sábado, 30 de abril de 2011

IGREJA DO EVANGELHO MONOANGULAR

Quando eu me tornei crente, a mais de trinta anos, a igreja na qual me converti a Deus, tinha somente uma mensagem: a salvação do inferno, ou seja, eu seria salvo do inferno. Então, zelosamente nos empenhávamos para anunciar o Evangelho aos pecadores. Era uma igreja do Evangelho Monangular, isto é, só tinha um ângulo. Depois, conheci a Igreja do Evangelho Quadrangular, que tinha quatro ênfases, a saber: Jesus Salva, Cura, Batiza no Espírito Santo, e Voltará Breve. Esta tinha quatro ângulos. Hoje já sabemos que o Evangelho tem muitos ângulos, pois a graça de Deus é multiforme.(I Pd.4:10). A sabedoria de Deus também é multiforme. (Ef.3:10). Então a Igreja é Multiangular.

Os benefícios derivados do Evangelho são tantos, que é conveniente termos humildade de reconhecer a nossa limitação de conhecimento, e tentar descobrir o maior número possível desses benefícios, para o nosso próprio bem e de nossos irmãos. Vamos enumerar alguns desses benefícios, embora possamos ser contestados, mas não queremos ser dogmáticos.

1. O BENEFÍCIO DA SALVAÇÃO – é a doutrina elementar do Evangelho, e o mínimo que precisa ter alguém para ser chamado Cristão. Hebreus 6:1 e 2 divide essa doutrina em seis outras, que são Arrependimento, Fé, Batismos, Imposição de Mãos, Ressurreição, e Juízo Final. Significa que no final da nossa jornada vai haver ressurreição dos mortos e um julgamento diante do trono de Deus, onde iremos prestar contas de tudo o que fizemos ou deixamos de fazer, e de tudo o que dissemos ou deixamos de dizer. “Mas eu vos digo que de toda palavra ociosa que os homens disserem hão de dar conta no dia do juízo.” (Mt. 12:36).

2. O BENEFÍCIO DA CURA - esse ângulo eu passei muitos anos sem conhecê-lo. Como jovem seminarista, eu me angustiava ao acompanhar o meu Mentor, um experiente e bem preparado pastor batista, nas suas visitas aos enfermos de sua Congregação. A maneira como a oração era feita, me deixava com a sensação de que algo estava faltando. Mas era o que ele sabia, e o que lhe tinham ensinado. Muito tempo depois eu descobri que Isaías 53:4 e 5 falava de duas coisas: Enfermidade e dores (enfermidades e doenças, segundo Mateus 8:17), no verso 4, e transgressões e iniqüidades, no verso 5. Então caiu a ficha. Jesus morreu na cruz para perdoar os nossos pecados, e também para curar as nossas enfermidades. Porém, para alguém seja salvo é preciso ouvir a respeito desse assunto , crer na mensagem, e tomá-la para a sua vida pessoal. Da mesma forma, para alguém ser curado, precisa que haja o mesmo processo. Mas, como diz Paulo em Romanos 10, “E como crerão naquele de quem não ouviram? E como ouvirão se não há quem pregue?” Nós anunciávamos bem o Evangelho da salvação, mas nada falávamos do Evangelho da cura. Depois descobri que há uma ordem expressa de Tiago para que os pastores orem por suas ovelhas enfermas. (Tg. 5:13—16). E não é para espiritualizar. O texto está falando de doença física. Aliás, como o homem é constituído de corpo, alma, e espírito, Jesus curava doenças físicas, doenças psíquicas(lunático), e doenças espirituais(endemonhamento). (Mt.4:24). No caso de Tiago, ele menciona três tipos de situações, e dá a solução para cada uma. Quem está contente, cante louvores; quem está aflito, ore; e quem está doente, deve mandar chamar os presbíteros(p astores) da igreja para orar por ele. E a oração dos presbíteros deve está acompanhada de dois ingredientes: a imposição de mãos (“sobre”), e a unção com óleo. Era o que faltava quando eu era jovem seminarista. Agora o quadro estava completo.

3. O BENEFÍCIO DA PROSPERIDADE - já se sabe hoje que os evangélicos tem um sério problema com a questão chamada dinheiro, ou mesmo riqueza. É semelhante ao problema com Maria, a mãe de Jesus. Se por um lado, o Catolicismo Romano a transformou numa deusa, uma divindade que merece adoração (alguns vão dizer que só “veneram”), por outro lado, os Evangélicos parece não saberem o que dizer ou o que fazer dela. É como já dizia Juan Carlos Ortiz, nós Evangélicos vivemos um anti-catolicismo, e não o evangelho. Se o Catolicismo crê numa coisa, nós Evangélicos, creremos no contrário. Parece que isto está mudando por causa da ênfase sobre o aborto. Bem, no caso do dinheiro, dizem que é por causa de São Francisco de Assis, que fundou a Ordem dos Padres Mendicantes, ao fazer o que o Jovem Rico não quis fazer, diante de Jesus. E, de fato, quando olhamos para o Novo Testamento de maneira superficial ou condicionada, parece que o mesmo exalta a condição de pobreza. Mas olhando melhor, não é o dinheiro que é a raiz de todos os males, mas o amor ao dinheiro. É a cobiça, a ganância, a avareza, e o amor ao dinheiro, que devem ser evitados, e até temidos como pecados graves e perigosos, pois quem os tem “caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na ruína e na perdição.”(I Tm.6:9,10). Vejamos alguns textos: “porque já sabeis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, por amor de nós se fez pobre, para que, pela sua pobreza, enriquecêsseis.” (II Co.8:9). Podemos até dizer que o texto está falando de riqueza espiritual. Mas será? Vejamos o texto de João 10:10 “eu vim para que tenham vida e a tenha m com abundância.” Eu tenho, ao longo dos anos, me perguntado o significado de “abundância”. Um princípio de interpretação da Bíblia é que um texto obscuro se interpreta à luz de outro texto mais claro, que fala do mesmo assunto. Como diziam os Reformadores, a Bíblia se interpreta com a própria Bíblia. Mais recentemente vi que a palavra “abundância” aparece em II Co. 8:14 “mas para igualdade; neste tempo presente, a vossa abundância supra a falta dos outros, para que também a sua abundância supra a vossa falta, e haja igualdade.” Com certeza essa abundância aqui é física. Como também está em Fl. 4:12,18 “Sei estar abatido e sei também ter abundância; em toda maneira e em todas as coisas, estou instruído, tanto a ter fartura como a ter fome, tanto a ter abundância como a padecer necessidade...Mas bastante tenho recebido e tenho abundância.” Parece que a vida abundante que Jesus veio trazer, significa uma vida sem necessi dades, como está em Fl. 4:19 “O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus. Parece ecoar o Salmo 23 “O Senhor é o meu pastor; nada me faltará.” Refletindo sobre esse assunto, cheguei à conclusão que o Velho Testamento ensina como ficar rico. As leis que regem a riqueza estão no Antigo Testamento. Seguindo esses princípios, os judeus enriqueceram, mas utilizaram mal o dinheiro. O Novo Testamento ensina, não como ganhar o dinheiro, a riqueza, mas como utilizá-lo. Mas esse artigo já está ficando grande demais. Concluindo, assim como para ser salvo e ser curado, tem de ter um processo de ensino e de aprendizado , para prosperar ou se tornar rico, tem de ter o mesmo processo. Alguém tem de ensinar, alguém tem de aprender, e crer, e tomar para si. Parece que só Bill Gates, Warren Buffet, Robert Kiyosaki, e outros magnatas, crêem nisso.< span> Alguns crentes antigos já chegaram para mim, e disseram:” pastor, eu só não aceito essa teologia da prosperidade.” E vai aceitar que teologia? A da miséria? Parece até a questão política. Ainda hoje tem crente que acha que Política é do diabo. Que é coisa de gente desonesta e mentirosa. Será? A igreja não tem de ser o sal da terra, e a luz do mundo? Na verdade Deus criou tanto a Política, quanto a riqueza, para que os seus filhos sejam abençoados. O que tem acontecido é o que diz Os.4:6”O meu povo está sendo destruído, por que lhe falta o conhecimento.” Falta conhecimento sobre as leis que regem o dinheiro, a riqueza. Não tenha medo, irmão. O dinheiro é como a Televisão, é neutro. Você pode usar tanto para o bem, como para o mal. O que não é correto é você viver sendo pesado a alguém, ou mendigando, ou pior, explorando alguém. O dinheiro trás dignidade, e a pobreza avilta, humilha, envergonha. Como diz Provérbi os 22:4:”O galardão da humildade e o temor do Senhor são riqueza, e honra, e vida.”

Ainda há outros ângulos, mas, por enquanto, estes bastam.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

AINDA SOBRE DONS ESPIRITUAIS

A Bíblia fala de três construções de casas para Deus. A primeira delas foi o Tabernáculo, no deserto. O líder dessa construção foi Moisés. Como toda construção de um edifício, essa também precisou de especialistas, como está escrito em Êxodo 35:30-35: 

“Depois, disse Moisés aos filhos de Israel: Eis que o Senhor tem chamado por nome a Bezalel, filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá. E o Espírito de Deus o encheu de sabedoria, entendimento e ciência em todo artifício, e para inventar invenções, para trabalhar em ouro, e em prata, e em cobre, e em artifício de pedras para engastar, e em artifício de madeira, para trabalhar em toda obra esmerada. Também lhe tem disposto o coração para ensinar a outros, a ele e a Aoliabe, filho de Aisamaque, da tribo de Dã. Encheu-os de sabedoria do coração, para fazer toda obra de mestre, e a mais engenhosa, e a do bordador, em pano azul,, e em púrpura, e em carmesim, em li nho fino, e a do tecelão, fazendo toda obra e inventando invenções.”

Então a primeira construção teve especialistas que fizeram as obras da construção. Nem todos eram pedreiros, nem carpinteiros, nem eletricistas, nem bombeiro hidráulico, nem Mestre-de-obra, nem Arquiteto, nem engenheiro. O Espirito de Deus deu diferentes capacitações para que a obra fosse feita.

A segunda construção foi a do Templo de Jerusalém, sendo Salomão o líder dessa construção. Também, o Espírito Santo preparou especialistas para fazerem as obras da construção. Davi preparou tudo, para o seu filho Salomão, que o sucedeu no trono, liderasse a construção da Casa de Deus. E Salomão pediu a Hirão, rei de Tiro, que o ajudasse.
“Manda-me, pois, agora, um homem sábio para trabalhar em ouro, e em prata, e em bronze, e em ferro, e em púrpura, , e em carmesim, e em azul; e que saiba lavrar ao buril, juntamente com os sábios que estão comigo em Judá e em Jerusalém,, os quais, Davi, meu pai, preparou...Agora, pois, envio um homem sábio de grande entendimento, a saber, Hirão-Abi, filho de uma mulher das filhas de Dã, e cujo pai foi homem de tiro; este sabe lavrar em ouro, e em prata, e em bronze, , e em ferro, e em pedras, , e em madeira, e em púrpura, e em pano azul, e em linho fino, , e em carmesim; e é hábil para toda obra de buril e para toda s as engenhosas invenções, qualquer coisa que se lhe propuser, juntamente com os teus sábios e os sábios de Davi, meu Senhor, teu pai.” (II Cr. 2:7,13,14)

Em terceiro lugar, a construção da casa de Deus, que ainda está sendo feita, é a igreja. Jesus disse “edificarei a minha igreja”. É uma construção espiritual, mas segue os mesmos princípios das construções anteriores. Também aqui, o Espírito Santo preparou especialistas, para executarem a obra da construção. Aqui é que entram os dons espirituais. Cada dom é uma especialidade necessária para a edificação da igreja. Em I Co. 12, Paulo descreve uma relação de dons espirituais que foram dados para a realização da obra. Não é a única relação de dons e os que são aqui mencionados, não são os únicos existentes. 

O certo é que cada crente recebeu, pelo menos, um dom espiritual. Você é um trabalhador desta construção. Se você não está exercendo seu dom para ajudar nesta construção, o seu dom está fazendo falta. Descubra qual é o seu dom, e use-o na construção da casa de Deus. Lembre-se de que Deus é um bom patrão, e recompensará grandemente a todos que trabalharem nessa construção. O líder dessa construção é o Espírito Santo. Apresente-se a Ele, e descubra qual é o seu dom e comece a usá-lo.

sábado, 23 de abril de 2011

VOCÊ SABE QUAL É O SEU DOM?

Por isso, pela graça que me foi dada digo a todos vocês: Ninguém tenha de si mesmo um conceito mais elevado do que deve ter; mas, ao contrário, tenha um conceito equilibrado, de acordo com a medida da fé que Deus lhe concedeu.” (NVI, Rm.12:3).

Ter de si mesmo um conceito mais elevado do que deve ter, chama-se orgulho, segundo o padrão da Bíblia. Hodiernamente, há uma tendência a se encorajar todos a terem um conceito mais elevado de si mesmo. Chama-se Boa autoestima, seguro de si, autoconfiante. Há uma suposição de que muitos têm uma baixa autoestima, e que o remédio é se esforçar para ter uma autoestima elevada. Em parte é verdade. Porém, para não ficarmos somente com conceitos humanos, vamos examinar a Escritura, para ver o equilíbrio de Deus nesta matéria.

Moisés passou quarenta anos no deserto de Midiã, para ser curado do orgulho de ter tentado fazer a obra de Deus na força do braço. Mas parece que Deus exagerou na dose, pois quando o Senhor lhe apareceu na sarça, e o enviou para realizar a obra, Moisés já não confiava em si. Veja o que ele disse: “Quem sou eu, que vá a Faraó e tire do Egito os filhos de Israel?” (Ex. 3:11); “Mas eis que me não crerão, nem ouvirão a minha voz, porque dirão: O Senhor não te apareceu.”(4:1); “Ah! Senhor! Eu não sou homem eloqüente, nem de ontem, nem de anteontem, nem ainda desde de que tens falado ao teu servo; porque sou pesado de boca e pesado de língua.” (4:10); “Ah! Senhor! Peço-te que envies outra pessoa.” (4:13). Deus pegou pesado com Moisés, e agora ele estava totalmente despido da autoconfiança, tão necessária à liderança. Tinha baixa auto-estima e estava inseguro , e medroso. A atitude de Moisés provocou a ira de Deus contra ele. Ele acabou indo, e realizou uma grande obra, pois o Espírito Santo se apoderou dele. Mas nunca mais ele teve de si mesmo um conceito mais elevado do que convém.

Outro personagem bíblico que teve problema com autoestima foi Gideão. O Anjo do Senhor apareceu a ele, e o mandou livrar a Israel das mãos do midianitas, já que naqueles dias Israel era oprimido e saqueado pelo midianitas, amalequitas, e os filhos do Oriente. Eis a resposta de Gideão: “Ai, Senhor meu, com que livrarei a Israel? Eis que a minha família é a mais pobre em Manassés, e eu, o menor na casa de meu pai.” (Jz.6:15). Depois de muitos argumentos, ele acabou indo, e realizou uma grande obra, porque “Então, o Espírito do Senhor revestiu a Gideão”. Juntamente mais trezentos homens, Gideão derrotou mais de cem mil inimigos. É claro que Deus curou a baixa autoestima de Gideão, usando, inicialmente, palavras de encorajamento. Veja o que Ele disse: “O Senhor é contigo, homem valoroso.” (Jz.6:12); “Vai nesta tua força e livrarás a Israel da mão dos midianita s; porventura, não te enviei eu?”(6:14); “Porquanto eu hei de ser contigo, tu ferirás os midianitas como se fossem um só homem.” (6:16).

No caso de Romanos 12:3, Paulo adverte a não se ter um conceito de si mesmo mais elevado do que convém. Ele não está advogando nem o sentimento de superioridade, nem o de inferioridade, mas o equilíbrio. Tanto Moisés, quanto Gideão tinham sentimento de inferioridade, mas Deus tratou com eles, dando-lhes o devido equilíbrio. Em contra-partida, Nabucodonosor tinha um elevado sentimento de superioridade, orgulho, soberba, mas Deus também tratou com ele. Sete anos dominado por um espírito de loucura, humilhado, trouxe-lhe de volta a sensatez. 

O que Paulo está ensinando em Rm.12:3,é que o verdadeiro valor do homem está na medida da fé que Deus repartiu a cada um. Paulo diz “pela graça que me foi dada”. Então é a graça de Deus e a fé do homem, que lhe dão o devido valor. Como Paulo diz em outro texto “Pela graça sois salvos, por meio da fé.”(Ef.2:8-10). E m seguimento a Romanos 12:3, Paulo começa a falar sobre os dons espirituais. Ele fala de profecia, ministério, ensino, exortação, repartir, liderança, misericórdia. Então, o verdadeiro valor do homem, está no dom que o espírito Santo lhe deu. E os dons tem tamanhos diferentes. Ele diz que “Deus repartiu a cada um” os dons espirituais, assim como Josué repartiu a terra de Canaã, às doze tribos de Israel. Se a tribo era grande, a terra era maior. Se a tribo era pequena, a terra era menor. Jesus diz que cada homem tem uma capacidade diferente. (Mt.25:15). Paulo diz que “o que profetiza é maior do que o que fala em outras línguas”.(I Co.14:5). Diz também que “a uns pôs Deus na igreja, primeiramente, apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro mestres...” (I Co.12:28).

Em Rm.12:3, Paulo adverte que ninguém queira exercer um dom que lhe não foi dado por Deus. E os dons têm intensidade diferente. Mesmo tendo os mesmos dons, a intensidade de um é diferente da de outro. Cada pessoa foi capacitada por Deus em alguma área específica, tendo em vista um propósito, que é a edificação da igreja. Portanto, procure saber qual é o seu dom, e qual é a intensidade dele, e não perca tempo tentando fazer algo para que Deus não lhe capacitou, não importando o que os homens digam.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

A VIUVA QUE VIROU EMPRESÁRIA E INVESTIDORA

II RS. 4:1-7
O marido dessa mulher era um líder religioso, que poderia ser um pastor, já que padre não casa, nem constitui família. E não era um líder religioso qualquer, pois ele “temia ao Senhor”.

Mas a lição que ele nos deixou, pode ser aplicada a qualquer pai de família, até aos desempre-gados. Ele morreu deixando uma herança para sua mulher e seus dois filhos, uma herança de dívida. “O homem de bem deixa uma herança aos filhos dos seus filhos...” (Pv.13:22). Nada sabemos de suas circunstâncias, mas ele foi, no mínimo, imprevidente. E quando ele morreu, o credor chegou, como ave de rapina, para levar seus dois filhos para serem escravos. Credor não tem coração, só cérebro. O credor poderia ser o Banco, a Financeira, o Agiota, ou algum parente ou “amigo”. Só podemos imaginar o desespero que se abateu sobre esta pobre mulher. 

Mas ela fez a coisa certa. Não ficou paralisada, remoendo a situação, nem pensou em suicídio, nem em se prostituir. Pediu ajuda a alguém.

Na verdade, o marido morto deixou uma “herança” positiva também. “teu servo” é a expressão que ela usa quando fala com Eliseu. Se ele era servo de Eliseu, o profeta era seu Mentor, seu Líder, seu Senhor, e que o morto se submetia à autoridade do profeta, e o servia com fidelidade. Ele tinha deixado um “bom nome”. Então já temos um dos princípios para resolver situações de dificuldade. Não ficar só, mas procurar a ajuda de alguém qualificado. 

Geralmente, a solução para os nossos problemas está em nossas mãos ou em nossa casa. Moisés tinha uma vara na sua mão, um menino tinha cinco pães e dois peixinhos, essa mulher tinha uma botija de azeite em sua casa. Embora Provérbios 22:7, diga que “o que toma emprestado é escravo do que empresta”, foi exatamente isso que o profeta aconselhou. Que ela tomasse emprestado, não dinheiro, mas vasos vazios, não poucos, a todos o s seus vizinhos.

A solução do problema demandou ação, muita ação, profeticamente orientada. Primeiro, ela foi pedir vasos emprestados a todos os seus vizinhos. Ela teve de ter cara-de-pau. Deu a cara a tapa. Ou dizendo de outro modo, ela teve de ter ousadia e coragem. Em segundo lugar, ela precisou ter fé, para fazer o que o profeta disse, pois encher muitas vasilhas vazias, de azeite, a partir de uma botija cheia, não é natural. Foi um trabalho de equipe, ela e os filhos. Eles traziam as vasilhas, e ela as enchia. Várias vezes, Jesus disse, “como creste, te seja feito”, e foi assim com ela. Quando todas as vasilhas foram cheias, o azeite parou. Novamente, ela veio pedir conselho ao homem de Deus, e ele lhe disse: “Vai, vende o azeite e paga a tua dívida; e tu e teus filhos vivei do resto.” Foi ação para pedir vasos emprestados, foi ação para encher os vasos, e foi ação para vender o azeite. Muitas vezes Deus não dá o peixe, ensina a pescar.

A viúva se tornou empresária do ramo do azeite. Era vendedora de azeite, que era certamente um artigo muito procurado naquela região. Como empresária, ela ganhou o dinheiro para pagar a dívida que o marido deixara. Se o marido estivesse vivo, ela esperaria por ele, desperdiçando todo o seu potencial empresarial. Tem muita mulher esperando pelo marido, quando ela mesma tem potencial para resolver a parada. Como o azeite parou de cair, um dia ele também parou de ser vendido, e o que restou foi o dinheiro apurado. 

O texto não diz, mas podemos inferir que com o dinheiro apurado, ela pode ter investido para que ele trabalhasse para ela. No livro Pai Rico, Pai Pobre, o autor diz que quem quer enriquecer, deve se tornar Empresário, ou Investidor. Hoje tem até Mega Investidor. Todavia, na história em questão, somente a ação da mulher não foi suficiente para resolver o problema. Foi também preciso a intervenção divina . Mas o milagre somente aconteceu quando a mulher fez a parte dela. Ela creu na palavra do profeta Eliseu, que lhe falava em nome do Senhor. Já pensou se ela tivesse feito todo aquele trabalho de pedir vasilhas emprestadas, trancar-se em casa com os filhos, virasse a botija nas vasilhas, e nada acontecesse? Seria o maior vexame, ridículo. 

Então já encontramos um conceito para fé. Fé é você se expor ao ridículo, confiando que Deus fará algo sobrenatural, para que você não seja envergonhado. Mas a ação dela não foi gratuita. Teve um histórico. Primeiro ela se deparou com o problema. Depois foi pedir ajuda ao homem de Deus. Em seguida obedeceu à orientação do profeta. Depois voltou para pedir mais orientação. Em seguida, tornou a obedecer o que lhe foi mandado. A conclusão é que a solução de um problema demanda um ação conjugada do homem (ou da mulher)e Deus.

O que o homem pode fazer, Deus não faz. O homem entra com fé e Deus entra com provisão. A fé é dinâmica, só pode ser demonstrada por meio de algum ato de obediência ou de confiança. Paulo diz “Cri, por isso falei”. Hebreus diz “Pela fé, Abraão, sendo chamado, obedeceu, indo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia.” Alguém já disse que devemos orar como se tudo dependesse de Deus, e depois agir como se tudo dependesse de nós. Outro disse que o segredo do seu sucesso era um por cento de inspiração, e noventa e nove por cento de transpiração. Não se endivide, mas se acontecer, busque ajuda de alguém qualificado, e confie em Deus, lhe pedindo ajuda. Deus ajudou essa viúva por meio de um homem de Deus.

Hoje ainda há homens de Deus, mas também especialistas em finanças, que podem ajudá-lo. Lembre do que Jesus disse: “devias, então, ter dado o meu dinheiro aos banqueiros, e, quando eu viesse, receberia o que é meu com os juros.” (Mt.25:27).

domingo, 17 de abril de 2011

O PRINCÍPIO DA HONRA

Essa palavrinha passou muito tempo despercebida, no meio do povo de Deus. Porém, agora, ela tem sido descoberta, e a sua importância, revelada. Já se sabe que tanto a honra, como a desonra, são sementes, que uma vez semeadas, garantem uma colheita farta. 

Em Rm. 13:7, Paulo escreve: “Portanto, daí a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra.” O contexto dessas palavra trata do princípio de autoridade, onde Paulo diz que os magistrados(governantes, na época) eram ministros de Deus, prepostos de Deus, e como tal deveriam ser honrados com tributo e com temor. A sonegação fiscal e o desprezo pela autoridade do líder, desonram a Deus. Em I Pd. 2:17, está escrito: “Honrai a todos. Amai os irmãos. Temei a Deus. Honrai o rei.” 

Novamente o contexto de Pedro é sobre o princípio de autoridade, dizendo “Sujeitai-vos, pois, a toda ordenação humana por amor do Senhor; quer ao rei como superior; quer aos governadores, como por ele enviados para castigo dos malfeitores e para louvor dos que fazem o bem.” (I Pd. 2:13,14).

Mas eu quero tomar como base, a história de ISBOSETE, rei de Israel, registrada no segundo livro de Samuel. A palavra ISBOSETE significa HOMEM DE VERGONHA. Depois que o rei Saul foi morto pelos filisteus, Isbosete foi colocado no trono de Israel. (II Sm.2:8,9). Isbosete, porém, apesar de ser o líder, era um homem de personalidade, fraca, de temperamento fraco. 

Aliás, quero aproveitar a oportunidade, para desfazer um equívoco. Aqui estão três palavras: caráter, personalidade, e temperamento. Tenha ouvido muita gente falar sobre “caráter fraco”. Eu entendo que não existe caráter fraco ou forte. O que existe é caráter bom ou mau. Caráter honesto ou desonesto. Porque caráter são os hábitos que a pessoa adquire durante a sua vida, principalmente, quando é criança. Agora temperamento, ou personalidade,é que pode ser forte ou fraco. É a genética, o DNA, é o espírito, co m o qual já nascemos. E aqui, tanto pode ser homem ou mulher, o que é forte é o temperamento, que se manifesta através de uma vontade forte, determinada. Temperamento não tem obrigatoriamente que ver com o caráter. Uma pessoa pode ser forte e ser mau caráter, uma pessoa má, desonesta. Mas também pode acontecer que uma pessoa seja de temperamento fraco, mas ser honesta, pois aprendeu desde criança, com os pais, com a sua família, ou mesmo, da Bíblia, os valores da honestidade. 

Neste caso de ISBOSETE nada sabemos de seu caráter. Mas sabemos que era de um temperamento tímido, inseguro, medroso. Aliás, o Tema desta mensagem poderia ser QUANDO O LÍDER É FRACO.Pois é o caso. Provavelmente, ele não queria ser rei, mas herdou a coroa. Quando o líder é fraco, cria um problema, pois toda liderança será desafiada. John Maxwell diz que as pessoas tendem a seguir líderes mais fortes do que elas. Mas e quando o líder é fraco? O problema é que a autoridade é impessoal. Independentemente do líder ser fraco ou forte, o manto de autoridade que repousa sobre os seus ombros, desce do trono de Deus, e demanda obediência, submissão, honra. Por isso Paulo escreveu “Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo. Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa, para te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra.” (Ef.6:1,2).

Abner, filho de Ner, era o Comandante do exército de Israel, e, portanto, subordinado a Isbosete. Diferentemente de Isbosete, Abner, filho de Ner, era homem de temperamento forte, personalidade forte, autoconfiante, astuto. Tinha, portanto, todas as características da liderança.

Quando o liderado é mais forte do que o líder, corre o risco de desprezá-lo no coração, e desonrá-lo nas palavras e atitudes. Da mesma sorte, se a esposa é mais forte do que o marido, pode acontecer a mesma coisa. (A expressão “vaso mais fraco” que aparece em I Pd. 3:7, se refere à fraqueza física, pois “vaso”, na Bíblia, significa o corpo, não tendo nada a ver com temperamento ou personalidade). Senão vejamos: “E sucedeu que, entrando a arca do Senhor na cidade de Davi, Mical, filha de Saul, estava olhando pela janela e, vendo o rei Davi, que ia bailando e saltando diante do Senhor, O DESPREZOU NO SEU CORAÇÃO.” (II Sm. 6:16 ). Também acho que Davi não era mais fraco do que Mical, mas talvez ela se julgasse superior a Davi, pois era filha de rei.

Voltando a Abner. Ele passou a ter um caso com Rispa, filha de Aías, que tinha sido concubina do rei Saul. Isbosete, sendo o líder, sentiu-se no dever de confrontar Abner Por causa disso.Abner passou-lhe uma descompostura, que começa assim: “Então, se irou muito Abner pelas palavras de Isbosete e disse: Sou eu cabeça de cão, que pertença a Judá?... E nem ainda uma palavra podia responder a Abner, porque o temia.” Resumindo: Abner afrontou seu líder, rebelou-se, desonrou o manto de autoridade que estava sobre seus ombros. E Abner, achando pouco, mandou mensageiros a Davi para negociar com ele, como se o líder fosse Ele. Davi, como era homem de honra, respondeu a Abner, mas também mandou mensageiros para negociar com Isbosete, reconhecendo a sua autoridade. (II Sm. 3:7-14).

Será que Deus deixou passar essa desfeita de Abner? Afinal o Princípio da Honra foi criado por Ele, e a ordem para honrar foi dada por Ele. Sabemos que Deus se esconde, fazendo parecer aos homens, que, tanto os seus atos de bondade, como a sua justiça, pareçam obra do acaso. Bem, o fim de Abner foi assim: “Tornando, pois, Abner a Hebron, Joabe o tomou a parte, à entrada da porta, para lhe falar em segredo, e feriu-o ali pela quinta costela, e morreu por causa do sangue de Asael, seu irmão.” (II Sm.3:27).

“Honrai a todos. Honrai ao rei.” Para ser bem sucedido, honre a todos, mas, principalmente, a quem tem alguma autoridade sobre você, seja em casa, seja no trabalho, seja na igreja, seja no Estado. Lembre-se de que a honra e a desonra são sementes, que, uma vez semeadas, levam obrigatoriamente a uma colheita farta.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

COMO SE TORNAR RICO


É fazer o contrário do que é necessário fazer para se tornar pobre. Portanto, se descobrirmos os princípios que causam a pobreza, descobriremos também os princípios que causam riqueza. É só fazer o contrário. Muito se tem falado sobre a pobreza da América Latina, ou das nações do Terceiro Mundo. Alguns dizem que é a exploração por parte das nações européias e Estados Unidos, como a destruição do Império Inca pelos espanhóis, de Francisco Pizarro. Mas que diz a Bíblia?

A CAUSA DA POBREZA DE ISRAEL - II Sm. 21:1-14.
Houve, nos dias de Davi, uma fome de três anos, em Israel. Fome, na Bíblia, significa falta de chuva, que gera falta de colheita, recessão, crise econômica, fome. Fome tem tempo limitado. Aqui foram três anos; nos dias de José foram sete anos (Gn. 41:30); nos dias de Eliseu foram sete anos (II Rs. 8:1-6); nos dias de Rute foram dez anos (Rt. 1:4); no tempo de Cláudio, imperador romano, é mencionada uma fome, mas não diz o tempo (At.11:28); um dos quatro cavaleiros do Apocalipse trás a fome, a escassez(Ap.6:5,6). Mas qual é a causa da fome? Às vezes Deus revela o segredo somente em um texto, deixando os outros para serem inferidos do texto revelador. A Bíblia fala muito de fome, mas somente aqui, em II Sm. 21, o motivo da fome é revelado. A fome é uma manifestação da ira e do justo juízo de Deus, contra a impiedade e injustiça dos homens. Neste caso o pecado é Quebra de Aliança.

Na cultura brasileira há uma ignorância quase total a respeito de aliança. Por causa disso as alianças são quebradas com a maior facilidade. Aliança, porém, não é questão cultural, mas princípio espiritual, criado pelo próprio Deus. E a quebra de Aliança trás conseqüências, isto é maldição, sendo uma delas a pobreza.

A nação de Israel fez uma aliança com os gibeonitas, isto é, os moradores da cidade de Gibeão, nos dias de Josué. É verdade que a aliança foi feita através de um comportamento fraudulento por parte dos gibeonitas. Eles enganaram Josué e os príncipes de Israel. Mas a aliança foi válida. Mesmo sendo os gibeonitas, cananeus, destinados à destruição por instrumentalidade de Israel, uma vez a aliança feita, ficaram debaixo da proteção da aliança, ninguém poderia tocá-los. 

Muito tempo depois, nos dias de Saul, rei de Israel, este, homem ignorante a respeito dos princípios espirituais, desprezou a aliança, ferindo, matando os gibeonitas, para demonstrar o seu zelo nacionalista, pela causa de Israel. É interessante que a fome não veio nos dias de Saul, mas nos dias de Davi. Isto quer dizer que as conseqüências do pecado podem se materializar nas gerações futuras, e que a sua causa deve ser buscada nas gerações passadas. Davi consul tou a Deus, que lhe revelou a causa da fome. Se ele não tivesse perguntado, Deus não lhe teria dito nada. Que tal perguntar a Deus qual a causa dos males na sua vida, família, nação, continente, inclusive da fome, pobreza?

Davi chamou os gibeonitas e perguntou o que eles queriam para abençoar o povo de Isrtael. Quer dizer que a parte ofendida pela quebra da aliança, pode abençoar a parte ofensora, aplacando a ira de Deus. Eles pediram a morte de sete homens da família de Saul, para poderem abençoar Israel. Dois filhos e cinco netos de Saul foram mortos enforcados pelos gibeonitas, para que a aliança fosse restaurada. O texto termina simplesmente dizendo: “e, depois disso, Deus se aplacou para com a terra.”

Em Hebreus 9:22 é dito que “sem derramamento de sangue não há remissão”. Remissão é perdão do pecado, com diz também em II Cr. 7:14 “perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra.” Israel fez uma Aliança com Deus, no monte Sinai, no tempo de Moisés, cujo sinal visível eram as duas Tábuas da Aliança, onde estavam gravados os dez Mandamentos. Era a Certidão de Casamento. Em plena Lua-de-Mel Israel adulterou e quebrou a aliança ao fazer e adorar o bezerro de ouro. Em toda a convivência de Deus com o povo de Israel, a nação através de sua liderança, era contumaz em quebrar a aliança.

Deus fala por meio de Jeremias do seu descontentamento com a aliança, e revela a futura solução para o problema. “Eis que vem dias, diz o Senhor, em que farei uma aliança nova com a casa de Israel e com a casa de Judá. Não conforme a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito, porquanto eles invalidaram a minha aliança, apesar de eu os haver desposado, diz o Senhor.” (Jr.31:31,32).

Como nos dias de Davi, alguém teve de morrer, para consertar a aliança de Deus com Israel. Observe que a nova aliança não é com os gentios, mas “com a casa de Israel e com a casa de Judá.” Os gentios foram enxertados no tronco da verdadeira oliveira. (Rm.9-11). Assim como os sete homens, descendentes de Saul, foram mortos, para consertar a aliança quebrada, Jesus foi morto, por ser judeu, e filho do homem, para consertar a aliança quebrada, com Israel e com adão. “E Caifás, um deles, que era sumo sacerdote naquele ano, lhe disse: vós nada sabeis, nem considerais que nos convém que um homem morra pelo povo e que não pereça toda a nação. Ora, ele não disse isto de si mesmo , mas, sendo sumo sacerdote naquele ano, profetizou que Jesus devia morrer pela nação. E não somente pela nação, mas também para reunir em um corpo os filhos de Deus que andavam dispersos.” (Jo.11:49-52). E Oséias diz : “Mas eles transgrediram aliança, como Adão; eles se portaram aleivosamente contra mim.” (Os.6:7).

Depois de consertada a aliança, nos dias de Davi, voltou a chover, houve colheita, alimento, fartura, prosperidade. 

Será que esses princípios ainda valem para hoje? É claro que sim, pois os princípios são eternos, e valem em qualquer tempo ou lugar. Quer ficar rico? Não quebre aliança, nem de casamento, nem com Deus, nem com os homens, ou mulheres.

terça-feira, 12 de abril de 2011

DÍVIDAS: COMO SE LIVRAR DELAS

Cartão de Crédito, Cheque Especial, Cheque Ouro, Empréstimo com Consignação, CDC, Financeiras, Agiota, Fatura, todos são termos bem conhecidos desta geração endividada.

Há muitos anos, quando fiz um Curso de Pós-Graduação em João Pessoa-PB, lembro que a Aula Inaugural foi proferida pelo Arcebispo da cidade, que falou sobre informática, e cujo Tema era Analfabetos Virtuais. Hoje, podemos dizer que estamos no meio de uma geração de Analfabetos Financeiros. E como já diziam nossos pais “Em terra de cego, quem tem olho é rei”, é assim também com respeito a finanças. E como já dizia Oséias - 4:6 – “O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta conhecimento”, podemos dizer também que a nossa geração está sendo destruída pelas dívidas, porque lhe falta conhecimento financeiro.

Salomão, o homem mais sábio que já existiu, exceto Jesus, escreveu que “O QUE TOMA EMPRESTADO É ESCRAVO DO QUE EMPRESTA”. (Pv.22:7). De quem você é escravo? Dos Bancos? Das Financeiras? Dos Agiotas? De quem?

O QUE É DÍVIDA?
Existem vários tipos de dívidas, mas estou falando de dívida financeira. Quem ganha mil reais por mês, e gasta novecentos, a longo prazo será um milionário. Mas quem ganha mil reais por mês, e gasta mil e cem, a longo prazo, será um mendigo, pois terá de se endividar. A dívida é uma tentação, pois, tentação é você comer hoje, o que só deveria comer amanhã. Salomão diz ainda que há tempo para todo propósito debaixo do céu.(Ec.3). Dívida é você pegar algo antes do tempo. Se Você juntar dinheiro para comprar um carro usado, durante três anos, no final dos três anos é o tempo do propósito de ter o carro. Se, porém, você quiser pegar o carro agora, você terá de financiar, e ficará escravo do Banco, além do pagar o dobro do preço. A dívida é uma tentação, pois o diabo tentou induzir Jesus a se endividar. Na primeira tentação ele sugeriu que Jesus, que estava com fom e, transformasse pedras em pão. Como não era hora para esse propósito, Jesus recusou. E quando chegou o tempo do propósito “eis que chegaram os anjos e o serviram.” (Mateus 4:11). Na segunda tentação, ele sugeriu que Jesus se lançasse do pináculo do templo, para que os judeus o reconhecessem como o Messias. Como não era o tempo para esse propósito, Jesus recusou. Mas quando chegar o tempo “olharão para mim, a quem traspassaram; e o prantearão como quem pranteia por um unigênito; e chorarão amargamente por ele, como se chora amargamente pelo primogênito.”(Zc. 12:10). Na terceira tentação, ele ofereceu a Jesus toda a autoridade sobre os reinos do mundo, em troca de adoração, mas Jesus recusou, pois não era o tempo certo dele assumir a autoridade sobre os reinos do mundo. Porém, depois de sua ressurreição, ele apareceu aos discípulos, e disse: “Toda a autoridade me foi dada nos céus e na t erra.” Era o tempo de assumir o governo, sem se endividar. Tem muitos homens hoje, se endividando, por se deitarem com uma moça, antes da hora certa, o casamento, e, depois, casam por obrigação, mesmo sem gostar, pois já não são livres. “Comeram o lanche antes do recreio” como se diz no popular. Assim, as pessoas que lhe oferecem algo, fora da hora, seja dinheiro, seja sexo, estão fazendo o papel de tentador, na sua vida, para lhe escravizar, mesmo que não saibam.

COMO SE LIVRAR DAS DÍVIDAS

1. Assuma o controle delas, colocando-as na ponta do lápis, no papel, não as ignorando. Adquira uma calculadora, e calcule tudo o que você vai comprar, para saber se pode, ou não, para não se endividar mais.
2. Reconheça que você precisa mudar a sua maneira de pensar sobre finanças, dinheiro, dívidas, compras. A palavra arrependimento, metanóia, significa isso mesmo, mudança de mente, renovar a mente, mudança de padrão de pensamento, se esclarecer.
3. Adquira livros sobre o tema Educação Financeira, se alfabetize, pois em toda livraria que se preze, hoje, não faltam livros sobre esse tema. Não é gasto, é investimento.
4. Deixe as desc ulpas de lado – tem gente que diz: eu não gosto de ler. Mas tem gente que também não gosta de trabalhar, nem de hospital, nem de tomar remédio. Ler é como tomar remédio contra a doença da ignorância. E tem remédio que tem gosto bom.
5. Adquira hábitos contra o desperdício. Na primeira multiplicação dos pães, Jesus conclui dizendo aos discípulos:” Recolhei os pedaços que sobejaram, para que nada se perca.” Não desperdice tempo, nem dinheiro, nem comida, nem palavras.
6. Pense como rico e não como pobre. O rico faz questão até pelos centavos, mas o pobre diz “deixa pra lá” e aceita bombom como troco.
7. Seja diligente, trabalhador, pois uma das causas da pobreza é a preguiça. Novamente é Salomão quem o diz. “Ó preguiçoso, até quando ficarás deitado? Quando te levantarás do teu sono? Um pouco de sono, um pouco tosquenejando, um pouco encruzando as mãos, para estar deitado, assim te sobrevirá a tua pobreza como ladrão, e a tua necessidade, como um homem armado.” (Pv.6:9-11).
8. Liberte-se dos hábitos do consumismo, do imediatismo, pois isto está na cultura, mas você não é obrigado a adotá-los.
9. Não adote um padrão de vida que você não possa sustentar, pois isso é suicídio. Se você não pode ter carro, tenha uma moto; se não pode ter uma moto, tenha uma bicicleta; se não pode ter uma bicicleta, ande de ônibus, ou vá a pé.
10. Acredite que a pessoa que não tem nada, está numa boa posição, pois quem está mal é aquele que está devendo. Quem não tem nada, está no zero, e quem está devendo está abaixo do zero. Quem não tem nada, está no ponto de começar a adquirir o seu patrimônio, sem ter de primeiro ter de pagar as dívidas.
11. Honre a Deus com o que você tem, pois, por mais que você faça, não é suficiente sem a bênção, pois “a bênção de Deus é que faz prosperar”. “E semeou Isaque naquela mesma terra e colheu, naquele mesmo ano, cem medidas, PORQUE O SENHOR O ABENÇOAVA.” (Gn.26:12).

segunda-feira, 11 de abril de 2011

A CHACINA DE REALENGO

A matança de doze crianças em uma escola do bairro de Realengo, no Rio de Janeiro, deixou o Brasil inteiro com um sentimento de perplexidade e desamparo. Nessas horas cada um tem uma opinião a respeito dos motivos que levaram o atirador a praticar tal ato. Psiquiatras, psicólogos, e outros estudiosos do comportamento humano, se revezam tentando explicar e diagnosticar a mente do criminoso. As explicações vão desde BULLYING até esquizofrenia. Eu também, como estudioso do comportamento humano, pela ótica da Bíblia, quero dar a minha opinião. E para isso, quero tomar por base um texto que está em II Rs. 2:23-25.



Então, subiu dali a Betel; e, subindo ele pelo caminho, uns adolescentes
Saíram da cidade, e ZOMBAVAM dele, e diziam-lhe; sobe, calvo, sobe, calvo!
E, virando-se ele para trás, os viu e os amaldiçoou no nome do Senhor;
Então, duas ursas saíram do bosque e despedaçaram quarenta e dois daqueles pequenos.”


No caso de Realengo foram doze adolescentes, e no caso da Bíblia, foram quarenta e dois mortos. No caso de Realengo as armas que foram usadas foram dois revólveres, e no caso de Eliseu, as armas que foram usadas, foi a maldição, que é a autorização para a ação de demônios, que instrumentalizaram duas ursas para matarem as crianças. Antes que alguém discorde, é bom lembrar que no caso do gadareno, em Marcos 5, os demônios entraram em cerca de dois mil porcos, que se suicidaram no mar da Galiléia. Porém, o que eu quero elucidar é a motivação que o assassino de Realengo teve, para matar as crianças, ou melhor, adolescentes. Providencialmente a Bíblia diz qual foi a motivação de Eliseu. “ZOMBAVAM DELE” é o que diz a Bíblia. Então Eliseu foi vítima de BULLYING. Ou será que o profeta de Deus sofria de ESQUIZOFRENIA? Pelo visto, não, pois ele tinha boas relações familiares, segundo nos é informado em I Rs. 19:20, quando foi convocado pelo profeta Elias, para ser seu sucessor. “Deixa-me beijar meu pai e a minha mãe e, então, te seguirei.” Pelo que vi no noticiário, esse rapaz, que matou os adolescentes, tinha sido vítima de zombaria e de desprezo por parte de outras pessoas, desde a mais tenr a idade. E o fato de ele ter preferido matar meninas, parece indicar uma mágoa, um ressentimento, em relação a elas. Talvez por ser tímido e inseguro, e desejasse namorar, ou mesmo a atenção das moças, que seus colegas mais confiantes e bem nascidos, conseguiam. É claro que nada disso justifica o ato tresloucado e cruel de matar “esses brasileirinhos”. Não estamos querendo justificar, mas tentar achar a verdadeira causa da tragédia, para evitar a sua repetição. O certo é que coração, leia-se, a mente, é terra que ninguém conhece. Porém, a Bíblia sentencia, por meio do profeta Jeremias: “ENGANOSO É O CORAÇÃO, MAIS DO QUE TODAS AS COISAS, E PERVERSO; QUEM O CONHECERÁ?”. (Jr.17:5). Às vezes uma palavra de zombaria, de desprezo, de sarcasmo, de ironia, pode desencadear num coração já ferido uma tempestade, como reação. O apóstolo Paulo aconselha que não devemos usar palavra depreciativas “nem torpezas, nem parvoíces, nem chocarrices (sarcasmo), que não convém”. (Ef.5:1-4). E no mesmo texto ele ainda aconselha “Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira. Não deis lugar ao diabo.”(Ef.4:26,27). Não conhecemos o coração de ninguém, pois o que para uma pessoa, não significaria nada, para outra pode ser motivo de ódio e vingança. No caso de Esaú e Jacó, só o fato de Jacó ter se aproveitado de um momento de fraqueza, quando estava com fome, e lhe comprado a primogenitura, e depois ter lhe roubado a bênção, com a cumplicidade da mãe, gerou em Esaú ódio e furor, que o levou a planejar a morte de seu irmão. (Gn.27:41-46). É também o homem mais sábio que já existiu, exceto Jesus, quem dá o diagnóstico correto sobre o comportamento humano: “Aquele que odeia dissimula com os seus lábios, mas no seu interior encobre o engano. Quando te suplicar com a sua voz, não te fies nele, porque sete abominações há no seu coração. Ainda que o seu ódio se encobre com engano, a sua malícia se descobrirá na congregação.” (Pv. 26:24-26).

Aliás, quando Jesus foi crucificado “os príncipes zombavam dele” “os soldados escarneciam dele” “E um dos malfeitores...blasfemava dele”. Então ZOMBARIA, ESCÁRNIO, E BLASFÊMIA, foi o que Jesus sofreu. Mas não amaldiçoou ninguém, nem matou ninguém, pelo contrário, orou pelos seus algozes. “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.”(Lc.23:34). Para desativar as bombas que estão sendo armadas agora, trate todo mundo bem, não despreze,não zombe, pois “a resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira.” (Pv. 15:1).