Mt.6:9-15 “Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu.”
1. Deus, no Novo Testamento, é nosso Pai, diferentemente do relacionamento de Deus com seu povo no Antigo Testamento. No Antigo Testamento Deus tinha um povo, no Novo tem uma família. No Novo Testamento Deus, nosso Pai, está no céu, não na terra, do mesmo modo que no Antigo Testamento. “Então os sacerdotes e os levitas se levantaram e abençoaram o povo; e a sua voz foi ouvida, porque a sua oração chegou até a santa habitação de Deus, até o céu.” (II Cr. 30:27).
2. “Santificado seja o teu nome” parece com o mandamento “não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão.” (Ex. 20:7). Santificar significa separar, limpar ou manter limpo, reservado para o uso sagrado, evitando profanar pelo uso secular. No Antigo Testamento os judeus ficaram com medo de quebrar o mandamento, e evitaram usar o nome próprio de Deus, Jeová, substituindo-o por Senhor, ou Há Shem, o nome. No Novo Testamento, o nome de Deus não aparece de modo nenhum, sendo substituído pelo título Pai, como ensinou Jesus. Ou melhor, o nome de Deus aparece no N.T. codificado dentro do nome do Filho, já que Jesus, ou Yeshua, significa “Jeová é Salvação”.
3. “Venha o teu reino” pode ser entendido por meio de alguns versículos, como se segue: “Mas, se eu expulso os demônios pelo Espírito de Deus, é conseguintemente chegado a vós o reino de Deus.” (Mt.12:28). “Dizia-lhes também: Em verdade vos digo que, dos que aqui estão, alguns há que não provarão a morte sem que vejam chegado o reino de Deus com poder. E seis dias depois...” Eles tiveram a experiência do monte da transfiguração. (Mc.9:1,2). “E, convocando os seus doze discípulos, deu-lhes poder e autoridade sobre todos os demônios, e para curarem enfermidades. (Lc.9:1). Então a chegada do reino de Deus, não é quando a igreja estiver governando, por meio dos crentes, nos sete montes, mas quando estiver exercendo poder e autoridade sobre os demônios, expulsando-os, e curando toda sorte de doenças e enfermidades. Observe que essas atividades são realizadas por meio de poderes sobrenaturais, característica do reino de Deus. Porque, na verdade, a igreja ou os crentes, podem assumir o governo da nação, tanto no plano federal, estadual, ou municipal, e dominar os parlamentos, e não ter nem um pingo de poder sobrenatural, o que significa que os demônios é que estarão reinando, escravizando as pessoas. Então “venha o teu reino” significa venha o poder sobrenatural do teu reino, isto é, o Espírito Santo capacitando os filhos de Deus para operarem sinais e maravilhas, na libertação e cura das pessoas.
4. “Seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu”. Já sabemos que a vontade de Deus é boa, agradável, e perfeita, e na medida em que a vontade de Deus é feita na terra, esse lugar será um paraíso. Deus revelou a sua vontade em vários lugares da Escritura, principalmente no Novo Testamento, e iremos destacar duas.
a) Vontade 1. “Porque isto é bom e agradável diante de Deus nosso salvador, que quer que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade.”(I Tm.2:3,4). “O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a considerem demorada. Mas ele é paciente convosco e não quer que ninguém pereça, mas que todos venham a se arrepender.” (II Pd.3:9). Então, a vontade de Deus é que ninguém se perca, mas que todos sejam salvos. Porém, a vontade de Deus depende de dois fatores, que são: o livre-arbítrio humano, que pode resistir e rejeitar a vontade de Deus para a sua vida, e a negligência da igreja em evangelizar os perdidos, para que a vontade de Deus seja feita.
b) Vontade 2. “A vontade de Deus para vós é esta: a vossa santificação; por isso, afastai-vos da imoralidade sexual. Cada um de vós saiba manter o próprio corpo em santidade e honra, não na paixão dos desejos, à semelhança dos gentios que não conhecem a Deus.” (I Ts. 4:3-5). A vontade de Deus para os de fora é que sejam salvos, isto é, que sejam introduzidos no reino de Deus. E para os que já estão dentro, é que vivam uma vida isenta de pecado, principalmente preservando o corpo do pecado sexual. Aliás, o pecado sexual parece ter um caráter diferenciado, pois o apóstolo Paulo escreveu “Fugi da imoralidade. Qualquer outro pecado que o homem comete é fora do corpo; mas quem pratica a imoralidade peca contra o corpo.” (I Co.6:18).
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