segunda-feira, 11 de abril de 2011

A CHACINA DE REALENGO

A matança de doze crianças em uma escola do bairro de Realengo, no Rio de Janeiro, deixou o Brasil inteiro com um sentimento de perplexidade e desamparo. Nessas horas cada um tem uma opinião a respeito dos motivos que levaram o atirador a praticar tal ato. Psiquiatras, psicólogos, e outros estudiosos do comportamento humano, se revezam tentando explicar e diagnosticar a mente do criminoso. As explicações vão desde BULLYING até esquizofrenia. Eu também, como estudioso do comportamento humano, pela ótica da Bíblia, quero dar a minha opinião. E para isso, quero tomar por base um texto que está em II Rs. 2:23-25.



Então, subiu dali a Betel; e, subindo ele pelo caminho, uns adolescentes
Saíram da cidade, e ZOMBAVAM dele, e diziam-lhe; sobe, calvo, sobe, calvo!
E, virando-se ele para trás, os viu e os amaldiçoou no nome do Senhor;
Então, duas ursas saíram do bosque e despedaçaram quarenta e dois daqueles pequenos.”


No caso de Realengo foram doze adolescentes, e no caso da Bíblia, foram quarenta e dois mortos. No caso de Realengo as armas que foram usadas foram dois revólveres, e no caso de Eliseu, as armas que foram usadas, foi a maldição, que é a autorização para a ação de demônios, que instrumentalizaram duas ursas para matarem as crianças. Antes que alguém discorde, é bom lembrar que no caso do gadareno, em Marcos 5, os demônios entraram em cerca de dois mil porcos, que se suicidaram no mar da Galiléia. Porém, o que eu quero elucidar é a motivação que o assassino de Realengo teve, para matar as crianças, ou melhor, adolescentes. Providencialmente a Bíblia diz qual foi a motivação de Eliseu. “ZOMBAVAM DELE” é o que diz a Bíblia. Então Eliseu foi vítima de BULLYING. Ou será que o profeta de Deus sofria de ESQUIZOFRENIA? Pelo visto, não, pois ele tinha boas relações familiares, segundo nos é informado em I Rs. 19:20, quando foi convocado pelo profeta Elias, para ser seu sucessor. “Deixa-me beijar meu pai e a minha mãe e, então, te seguirei.” Pelo que vi no noticiário, esse rapaz, que matou os adolescentes, tinha sido vítima de zombaria e de desprezo por parte de outras pessoas, desde a mais tenr a idade. E o fato de ele ter preferido matar meninas, parece indicar uma mágoa, um ressentimento, em relação a elas. Talvez por ser tímido e inseguro, e desejasse namorar, ou mesmo a atenção das moças, que seus colegas mais confiantes e bem nascidos, conseguiam. É claro que nada disso justifica o ato tresloucado e cruel de matar “esses brasileirinhos”. Não estamos querendo justificar, mas tentar achar a verdadeira causa da tragédia, para evitar a sua repetição. O certo é que coração, leia-se, a mente, é terra que ninguém conhece. Porém, a Bíblia sentencia, por meio do profeta Jeremias: “ENGANOSO É O CORAÇÃO, MAIS DO QUE TODAS AS COISAS, E PERVERSO; QUEM O CONHECERÁ?”. (Jr.17:5). Às vezes uma palavra de zombaria, de desprezo, de sarcasmo, de ironia, pode desencadear num coração já ferido uma tempestade, como reação. O apóstolo Paulo aconselha que não devemos usar palavra depreciativas “nem torpezas, nem parvoíces, nem chocarrices (sarcasmo), que não convém”. (Ef.5:1-4). E no mesmo texto ele ainda aconselha “Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira. Não deis lugar ao diabo.”(Ef.4:26,27). Não conhecemos o coração de ninguém, pois o que para uma pessoa, não significaria nada, para outra pode ser motivo de ódio e vingança. No caso de Esaú e Jacó, só o fato de Jacó ter se aproveitado de um momento de fraqueza, quando estava com fome, e lhe comprado a primogenitura, e depois ter lhe roubado a bênção, com a cumplicidade da mãe, gerou em Esaú ódio e furor, que o levou a planejar a morte de seu irmão. (Gn.27:41-46). É também o homem mais sábio que já existiu, exceto Jesus, quem dá o diagnóstico correto sobre o comportamento humano: “Aquele que odeia dissimula com os seus lábios, mas no seu interior encobre o engano. Quando te suplicar com a sua voz, não te fies nele, porque sete abominações há no seu coração. Ainda que o seu ódio se encobre com engano, a sua malícia se descobrirá na congregação.” (Pv. 26:24-26).

Aliás, quando Jesus foi crucificado “os príncipes zombavam dele” “os soldados escarneciam dele” “E um dos malfeitores...blasfemava dele”. Então ZOMBARIA, ESCÁRNIO, E BLASFÊMIA, foi o que Jesus sofreu. Mas não amaldiçoou ninguém, nem matou ninguém, pelo contrário, orou pelos seus algozes. “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.”(Lc.23:34). Para desativar as bombas que estão sendo armadas agora, trate todo mundo bem, não despreze,não zombe, pois “a resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira.” (Pv. 15:1).

Nenhum comentário: