terça-feira, 10 de novembro de 2015

O PROJETO DE DEUS


         A Bíblia começa dizendo que “havia trevas sobre a face do abismo” (Gn.1:2), e termina dizendo “que Deus é luz, e não há nele treva nenhuma” (I Jo.1:5). Jesus disse: “Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida.”  Paulo diz que a nossa luta é “contra os dominadores deste mundo tenebroso”. É uma linguagem espiritual, e se refere a treva espiritual e luz espiritual. Traduzindo: onde Deus está tem luz, é claro, iluminado; e onde Deus não está, é escuro, tem trevas, por causa da presença de Satanás e seus demônios.  João diz que “o mundo inteiro jaz no maligno” (I Jo.5:19). Achamos que as trevas inundaram a terra depois do pecado de Adão, mas antes disso havia trevas espirituais, pois a presença de satanás estava no jardim. Pelo sim ou pelo não, Deus tinha um plano para que a terra fosse iluminada. Embora a presença se Satanás estivesse no jardim, a presença de Deus estava dentro do Adão, na pessoa do Espírito Santo. Depois que desobedeceu a Deus, Adão perdeu a presença do Espírito Santo dentro de si, e ficou cheio de trevas, culminando no assassinato de Abel, por Caim. O plano de Deus foi trazer a sua presença de novo, para ficar ao alcance do homem.
1.       O TABERNÁCULO NO DESERTO – Deus tinha dito a Moisés “E me farão um santuário, para eu possa habitar no meio deles” (Ex. 25:8), e quando eles o fizeram, o resultado foi “Então, a nuvem cobriu a tenda da congregação, e a glória do Senhor encheu o tabernáculo” (Ex. 40:34). Pronto, Deus estava habitando na terra, dentro do tabernáculo, ao alcance de toda a nação de Israel, enquanto eles peregrinavam no deserto. As demais nações não acesso a ele.
2.       O TEMPLO EM JERUSALÉM –  já fixados na terra de Canaã, Salomão construiu o templo, onde,  depois de consagrado,aconteceu o seguinte: “Tendo os sacerdotes saído do santuário, uma nuvem encheu a casa do Senhor, de tal sorte que os sacerdotes não puderam permanecer ali, para ministrar, por causa da nuvem, porque a glória do Senhor enchera a casa do Senhor” (I Rs. 8:10,11). Agora Deus estava habitando num santuário fixo, no meio do povo de Israel, mas estava ao alcance de outras nações, pois está escrito “Todos os reis do mundo procuravam ir ter com ele (Salomão) para ouvir a sabedoria  que Deus lhe pusera mo coração” (II Cr. 9:23). A rainha de Sabá (Etiópia) foi um desses reis (rainha) que foram buscar o conhecimento de Deus, na pessoa de Salomão.
3.       A PESSOA DE JESUS CRISTO, O FILHO DE DEUS – Jesus disse “Destruí este santuário, e em três dias o reconstruirei. Replicaram os judeus: Em quarenta e seis anos foi edificado este santuário, e tu, em três dias, o levantarás? Ele, porém, se referia ao santuário do seu corpo”  (Jo. 2:19-21). Deus, o Espírito Santo, que habitara no corpo de Adão, estava agora habitando no corpo de Jesus. Mas, o acesso a Jesus estava limitado às pessoas que habitavam na sua proximidade, enquanto que, para muitos, Deus estava inacessível. Diferentemente do tempo de Salomão, Israel não era agora uma nação soberana, mas estava debaixo da autoridade do imperado r romano. “Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi guiado pelo mesmo Espírito, no deserto” (Lc. 4:1).  Aliás, o ministério de Jesus, limitou-se basicamente ao território de Israel. Mas Deus estava chegando perto.
4.       O INÍCIO DA IGREJA NO DIA DE PENTECOSTES -  “Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem” (At.2:4). Agora, o plano de Deus, de colocar a sua presença ao alcance de todos, estava chegando ao seu auge. O mesmo Espírito que estava em Adão, depois, no tabernáculo, e depois,  no templo de Jerusalém, e depois,  ainda, na pessoa de Jesus, agora estava no corpo de cada discípulo. Agora, a ordem que Jesus havia dado “Ide por todo o mundo, pregai o Evangelho a toda criatura”, podia ser colocada em prática. No tempo de Salomão, os reis das nações iam a Jerusal&eac ute;m, buscar o conhecimento de Deus, para levar a seus súditos. Eles podiam levar o conhecimento de Deus, mas não podiam levar a presença de Deus. Aliás, mesmo depois de treinados diretamente por Jesus, tendo o conhecimento de Deus, para levar às nações, os discípulos foram proibidos de ir, pelo próprio Jesus. “permanecei, pois, na cidade, até que do alto sejais revestidos de poder” (Lc.24:49). “Eis que um etíope, eunuco, alto oficial de Candace, rainha dos etíopes, o qual era superintendente de todo o seu tesouro, que viera adorar  em Jerusalém” (At. 8:27). Este etíope foi batizado por Filipe, pois, embora tivesse uma parte da bíblia, não conseguia entendê-la. Filipe ministrou a ele não só o conhecimento de Deus, mas também a presença de Deus, pois era “cheio do espírito Santo”(At. 6:3,5). Este é um princípio para a obra missionária, pois devemos enviar para as nações, não somente o conhecimento de Deus, mas também a presença de Deus. Ou seja, devemos enviar pessoas cheias do Espírito Santo. O plano de Deus é colocar a sua presença, bem como o conhecimento de si, ao alcance de todos os habitantes da terra.  Seja numa cidade, seja numa nação, seja num continente, seja no mundo todo. Ninguém poderá dizer que não teve acesso a Deus, nem ao conhecimento de sua pessoa. Portanto, a responsabilidade de cada crente, é se encher do Espírito Santo, e procurar conhecer o máximo sobre a sua pessoa, para poder transmiti-las aos outros. “crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo” (II Pr. 3:18). A presença de Deus se consegue orando, e o conhecimento de Deus, estudando a b& iacute;blia, ou ouvindo o ensino da boca do pregadores. 

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