituais, devem também ministrar-lhes os temporais.” (Rm.15:27). “E semeou Isaque naquela mesma terra, e colheu naquele mesmo ano cem medidas, porque o Senhor o abençoava.” (Gn.26:12).

Lucas começa o seu Evangelho citando as palavras do anjo Gabriel, que repete as palavras de Malaquias, mudando somente um pouco. Quando chegamos no capítulo 15 de Lucas, encontramos a parábola do filho pródigo. Nesta parábola Jesus ilustra o princípio dos corações convertidos de pais e filhos. O pai tinha o coração convertido aos seus filhos, mas os filhos não tinham os corações convertidos ao seu pai. Quando o filho mais novo pediu a herança e saiu de casa, foi um ato de rebeldia, e pelo princípio, a maldição se instalou em sua vida. Mesmo tendo saído com muitos bens, logo a maldição consumiu a sua riqueza, e caiu na pobreza, humilhação e ruina. O pai, que tinha o coração convertido aos seus filhos, em nenhum momento conheceu a pobreza, foi sempre próspero. Todavia, quando o filho se arrependeu, e voltou para casa pedindo perdão, começou logo novamente a sua prosperidade.

Trazei depressa a melhor roupa, e vesti-lho;e ponde-lhe um anel na mão, e alparcas nos pés.” (Lc.15:22). A conclusão se impõe. Tanto os pais, quanto os filhos, que tiverem seus corações convertidos, não a Deus, mas uns aos outros, a bênção se instalará e trará prosperidade. Se, porém, os pais não tiverem o coração convertido a seus filhos, receberão a maldição. Se os filhos não tiverem o coração convertido aos seus pais, receberão a maldição. Neste caso, o sentido de pais e filhos, tanto é no sentido físico, quanto no sentido espiritual. A relação de discípulo/mestre, líder/liderado, também está em consideração aqui. O pai do filho pródigo é um modelo de pai com o coração convertido. Em nenhum momento censurou o filho, mesmo estando coberto de razão para fazê-lo. A paciência e a mansidão caracterizaram todas as suas ações. E me parece que os pais têm mais obrigação de usar de paciência e mansidão com os seus filhos, em vez de invocar princípio de autoridade.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

COMO GERAR UMA GRANDE NAÇÃO

“Quanto a Ismael, eu te ouvi: abençoá-lo-ei, fá-lo-ei fecundo e o multiplicarei extraordinariamente; gerará doze príncipes, e dele farei uma grande nação.”

1. POR MEIO DO NÚMERO DOZE

Existe uma mística em torno do número doze, da qual não podemos fugir. Há até preconceito, em razão do movimento chamado de G12. Porém, com isenção, examinemos os fatos: 
  • o dia é governado por doze horas, e a noite por outras doze; o
  • ano é constituído por doze meses; 
  • doze é o número dos símbolos do zodíaco; 
  • a nação de Israel foi constituída de doze tribos, geradas dos doze patriarcas; 
  • a igreja foi gerada a partir dos doze apóstolos, escolhidos por Jesus;
  • na mitologia grega existem os doze trabalhos de Hércules; 
  • a nova Jerusalém tem doze portas e doze fundamentos; e assim vai. 
Em Gn. 17:20, Deus promete a Abraão que vai fazer de Ismael uma grande nação. 
Não é meramente uma nação, mas uma grande nação. E Deus dá uma dica de como isso será feito. Seria por meio de doze filhos que ele geraria. Creio que Deus está revelando um princípio, ou o segredo de como gerar uma grande nação. Essa promessa, feita a cerca de quatro mil anos, hoje a vemos cumprida. O povo árabe e o povo muçulmano são descendentes de Ismael. Ninguém duvida que os árabes e os muçulmanos são uma grande nação. E isso aconteceu por meio do número doze. A mesma coisa aconteceu com a nação de Israel, que foi gerada a partir dos doze filhos de Jacó. Hoje também os judeus estão espalhados pelo mundo todo, além de ter a sua própria nação. Quando Jesus quis edificar a sua igreja, Ele sabia do princípio dos doze, e por isso, escolheu doze discípulos, que são filhos espirituais. Hoje também ninguém duvida de que a igreja é um grande povo, e que está espalhada pelo mundo todo.


2. POR MEIO DE DOZE PRÍNCIPES

Quando Deus fez a promessa a Abraão, com respeito a Ismael, Ele disse que esses filhos que ele geraria, não seriam qualquer um, mas doze príncipes. “gerará doze príncipes, e dele farei uma grande nação.” Príncipe é de família real, da nobreza, tem sangue azul, por assim dizer.

a) Nobre – o príncipe é um nobre, e a Bíblia tema algo a dizer sobre nobre. “Mas o nobre projeta coisas nobres e na sua nobreza perseverará.” (Is.32:8). E ainda em At. 17:11 “Ora, estes foram mais nobres do que os que estavam em Tessalônica, porque de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim.” Os de Tessalônica eram nobres, porque era povo de Deus, mas os de Beréia eram mais nobres. Os de Tessalônica foram movidos de inveja, para perseguirem Paulo – v.5 – e apelaram para a autoridade dos decretos de César, para aferirem o ensino de Paulo. Os bereanos foram mais nobres, porque agiram com isenção, e apelaram para a autoridade da Escritura, para aferir o ensino de Paulo. Os decretos de César são as leis do gover no civil, mas as Escrituras são os decretos do Altíssimo, que estão acima dos decretos de César. Assim deve ser o caráter desses príncipes, que são a matriz de uma grande nação.

b) Território – outra característica do príncipe é que ele tem território. “Estes são os príncipes dos horeus segundo os seus principados na terra de Seir.” (Gn.36:30). Principado é o território que o príncipe governa, é a jurisdição do príncipe. A territorialidade é uma lei da natureza. Até os animais são territoriais. Hoje já existe na teologia uma disciplina chamada de Espíritos Territoriais. Em Jo.. 12:31, Jesus diz “Agora é o juízo deste mundo; agora será expulso príncipe deste mundo.” E em 14:30 “Já não falarei muito convosco, porque se aproxima o príncipe deste mundo, e nada tem em mim.” Satanás era príncipe, e o território dele era o planeta Terra. Mas quando Jesus disse “Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra” (Mt.28:18), Satanás per deu o seu território, porque Jesus tomou dele quando o derrotou. Cada príncipe deve tomar posse de seu território, tomando-o em guerra, dos atuais ocupantes.


3. O PRÍNCIPE COMEÇA COMO DISCÍPULO

Discípulo é quem segue a um mestre, para servi-lo como servo. Josué era servo de Moisés, antes de se tornar doze. “E Josué, filho de Num, servidor de Moisés, um de seus jovens escolhidos, respondeu e disse: Moisés, meu senhor, proíbe-lho.” (Nm.11:28). Depois, em Nm. 13:2, Josué, é escolhido como um dos doze espias, que são enviados por Moisés, para espiar a terra de Canaã. E em Js. 1:1 é dito que Moisés é servo de Deus, e que Josué é servo de Moisés, e que é enviado para conquistar o seu território, a terra de Canaã. Eliseu começa como servo ou discípulo do profeta Elias, e é conhecido como aquele que “derramava água sobre as mãos de Elias.” (II Rs. 3:11). Segundo Gn. 24:18, Eliseu dava de beber ao profeta Elias, antes de se tornar seu sucessor. Em João 4:7 Jesus diz à mulher samaritana “dá-me de beber.” O que significa uma chamada par a o discipulado. Em seguida, a samaritana sai para conquistar o seu território, a cidade de Sicar, na região da Samaria. E em Lc. 6:12-16, Jesus chama a matriz da igreja, revelando a seqüência Discípulo, Doze, Apóstolo. O título mais elevado no N.T. é apóstolo – I Co. 12:28 – e no Antigo Testamento é patriarca. Em Hb.7:4 Abraão é chamado de patriarca e em Gn.23:6 de “príncipe poderoso”. Para gerar uma grande nação, começa gerando doze príncipes. Mas antes de se tornar príncipe, o candidato começa na fase da infância, isto é, discípulo.


4.TEM DE SER FILHO DE ABRAÃO

Em Gn.21:13, Deus diz a Abraão: “Mas também do filho desta serva farei uma nação, PORQUANTO É TUA DESCENDÊNCIA.” Ismael era filho de Abraão, e por isso recebeu a promessa. Ser filho de Abraão, dá direito a privilégios que outros não têm. Em Hb. 2:16 é dito de Jesus: “Pois ele, evidentemente, não socorre anjos, mas socorre a descendência de Abraão.” Mas quem é filho de Abraão, a quem Jesus veio socorrer, e trazer a promessa de uma grande nação? Os judeus? Os árabes? Os cristãos? Em Gálatas 3:26-29 está a resposta: “Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus. Porque todos quantos fostes batizados em Cristo já vos revestistes de Cristo. Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus. E, se sois de Cristo, então sois descendência de Abraão, e herdeiros conforme a promessa. 
Se você se encaixa nesta condição, então Deus quer fazer de você uma grande nação. Como Ismael, você tem de gerar doze príncipes, por meio do discipulado. A multiplicação de sua descendência virá em seguida, como aconteceu com Ismael, Jacó, e Jesus.

domingo, 13 de junho de 2010

O JUÍZO DE DEUS

"Aos anjos que não guardaram o seu principado, mas deixaram a sua própria habitação, Ele os tem reservado em prisões eternas na escuridão para o juízo do grande dia, assim como Sodoma e Gomorra, e as cidades circunvizinhas, que, havendo-se prostituído como aqueles anjos, e ido após outra carne, foram postas como exemplo, sofrendo a pena do fogo eterno.” (Judas 6, 7).

O primeiro cenário é o dos anjos , que, segundo Judas, cometeram um pecado semelhante ao de Sodoma e gomorra. Essa semelhança é indicada por duas expressões: A palavra “prostituído”, derivada de pornéia, que significa sempre um pecado de natureza sexual. Ou seja, o pecado do anjos foi de natureza sexual. A segunda expressão é “ido após outra carne”, que o povo de Sodoma praticou, que é co-habitar homem com homem, e mulher com mulher, e, a analogia, anjos com humanos.

No primeiro cenário, dos anjos, o texto bíblico que descreve, com palavras misteriosas, essa realidade é Gn. 6:1-4. Por mais que alguns queiram escamotear o texto, o sentido mais coerente, é que os filhos de Deus descritos no veso 2, são anjos que coabitaram com as filhas dos homens, e os nefilins sãos os mesmos filhos de Deus que coabitaram com as mulheres. Dessa união nasceram os semi-deuses, das mitologias dos povos, que são chamados na Bíblia, de gigantes. Mas Judas diz que os progenitores, os anjos, foram castigados por Deus, e mantidos em prisões eternas.

Os filhos, os gigantes, foram exterminados por Deus, tendo como instrumento de seu juízo, os filhos de Israel. De fato, na conquista de Canaã, uma das ordens de Deus, era que os gigantes fossem exterminados. Há um texto em Isaías, que corretamente traduzido, lança luz sobre este assunto. “Os falecidos não tornarão a viver; OS GIGANTES NÃO RESSUCITARÃO; por isso os visitaste e destruíste, e fizeste perecer toda a sua memória.” (Is. 26:14).

O segundo cenário é exatamente Sodoma e Gomorra. Na verdade eram cinco cidades, chamadas as cidades da planície. Sodoma, Gomorra, Zeboim, Admá, e Bela. Por intercessão de Ló, foi poupada a cidade de Belá, que depois ficou sendo chamada de Zoar. O que Deus disse foi: “Porquanto o clamor de Sodoma e Gomorra se tem multiplicado, e porquanto o seu pecado se tem agravado muito, descerei agora, e verei se com efeito têm praticado segundo o seu clamor, que é vindo até mim; e se não sabe-lo-ei.” O pecado de Sodoma se tornou proverbial, aponto de ser chamado de Sodomia, e o pecador de Sodomita, e há até o verbo sodomizar. A ironia de Deus é que Ele mandou anjos para castigar os pecadores humanos, e mandou humanos, o povo de Israel, para castigar os semi-deuses, os gigantes, resultado da co-habitação dos a njos com caídos, com as mulheres. Ló habitava em Sodoma, mas Ló era justo, ou seja, do povo de Deus. “E livrou o justo Ló, enfadado da vida dissoluta dos homens abomináveis (porque este justo, habitando entre eles, afligia todos os dias a sua alma justa, vendo e ouvindo sobre as suas obras injustas). (II Pd. 2:7,8). Ló se tornou um tipo do justo de hoje, o crente, que vive no mundo, tendo que ver e ouvir as injustas obras do mundo. Mas Deus não perdoou o mundo antigo, nem os anjos que pecaram, mas “livrou o justo Ló”. (II Pd. 2:4,5,7). A ironia de Deus é que assim como Ele fez chover água durante quarenta dias, no dilúvio de Noé,no caso de Sodoma, “fez chover enxofre e fogo, do Senhor desde os céus, sobre Sodoma e Gomorra.” (Gn.19:24). O juízo foi com chuva. Num caso foi chuva de água, e no outro foi chuva de fogo. “E aconte ceu que, destruindo Deus as cidades da campina, lembrou-se Deus de Abraão, e tirou Ló do meio da destruição.” (GN.19:29). Ló era parente de Abraão, o homem da aliança com Deus. Hoje, o nosso Abraão é Jesus Cristo, que salvará a todos os que estão em aliança com Ele.

O terceiro cenário é Romanos, cap. 1, onde Paulo certamente descreve a civilização conhecida como Império Romano. Aqui Paulo revela que a prática da Sodomia, é uma conseqüência de uma transgressão anterior. “Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos. E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis.” Devemos atentar para o que Deus fala em sua Palavra. “De deus não se zomba.” O sentido é que de Deus não se zomba impunemente. O Decálogo preceitua solenemente “Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu o Senhor te u Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam.”

A conseqüência da idolatria é juízo de Deus em forma de depravação moral. Em Romanos 1, Deus não esconde a verdade, mas declara: “Por isso TAMBÉM DEUS OS ENTREGOU às concupiscências de seus corações, à imundícia, para desonrarem seus corpos entre si.” E “Por isso DEUS OS ABANDONOU às paixões infames.” E “assim DEUS OS ENTREGOU A UM SENTIMENTO PERVERSO, para fazerem coisas que não convém.” Não estou criticando a religião de ninguém, mas é constrangedor ver o que tem acontecido, com muitos sacerdotes católicos. Sendo expostos à vergonha e ao desprezo públicos. Estou mostrando a solução que a própria Palavra de Deus oferece. Estou mostrando o remédio. E não adianta se encher de argumento, porque não é a mim que alguém tem de convencer , mas ao Deus Todo-Poderoso, que está ofendido, por estar sendo desobedecido. Esses homens não tem forças para resistir à maldição que está agindo, na forma de espíritos malignos. Para desobediência a Deus só há um remédio: Arrependimento.

É causa e efeito. A sodomia é o efeito, cuja causa é a idolatria. É vergonhoso se humilhar, se arrepender, reconhecer que estava errado, mas não tem saída. É isso ou ficar debaixo de juízo, com todas as suas conseqüências.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

DEUS QUER OBEDIÊNCIA

“Ainda que era Filho, aprendeu a obediência, por aquilo que padeceu. E, sendo ele consumado, veio a ser a causa da eterna salvação para todos os que lhe obedecem.” (Hb.5:8,9).

Deus teve um problema de desobediência com Lúcifer, que foi criado perfeito, mas que, sem ser tentado, concebeu iniqüidade em seu coração. “Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniqüidade em ti.” (Ez.28:15). Depois, Deus teve um problema de desobediência com Adão, cuja história é bem mais conhecida, pois está amplamente narrada nos três capítulos iniciais de Gênesis. Depois, Deus teve um, ou mais de um, problema de desobediência com Israel. “E a quem jurou que não entrariam no seu repouso, senão aos que foram desobedientes?” (Hb.3:18). Jesus aprendeu a obediência por meio do sofrimento, ainda que era Filho de Deus. 
Isto revela que ninguém nasce sabendo obedecer, mas que a obediência deve ser aprendida, ou melhor ensinada. Talvez as nossas sociedades devessem atentar para essa lição de psicologia educacional. Por que há tanta desobediência? Além de ninguém nascer sabendo obedecer, a obediência só é aprendida por meio do sofrimento. É o que o texto está dizendo.  Adão recebeu uma ordem de Deus. A proibição de comer de certa árvore do jardim do Éden. As condições da prova de obediência eram as melhores possíveis. Era o paraíso. Como pais, queremos que os nossos filhos nos obedeçam dentro do paraíso. Com Adão não deu certo. Ele desobedeceu. Debaixo de tentação, mas desobedeceu.  Porém, Jesus teve de aprender a obedecer debaixo de sofrimento. Foi o sofrimento e a morte na cruz  que Ele teve de enfrentar, para não desobedecer a Deus. Se Ele fraquejasse teria desobedecido, e, como Adão, sido desqualificado. A prova era tão difícil que um anjo veio auxilia-lo. “E apareceu-lhe um anjo do céu, que o fortalecia.” (Lc. 22:43).

Jesus foi aprovado porque aprendeu a obediência debaixo de intenso sofrimento. Mas Hebreus continua dizendo que Ele veio a ser  causa de eterna salvação para todos os que lhe obedecem. Nós também não nascemos sabendo obedecer, nem mesmo depois do novo nascimento. Como Jesus, precisamos aprender a obediência por meio do sofrimento. “Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um eterno peso de glória mui excelente.” (II Co. 4:17). “Ora, pois, já que Cristo padeceu por nós na carne, armai-vos também vós com este pensamento, que aquele que padeceu na carne já cessou do pecado.”  Mas alegrai-vos no fato de serdes participantes das aflições de Cristo, para que também na revelação de sua glória vos regozijeis e alegreis.” (I Pd.4:1,13). E ainda “Filho meu, não desprezes a correção do Senhor, e não desmaies quando por Ele fores repreendido; porque o Senhor corrige o que ama, e açoita a qualquer  que recebe por filho.”  “para sermos participantes de sua santidade.” (Hb.12:5,6,10).  Jesus está ensinando obediência a seus filhos, assim como Ele aprendeu, por meio do sofrimento. Ele não perdeu o controle sobre a sua situação, mas está permitindo, para lhe ensinar obediência, no sofrimento, e não no jardim, para que você não caia como Adão, mas ganhe a salvação “para todos os que lhe obedecem.” Se você aceitar, pela fé, esse sofrimento, você está obedecendo. Mas se você se amargurar, e rejeitar a disciplina do Senhor, você pode estar em desobediência, e comprometer a sua salvação. Para suportar o sofrimento você deve orar. Lembre de Jesus. “E, posto em a gonia, orava mais intensamente.” (Lc.22:44). “Portanto, tornai a levantar as mãos cansadas, e os joelhos desconjuntados.” (Hb.12:12). Mãos e joelhos falam de oração.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

O QUE DEUS DESEJA PARA SEUS FILHOS


1. SAÚDE - Em Tiago1:1, a Palavra diz "Tiago, servo de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, às doze tribos que andam dispersas, SAÚDE." é o voto, ou o desejo, ou a bênção impetrada pelo escritor sagrado, que revela o desejo de Jesus, por meio do Espírito Santo, para todo o seu povo. Ainda, em III Jo. 2, a Escritura preceitua, através do Apóstolo João, o seguinte: "Amado, desejo que te vá bem em todas as coisas, e que tenhas SAÚDE, assim como bem vai a tua alma." Como qualquer pai humano, Deus deseja que seus filhos tenham saúde. É também a promessa de Deus para o povo de Israel. "Se ouvires atento a voz do Senhor teu Deus, e fizeres o que é reto diante de seus olhos, e inclinares os seus ouvidos aos seus mandamentos, e guardares todos os seus estatutos, nenhuma das enfermidades porei sobre ti, que pus sobre o Egito; porque eu sou o Senhor que te sara." (Ex.15:26).

Ademais, Deus age no mundo através de pessoas que tem aliança com Ele. E precisa de um corpo saudável. Por isso, o crente não deve aceitar passivamente a doença como algo normal, ou que está de acordo com a vontade Deus. Mas deve lutar contra ela com todos os recursos naturais e sobrenaturais. A doença também pode ser conseqüência de pecado, que toma forma de juízo temporal, ou pode ser resultado de um estilo de vida inadequado, como comer e beber coisas indevidas, vícios, etc. É preciso comer e beber alimento saudável, e praticar alguma atividade física. Evitar emoções destrutivas como ódio, amargura, ressentimento, mágoa, rancor, falta de perdão, medo, preocupação, ansiedade, ira, etc. que causam doenças psicossomáticas, como câncer, infarto, derrame, úlcera, gastrite, asma, artrite, etc.

2. PACIÊNCIA - Em Tg. 1:3,4 "Sabendo que a prova da vossa fé oper a a paciência. Tenha, porém, a paciência a sua obra perfeita, para que sejais perfeitos e completos, sem faltar em coisa alguma." E ainda em Tg. 5:7-11 "Sede, pois, irmãos, pacientes até a vinda do Senhor. Eis que o lavrador espera o precioso fruto da terra, aguardando-o com paciência, até que receba a chuva temporã e serôdia. Sede vós também pacientes, fortalecei os vossos corações; porque já a vinda do Senhor está próxima. Irmãos, não vos queixeis uns contra os outros, para que não sejais condenados. Eis que o juiz está à porta. Meus irmãos, tomai por exemplo de aflição e paciência os profetas que falaram em nome do Senhor. Eis que temos por bem-aventurados os que sofreram. Ouvistes qual foi a paciência de Jó, e vistes o fim que o Senhor lhe deu; porque o Senhor é muito misericordioso e piedoso." A paciência é semelhante à longanimidade, à mansidão, à humildade. Assim como a doença é a enferm idade do corpo, a impaciência é uma doença da alma. A impaciência está ligada ao nosso desejo de controlar. Quando as coisas não são feitas da nossa maneira, nem no nosso tempo, nos enervamos. O ego ainda está governando, a vontade está no trono. Mas Deus não permitirá que a doença da impaciência nos domine para sempre. O remédio de Deus para nos curar da impaciência, é o sofrimento. Quanto mais cedo nós nos tornarmos pacientes, mais cedo o remédio será suspenso. A questão é: tudo que nós controlamos, Deus não controla; e tudo o que nós não controlamnos, Deus controla, até o diabo. Abra mão do controle das pessoas e das circunstâncias. Confie em Deus, pois se você liberar, Deus controla.


3. SABEDORIA - Em Tg. 1:5 "E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça a Deus." E ainda em Tg. 3:13-17 "Quem dentre vós é sábio e entendido? Mostre pelo seu bom trato as suas obras em mansid ão de sabedoria. Mas, se tendes amarga inveja, e sentimento faccioso em vosso coração, não vos glorieis, nem mintais contra a verdade. Essa não é a sabedoria que vem do alto, mas é terrena, animal e diabólica. Porque onde há inveja e espírito faccioso aí há perturbação e toda obra perversa. Mas a sabedoria que do alto vem é, primeiramente pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, e sem hipocrisia." Esse tipo de sabedoria só pode ser adquirido em oração, ou melhor, através de uma vida pautada na oração, pois ele diz "peça a Deus."

4. FÉ - Em Tg. 1:6 "Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando; porque o que duvida é semelhante à onda do mar, que é levada pelo vento, e lançada de uma para outra parte. Não pense tal homem que receberá do Senhor alguma coisa." Esse conceito de fé é muito simples. É pedir algo a Deus, e não duvidar que Ele dará o que lhe pedimos. É ausência de dúvida. A dúvida é inimiga da fé. Ou a antítese da fé.
Quando a dúvida entra pela porta, a fé voa pela janela. O diabo sabe disso. Foi por isso que ele disse à Eva: "Foi assim que Deus Disse: Não comereis de toda árvore do jardim?" Ele procura suscitar dúvida. Em I Jo. 5:14, 15 "E esta é a confiança que temos nele, que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, Ele nos ouve. E, se sabemos que nos ouve em tudo o que lhe pedimos, sabemos que alcançamos as petições que lhe fizemos." Sabemos que é da vontade dele que lhe peçamos sabedoria.

5. CONSTÂNCIA - Em Tg. 1:8 "O homem de coração dobre é inconstante em todos os seus caminhos." O coração dobre é um coração dividido. Não sabe se fica com uma coisa ou com outra. O constante toma uma posição, e abre mão da outra, esquece. Decide por uma
e vai em frente, deixando a outra para trás. Em I Co. 1 5:58 "Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor." E ainda em Ef. 4:14 "Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em redor por todo vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente."
Constância é perseverar numa linha de ação, sem variar indo sempre para a frente até o fim. O inconstante num dia quer uma coisa, e no dia seguinte quer outra. Sempre que ouve algo diferente, ele deixa a posição anterior, e vai atrás dessa nova idéia. Mas Deus quer que seus filhos sejam constantes, que levem até o fim o compromisso assumido, seja com Deus, seja com os homens.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

AS DUAS DESPENSAS DE DEUS

“DESPENSA, s.f. Compartimento de uma casa, onde se guardam comestíveis; copa.”

“DESPENSEIRO, s.m. Pessoa encarregada da despensa.” (Dic. Brasileiro Globo).

Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus.” (I Pe. 4:10).

      1. Como diz o Dicionário, Despensa é o lugar onde se guarda comida. E como diz Pedro, todo crente (“cada um”) é um despenseiro da multiforme graça de Deus. Naturalmente estamos falando de alimento espiritual. Todo ser humano tem fome e sede espirituais, que precisam ser saciados, embora, na maioria das vezes, ele não saiba como. Os sete anos de fome que houve no Egito no tempo de José, são uma figura (tipo) dessa realidade. “E tendo toda a terra do Egito fome, clamou o povo a Faraó por pão; e Faraó disse a todos os egípcios: Ide a José; o que ele vos disser, fazei.” (Gn.41:55). José era o Despenseiro da Despensa de Faraó. Naturalmente José não servia o alimento para o povo pessoalmente, mas o fazia através de seus auxiliares. 
      Hoje, o Despenseiro é Jesus (de quem José é figura), mas alimenta o povo através de seus auxiliares, que são os seus discípulos. Um exemplo disso está na multiplicação dos cinco pães e dois peixinhos. Os discípulos, vendo a multidão faminta, sugeriram que Jesus os mandasse embora, para que comprassem pão para si. Para surpresa deles, Jesus lhes disse: “Dai-lhes vós de comer.” Em seguida, tomando os cinco pães e os dois peixes, multiplicou-os, e mandou que os discípulos servissem a multidão. (Mc. 6:34-44). No caso do alimento espiritual, a despensa são os dons espirituais que cada crente tem. O despenseiro tem a responsabilidade de não deixar as pessoas passar fome. Neste caso, o público contemplado pela Despensa são, tanto crentes, quanto não crentes. “Então, enquanto temos tempo, façamos bem a todos, mas principalmente aos domésticos da fé.” (Gl.6:10). 
      A responsabilidade dos despenseiros está no seu dom espiritual. Portanto é importante que cada crente saiba qual é o seu dom, e que sabendo, o exercite.

      2. A segunda Despensa está mencionada em I Co 4:1,2 onde se lê: “Que os homens nos considerem como ministros de Cristo, e despenseiros dos mistérios de Deus. Além disso, requer-se dos despenseiros que cada um se ache fiel.” Aqui a despensa não contém a multiforme graça de Deus, mas os mistérios de Deus. 
      Neste caso, os despenseiros não são todos os crentes, mas uma categoria de ministros. Aqui Paulo fala de “nós” e “vós”. “Porque tenho para mim, que Deus a nós, apóstolos, nos pôs por últimos, como condenados à morte; pois somos feitos espetáculo ao mundo, aos anjos, e aos homens. Nós somos loucos por amor de Cristo, e vós sábios em Cristo; nós fracos e vós fortes; vós ilustres e nós vis.” (I Co.4:9, 10). Deus tem uma despensa que tem mistérios. A essa despensa nem todos têm acesso, mas somente os despenseiros, que são alguns ministros, como são destacados em E f. 4:11. “E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores.”
      Os despenseiros dos mistérios de Deus são desse nível, tanto de autoridade, quanto de responsabilidade. “Como me foi este mistério manifestado pela revelação, como antes um pouco vos escrevi; por isso, quando ledes, podeis perceber a minha compreensão do mistério de Cristo, o qual noutros séculos não foi manifestado aos filhos dos homens, como agora tem sido revelado pelo Espírito aos seus santos apóstolos e profetas.” (Ef.3:3-5). Como Paulo escreve ainda em Gl. 1:11,12 “Mas faço-vos saber, irmãos, que o evangelho que por mim foi anunciado não é segundo os homens. Porque não o recebi, nem aprendi de homem algum, mas pela revelação de Jesus Cristo.” 
      Na igreja todos são iguais, mas alguns são mais iguais do que outros. Veja também “E em toda alma havia temor, e muitas ma ravilhas e sinais se faziam PELOS APÓSTOLOS.” (At.2:43). E ainda “E muitos sinais e prodígios eram feitos entre o povo PELAS MÃOS DOS APÓSTOLOS.” Esses são os despenseiros dos mistérios de Deus. Não necessariamente os doze imediatos de Jesus, mas o ofício, que é um dom, que ainda hoje existe. Só o Espírito Santo sabe a interpretação da Bíblia, e é preciso um ato tão sobrenatural para interpretá-la, quanto foi para inspirá-la. Mas se você é despenseiro da multiforme graça de Deus, e não dos mistérios de Deus, não fique triste. Veja isto: “Meus irmãos, muitos de vós não sejam mestres, sabendo que receberemos mais duro juízo.” (Tg. 3:1). É Deus quem decide quem é despenseiro da graça ou dos mistérios. Porém, “a qualquer que muito for dado, muito se lhe pedirá, e ao que muito se lhe confiou, muito mais se lhe pedirá.” (Lc.12:48).

segunda-feira, 24 de maio de 2010

O REINO DE DEUS EM SAMARIA

“Mas, como cressem em Filipe, que lhes pregava acerca do reino de Deus, e do nome de Jesus Cristo, se batizavam, tanto homens como mulheres.” (At.8:12).

COMO MUDAR DE REINO

A rigor, existem apenas dois reinos. O reino de Deus e o reino das trevas. Ou você é cidadão de um ou do outro. Em Colossenses 1:13 fala desses dois reinos. “O qual nos tirou da potestades (autoridade, império, domínio) das trevas, e nos transportou para o reino do filho do seu amor.” Em Atos 26:18 fala do mesmo assunto. “Para lhes abrires os olhos, e das trevas os converteres à luz, e da autoridade de Satanás a Deus.” É a mesma palavra no grego, nos dois textos. Em Atos acrescenta que há dois benefícios que se recebe quando se muda de reino: o perdão dos pecados e a herança. Em Mt.25:34, elucida dizendo que a herança é “o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo .” Baseado em At.2:38 você muda de reino quando se batiza nas águas, pois é depois disto que você recebe o perdão dos pecados. “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados.” E ainda em At.22:16 “E agora por que te demoras? Levanta-te, batiza-te e lava os teus pecados, invocando o seu nome.” A propósito de invocar o nome de Jesus no batismo, Filipe, em Samaria, pregava sobre dois assuntos: o reino de Deus e o nome de Jesus Cristo. Em seguida é dito que “se batizavam, tanto homens quanto mulheres.” A fórmula batismal adotada pela igreja, ao longo dos séculos, tem sido “em nome do Pai, do filho, e do Espírito Santo”, baseada em Mt.28:19. Todavia, os apóstolos, que estavam presentes quando Jesus pronunciou estas palavras, parece terem entendido de outra maneira. Em At. 8:16b “mas somente eram batizados em nome do Senhor Jesus”; em At. 2:38 “cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo”; Em At. 10:48 “E mandou que fossem batizados em nome do Senhor”; Em At.19:5 “E os que ouviram foram batizados em nome do Senhor Jesus”. Parece que a fórmula batismal adotada pelos apóstolos era “em nome do Senhor Jesus Cristo”, e não "em nome do Pai, do filho, e do Espírito Santo”. Tem lógica, porque as orações são respondidas em nome de Jesus Cristo (João 14:13,14; 15:16; 16:23,24); os demônios são expulsos em nome de Jesus Cristo (Mc.16:17; At.16:18); as doenças são curadas em nome de Jesus Cristo (At.3:6, 16). Bem, filipe pregava acerca do reino de Deus e do nome de Jesus Cristo, e em conseqüência disto, “se batizavam, tanto homens como mulheres”. 

A parte de Filipe era pregar a mensagem certa, a dos ouvintes era se batizar nas águas, a de Jesus, cujo nome fora invocado no batismo, era batizar no Espírito Santo. Neste caso, o batismo no Espírito Santo aconteceu pela imposição das mãos dos apóstolos Pedro e João. Então se cumpriu o que Jesus disse em João 3:5 “Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.” Nascer da água é o batismo nas águas, e nascer do Espírito é o batismo no Espírito Santo. O batismo nas águas é o homem quem faz, mas o batismo no Espírito Santo é Jesus quem faz. E veja que o batismo no Espírito não aconteceu automaticamente, mas mediante oração e imposição de mãos de pessoas qualificadas. Mas é claro que nem sempre é dessa maneira.

No Antigo Testamento tem uma informação de como se faz a mudança de reino. Em Daniel 1, fala de dois reinos, o de Judá, e o de Babilônia. O rei de Judá era Jeoiaquim, e o de Babilônia era Nabucodonosor. O rei de Babilônia trouxe de Judá uma leva de cativos. Ele mandou escolher alguns desses cativos para que fossem treinados nos costumes do reino de Babilônia. Observe as qualificações dos judeus. “da linhagem real e dos nobres” (v.3). “Jovens em quem não houvesse defeito algum, de bela aparência, e instruídos em toda a sabedoria, e doutos em ciência, e entendidos no conhecimento”. Essas qualidades intelectuais revelam que esses jovens já eram versados na cultura do seu reino. Mas eram ignorantes com respeito à cultura do reino de Babilônia. Então Nabucodonosor mandou “que lhes ensinassem as letras e a língua dos caldeus.” Durante três anos eles foram submetidos a um processo de aprendizagem de uma nova cultura. E eles não foram negligentes nesse aprendizado, antes, foram até ajudados por Deus. “Quanto a estes quatro jovens, Deus lhes deu o conhecimento e a inteligência em todas as letras, e sabedoria”(17) e “E em toda matéria de sabedoria e de discernimento, sobre o que o rei lhes perguntou, os achou dez vezes mais doutos do que todos os magos astrólogos que havia em todo o seu reino” (v.20). 

Para haver mudança de reino, deve haver mudança de mentalidade. Isto é “metanóia”, arrependimento. No caso de Daniel, ele foi primeiro ensinado na cultura de Israel, para depois aprender a cultura de Babilônia. Mas ele não se desfez da cultura do seu reino. Não foi na Babilônia que Daniel aprendeu a orar três vezes por dia, e não foi na cultura de Babilônia que ele aprendeu a confiar em Deus. A rigor só existem duas culturas no mundo, a do reino de Deus e a do reino das trevas. No nosso caso, nós aprendemos primeiro a cultura do reino das trevas, mas quando nos convertemos começamos a aprender a cultura do reino de Deus. Mas devemos deixar a cultura do reino das trevas, e praticar somente os valores do reino de Deus. Como alguém já disse, é preciso mudar os conceitos, que mudam os paradigmas, que mudam a cosmovisão, que mudam a cultura, que mudam a sociedade. 

O Evangelho é contracultura. Deve subverter a cultura do mundo, para torna-la cultura do reino de Deus. Há três movimentos culturais hoje que tentam impor seus valores ao mundo. O machismo, o feminismo, e o homossexualismo. Todos devem ser provados pelos valores culturais do reino de Deus. E os valores culturais do reino de Deus estão na Bíblia.

sábado, 22 de maio de 2010

O ESPINHO NA CARNE

“E, para que não me exaltasse pela excelência das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de não me exaltar.” (II Co.12:7).

 
Literalmente, um espinho na carne é o que Gideão fez com os homens de Sucote. “Então disse Gideão: Pois quando o Senhor der na minha mão a Zeba e a Salmuna, trilharei a vossa carne com os espinho do deserto, e com os abrolhos...E tomou os anciãos daquela cidade, e os espinhos do deserto, e os abrolhos; e com eles ensinou aos homens de Sucote.” (Jz.8:7,16).

No sentido figurado, são os inimigos do povo de Deus, que, no Antigo Testamento são, dentre outros, os cananeus. “Assim também eu disse: Não os expulsarei de diante de vós; antes estarão como espinhos nas vossas ilhargas, e os seus deuses vos serão por laço.” (Jz. 2:3). Ora, no Novo Testamento, os inimigos do povo de Deus não são os cananeus, nem os amalequitas, nem os filisteus, nem os amonitas, nem os moabitas, nem os edomitas, mas são seres espirituais. “Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades , contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.” (Ef.6:12). Os inimigos, que eram físicos no Antigo Testamento, no Novo, são espirituais. A conclusão se impõe. O espinho na carne de Paulo, não era uma doença, como costumeiramente têm sustentado alguns comentaristas. Chegaram até a dizer que era uma doença tropical, causada pelas viagens missionárias. Ou que era uma doença nos olhos, citando textos como “com que grandes letras vos escrevo” ou “se fosse possível vós teríeis arrancado os vossos próprios olhos e mos teríeis dado” ou a dificuldade de Paulo reconhecer o sumo sacerdote “Não sabia, irmãos, que era o sumo sacerdote” (At.23:5). Como disse, a conclusão se impõe. O espinho na carne de Paulo, era um demônio.

O próprio texto de II Co.12:7 diz literalmente “um anjo de Satanás para me esbofetear”. Em Ap. 12:7 diz “e batalhavam o dragão e os seus anjos." O dragão é Satanás. Um de seus anjos foi designado para colar em Paulo. Não Por Satanás, mas por Jesus. Paulo tinha um “encosto”. Era esse “anjo de Satanás” que tinha a incumbência de afligir Paulo. Todo sofrimento que sobreveio a Paulo era providenciado por esse demônio. “São ministros de Cristo? (falo como fora de mim) eu ainda mais: em trabalhos, muito mais; em açoites, mais do que eles; em prisões, muito mais; em perigo de morte, muitas vezes; recebi dos judeus cinco quarentenas de açoites menos um. Três vezes fui açoitado com varas, uma vez fui apedrejado, três vezes sofri naufrágio, uma noite e um dia passei no abismo; em viagens muitas vezes, em perigos de rios, em perigo de salteadores, em perigos dos da minha nação, em perigos dos gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre falsos irmãos...” (II Co. 11:23-26). É pouco ou quer mais?

Demais disto, há um antepassado de Paulo (benjamita), que teve um problema semelhante. “E o Espírito do Senhor se retirou de Saul, e atormentava-o um espírito mau da parte do Senhor.” (I Sm.16:14). Seria coincidência que o nome é Saul, no hebraico; Saulo, em grego; e Paulo, em latim? É claro que o Espírito Santo “se apoderou de Saul”, assim como “se apoderou de Davi”. (I Sm.11:6; 16:13). Seria por isso que Davi tinha medo de perder o Espírito Santo? “Não me lances fora da tua presença, e não retires de mim o teu Espírito Santo.” (Sl.51:11). A diferença é que o espírito mau da parte da Senhor, entrou em Saul, mas o anjo de Satanás não entrou em Paulo. Ser possuído por um espírito mau, é uma coisa, ser afligido por ele, é outra. Aliás, o conceito de tribulação, perseguição, aflição, é exatamente isso, um ou mais de um, espíritos maus, usando pessoas ou circunstâncias, para afligir o servo de Deus.

Jó é um bom exemplo disso. Satanás afligiu Jó, mas nunca entrou nele. Teria Paulo uma maldição hereditária? Se você se escandalizou, pergunte por que Benjamin, o décimo segundo filho de Jacó, nasceu de um aborto, fora de tempo, muito tempo depois do nascimento dos outros onze. E Paulo, da tribo de Benjamin, testifica de si mesmo, dizendo “Depois foi visto por Tiago, DEPOIS POR TODOS OS APÓSTOLOS. E por derradeiro de todos me apareceu também a mim, como a um abortivo. Porque eu sou o menor dos apóstolos...” (I Co. 15:7-9a). É interessante que Benjamin era o menor dos filhos de Jacó, e Paulo confessa que era o menor dos apóstolos. O certo é que por três vezes, Paulo pediu a Jesus que tirasse o espinho da sua carne, mas Jesus indeferiu, dizendo “A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza.” (II Co.12:9). Saul, começou o seu ministério, humilde, mas depois, se ensoberbeceu, achando que era o dono do reino. Por i sso caiu. É interessante também, que Deus não respondeu às orações de Saul, mas Jesus respondeu às orações de Paulo, embora dizendo não. Princípio: É melhor uma resposta negativa, do que nenhuma resposta. (I Sm.28:6; II Co.12:8,9). Paulo entendeu a negativa de Jesus. “E, para que não me exaltasse pela excelência das revelações... a fim de não me exaltar.” (II Co. 12:7). Depois que entendeu a finalidade do espinho na carne, Paulo passou a ter prazer nos sofrimentos. “Por isso sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo.” (II Co.12:10). Ele diz o motivo de seu prazer. “para que em mim habite o poder de Cristo...Porque quando estou fraco então sou forte.” (v.9b,10b). O poder de Cristo é o espírito Santo. De nada vale retirar o sofrimento e o espírito Santo sair junto, como aconteceu com Saul. Talvez cada um de nós tenha um espinho na carne. Identifi que o seu, e tenha prazer nele. Deus prefere um filho sofrendo, do que um filho orgulhoso, porque o orgulhoso, Satanás derrota, mas o sofredor, com o Espírito Santo junto, satanás não pode derrotar, porque “maior é aquele que está em vós, do que aquele que está no mundo”.

Tenho uma ressalva a fazer. Em todas as aflições de Paulo, não consta doença. Não aceite doença como espinho na carne. Jesus sofreu muito, mas nunca ficou doente. Jesus disse “No mundo tereis aflições”, mas não disse “no mundo tereis doenças”. São coisas diferentes. Tiago diz “Está alguém entre vós aflito? Ore....Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja...” (Tg.5:13,14). São procedimentos diferentes, para situações diferentes.

terça-feira, 11 de maio de 2010

A TRINDADE NA CABANA

O livro A Cabana, de William P. Young, tem se tornado a sensação do momento, até mesmo, ou talvez, principalmente, para a igreja. A questão é que o livro aborda temas teológicos, e o autor, ainda que bem-intencionado, não pode deixar de passar pelo crivo da Escritura. A grande questão que o livro trata é sobre a doutrina da Trindade, que sempre foi um tema controvertido no seio da igreja, e até hoje, mal-entendido. O grande tema da Reforma Protestante, do Século Dezesseis, era Sola Scriptura. Qualquer assunto de cunho teológico deveria ser provado pela Escritura. A maneira como A Cabana apresenta a trindade tem provocado suspiros de alguns evangélicos, dizendo que nunca tinham pensado em Deus daquela maneira. O autor, na página 111, coloca na boca de Sarayu (O Espírito Santo), as seguintes palavras: 
                            
“Mackenzie, não existe conceito de autoridade superior entre nós,   apenas de unidade. Estamos num círculo de relacionamento e não numa cadeia de comando. O que você está vendo aqui é um relacionamento sem qualquer camada de poder. Não precisamos exercer poder um sobre o outro porque sempre estamos procurando o melhor. A hierarquia não faria sentido entre nós. Na verdade, isso é um problema de vocês, não nosso.”

Vamos analisar esse conceito, tomando como base a Escritura. No jardim do Éden, Deus disse para Adão: “De toda a árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.” (Gn.2:16,17). Satanás, incorporado na serpente, disse à mulher: "Certamente não morrereis." Essa foi a estratégia para induzir o homem a desobedecer a Deus, causa de todo o sofrimento que acontece no mundo hoje. Está estabelecido um princípio. A função de Satanás é enganar o homem, ensinando coisas contrárias ao que Deus disse. A Escritura é a Palavra de Deus, e precisamos aferir a verdade por meio dela, para não sermos enganados por uma criatura que é mestre do engano, e que sabe muito bem como sensibilizar nossos sentimentos e emoções.

A Cabana diz que não existe conceito de autoridade nem hierarquia na Trindade. Vejamos se esse ensino procede, e tem base na escritura. Primeiro vamos estabelecer o conceito de Autoridade e Poder, termos amplamente usados na Escritura. Poder é Dínamis, no grego Koinê, do Novo Testamento. É daí que vem a palavra dinamite. Poder é a capacidade de fazer algo, tanto para construir, como para destruir. Autoridade é Exousia, no grego Koinê, do Novo Testamento. Autoridade é o direito de mandar e ser obedecido. Por exemplo: O juiz tem autoridade para mandar prender os criminosos, e a polícia tem o poder. O poder é de fato, a autoridade é de direito. Deus é realmente uma trindade, e a Teologia desde os primeiros séculos da era da igreja já definiu a Trindade como três pessoas distintas. Distintas significa que uma não é a outra. O Pai, O Filho, e O Espírito Santo, são iguais em poder, mas não em autoridade. A autoridade é uma co nvenção. Foi convencionado por Eles que o Pai seria o Presidente, o Filho, vice Presidente, e o Espírito Santo o segundo vice Presidente. O sistema militar oferece um exemplo perfeito. Peguemos três homens. Enquanto homens, eles são iguais. Mas convencionou-se que um será Coronel, o outro, eTenente-Coronel, e o outro Major. Enquanto homens eles têm o mesmo poder, mas um tem mais autoridade do que o outro, isto é, o direito de mandar e ser obedecido.

Em João 13:16 Jesus diz “Na verdade, na verdade vos digo que não é o servo maior do o seu senhor, nem o enviado maior do que aquele que o enviou.” O servo está para o seu senhor, assim como o enviado está para aquele que o enviou. Você nunca vai achar na Bíblia que o Filho enviou o Pai, mas vai achar que o Pai enviou o Filho, Jesus. “Mas, vindo a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei.” (Gl.4:4). Em João 14:28b Jesus diz “porque o Pai é maior do eu.” Em João 15:26 Jesus diz “Mas, quando vier o Consolador, que eu da parte do Pai vos hei de enviar, aquele Espírito da verdade, que procede do Pai, Ele testificará de mim.” E em João 16:7b Jesus diz “porque se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, quando eu for, vô-lo enviarei.” No Antigo Testamento Deus , o Pai, cujo nome é Iavé, enviava os profetas. “Porquanto não deram ouvidos às minhas palavras, diz Iavé, mandando- lhes eu os meus servos, os profetas, madrugando e enviando.” (Jr.29:19). No Novo Testamento, Jesus envia os apóstolos. “Paz seja convosco; assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós.” (João 20:21). E em At. 13:4 “E assim estes, enviados pelo Espírito Santo, desceram a Selêucia e dali navegaram para Chipre.” Há hierarquia na Trindade. Aliás, em tudo o que Deus criou tem hierarquia. 

O ensino de A Cabana sobre a Trindade parece inocente, mas não é, pois ataca o princípio da autoridade, que é uma das bases do trono de Deus. Toda a autoridade do universo deriva do trono de Deus, sendo delegada por Ele. Qualquer desacato à autoridade em qualquer nível, é uma afronta a Deus. A unidade da Trindade consiste em que não há qualquer discordância entre eles. Estão sempre de acordo. Mas Satanás gosta de dizer o que o coração humano gostaria de ouvir. Que não há autoridade, nem hierarquia. Eu não preciso obedecer a ninguém, nem me subordinar a ninguém. A ausência de autoridade chama-se Anarquia.