domingo, 27 de novembro de 2011

O ANTICRISTO, A ESCATOLGIA E O APOCALIPSE

Recentemente, ouvi e vi num documentário do History Channel que, baseado no estudo de Nostradamus e de suas Centúrias haverá três Anti-Cristos. O primeiro foi Napoleão Bonaparte, o segundo, Adolf Hitler e o terceiro eles não souberam identificar. 

Como a minha fonte de autoridade não é Nostradamus, mas a Bíblia, resolvi escrever estas linhas, para dar a minha contribuição ao assunto. De fato, a Bíblia fala desse sinistro personagem, seja por meio da linguagem literal, seja por meio da alegoria ou tipologia. A história está repleta de tipos do Anti-Cristo, pois Satanás sempre teve o propósito de governar o mundo, por meio de um homem, já que ele é espírito. 

O propósito eterno de Deus é o   de governar o mundo por meio do Messias, Jesus Cristo. Sobre o governo mundial do Messias, vejamos alguns textos: "Porque brotará um rebento do tronco de Jessé, e das suas raízes um renovo frutificará. E repousará sobre ele o Espírito do Senhor, e o Espírito de sabedoria e de inteligência, o Espírito de conselho e de fortaleza, e o Espírito de conhecimento e de temor do Senhor... E a justiça será o cinto dos seus lombos, e a verdade, o cinto dos seus rins." (Is. 11:1,2,5). São os sete Espíritos que estão diante do trono de Deus, segundo Ap. 1:4 "João, às sete igrejas que estão na Ásia: Graça e paz seja convosco da parte daquele que é, e que era, e que há de vir, e da dos sete Espíritos que estão diante do seu trono." E quando o anjo Gabriel falou com Maria, sobre o nascimento de seu filho, disse: "Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai, e reinará eternamente na casa de Jacó, e seu reino não terá fim." (Lc.1:32,33). E em Mt.25:31 "E, quando o filho do homem vier em sua glória, e todos os santos anjos, com ele, então se asentará no trono da sua glória; e todas as nações serão reunidas diante de dele."

Mas antes do governo mundial do Messias, o Anti-Cristo governará o mundo, por meio da mentira e do engano, que são as suas especialidades. O primeiro homem que se tornou um governante mundial, poderoso na terra, foi Ninrode.  Ninrode era filho de Cuxe, que era o primogênito de Cão, filho de Noé. Então Ninrode era bisneto de Noé. Este Ninrode foi o líder da rebelião da Torre de Babel. E o princípio do seu reino foi Babel. (Gn.10:8-10).  É bom lembrar que a palavra "babel", que significa "confusão", em alusão ao fato de Deus ter confundido a linguagem de toda a terra, também é a palavra hebraica para Babilônia. Podemos até dizer que Ninrode foi o primeiro governante da Babilônia, mas o seu governante mais famoso foi Nabucodonosor e muito tempo depois dele, Saddam Hussein. Muito tempo depois, Paulo escreve que "Deus não é Deus de confusão", num contexto que versa sobre a variedade de línguas, em Corinto, o que nos lembra a confusão das línguas em Babel. (I Co.14:33). Deus não tem nada em comum com Babilônia, nem com o Anti-Cristo, seu governante. 

Nesta altura é bom lembrar que toda e qualquer informação e detalhe é importante, para que possamos elucidar a identidade do Anti-Cristo. Sabemos que o nome Ninrode significa "ele se rebelou", e que ele era de cor negra, como seu pai, Cuxe. Gn.2:13 fala da "terra de Cuxe", que, provavelmente,  se refere à Africa, que,  antigamente, era um país, e não o continente em que se  tornou, depois da colonização do império britânico. Esse país se chamava etiópia, mencionado muitas vezes na escritura, bem como os etíopes, mas no original hebraico, o nome é Cuxe. (Este assunto continua no livro do autor , que está saindo à lume).

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

O QUE ESTÁ POR TRÁS DA SÉRIE CREPÚSCULO


Acabei de assistir ao quarto filme da saga Crepúsculo, baseado nos livros de Stephenie Meyer, no qual Bella casa com o vampiro Edward, e vão passar a lua-de-mel no Rio de Janeiro. 

Muito já foi dito sobre os motivos pelos quais a série se tornou um sucesso de bilheteria em todo o mundo. Pode-se destacar as adolescentes, dentre o público mais cativo da série, mas pessoas de todas as idades parecem querer saber o que está acontecendo. Até mesmo os pais querem entender o que atrai tanto seus filhos. Mas, lá estava eu, acompanhando com muito interesse o desenrolar das cenas, quando,  de repente, a ficha caiu, como diz o ditado popular, isto já aconteceu antes, numa era muito remota do passado. 

Mas, antes de voltar ao passado, vamos relembrar algumas coisas dos tempos modernos. A mente do povo está sendo amaciada, de maneira subliminar,  para aceitar como normal, algo, que de outra maneira, não aceitaria. O filme E.T. O Extra-Terrestre,  de Steven Spielberg, já ensinava o povo, que não devemos ter medo de entrar em contato com seres de outra dimensão. O temido E.T. é apresentado como bonzinho, e sua amizade é até desejável. Nos anais da ufologia,  temos casos de pessoas abduzidas, e que tiveram relações sexuais, dentro de supostas naves espaciais, com supostos seres extra-terrestres. Os temidos vampiros, seres horripilantes, sedentos de sangue humano, são agora apresentados como pessoas boazinhas, até capazes de se apaixonar por humanos. A mente do povo está sendo preparada para algo. 

Qual a adolescente que não gostaria de estar no lugar de Bella, sendo protagonista de um tórrido romance, com um charmoso e brilhante vampiro? Drácula deve estar se remexendo dentro da sepultura. No filme Amanhecer, na lua-de-mel no Rio de Janeiro, depois de consumar o ato sexual com Edward,  Bella dá a entender que fazer sexo com um ser sobre-humano, um vampiro, é o máximo. A mente do povo está sendo preprarada para algo que vem por aí. Isto já aconteceu antes.

Jesus disse que "como foi nos dias de Noé, assim será nos dias do filho do homem", isto é, no Segundo Advento, ou Parusia. Salomão diz em Eclesiastes que "não há nada de novo debaixo do céu". O capítulo 6 do livro de Gênesis começa dizendo "E aconteceu que , como os homens começaram a multiplicar-se sobre a face da terra, e lhes nasceram filhas..." Vi recentemente no noticiário da televisão, que acaba de nascer o ser humano de número sete bilhões, nas Filipinas. 

Em Gênesis os homens começaram a multiplicar-se, e, podemos dizer que hoje os homens estão terminando de multiplicar-se. Há um paralelo entre essas duas eras. Na seqüência de Gn. 6, os filhos de Deus tomaram para si mulheres, de todas as que escolheram. Apesar de toda as explicações dos eruditos, sobre a descendência de Caim e de sete, a única explicação que se coaduna com a exegese e a hermenêutica, assim creio eu, é a de que o filhos de Deus são anjos, anjos caídos. No verso 4 de Gênesis 6, somos informados de que os nefilins estavam sobre a terra naqueles dias. Ou seja, os nefilins, que deveriam estar no céu, estavam sobre a terra, naqueles dias. 

Qualquer que estudar o assunto,já sabe que a palavra nefilins,  deriva da raiz hebraica do verbo Naphal, que significa cair. Que os anjos caíram, ninguém duvida. Mas a dificuldade, para alguns, é aceitar que os anjos podem ter relações sexuais com as mulheres. Jesus disse que os anjos no céu nem se casam, nem se dão em casamento. Isto são os anjos de Deus, que não caíram, mas os anjos caídos, não fazem outra coisa, senão o que Deus proibiu. Por isso é que eles são caídos.

Não vou me alongar sobre essa discussão aqui, mas quero falar algo ainda, sobre o Livro de Enoque. O Livro de enoque é considerado um Apócrifo, que, em teologia,significa, não um livro falso, mas um livro não canônico. Os livro canônicos são aqueles que integram o Cânon, ou a coleção de livros inspirados pelo Espirito Santo, e que têm o status de Escritura. Assim, temos o Cânon do Velho Testamento e o Cânon do Novo testamento, e os dois juntos compõem a Bíblia sagrada ou Escritura sagrada. Pois bem, o Livro de   Enoque não é canônico, e, portanto, não pertence ao Cânon do Velho Testamento, nem do Novo. Mas o novo Testamento cita o livro de Enoque, na Epístola de Judas, irmão de Jesus. Nos versos  14 e 15 de sua Epístola (Judas só tem um capitulo), Judas, movido pelo espírito Santo, cita literalmente o segundo capítulo do livro de enoque. Se o Espírito Santo levou Judas a citar o livro de Enoque, é porque o conteúdo do livro é verdadeiro, ainda que não seja canônico. Senão teríamos o absurdo de ver o Espírito Santo sancionando uma falsidade. Quem conhece o livro de Enoque sabe que o seu conteúdo  ensina largamente a tese de que os anjos caidos, coabitaram com as mulheres e dessa co-habitação, nasceram gigantes. Cito isto só para registro, mas não necessito do livro de Enoque, para mostrar que os filhos de Deus e os nefilins de Gn. 6, são anjos caídos. Na própria evidência interna, que são as evidências tiradas do texto da Bíblia, há argumentos suficientes para provar essa tese. Na própria Carta de Judas, nos versos 6 e 7, nos é dito que o pecado dos anjos foram os mesmos de Sodoma e Gomorra, e é descrito com uma palavra derivada de pornéia, em grego, que é sempre um pecado de natureza sexual.

Voltando ao que está por trás da saga Crepúsculo, Satanás está preparando a mente do povo, para fazer o que ele fez no princípio, isto é, levar os humanos, principalmente as humanas,  a manter um intercurso sexual com seres super-humanos, ou seres de outra dimensão, ou seres do mundo espiritual, ou seres imortais. Para isso, ele teria de tirar o medo natural, ligado a esse tipo de relacionamento. Para isso ele apresenta E.T. bonzinhos, vampiros bonzinhos, lobisomens bonzinhos, como diz o ditado popular, "quem quer pegar galinha não diz xô!". Mas, conforme o que está registrado  na Escritura da verdade,  o mundo é "kosmos", de onde deriva a palavra "cosmético", que serve para disfarçar a verdadeira aparência, e enganar os incautos. 

"Este mundo trenebroso" é como a Escritura se refere a ele, e os seres encantados que se manifestam sob variadas formas, são demônios, cuja natureza em nada difere da de seu chefe, que Jesus denunciou como sendo mentiroso e homicida. (Jo.8:44). E eles têm uma agenda bem conhecida daqueles que tem alguma intimidade com a escritura, que é "matar, roubar e destruir." (Jo.10:10). Em ap. 20, no encerrar da História, a Escritura revela mais a respeito de Lúcifer e de suas táticas. "(o anjo) lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e pôs selo sobre ele, para que não mais  ENGANE as nações...E, acabados os mil anos, Satanás será solto da sua prisão e sairá a ENGANAR as nações...E o diabo, que os ENGANAVA, foi lançado no lago de fogo e enxofre...". (V.3,7,10). 

Fique esperto, e não se deixe levar pelo canto da sereia, não existe vampiro bonzinho, nem lobisomens bonzinhos, nem E.T. bonzinhos, nem é um barato fazer sexo com um ser sobre-humano, pois como diz a escritura, os dois se tornam uma só carne. Se você fizer sexo com um demônio, não importa a aparência que ele tenha, você se tornará um só som ele. O que satan (Titan) está querendo é criar uma raça de híbridos de humanos com imortais, como ele fez no princípio, gerando uma raça de gigantes, uma abominação, que Deus mandou destruir, e que não ressucitarão, conforme Isaías 26:14).

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

AUTORIDADE DELEGADA


O rei Assuero (Xerxes) era o mandatário da época, e sua autoridade delegada por Deus, de onde emana toda a autoridade do universo. Assuero era o rei da Pérsia e o seu seu reino ia da Índia até à Etiópia. Haman, filho de Hamedata, o agagita, era, provavelmente, descendente de Agague, rei dos amalequitas, que Saul deixara viver, contrariando ordens expressas de Deus, através do profeta Samuel. Mardoqueu, o judeu, era primo da rainha Ester, e o povo judeu estava espalhado por todo o reino de Assuero. 

O capítulo três do livro de Ester nos informa que Haman foi exaltado acima de todos os príncipes, por vontade do rei Assuero. Jesus disse que todo aquele que a si mesmo se exaltar será humilhado, e que todo aquele que se humilhar será exaltado. Pelo visto a iniciativa de exaltar Haman não foi dele mesmo, mas do rei. 

Salomão diz, no livro de Provérbios, que o coração do rei está na mão do Senhor, que o inclina para onde quer. Podemos concluir que foi da vontade d e Deus exaltar Haman, por meio do rei Assuero. Por causa dessa exaltação todos os servos do rei se inclinavam e se prostravam diante de Haman. Mas Mardoqueu não se inclinava nem se prostrava. Podemos até entender os sentimentos de Mardoqueu em relação a Haman, pois Amaleque sempre foi inimigo do povo judeu. Mas quando tratamos com a questão da autoridade, não podemos ser sentimentais, mas friamente racionais. Deus é muito paciente e não nos pune sem primeiro nos dar oportunidade de arrependimento. Creio que foi Deus quem levou os servos do rei a advertirem repetidamente a Mardoqueu de seu comportamento afrontoso. Salomão também diz, no livro de Provérbios, que o homem que é repreendido muitas vezes sem se consertar, será punido de repente, sem que haja cura. Mardoqueu se obstinou na sua rebeldia, e não deu ouvidos aos conselhos.

Até então Haman não sabia do comportamento de Mardoqueu. Era Deus lhe dando oportunidade de arrependimento. Mas como ele se obstinou, os servos fizeram saber a Haman, para ver se a conduta de Mardoqueu seria tolerada. É claro que Haman tambem estava na prova, pois poderia ter deixado passar essa ofensa, mas no seu orgulho desenfreado, se encheu de furor, esquecendo que ele não era Deus. Cheio de ódio por Mardoqueu, Haman achou pouco matar somente o seu desafeto, mas decidiu matar todos os judeus, o povo de Mardoqueu. Haman conseguiu autorização do rei Assuero para emitir um decreto a fim mandar matar todos os judeus. O rei deu o seu anel sinete para Haman a fim que esse pudesse decretar a morte de todos os judeus. Haman escreveu as cartas e selou com o anel do rei, e as enviou por meio dos mensageiros do rei. Onde quer que as cartas chegavam havia entre os judeus luto, jejum, choro e lamentação. 

Essa situação me lembra duas outras, que passarei a comentar. A primeira é o caso de Adão, que por desobedecer a Deus, lançou um decreto de morte sobre toda a humanidade, pois "a alma que pecar, essa morrerá" e "o salário do pecado é a morte". Neste caso, Mardoqueu é um tipo de Adão. A segunda é o Holocausto nazista, durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), quando Hitler mandou matar seis milhoes de judeus. Neste caso, não sabemos quem é o Mardoqueu da situaçao, mas sabemos que Hitler é o Hamã da história, porque "a maldição sem causa não encontra pouso". (Pv.26:2).

Qualquer ato de desonra contra a autoridade, tem a retribuição de Deus, quer diretamente,  quer por meio de terceiros, no exercício de sua soberania. A ofensa pode ser diretamente endereçada a Deus, ou pode ser dirigida contra um seu preposto, que é a autoridade delegada. O apóstolo Paulo diz que "tudo o que o homem semear isso também ceifará", seja para o bem, seja para o mal. 

Quando Mardoqueu ofendeu a autoridade de Hamã, este providenciou para que a retribuição lhe fosse feita. E assim como foi da vontade de Deus exaltar Haman, por meio do rei Assuero, foi também da vontade de Deus punir Mardoqueu, por meio de Haman. Podemos até dizer que foi Satanás quem armou para exterminar os judeus, usando como pretexto a rebeldia de Mardoqueu. Mas se acharmos que o diabo pode fazer o que quiser, atentamos contra a soberania de Deus, pois no caso de Jó, ele teve que pedir autorização a Deus, tanto para tocar nos seus bens, quanto para tocar em seu corpo. 

Vejamos estes dois textos, bem esclarecedores sobre este assunto. "Entao Satanás se levantou contra Israel e incitou Davi a numerar Israel." (I Cr. 21:1). "E a ira do Senhor se tornou a acender contra Israel, e ele incitou a Davi contra eles, dizendo: Vai, numera a Israel e a  Judá." (II Sm. 24:1). Entao, quem induziu Davi a numerar o povo, foi Deus ou foi Satanás? 

Podemos responder que foram os dois, pois este não pode agir sem pedir autorização àquele. E Deus, como supremo juiz do universo, distribui justiça, retribuindo a cada un conforme as suas obras. Nem Davi nem o povo eram inocentes, pois o povo vivia praticando idolatria, quebrando o primeiro mandamento do Decálogo, como está escrito: "E os filhos de Israel fizeram o que parecia mal aos olhos do Senhor, e se esqueceram do Senhor, seu Deus, e serviram aos Baalins e a Asterote. Então a ira do Senhor se acendeu contra Israel...". (Jz.3:7,8). 

No caso de Davi, podemos deduzir que foi o orgulho de ser o rei de um grande e poderoso exército, que o levou a obedecer à sugestão de Satanás, e numerar o povo. Joabe ainda tentou demovê-lo de seu intento, mas Davi, como Mardoqueu, se obstinou. Nessa "brincadeira" foram mortos setenta mil homens do povo de Israel. No caso do Holocausto,foram seis milhões, na época de Mardoqueu, o objetivo era todo o povo, e no pecado de Adão, toda a raça humana.

Mas a recíproca é verdadeira, pois o mesmo Deus que pune, também recompensa. Assim como toda a rebeldia contra a autoridade é castigada, todo ato de respeito, de obediência, de honra, é recompensado por Deus, seja diretamente, seja por meio de sua autoridade delegada. 

O apóstolo Pedro fala disso, quando diz: "Sujeitai-vos, pois, a toda ordenação humana por amor do Senhor; quer ao rei, como superior; quer aos governadores, como por ele enviados PARA CASTIGO DOS MALFEITORES E PARA  LOUVOR DOS QUE FAZEM O BEM." (I Pd. 2:13,14).  Paulo também nos ensina algo, pois afirma "Minha é a vingança; eu recompensarei, diz o Senhor." (Rm.12:19).  E  "porque é ministro de Deus e vingador para castigar o que faz o mal." (Rm. 13:4). Deus vinga por meio de seus prepostos. No caso, o magistrado aqui referido é o governante, pois a divisão tripartite dos poderes é uma coisa moderna, já que  os três poderes eram encarnados na pessoa do governante.

Para a felicidade de Mardoqueu, ele tinha crédito diante de Deus, pois  no caso dos dois eunucos, Bigtã e Teres (Et. 2:21-23), que conspiraram para assassinar o rei assuero, Mardoqueu agiu de conformidade com a autoridade. De fato, quem pisou na bola, neste caso, foram os dois eunucos, pois eram oficiais encarregados de guardarem as portas, com a precípua  finalidade de impedirem qualquer atentado contra a vida do rei. Mas prevaricaram, fazendo exatamente o que estavam obrigados de impedir.

Desde que o pecado entrou na raça humana, o orgulho se instalou no coração do homem. Facilmente nos ofendemos em decorrência de alguma atitude mais contundente por parte de qualquer pessoa, mormente quando essa pessoa é  autoridade sobre nós. Em nosso coração, facilmente podemos dizer "Quem ele pensa que é?".  Foi o caso dos dois eunucos, que, para infelicidade deles, o caso chegou ao conhecimento de Mardoqueu, que o contou a Ester, e esta, ao rei, em nome de Mardoqueu. Bem que esta noticia poderia não ter vazado, e a conspiração poderia ter sido bem-sucedida, e o rei morto. Mas a justiça retributiva de Deus, como assaz acontece, cuidou para que Mardoqueu tomasse conhecimento, e os dois eunucos fossem punidos com a morte. 

Mardoqueu também foi provado, pois tinha o livre-arbítrio para ficar calado ou falar. Para o bem dele, desta vez ele ficou do lado da autoridade, e denunciou a conspiração. Paulo disse que tudo o que o homem semear, isso também ceifará. A semeadura de Mardoqueu desta vez foi boa, e no tempo certo, o tempo da colheita, ele recebeu a recompensa. O rei foi acometido de insônia, naquela noite  de sorte que não conseguia dormir(Es 6). Foi por providência divina, que o rei não conseguia dormir. Segundo os costumes da época, foi trazida à sua presença o livro das crônicas do seu reinado, e foi lido o que Mardoqueu havia feito no caso de Bigtã e Teres. O rei indagou se havia sido dada alguma recompensa a Mardoqueu, e resposta foi não. Foi também providência divina a aparente ingratidão do rei, na época da conspiração. Deus havia guardado a recompensa para ocasião oportuna. E esta havia chegado. Mardoqueu foi exaltado pela instrumentalidade do próprio Hamã, que foi humilhado, tendo de conduzir o cavalo, montado por Mardoqueu, ostentando uma coroa, e vestindo uma roupa do rei. Hamã ainda teve de declarar publicamente: "Assim se fará ao homem de cuja honra o rei se agrada!". O próprio rei, que havia entregue Mardoqueu e o seu povo, ao extermínio, pelas mãos de Hamã, agora exaltava Mardoqueu, pelas mãos do mesmo Hamã. Assim Deus exerce sua soberania, por meio da autoridade delegada, castigando os malfeitores e recompensando os que fazem o bem. (I Pe 2:14). No caso em questão, a intervenção divina foi potencializada por três dias de jejum, sem comer e sem beber, nem de dia nem de noite, por parte de Ester, Mardoqueu, e de todos os judeus de Susã, a capital.

Estamos vivendo numa época de quase anarquia, pois, há uma rejeição, quase generalizada, a todo e qualquer tipo de autoridade, seja na família, seja na escola, ou em qualquer  outra instituição. Mas os  princípios criados por Deus, para uma vida harmoniosa em sociedade, não mudaram e sua violação traz consequências  desastrosas para todos. "Sujeitai-vos, pois, a toda ordenação humana por amor do Senhor; quer ao rei, como superior; quer aos governadores, como por ele enviados...Vós servos (Oikétai, empregados), sujeitai-vos com  todo temor ao senhor (déspota), não somente ao bom e humano, mas também ao mau...Semelhantemente, vós, mulheres, sede sujeitas ao vosso próprio marido...Igualmentente vós, maridos, coabitai com ela com entendimento, dando honra à mulher..." (I Pd. 2:13,14,18; 3:1,7). Dependendo de como você responde a  esse ensinamento, você é recompensado ou castigado por Deus, seja diretamente, seja por meio de sua autoridade delegada.

sábado, 19 de novembro de 2011

Introdução ao Princípio de Liderança

Introdução ao Principio de Autoridade


Automóvel é o veiculo que se move por si mesmo e autocracia é o que tem o governo em si mesmo, e tudo o mais que tem o prefixo "auto", fala de si mesmo. Nesse sentido, só existe uma Autoridade em todo o universo, que é Deus. Todas as demais, sao autoridade delegada dessa única fonte. 

"Toda a autoridade me foi dada nos céus e na terra", disse Jesus, depois de sua ressurreição. Alias, existe diferença entre autoridade e poder, e aqui a palavra é autoridade (exussia), e não poder (dinamis). Baseados nesse texto - Mt. 28:18 - podemos entender a diferença entre Jesus e Deus, o Pai. Quando se tratava de poder, Jesus era igual ao Pai, como Ele mesmo disse em Jo. 5:19, que tudo o que o Pai fazia, Jesus, o filho, fazia igualmente. Mas Ele não fazia quando queria, pois, apesar de poder, ele precisava ser autorizado pelo Pai. Mas quando ele disse que toda a autoridade lhe fora dada nos céus e na terra, alguém lhe tinha dado toda a autoridade. E, como diz o ditado popular, só se da o que se tem, Deus, o Pai, é quem tinha toda a autoridade, mas Ele a deu a Jesus.

Um outro texto que podemos usar para entender o sentido de autoridade, é I Co.15:27,28, onde é dito que todas as coisas foram sujeitas a Cristo, com exceção do próprio Deus, que foi quem lhe sujeitou todas as coisas. O princípio de autoridade pode ser entendido dentro da própria trindade divina, O Pai, o Filho, e O Espirito Santo. O Pai manda no filho, que manda no Espirito Santo. Há uma hierarquia dentro da trindade, que é a autoridade descendo do Pai pro Filho, do Filho para o Espirito, e do Esprito Santo, entra na Terra, repousando sobre a cabeça de um homem. 


No caso da igreja, a autoridade repousou sobre os apóstolos, como está escrito em At. 1:2, onde é dito que Jesus deu mandamentos pelo Espirito Santo, aos apóstolos, que escolhera. Paulo tinha consciência disto, pois escrevendo a igreja de Corinto, diz "Se alguem cuida ser profeta, ou espiritual, reconheça que as coisas que vos escrevo são mandamentos do Senhor." (I Co. 14:37). Na mesma Carta, no cap. 7, o Apóstolo dos gentios preleciona dizendo "Todavia, aos casados, mando, não eu, mas o Senhor, que a mulher não se aparte do marido..." (v.10), e "Mas aos outros digo eu, não o Senhor: Se algum irmão tem mulher descrente e ela consente em habitar com ele, não a deixe." (v.12).

No caso do Estado, a autoridade de Deus repousava sobre o imperador romano, que no tempo de Jesus adulto, era Tibério César. Pôncio Pilatos, governador da Judéia, recebia sua Autoridade Do imperador. Diante de Pôncio Pilatos, quando este interrogou a Jesus, alegando sua autoridade, Jesus respondeu: "Nenhuma autoridade terias sobre mim, se não te fosse dada de cima." (Jo.19:10,11). Jesus reconheceu a autoridade do governador romano, como de origem divina.

No caso da família, Jesus tambem reconheceu a autoridade de seus pais, como de origem divina, pois "era-lhes sujeito." (Lc. 2:51). Paulo, que, como já sabemos, era porta-voz de Jesus, ensina, em I Co. 11:3 "Mas quero que saibais que Cristo é a cabeça de todo homem, e o homem a cabeça da mulher, e Deus a cabeça de Cristo." Na mesma Carta, em 14:34, ele continua "As mulheres estejam caladas nas igrejas; porque lhes não é permitido falar; mas estejam sujeitas, como também ordena a lei." O mesmo apóstolo toca no assunto novamente em Ef. 5:22 "Vós, mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao Senhor...Vós, maridos, amai as vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela." É bom lembrar que o contexto todo fala de mulheres casadas, dentro da família, onde a responsabilidade da liderança é do marido.


sexta-feira, 18 de novembro de 2011

O Altar de Doze Pedras

No capítulo dezoito do primeiro livro de Reis o profeta Elias conserta o altar do Senhor que estava quebrado. Para isso ele usa doze pedras. Nao utiliza onze nem treze, mas doze. Depois de edificar o altar, ele coloca lenha, pois iria oferecer Holocausto, sacrifício queimado. Depois ele coloca o bezerro partido em pedaços sobre o altar. Em seguida ele manda o povo derramar água sobre o altar, por três vezes consecutivas.

Lembre-se que já fazia três anos e meio que nao chovia, e que a água era um artigo de primeira necessidade. Diante desse quadro, conclui-se que foi um grande sacrifício para o povo derramar essa água. Foi um ato de fé. Em seguida o profeta ora a Deus, e fogo do céu cai sobre o altar e consome o bezerro, a lenha e as pedras. A partir daí o povo declara: "Só Jeová E Deus! Só Jeová e Deus!". Lembre-se que antes disso o profeta havia exigido do povo uma definição, pois este estava dividido na sua lealdade entre Jeová e Baal, por meio do sicretismo religioso introduzido em Israel por Jezabel. A construção e o uso correto do altar levaram o povo a se definir por Jeová.
 
Jesus começou o seu ministério procurando doze pedras para com elas construir um altar para Deus. Só que ao contrário de Elias, as pedras que Jesus reuniu eram pedras vivas -I Pd. 2:4,5. Nao é por acaso que que primeira pedra que Jesus achou - Simão - Ele chamou de Pedro (Petros, pedra). Que Pedro é a primeira pedra do altar está escrito em Mt. 10:1-3.

As doze pedras que Elias usou para edificar o altar nao podiam ter arestas ou irregularidades, pois precisavam se encaixar uma na outra para formar o altar. Para isso elas precisavam ser polidas, buriladas, para tirar as arestas. As pedras que Jesus escolheu tambem precisavam passar pelo mesmo processo chamado de Discipulado. Jesus construiu o seu altar para Deus com as doze pedras que ele preparou Durante três anos no processo de discipulado.No dia de Pentecostes o altar estava pronto. A lenha era a Cruz de Jesus, o bezerro partido era o proprio Jesus. No lugar de Elias, a igreja orava com as onze pedras, mas o fogo só caiu quando as doze pedras foram completadas com a inclusao de Matias. O efeito sobre o povo foi o mesmo do tempo de Elias, pois cerca de três mil se aliancaram com Deus.

Hoje esta acontecendo o mesmo com o movimento de discipulado dos doze. Cada crente esta sendo chamado a levantar doze pedras, dar o polimento para tirar as arestas, por meio do processo de discipulado pratico, e preparar o seu altar para Deus. A unidade dos doze e a prova de que o polimento foi bem feito e em resposta a oracao dos doze, fogo vai cair sobre o altar.

O Altar de Efeso

O cenario de Át.19 é semelhante ao de I Re 18, pois no tempo de Elias o principado que disputava com Jeová a lealdade e adoração do povo era Baal, cuja consorte era Asera. Essa Asera era a mesma Astarte, Asterote, Ártemis, Semiramis. No texto do Antigo Testamento é dito que Asera tinha quatrocentos profetas e Baal quatrocentos e cinqüenta. Aqui em Efeso o apóstolo Paulo é o novo Elias que luta para trazer o povo de volta para o verdadeiro Deus. O resultado e que foi um pouco diferente, pois no caso de Elias, povo terminou dizendo: Só o Senhor e Deus! Só o Senhor e Deus!

E aqui em Efeso o povo gritou por duas horas: grande é a Diana dos Efesios. Sim, o novo nome que esse principado havia adotado para enganar o povo era Diana.
Mas vamos recordar que Elias edificou o altar do Senhor com doze pedras, colocou sobre o altar a lenha, e sobre a lenha o bezerro partido em pedaços. Depois orou ao Senhor, que respondeu com fogo sobre o altar, que consumiu o bezerro, a lenha e as pedras. Que o Senhor Jesus Cristo fez o mesmo, levantando doze pedras para formar um altar para Deus.Só que no caso do Novo Testamento as doze pedras sao "pedras vivas", conforme I Pe. 2:4,5. E que depois de polir as pedras no processo de discipulado, fogo desceu sobre o altar de doze pedras, no dia de Pentecostes, em resposta a oração da igreja.

O que estamos procurando descobrir e se o uso do número doze é invenção humana ou princípio divino. É muita coincidência que os doze discípulos de Éfeso se encaixam perfeitamente nessa doutrina. Nada está na Bibla por acaso. Os doze discípulos de Éfeso eram um altar ao verdadeiro Deus, para contrabalançar o altar de Diana. Só que as doze pedras vivas foram reunidas por João Batista que começou o processo de discipulado, mas não concluiu, pois eles nem sabiam que existia o Espirito Santo.

Paulo completou o processo de discipulado. Elias "edificou o altar em nome do Senhor" e e os doze de Éfeso "foram batizados em nome do Senhor Jesus". Depois que Paulo lhes impôs as mãos veio sobre eles o Espirito Santo, como no dia de Pentecoste, e como o fogo desceu sobre as doze pedras no tempo de Elias.

Então, quando hoje, um segmento da igreja preconiza que a missão de cada crente é edificar um altar com doze pedras vivas, não está criando um absurdo, pois há fortes indícios nessa direção. Todavia, devemos lembrar que os sacerdotes judeus tinham a função de manter o fogo aceso continuamente sobre o altar - Lv. 6:12,13 - e que Abraão levou o fogo para oferecer Isaque em holocausto - Gn. 22 - mas o fogo de que estamos falando é o Espirito Santo.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Tropa de Elite

A idéia de tropa de elite nao é nova. Já o livro de Apocalipse revela no capítulo 14 que o Cordeiro (Jesus) é acompanhado por 144 mil judeus (cap.7), que o seguem por onde quer que Ele vai. Há um contraste deliberado com a multidão que ninguém podia enumerar de 7:9.

Durante o seu ministério terreno Jesus selecionou doze homens a quem treinou para ser a sua tropa de elite. De certa maneira a idéia de tropa de elite é um principio espiritual, pois nao teve origem na terra, mas no céu. Na verdade a igreja está sendo treinada para ser a tropa de elite de Deus. É claro que para pertencer a uma tropa de alguém a pessoa tem que preencher algumas condições. A luz de um texto do Velho Testamento vou procurar destacar um principio que, creio, ser uma regra.

O rei Davi tinha uma tropa de elite. Vamos lembrar que a tropa de elite de Jesus tinha doze homens, a do Cordeiro, em Ap.14, tinha 144 mil, que são doze vezes doze mil, a de Davi tinha 37 homens, que é três equipes de doze mais um. Nao sei o sentido exato dessas coincidências envolvendo o número doze, mas é bom registra-las. Os trinta e sete heróis (a palavra Gibor em hebraico que significa herói aparece em II Rs. 5:1. Se referindo Naaman, guerreiro que tinha realizado grandes feitos na guerra por capacitação de Deus) aparecem registrados no segundo livro de Samuel, cap. 23:8-39.

Para fazer parte dessa tropa de elite de Davi tinha de ser uma pessoa que preenchesse as condições de realizar grandes feitos na guerra. Mas será que era somente isso? Creio que não, pois há uma condição que é exigida em todos os tempos pois e um principio espiritual. Ao ler a história das guerras de Davi e seus companheiros, fico com a forte impressão que o mais valente de todos, o mais dotado da de liderança, o maior herói era Joabe, filho de Zeruia. Mas, pasmem, ele não foi incluído entre os trinta e sete da tropa de elite. Eram três irmãos, sobrinhos de Davi:Joabe, Abisai e Asael. Creio eu que esses três irmãos representam os três níveis da guerra espiritual, que aparecem em Ef. 6:12, Solo, Tática e Estratégica. Em outras palavras: Principados e potestades, Dominadores (Kosmokratoras), Hostes espirituais da maldade. O nome de Joabe aparece três vezes na relação dos trinta, mas sempre de maneira indireta. "Tambem Abisai, irmão de Joabe" (II Sm. 23:18); "Asael, irmão de Joabe" (23:24); "Naarai, beerotita, o que trazia as armas de Joabe, filho de Zeruia" (23:37). O que faltava em Joabe, que o desqualificava para integrar a tropa de elite. Resposta: Joabe nao entendeu o princípio de autoridade, pois tendo começado bem, desacatou Davi repetidas vezes, tendo sido demitido por Davi do Comando do Exercito de Judá. Joabe assassinou Amasa, filho de Jeter, a quem Davi tinha colocado em seu lugar no comando do exercito de Juda. Depois disto reassumiu o comando do exercito por conta própria, sem consultar Davi. O respeito a autoridade constituída e necessário, além de todas as outras qualidades. Submissão e Obediência é o que se exige para que alguém pertença a tropa de elite. O contrário disso é soberba, orgulho, altivez e arrogância, coisas que Deus abomina.