quarta-feira, 20 de abril de 2011

A VIUVA QUE VIROU EMPRESÁRIA E INVESTIDORA

II RS. 4:1-7
O marido dessa mulher era um líder religioso, que poderia ser um pastor, já que padre não casa, nem constitui família. E não era um líder religioso qualquer, pois ele “temia ao Senhor”.

Mas a lição que ele nos deixou, pode ser aplicada a qualquer pai de família, até aos desempre-gados. Ele morreu deixando uma herança para sua mulher e seus dois filhos, uma herança de dívida. “O homem de bem deixa uma herança aos filhos dos seus filhos...” (Pv.13:22). Nada sabemos de suas circunstâncias, mas ele foi, no mínimo, imprevidente. E quando ele morreu, o credor chegou, como ave de rapina, para levar seus dois filhos para serem escravos. Credor não tem coração, só cérebro. O credor poderia ser o Banco, a Financeira, o Agiota, ou algum parente ou “amigo”. Só podemos imaginar o desespero que se abateu sobre esta pobre mulher. 

Mas ela fez a coisa certa. Não ficou paralisada, remoendo a situação, nem pensou em suicídio, nem em se prostituir. Pediu ajuda a alguém.

Na verdade, o marido morto deixou uma “herança” positiva também. “teu servo” é a expressão que ela usa quando fala com Eliseu. Se ele era servo de Eliseu, o profeta era seu Mentor, seu Líder, seu Senhor, e que o morto se submetia à autoridade do profeta, e o servia com fidelidade. Ele tinha deixado um “bom nome”. Então já temos um dos princípios para resolver situações de dificuldade. Não ficar só, mas procurar a ajuda de alguém qualificado. 

Geralmente, a solução para os nossos problemas está em nossas mãos ou em nossa casa. Moisés tinha uma vara na sua mão, um menino tinha cinco pães e dois peixinhos, essa mulher tinha uma botija de azeite em sua casa. Embora Provérbios 22:7, diga que “o que toma emprestado é escravo do que empresta”, foi exatamente isso que o profeta aconselhou. Que ela tomasse emprestado, não dinheiro, mas vasos vazios, não poucos, a todos o s seus vizinhos.

A solução do problema demandou ação, muita ação, profeticamente orientada. Primeiro, ela foi pedir vasos emprestados a todos os seus vizinhos. Ela teve de ter cara-de-pau. Deu a cara a tapa. Ou dizendo de outro modo, ela teve de ter ousadia e coragem. Em segundo lugar, ela precisou ter fé, para fazer o que o profeta disse, pois encher muitas vasilhas vazias, de azeite, a partir de uma botija cheia, não é natural. Foi um trabalho de equipe, ela e os filhos. Eles traziam as vasilhas, e ela as enchia. Várias vezes, Jesus disse, “como creste, te seja feito”, e foi assim com ela. Quando todas as vasilhas foram cheias, o azeite parou. Novamente, ela veio pedir conselho ao homem de Deus, e ele lhe disse: “Vai, vende o azeite e paga a tua dívida; e tu e teus filhos vivei do resto.” Foi ação para pedir vasos emprestados, foi ação para encher os vasos, e foi ação para vender o azeite. Muitas vezes Deus não dá o peixe, ensina a pescar.

A viúva se tornou empresária do ramo do azeite. Era vendedora de azeite, que era certamente um artigo muito procurado naquela região. Como empresária, ela ganhou o dinheiro para pagar a dívida que o marido deixara. Se o marido estivesse vivo, ela esperaria por ele, desperdiçando todo o seu potencial empresarial. Tem muita mulher esperando pelo marido, quando ela mesma tem potencial para resolver a parada. Como o azeite parou de cair, um dia ele também parou de ser vendido, e o que restou foi o dinheiro apurado. 

O texto não diz, mas podemos inferir que com o dinheiro apurado, ela pode ter investido para que ele trabalhasse para ela. No livro Pai Rico, Pai Pobre, o autor diz que quem quer enriquecer, deve se tornar Empresário, ou Investidor. Hoje tem até Mega Investidor. Todavia, na história em questão, somente a ação da mulher não foi suficiente para resolver o problema. Foi também preciso a intervenção divina . Mas o milagre somente aconteceu quando a mulher fez a parte dela. Ela creu na palavra do profeta Eliseu, que lhe falava em nome do Senhor. Já pensou se ela tivesse feito todo aquele trabalho de pedir vasilhas emprestadas, trancar-se em casa com os filhos, virasse a botija nas vasilhas, e nada acontecesse? Seria o maior vexame, ridículo. 

Então já encontramos um conceito para fé. Fé é você se expor ao ridículo, confiando que Deus fará algo sobrenatural, para que você não seja envergonhado. Mas a ação dela não foi gratuita. Teve um histórico. Primeiro ela se deparou com o problema. Depois foi pedir ajuda ao homem de Deus. Em seguida obedeceu à orientação do profeta. Depois voltou para pedir mais orientação. Em seguida, tornou a obedecer o que lhe foi mandado. A conclusão é que a solução de um problema demanda um ação conjugada do homem (ou da mulher)e Deus.

O que o homem pode fazer, Deus não faz. O homem entra com fé e Deus entra com provisão. A fé é dinâmica, só pode ser demonstrada por meio de algum ato de obediência ou de confiança. Paulo diz “Cri, por isso falei”. Hebreus diz “Pela fé, Abraão, sendo chamado, obedeceu, indo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia.” Alguém já disse que devemos orar como se tudo dependesse de Deus, e depois agir como se tudo dependesse de nós. Outro disse que o segredo do seu sucesso era um por cento de inspiração, e noventa e nove por cento de transpiração. Não se endivide, mas se acontecer, busque ajuda de alguém qualificado, e confie em Deus, lhe pedindo ajuda. Deus ajudou essa viúva por meio de um homem de Deus.

Hoje ainda há homens de Deus, mas também especialistas em finanças, que podem ajudá-lo. Lembre do que Jesus disse: “devias, então, ter dado o meu dinheiro aos banqueiros, e, quando eu viesse, receberia o que é meu com os juros.” (Mt.25:27).

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