É fazer o contrário do que é necessário fazer para se tornar pobre. Portanto, se descobrirmos os princípios que causam a pobreza, descobriremos também os princípios que causam riqueza. É só fazer o contrário. Muito se tem falado sobre a pobreza da América Latina, ou das nações do Terceiro Mundo. Alguns dizem que é a exploração por parte das nações européias e Estados Unidos, como a destruição do Império Inca pelos espanhóis, de Francisco Pizarro. Mas que diz a Bíblia?
A CAUSA DA POBREZA DE ISRAEL - II Sm. 21:1-14.
Houve, nos dias de Davi, uma fome de três anos, em Israel. Fome, na Bíblia, significa falta de chuva, que gera falta de colheita, recessão, crise econômica, fome. Fome tem tempo limitado. Aqui foram três anos; nos dias de José foram sete anos (Gn. 41:30); nos dias de Eliseu foram sete anos (II Rs. 8:1-6); nos dias de Rute foram dez anos (Rt. 1:4); no tempo de Cláudio, imperador romano, é mencionada uma fome, mas não diz o tempo (At.11:28); um dos quatro cavaleiros do Apocalipse trás a fome, a escassez(Ap.6:5,6). Mas qual é a causa da fome? Às vezes Deus revela o segredo somente em um texto, deixando os outros para serem inferidos do texto revelador. A Bíblia fala muito de fome, mas somente aqui, em II Sm. 21, o motivo da fome é revelado. A fome é uma manifestação da ira e do justo juízo de Deus, contra a impiedade e injustiça dos homens. Neste caso o pecado é Quebra de Aliança.
Na cultura brasileira há uma ignorância quase total a respeito de aliança. Por causa disso as alianças são quebradas com a maior facilidade. Aliança, porém, não é questão cultural, mas princípio espiritual, criado pelo próprio Deus. E a quebra de Aliança trás conseqüências, isto é maldição, sendo uma delas a pobreza.
A nação de Israel fez uma aliança com os gibeonitas, isto é, os moradores da cidade de Gibeão, nos dias de Josué. É verdade que a aliança foi feita através de um comportamento fraudulento por parte dos gibeonitas. Eles enganaram Josué e os príncipes de Israel. Mas a aliança foi válida. Mesmo sendo os gibeonitas, cananeus, destinados à destruição por instrumentalidade de Israel, uma vez a aliança feita, ficaram debaixo da proteção da aliança, ninguém poderia tocá-los.
Muito tempo depois, nos dias de Saul, rei de Israel, este, homem ignorante a respeito dos princípios espirituais, desprezou a aliança, ferindo, matando os gibeonitas, para demonstrar o seu zelo nacionalista, pela causa de Israel. É interessante que a fome não veio nos dias de Saul, mas nos dias de Davi. Isto quer dizer que as conseqüências do pecado podem se materializar nas gerações futuras, e que a sua causa deve ser buscada nas gerações passadas. Davi consul tou a Deus, que lhe revelou a causa da fome. Se ele não tivesse perguntado, Deus não lhe teria dito nada. Que tal perguntar a Deus qual a causa dos males na sua vida, família, nação, continente, inclusive da fome, pobreza?
Davi chamou os gibeonitas e perguntou o que eles queriam para abençoar o povo de Isrtael. Quer dizer que a parte ofendida pela quebra da aliança, pode abençoar a parte ofensora, aplacando a ira de Deus. Eles pediram a morte de sete homens da família de Saul, para poderem abençoar Israel. Dois filhos e cinco netos de Saul foram mortos enforcados pelos gibeonitas, para que a aliança fosse restaurada. O texto termina simplesmente dizendo: “e, depois disso, Deus se aplacou para com a terra.”
Em Hebreus 9:22 é dito que “sem derramamento de sangue não há remissão”. Remissão é perdão do pecado, com diz também em II Cr. 7:14 “perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra.” Israel fez uma Aliança com Deus, no monte Sinai, no tempo de Moisés, cujo sinal visível eram as duas Tábuas da Aliança, onde estavam gravados os dez Mandamentos. Era a Certidão de Casamento. Em plena Lua-de-Mel Israel adulterou e quebrou a aliança ao fazer e adorar o bezerro de ouro. Em toda a convivência de Deus com o povo de Israel, a nação através de sua liderança, era contumaz em quebrar a aliança.
Deus fala por meio de Jeremias do seu descontentamento com a aliança, e revela a futura solução para o problema. “Eis que vem dias, diz o Senhor, em que farei uma aliança nova com a casa de Israel e com a casa de Judá. Não conforme a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito, porquanto eles invalidaram a minha aliança, apesar de eu os haver desposado, diz o Senhor.” (Jr.31:31,32).
Como nos dias de Davi, alguém teve de morrer, para consertar a aliança de Deus com Israel. Observe que a nova aliança não é com os gentios, mas “com a casa de Israel e com a casa de Judá.” Os gentios foram enxertados no tronco da verdadeira oliveira. (Rm.9-11). Assim como os sete homens, descendentes de Saul, foram mortos, para consertar a aliança quebrada, Jesus foi morto, por ser judeu, e filho do homem, para consertar a aliança quebrada, com Israel e com adão. “E Caifás, um deles, que era sumo sacerdote naquele ano, lhe disse: vós nada sabeis, nem considerais que nos convém que um homem morra pelo povo e que não pereça toda a nação. Ora, ele não disse isto de si mesmo , mas, sendo sumo sacerdote naquele ano, profetizou que Jesus devia morrer pela nação. E não somente pela nação, mas também para reunir em um corpo os filhos de Deus que andavam dispersos.” (Jo.11:49-52). E Oséias diz : “Mas eles transgrediram aliança, como Adão; eles se portaram aleivosamente contra mim.” (Os.6:7).
Depois de consertada a aliança, nos dias de Davi, voltou a chover, houve colheita, alimento, fartura, prosperidade.
Será que esses princípios ainda valem para hoje? É claro que sim, pois os princípios são eternos, e valem em qualquer tempo ou lugar. Quer ficar rico? Não quebre aliança, nem de casamento, nem com Deus, nem com os homens, ou mulheres.
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