segunda-feira, 23 de novembro de 2015

FONTES DO AMOR


“Ora, o intuito da presente admoestação visa ao amor que procede de um coração puro, e de consciência boa, e de fé sem hipocrisia.” (I Tm. 1:5).
          Paulo chama a sua carta de “admoestação”, que é parangelia (em grego), e significa ordem, mandamento, comando, instrução, preceito, regra de vida. O objetivo de escrever esta admoestação, diz Paulo, é o amor. Ou seja, Paulo queria que Timóteo aprendesse sobre o amor, e ensinasse às suas ovelhas a mesma doutrina. Aliás, os escritores do N.T. falam muito do amor. Com certeza o cristianismo é a religião do amor. Não importa o que os cristãos fizeram ou estão fazendo, se não estão fundamentados no amor, estão desviados. E não é o amor ao dinheiro, que é a raiz de todos os males.  Jesus mesmo resumiu os Dez Mandamentos em dois: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o entendimento ...e...Amarás o teu próximo como a ti mesmo.” (Mt. 22:37-39). E João chega a dizer que “Deus á amor.” Mas, Paulo esclarece, para alguém tenha esse amor, há três condições. Ele deve brotar de um coração puro, de uma boa consciência, e de uma fé não fingida.
1.       Um coração puro – é um coração sem pecado, pois Jesus disse “Porque do coração procedem maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias.” (Mt.15:19). E Pedro disse que Deus não estabeleceu distinção alguma entre judeus e gentios “purificando-lhes pela fé o coração.”(At.15:9). Ou seja,  quando o Espírito Santo caiu sobre os gentios na casa de Cornélio, purificou os seus corações. Então, não é o batismo nas águas que purifica o coração, mas o batismo no Espírito Santo. No entanto, Pe dro diz em At. 2:38, que quando somos batizados nas águas, em nome de Jesus Cristo, os nossos pecados são perdoados. Então, o perdão dos pecados é um ato jurídico, um ato legal, como quando o juiz assina o ato de soltura de um preso, e isso acontece no batismo nas águas. Mas o batismo no Espírito Santo é um ato de fato, como quando o carcereiro abre a porta da prisão. O primeiro é de direito, o segundo é de fato. Aí temos o coração puro. Foi anelando isso, que Davi clamou, depois do seu pecado “Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro de mim um espírito inabalável.” (Sl.51:10).
2.       Uma boa consciência – é a consciência de uma pessoa que não tem pecado, ou que seus pecados foram perdoados. Essa pessoa dorme em paz, pois a consciência de nada lhe acusa. Davi passou por isso também, depois de seu pecado: “Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos meus constantes gemidos todo o dia.” (Sl. 32:3). A rigor, somente o crente pode ter uma boa consciência, já que “todos pecaram, e foram destituídos da glória de Deus.” Mas quando o homem se converte, seus pecados são perdoados, e passa, então, a ter uma boa consciência, já que não há mais nenhuma acusação contra ele. Quando,por&eacu te;m, o crente peca, a consciência passa a incomodá-lo novamente. Por isso João diz “Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo.” (I Jo. 2:1). O segredo para ter uma boa consciência é o arrependimento constante, sempre que a pessoa pecar. Por isso Provérbios diz “O que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas o que as confessas e deixa alcançará misericórdia.” (Pv.28:13).
3.       Uma fé sem hipocrisia – ou uma fé não fingida, acontece quando o homem, não tendo pecado, não tem nada para esconder, podendo ser autêntico , sincero, e transparente. Jesus disse a seus discípulos “Acautelai-vos do fermento dos fariseus, que é a hipocrisia.” (Lc. 12:1). Em outro texto a Bíblia diz “Os fariseus, que eram avarentos, ouviam tudo isto e o ridicularizavam.” (Lc. 16:14). Os fariseus não podiam ser sinceros, pois procuravam esconder do povo os seus pecados. Então, há aqui um encadeamento, pois uma pessoa só pode ter uma fé sem fingimento ou sem hipocrisia, se tiver uma boa consciência, e só pode ter uma boa consci&eci rc;ncia, se não tiver pecado, ou seja, se tiver um coração puro. Então, o amor, que Paulo estava procurando ensinar a Timóteo e às suas ovelhas, só pode brotar de uma pessoa santa, ou seja, que tem santidade, que é a ausência de pecado. “Pois esta é a vontade de Deus: a vossa santificação, que vos abstenhais da prostituição” (I Ts. 4:3). “e o Senhor vos faça crescer e aumentar  no amor uns para com os outros e para com todos, como também nós para convosco, a fim de que seja o vosso coração confirmado em santidade, isento de culpa, na presença de nosso Deus e Pai, na vinda de nosso Senhor Jesus, com todos os seus santos.” (I Ts. 3:12,13).

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