quarta-feira, 11 de novembro de 2015

OS FALSOS PROFETAS


“Acautelai-vos dos falsos profetas” (Mt. 7:15).
          Jesus disse em Nazaré, cidade onde foi criado “Não há profeta sem honra, senão na sua terra, entre os seus parentes e na sua casa” (Mc. 6:4). Jesus era um verdadeiro profeta, e fazia duas coisas em Nazaré: 1. Ensinava a palavra de Deus: “Que sabedoria é esta que lhe foi dada?” (v.2). 2. Fazia milagres: “Como se faz tais maravilhas por suas mãos?” (v.2). Era o que se esperava de um verdadeiro profeta. Que falasse a palavra de Deus, ou seja, profetizasse, e que fizesse milagres, geralmente cura de enfermidades e expulsão de demônios. Jesus era um verdadeiro profeta, e era o que ele fazia em Nazaré. Com ele não havia problema, mas havia com seus conterrâneos nazarenos. Eles não criam em Jesus e no que ele fazia, em virtude de sua familiaridade com ele, po r ter sido criado em sua cidade. “Não é este o carpinteiro, filho de Maria, irmão de Tiago, José, Judas, e Simão?” (v.3). No caso de Mateus 7:15-23, acontece  o contrário, pois os discípulos poderiam crer nos falsos profetas, que estariam fazendo as mesmas coisas que Jesus fazia: “não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres?” (Mt.7:22). No contexto de Mateus, o Sermão do Monte, Jesus está prevenindo as ovelhas, seus discípulos, em virtude do caráter ingênuo das mesmas. Todo o sermão do Monte é endereçado às ovelhas. Temos de ter cuidado na interpretação da Bíblia, pois há textos dirigidos às ovelhas, e há textos dirigidos aos pastores. As três cartas pastorais de Timóteo e Tit o, por exemplo, são dirigidas aos pastores, e não às ovelhas.  Todo o sermão do Monte é dirigido às ovelhas. O texto de Mateus 23:13-36, é dirigido aos pastores, que no caso, são os escribas e fariseus. “Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas...” (Mt. 23:13). Em Mt. 7:15-23, Jesus previne as ovelhas, contra os falsos pastores, que são aqui chamados de falsos profetas. “Acautelai-vos dos falsos profetas” (Mt.7:15). Aqui ele usa duas figuras de linguagem. A primeira é a do rebanho, pois ele fala de ovelhas e de lobos roubadores. O lobo vem disfarçado de ovelha, para não causar desconfiança no rebanho. Podemos apenas imaginar o estrago que um lobo disfarçado de ovelha pode causar no meio do rebanho. As ovelhas são fáceis de enganar, pois são ingênuas. Mas Jesus recomenda cautela. Em outro texto Jesus diz &ldqu o;Eis que eu vos envio como ovelhas para o meio de lobos; sede, portanto, prudentes como as serpentes e símplices como as pombas. E acautelai-vos dos homens” (Mt. 10:16,17). A segunda figura de linguagem que Jesus usa, é a da árvore e seus frutos. O disfarce de ovelha pode ser improvisado rapidamente, mas o fruto de uma árvore demanda mais tempo, e surge naturalmente. Enquanto está só a árvore, você pode ser enganado, mas quando o fruto aparece, sua verdadeira natureza é revelada. O disfarce do falso profeta pode se constituir de palavras: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.”  (Mt.7:21). Não é o que alguém diz, mas o que ele faz, que deve ser observado, para se saber qual é o caráter do profeta. Então, o disfarce do lobo consiste em palavras enganosas e milagres enganosos. Jesus disse “porque surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos.” (Mt. 24:24). Jesus disse que entrará no reino dos céus “aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus”(Mt.7:21). Paulo explica: “Pois esta é a vontade de Deus: a vossa santificação, que vos abstenhais da prostituição” (I Ts. 4:3). Então, o fruto bom, do verdadeiro profeta, que deve observado, é a vida de santidade, pois Jesus disse “Apartai-vos de mim, os que praticais a iniquidade.” (Mt.7:23). 

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