quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

PALMADAS NOS FILHOS É ERRADO



"A Lei da Palmada" é assim que está sendo chamado um Projeto de Lei que tramita no Congresso Nacional, tendo sido já aprovado na Câmara, e sendo enviado para o Senado. Li vários artigos a respeito do assunto, todos condenando o tal Projeto de Lei, que, de fato, atenta contra a integridade da família.

O problema é que as crianças são Tabula Rasa, como diziam os filósofos, e que, se queremos que elas aprendam algo, devemos, antes, ensinar-lhes. "Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se desviará dele" é o que diz a Escritura em Provérbios 22:6. As crianças devem ser ensinadas a obedecer, pois, de outro modo não o farão quando crescerem. A primeira figura de autoridade com que a criança se depara são os pais. Se elas não forem ensinadas a obedecer aos pais, não obedecerão às demais autoridades com que se depararem, seja na escola, seja no Estado, seja no trabalho ou em qualquer outra instituição. Se os pais não ensinarem a seus filhos a obedecer à sua própria autoridade, o Estado gastará rios de dinheiro, no futuro, tentando ensinar-lhes a obediência, por meio do sistema prisional. Mas, antes disso, professores serão desacatados, afrontados e agredidos, por crianças e adolescentes, que não aprenderam a respeitar a sua autoridade.

Mas não é para dar palmadas, como prega a discussão hodierna. As famosas palmadas certamente derivam dos costumes dos nossos avós, que, por ignorância, as praticavam, fazendo o melhor que podiam, ou sabiam. Nunca, em lugar algum, a Escritura manda dar palmadas, mas manda usar a vara.


"A estultícia está ligada ao coração da criança, mas a vara da correção a afugentará dela." (Pv.22:15);
"Não retires a disciplina da criança, porque, fustigando-a com a vara, nem por isso morrerá. Tu a fustigarás com a vara e livrarás a sua alma do inferno." (Pv.23:13,14);
"A vara e a repreensão dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma envergonha a sua mãe." (Pv. 29:15).
Este último versículo sintetiza os meios de educação que eram usados na educação de filhos, a vara e a repreensão. A vara era o castigo físico, e a repreensão eram as palavras. O apóstolo Paulo segue a mesma linha de ensinamento quando preceitua Disciplina é a vara e admoestação é a confrontação verbal com os filhos, com o objetivo de corrigí-los. Palmada é usar a mão aberta para bater nos filhos, e isso é errado. Difere de soco somente no fato de ser com a mão aberta, enquanto que soco é com a mão fechada. Deus mandou corrigir os filhos com castigo físico e com palavras, mas não mandou espancar. Se for usado somente ocastigo físico, está errado, mas somente as palavras está errado também. É perigoso mudar as palavras de Deus, pois somente Ele conhece plenamente a estrutura da personalidade humana.  
"E vós, pais, não provoqueis a ira a vossos filhos, mas criai-os na disciplina e admoestação do Senhor."

Como pais não queremos bater nos nossos filhos, e nos iludimos pensando que somente palavras vão ser suficientes. Porém, para o bem deles, e mesmo com o coração partido, teremos que discipliná-los, da maneira como Deus orienta em sua Palavra. Não com palmadas e palavras, mas com a vara e palavras. A palmada não é recomendada, porque a mão deve ser usada para afagar, e não para bater nos filhos. Como gato escaldado tem medo de água fria, a mesma mão que foi usada para dar palmadas, não será aceita quando quiser afagar. A vara pode ser alguma coisa como o famoso cinturão que nossos pais mantinham guardado para nos disciplinar. Alguém já disse que o lugar onde deve ser aplicado o castigo são as nádegas, que podem suportar as lapadas. A Bíblia não diz o lugar, mas homens sensatos já sugeriram que pode ser assim. Não é puxão de orelha, que podem danificar o aparelho auditivo, nem dar tapa na cara, como alguns fazem, exibindo uma natureza violenta e cruel.
"Botar de castigo" também é errado, pois em nenhum lugar da Escritura mandou colocar as crianças de castigo. O que Deus mandou foi vara e repreensão. O ser humano está sempre tentando inventar algo de sua própria cabeça, achando que deve colocar a criança de joelhos sobre grãos de milho, ou de frente para a parede durante horas, ou detrás da porta. Isto é tortura e não tem nenhum efeito disciplinar ou corretivo. Disciplina tem a mesma raiz de discípulo, pois visa ensinar algo a um aluno, que são nossos filhos. O efeito danoso à psiquê humana causado por um castigo inadequado, só Deus pode saber. Mas a consciência humana é feita de tal maneira que quando fazemos algo errado, o tribunal interior, chamado de consciência, nos condena e diz que temos de receber o castigo. O quando sofremos o castigo, a consciência se aplaca,e volta a ter paz. Se não acharemos um jeito de nos punir, ainda que inconscientemente. Dizem os psiquiatras que os chamados psicopatas são destituídos de consciência, e que eles representam 4% da população mundial. Porém, a maioria das pessoas tem consciência.

Porém, a situação no Brasil é grave, pois se esse Projeto de Lei for aprovado, como parece que vai ser, os pais brasileiros estarão impedidos de ducarem seus filhos conforme as normas que Deus determinou em sua Palavra, com conseqüencias bem previsíveis para as futuras gerações. Já vivemos em uma situação de quase anarquia com respeito à educação de filhos, pois a maioria das pessoas não sabe o que fazer com seus filhos. Tudo isso porque ignoram solenemente a Bíblia como fonte de autoridade na educação de filhos, relegando-a à condição de um velho livro arcaico, sem utilidade prática para a moderna e sofisticada sociedade, que vive na dependência da frágil sabedoria humana. "Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus."(ICo.1:18). O que está acontecendo é que satanás está cumprindo a sua agenda, que ele elaborou desde o Jardim do Éden, que é desacreditar, desmoralizar, desqualificar a Palavra de Deus, para que ele coloque as suas mentiras. Quem quiser fazer o papel de Eva, acreditando nele, que faça. Porém, eu e a minha casa serviremos ao Senhor!

sábado, 10 de dezembro de 2011

AS TRÊS FESTAS JUDAICAS PRINCIPAIS


Eram a Páscoa, o Pentecostes, e Tabernáculos, que são assim chamadas em II Cr. 8:13 "Na Festa dos Pães Asmos, e na festa das Semanas, e na Festa das Tendas.". Páscoa é Pessah, que significa passagem, em hebraico, derivado do fato de o anjo destruidor ter passado por sobre toda a terra do Egito, na morte dos primogênitos, na instituição da Páscoa. Pentecostes deriva de Penta, cinco, em grego, em virtude de ser comemorada esta Festa cinqüenta dias após a páscoa, que é também chamada de Festa das Semanas, em virtude de acontecer sete semanas, após a Páscoa. A Festa dos Tabernáculos é a terceira das três festas principais, e é chamada de Sucote, derivada de Sukáh, em hebraico, que significa Tendas ou Cabanas.

Com é sabido, a Antiga Aliança é constituída, em parte, de sombras e figuras, das realidades espirituais, que o a Nova Aliança veio revelar. "Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados, que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo." (Cl.2:16,17). Estas categorias, que Paulo descreve, são as festas anuais, as mensais, e as semanais. Cada uma das festas anuais tem um sentido literal, que é o tipo, e um sentido oculto, que é o antítipo.

A Páscoa, com a morte do cordeiro de um ano, sem defeito e sem mácula, representa Jesus, que é o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. "No dia seguinte, João viu a Jesus , que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo." (Jo.1:29,36). A Festa das Semanas, que se seguia à Páscoa, era um período de sete dias em que os judeus só poderiam comer pães asmos, isto é, sem fermento. O sentido oculto é dado por Paulo, em I Co 5:6-8: "Não é boa a vossa jactância. Não sabeis que um pouco de fermento faz levedar toda a massa? Alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como estais sem fermento. Porque Cristo, nossa Páscoa, foi sacrificado por nós. Pelo que façamos a festa, não com o fermento velho, , nem com o fermento da maldade e da malícia, mas com os asmos da sinceridade e da verdade. Então, o fermento representa o pecado, neste contexto. E os pães asmos significam a santidade, que incl ui a sinceridade e a verdade, aqui mencionadas, mas também o guardar-se do  pecado sexual, do texto.

Pentecostes é também chamada de Festa das Primícias, pois, era quando o judeu entregava os primeiros frutos da terra. O sentido oculto está registrado em At. 2:1, onde está escrito: "cumprindo-se o dia de Pentecostes..." Para que o judeu fizesse a sua colheita, era necessário que houvesse chuva. O trabalho manual, como a semeadura e a ceifa, eram a parte humana, mas a chuva era a parte de Deus. Se não houvesse chuva, não haveria colheita, embora pudesse haver semeadura. Bem, no dia de Pentecostes, o trabalho manual foi feito pelos discípulos, por meio da oração. "Todos estes perseveravam unanimemente  em oração e súplicas, comn as mulheeres, e Maria, mãe de Jesus, e com seus irmãos." A descida do Espírito Santo foi a chuva que Deus mandou,em resposta às orações dos discípulos. E, as "quase três mil almas ' que se batizaram naquele dia, foram os primeiros frutos, as primícias, da grande colheita.

Tabernáculos é a terceira festa, e era quando os judeus colhiam os restantes dos frutos de toda a plantação.  Enquanto Pentecostes fala da colheita somente das primícias, Tabernáculos fala da colheita do todo o fruto de toda a plantação. Creio que estamos presenciando a grande colheita, em todo o mundo, quando o Senhor da seara está convocando todos os servos para a tarefa. Ninguém está dispensado. A chuva, no dia de Pentecostes, foi localizada em Jerusalém, que era o local onde a colheita das primícias seria feita. Hoje, a chuva está acontecendo em toda a seara,a saber, em todo o mundo, para que a colheita seja feita em grande escala, e toda a plantação seja ceifada. "Os que semeiam em lágrimas segarão com alegria. Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará, sem dúvida, com alegria, trazendo consigo os seus molhos." (Sl. 126:5,6). 

A igreja hoje está cantando e dançando, com júbilo, porque este é o tema da colheita, alegria. Alguns da igreja ainda estão com o espírito somente da semeadura, que é penosa, e criticam àqueles que estão no espírito da ceifa, cantando e dançando, enquanto colhem os seus feixes. O tempo de cantar chegou. Alegria e brados de vitória na tenda dos justos. Entre neste espírito.

Pr. Valdi Pedro

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

O QUE ESTÁ POR TRÁS DO SUCESSO DO TITANIC

Ainda que um tanto tardiamente, quero relatar o seguinte: Em 1998, eu estava em João Pessoa, na Paraíba, fazendo um curso de pós-graduação. Numa certa noite, eu passeava no Shoping Center Manaíra, quando decidi entrar numa das salas de cinema, para assistir a um filme. Por acaso, o filme era Titanic, que estava fazendo muito sucesso naqueles dias. Comecei a assistir ao fime sem muito entusiasmo, pois o meu propósito era mais passar o tempo. A trama foi se desenrolando, e não sei em que momento isto aconteceu, mas em determinado momento eu comecei a chorar. Uma cena que ficou marcada na minha mente foi aquela em que o navio se inclina, com a popa para cima, e as pessoas despencavam se esborrachando no convés.

Eu achei estranho tudo aquilo, pois não costumo chorar dentro de cinema, diante de cenas de tragédia. Mas, à medida que eu refletia sobre o assunto, entendi que Deus me estava revelando algo. Há um texto no Antigo Testamento que tem uma cena dessa, onde o profeta Eliseu, recebe uma revelação de Deus, sobre a pessoa de Hazael: "E afirmou a sua vista e fitou os olhos nele, até se envergonhar; e chorou o homem de Deus. Então disse Hazael: Por que chora meu Senhor? E ele disse: porque sei o mal que farás aos filhos de Israel; porás fogo às suas fortalezas..." (II Rs. 8:11,12).  Jesus também teve uma revelação semelhante sobre Jerusalém: "E, quando ia chegando, vendo a cidade, chorou sobre ela, dizendo: Ah! Se tu conhecesses também, ao menos neste teu dia, o que à tua paz pertence! Mas agora, isto está encoberto aos teus olhos. Porque dias virão sobre ti, em que os teus inimigos te cercarão de trincheiras..." (Lc. 19:41-43).

Voltando ao caso do Titanic, Deus estava revelando ao meu espírito, por meio do espírito Santo, o que aquela cena representava. Como está escrito em Rm.8:14 "Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus." Não quero parecer presunçoso, me comparando com Jesus e Eliseu, mas os crentes do Novo Testamento tem o Espirito Profético dentro deles. Como está em I Co. 3:16 "Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?" E ainda em I Co. 6:19 "Ou não sabeis que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?" Deus trouxe ao meu espírito, por meio do Espírito Santo, que o que a tragédia do Titanic representava era o juízo final.

Foi no dia 14 de abril de 1912, às 23:40 horas, que o titanic colidiu com um Iceberg, quando se dirigia para Nova York, vindo da Inglaterra. Esse navio era o maior que tinha sido construído e a maior obra da engenharia humana. O entusiasmo daquela geração, pela conquista de uma tecnologia tão avançada, levou-os a dizer que nem Deus afundaria o Titanic. Principalmente os meios de comunicação, afirmavam repetidamente que o Titanic era insubmergível, e que "ninguém afundaria este navio." Havia no Titanic 2.228 pessoas, sendo que dessas, 1.523 pereceram, e somente 705 sobreviveram. A tragédia do Titanic lembra o episódio da Torre de Babel. (Gn.11).

A rebelião da Torre de Babel foi um grito de independência da humanidade em relação a Deus. Foi um demonstração de soberba, a qual Deus não deixou sem castigo. No caso do Titanic, a soberba era demonstrada pela confiança excessiva na ciência e na tecnologia.

Enquanto eu assistia ao desenrolar das cenas, o meu espírito se quebrantava, por entender que o fim do mundo vai ser assim. As pessoas estavam presas numa armadilha, da qual  não poderiam sair, a não ser por meio de um milagre. Naquele dia as pessoas verão a futilidade de deixarem Deus fora de suas vidas, sendo donas do seu próprio nariz. Só restará desespero, pois o dia da oportunidade passou. Enquanto estamos na época da graça, Deus ainda está com as mãos estendidas, esperando aqueles que querem abrir mãos de sua independência, e se voltarem para Deus, por meio de Jesus Cristo, através do arrependimento.

O sucesso do Titanic não deve ser atribuído ao talento dos autores do filme, e de seus efeitos especiais. Mas o sucesso do filme, é mais uma manifestação da misericórdia de Deus, "não querendo que niguém se perca, mas que todos venham ao arrependimento." Na verdade o filme é uma mensagem evangelística da parte de Deus, para chamar a atenção do mundo, antes da tragédia final, da qual o naufrágio do Titanic é apenas uma amostra.

domingo, 27 de novembro de 2011

O ANTICRISTO, A ESCATOLGIA E O APOCALIPSE

Recentemente, ouvi e vi num documentário do History Channel que, baseado no estudo de Nostradamus e de suas Centúrias haverá três Anti-Cristos. O primeiro foi Napoleão Bonaparte, o segundo, Adolf Hitler e o terceiro eles não souberam identificar. 

Como a minha fonte de autoridade não é Nostradamus, mas a Bíblia, resolvi escrever estas linhas, para dar a minha contribuição ao assunto. De fato, a Bíblia fala desse sinistro personagem, seja por meio da linguagem literal, seja por meio da alegoria ou tipologia. A história está repleta de tipos do Anti-Cristo, pois Satanás sempre teve o propósito de governar o mundo, por meio de um homem, já que ele é espírito. 

O propósito eterno de Deus é o   de governar o mundo por meio do Messias, Jesus Cristo. Sobre o governo mundial do Messias, vejamos alguns textos: "Porque brotará um rebento do tronco de Jessé, e das suas raízes um renovo frutificará. E repousará sobre ele o Espírito do Senhor, e o Espírito de sabedoria e de inteligência, o Espírito de conselho e de fortaleza, e o Espírito de conhecimento e de temor do Senhor... E a justiça será o cinto dos seus lombos, e a verdade, o cinto dos seus rins." (Is. 11:1,2,5). São os sete Espíritos que estão diante do trono de Deus, segundo Ap. 1:4 "João, às sete igrejas que estão na Ásia: Graça e paz seja convosco da parte daquele que é, e que era, e que há de vir, e da dos sete Espíritos que estão diante do seu trono." E quando o anjo Gabriel falou com Maria, sobre o nascimento de seu filho, disse: "Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai, e reinará eternamente na casa de Jacó, e seu reino não terá fim." (Lc.1:32,33). E em Mt.25:31 "E, quando o filho do homem vier em sua glória, e todos os santos anjos, com ele, então se asentará no trono da sua glória; e todas as nações serão reunidas diante de dele."

Mas antes do governo mundial do Messias, o Anti-Cristo governará o mundo, por meio da mentira e do engano, que são as suas especialidades. O primeiro homem que se tornou um governante mundial, poderoso na terra, foi Ninrode.  Ninrode era filho de Cuxe, que era o primogênito de Cão, filho de Noé. Então Ninrode era bisneto de Noé. Este Ninrode foi o líder da rebelião da Torre de Babel. E o princípio do seu reino foi Babel. (Gn.10:8-10).  É bom lembrar que a palavra "babel", que significa "confusão", em alusão ao fato de Deus ter confundido a linguagem de toda a terra, também é a palavra hebraica para Babilônia. Podemos até dizer que Ninrode foi o primeiro governante da Babilônia, mas o seu governante mais famoso foi Nabucodonosor e muito tempo depois dele, Saddam Hussein. Muito tempo depois, Paulo escreve que "Deus não é Deus de confusão", num contexto que versa sobre a variedade de línguas, em Corinto, o que nos lembra a confusão das línguas em Babel. (I Co.14:33). Deus não tem nada em comum com Babilônia, nem com o Anti-Cristo, seu governante. 

Nesta altura é bom lembrar que toda e qualquer informação e detalhe é importante, para que possamos elucidar a identidade do Anti-Cristo. Sabemos que o nome Ninrode significa "ele se rebelou", e que ele era de cor negra, como seu pai, Cuxe. Gn.2:13 fala da "terra de Cuxe", que, provavelmente,  se refere à Africa, que,  antigamente, era um país, e não o continente em que se  tornou, depois da colonização do império britânico. Esse país se chamava etiópia, mencionado muitas vezes na escritura, bem como os etíopes, mas no original hebraico, o nome é Cuxe. (Este assunto continua no livro do autor , que está saindo à lume).

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

O QUE ESTÁ POR TRÁS DA SÉRIE CREPÚSCULO


Acabei de assistir ao quarto filme da saga Crepúsculo, baseado nos livros de Stephenie Meyer, no qual Bella casa com o vampiro Edward, e vão passar a lua-de-mel no Rio de Janeiro. 

Muito já foi dito sobre os motivos pelos quais a série se tornou um sucesso de bilheteria em todo o mundo. Pode-se destacar as adolescentes, dentre o público mais cativo da série, mas pessoas de todas as idades parecem querer saber o que está acontecendo. Até mesmo os pais querem entender o que atrai tanto seus filhos. Mas, lá estava eu, acompanhando com muito interesse o desenrolar das cenas, quando,  de repente, a ficha caiu, como diz o ditado popular, isto já aconteceu antes, numa era muito remota do passado. 

Mas, antes de voltar ao passado, vamos relembrar algumas coisas dos tempos modernos. A mente do povo está sendo amaciada, de maneira subliminar,  para aceitar como normal, algo, que de outra maneira, não aceitaria. O filme E.T. O Extra-Terrestre,  de Steven Spielberg, já ensinava o povo, que não devemos ter medo de entrar em contato com seres de outra dimensão. O temido E.T. é apresentado como bonzinho, e sua amizade é até desejável. Nos anais da ufologia,  temos casos de pessoas abduzidas, e que tiveram relações sexuais, dentro de supostas naves espaciais, com supostos seres extra-terrestres. Os temidos vampiros, seres horripilantes, sedentos de sangue humano, são agora apresentados como pessoas boazinhas, até capazes de se apaixonar por humanos. A mente do povo está sendo preparada para algo. 

Qual a adolescente que não gostaria de estar no lugar de Bella, sendo protagonista de um tórrido romance, com um charmoso e brilhante vampiro? Drácula deve estar se remexendo dentro da sepultura. No filme Amanhecer, na lua-de-mel no Rio de Janeiro, depois de consumar o ato sexual com Edward,  Bella dá a entender que fazer sexo com um ser sobre-humano, um vampiro, é o máximo. A mente do povo está sendo preprarada para algo que vem por aí. Isto já aconteceu antes.

Jesus disse que "como foi nos dias de Noé, assim será nos dias do filho do homem", isto é, no Segundo Advento, ou Parusia. Salomão diz em Eclesiastes que "não há nada de novo debaixo do céu". O capítulo 6 do livro de Gênesis começa dizendo "E aconteceu que , como os homens começaram a multiplicar-se sobre a face da terra, e lhes nasceram filhas..." Vi recentemente no noticiário da televisão, que acaba de nascer o ser humano de número sete bilhões, nas Filipinas. 

Em Gênesis os homens começaram a multiplicar-se, e, podemos dizer que hoje os homens estão terminando de multiplicar-se. Há um paralelo entre essas duas eras. Na seqüência de Gn. 6, os filhos de Deus tomaram para si mulheres, de todas as que escolheram. Apesar de toda as explicações dos eruditos, sobre a descendência de Caim e de sete, a única explicação que se coaduna com a exegese e a hermenêutica, assim creio eu, é a de que o filhos de Deus são anjos, anjos caídos. No verso 4 de Gênesis 6, somos informados de que os nefilins estavam sobre a terra naqueles dias. Ou seja, os nefilins, que deveriam estar no céu, estavam sobre a terra, naqueles dias. 

Qualquer que estudar o assunto,já sabe que a palavra nefilins,  deriva da raiz hebraica do verbo Naphal, que significa cair. Que os anjos caíram, ninguém duvida. Mas a dificuldade, para alguns, é aceitar que os anjos podem ter relações sexuais com as mulheres. Jesus disse que os anjos no céu nem se casam, nem se dão em casamento. Isto são os anjos de Deus, que não caíram, mas os anjos caídos, não fazem outra coisa, senão o que Deus proibiu. Por isso é que eles são caídos.

Não vou me alongar sobre essa discussão aqui, mas quero falar algo ainda, sobre o Livro de Enoque. O Livro de enoque é considerado um Apócrifo, que, em teologia,significa, não um livro falso, mas um livro não canônico. Os livro canônicos são aqueles que integram o Cânon, ou a coleção de livros inspirados pelo Espirito Santo, e que têm o status de Escritura. Assim, temos o Cânon do Velho Testamento e o Cânon do Novo testamento, e os dois juntos compõem a Bíblia sagrada ou Escritura sagrada. Pois bem, o Livro de   Enoque não é canônico, e, portanto, não pertence ao Cânon do Velho Testamento, nem do Novo. Mas o novo Testamento cita o livro de Enoque, na Epístola de Judas, irmão de Jesus. Nos versos  14 e 15 de sua Epístola (Judas só tem um capitulo), Judas, movido pelo espírito Santo, cita literalmente o segundo capítulo do livro de enoque. Se o Espírito Santo levou Judas a citar o livro de Enoque, é porque o conteúdo do livro é verdadeiro, ainda que não seja canônico. Senão teríamos o absurdo de ver o Espírito Santo sancionando uma falsidade. Quem conhece o livro de Enoque sabe que o seu conteúdo  ensina largamente a tese de que os anjos caidos, coabitaram com as mulheres e dessa co-habitação, nasceram gigantes. Cito isto só para registro, mas não necessito do livro de Enoque, para mostrar que os filhos de Deus e os nefilins de Gn. 6, são anjos caídos. Na própria evidência interna, que são as evidências tiradas do texto da Bíblia, há argumentos suficientes para provar essa tese. Na própria Carta de Judas, nos versos 6 e 7, nos é dito que o pecado dos anjos foram os mesmos de Sodoma e Gomorra, e é descrito com uma palavra derivada de pornéia, em grego, que é sempre um pecado de natureza sexual.

Voltando ao que está por trás da saga Crepúsculo, Satanás está preparando a mente do povo, para fazer o que ele fez no princípio, isto é, levar os humanos, principalmente as humanas,  a manter um intercurso sexual com seres super-humanos, ou seres de outra dimensão, ou seres do mundo espiritual, ou seres imortais. Para isso, ele teria de tirar o medo natural, ligado a esse tipo de relacionamento. Para isso ele apresenta E.T. bonzinhos, vampiros bonzinhos, lobisomens bonzinhos, como diz o ditado popular, "quem quer pegar galinha não diz xô!". Mas, conforme o que está registrado  na Escritura da verdade,  o mundo é "kosmos", de onde deriva a palavra "cosmético", que serve para disfarçar a verdadeira aparência, e enganar os incautos. 

"Este mundo trenebroso" é como a Escritura se refere a ele, e os seres encantados que se manifestam sob variadas formas, são demônios, cuja natureza em nada difere da de seu chefe, que Jesus denunciou como sendo mentiroso e homicida. (Jo.8:44). E eles têm uma agenda bem conhecida daqueles que tem alguma intimidade com a escritura, que é "matar, roubar e destruir." (Jo.10:10). Em ap. 20, no encerrar da História, a Escritura revela mais a respeito de Lúcifer e de suas táticas. "(o anjo) lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e pôs selo sobre ele, para que não mais  ENGANE as nações...E, acabados os mil anos, Satanás será solto da sua prisão e sairá a ENGANAR as nações...E o diabo, que os ENGANAVA, foi lançado no lago de fogo e enxofre...". (V.3,7,10). 

Fique esperto, e não se deixe levar pelo canto da sereia, não existe vampiro bonzinho, nem lobisomens bonzinhos, nem E.T. bonzinhos, nem é um barato fazer sexo com um ser sobre-humano, pois como diz a escritura, os dois se tornam uma só carne. Se você fizer sexo com um demônio, não importa a aparência que ele tenha, você se tornará um só som ele. O que satan (Titan) está querendo é criar uma raça de híbridos de humanos com imortais, como ele fez no princípio, gerando uma raça de gigantes, uma abominação, que Deus mandou destruir, e que não ressucitarão, conforme Isaías 26:14).

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

AUTORIDADE DELEGADA


O rei Assuero (Xerxes) era o mandatário da época, e sua autoridade delegada por Deus, de onde emana toda a autoridade do universo. Assuero era o rei da Pérsia e o seu seu reino ia da Índia até à Etiópia. Haman, filho de Hamedata, o agagita, era, provavelmente, descendente de Agague, rei dos amalequitas, que Saul deixara viver, contrariando ordens expressas de Deus, através do profeta Samuel. Mardoqueu, o judeu, era primo da rainha Ester, e o povo judeu estava espalhado por todo o reino de Assuero. 

O capítulo três do livro de Ester nos informa que Haman foi exaltado acima de todos os príncipes, por vontade do rei Assuero. Jesus disse que todo aquele que a si mesmo se exaltar será humilhado, e que todo aquele que se humilhar será exaltado. Pelo visto a iniciativa de exaltar Haman não foi dele mesmo, mas do rei. 

Salomão diz, no livro de Provérbios, que o coração do rei está na mão do Senhor, que o inclina para onde quer. Podemos concluir que foi da vontade d e Deus exaltar Haman, por meio do rei Assuero. Por causa dessa exaltação todos os servos do rei se inclinavam e se prostravam diante de Haman. Mas Mardoqueu não se inclinava nem se prostrava. Podemos até entender os sentimentos de Mardoqueu em relação a Haman, pois Amaleque sempre foi inimigo do povo judeu. Mas quando tratamos com a questão da autoridade, não podemos ser sentimentais, mas friamente racionais. Deus é muito paciente e não nos pune sem primeiro nos dar oportunidade de arrependimento. Creio que foi Deus quem levou os servos do rei a advertirem repetidamente a Mardoqueu de seu comportamento afrontoso. Salomão também diz, no livro de Provérbios, que o homem que é repreendido muitas vezes sem se consertar, será punido de repente, sem que haja cura. Mardoqueu se obstinou na sua rebeldia, e não deu ouvidos aos conselhos.

Até então Haman não sabia do comportamento de Mardoqueu. Era Deus lhe dando oportunidade de arrependimento. Mas como ele se obstinou, os servos fizeram saber a Haman, para ver se a conduta de Mardoqueu seria tolerada. É claro que Haman tambem estava na prova, pois poderia ter deixado passar essa ofensa, mas no seu orgulho desenfreado, se encheu de furor, esquecendo que ele não era Deus. Cheio de ódio por Mardoqueu, Haman achou pouco matar somente o seu desafeto, mas decidiu matar todos os judeus, o povo de Mardoqueu. Haman conseguiu autorização do rei Assuero para emitir um decreto a fim mandar matar todos os judeus. O rei deu o seu anel sinete para Haman a fim que esse pudesse decretar a morte de todos os judeus. Haman escreveu as cartas e selou com o anel do rei, e as enviou por meio dos mensageiros do rei. Onde quer que as cartas chegavam havia entre os judeus luto, jejum, choro e lamentação. 

Essa situação me lembra duas outras, que passarei a comentar. A primeira é o caso de Adão, que por desobedecer a Deus, lançou um decreto de morte sobre toda a humanidade, pois "a alma que pecar, essa morrerá" e "o salário do pecado é a morte". Neste caso, Mardoqueu é um tipo de Adão. A segunda é o Holocausto nazista, durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), quando Hitler mandou matar seis milhoes de judeus. Neste caso, não sabemos quem é o Mardoqueu da situaçao, mas sabemos que Hitler é o Hamã da história, porque "a maldição sem causa não encontra pouso". (Pv.26:2).

Qualquer ato de desonra contra a autoridade, tem a retribuição de Deus, quer diretamente,  quer por meio de terceiros, no exercício de sua soberania. A ofensa pode ser diretamente endereçada a Deus, ou pode ser dirigida contra um seu preposto, que é a autoridade delegada. O apóstolo Paulo diz que "tudo o que o homem semear isso também ceifará", seja para o bem, seja para o mal. 

Quando Mardoqueu ofendeu a autoridade de Hamã, este providenciou para que a retribuição lhe fosse feita. E assim como foi da vontade de Deus exaltar Haman, por meio do rei Assuero, foi também da vontade de Deus punir Mardoqueu, por meio de Haman. Podemos até dizer que foi Satanás quem armou para exterminar os judeus, usando como pretexto a rebeldia de Mardoqueu. Mas se acharmos que o diabo pode fazer o que quiser, atentamos contra a soberania de Deus, pois no caso de Jó, ele teve que pedir autorização a Deus, tanto para tocar nos seus bens, quanto para tocar em seu corpo. 

Vejamos estes dois textos, bem esclarecedores sobre este assunto. "Entao Satanás se levantou contra Israel e incitou Davi a numerar Israel." (I Cr. 21:1). "E a ira do Senhor se tornou a acender contra Israel, e ele incitou a Davi contra eles, dizendo: Vai, numera a Israel e a  Judá." (II Sm. 24:1). Entao, quem induziu Davi a numerar o povo, foi Deus ou foi Satanás? 

Podemos responder que foram os dois, pois este não pode agir sem pedir autorização àquele. E Deus, como supremo juiz do universo, distribui justiça, retribuindo a cada un conforme as suas obras. Nem Davi nem o povo eram inocentes, pois o povo vivia praticando idolatria, quebrando o primeiro mandamento do Decálogo, como está escrito: "E os filhos de Israel fizeram o que parecia mal aos olhos do Senhor, e se esqueceram do Senhor, seu Deus, e serviram aos Baalins e a Asterote. Então a ira do Senhor se acendeu contra Israel...". (Jz.3:7,8). 

No caso de Davi, podemos deduzir que foi o orgulho de ser o rei de um grande e poderoso exército, que o levou a obedecer à sugestão de Satanás, e numerar o povo. Joabe ainda tentou demovê-lo de seu intento, mas Davi, como Mardoqueu, se obstinou. Nessa "brincadeira" foram mortos setenta mil homens do povo de Israel. No caso do Holocausto,foram seis milhões, na época de Mardoqueu, o objetivo era todo o povo, e no pecado de Adão, toda a raça humana.

Mas a recíproca é verdadeira, pois o mesmo Deus que pune, também recompensa. Assim como toda a rebeldia contra a autoridade é castigada, todo ato de respeito, de obediência, de honra, é recompensado por Deus, seja diretamente, seja por meio de sua autoridade delegada. 

O apóstolo Pedro fala disso, quando diz: "Sujeitai-vos, pois, a toda ordenação humana por amor do Senhor; quer ao rei, como superior; quer aos governadores, como por ele enviados PARA CASTIGO DOS MALFEITORES E PARA  LOUVOR DOS QUE FAZEM O BEM." (I Pd. 2:13,14).  Paulo também nos ensina algo, pois afirma "Minha é a vingança; eu recompensarei, diz o Senhor." (Rm.12:19).  E  "porque é ministro de Deus e vingador para castigar o que faz o mal." (Rm. 13:4). Deus vinga por meio de seus prepostos. No caso, o magistrado aqui referido é o governante, pois a divisão tripartite dos poderes é uma coisa moderna, já que  os três poderes eram encarnados na pessoa do governante.

Para a felicidade de Mardoqueu, ele tinha crédito diante de Deus, pois  no caso dos dois eunucos, Bigtã e Teres (Et. 2:21-23), que conspiraram para assassinar o rei assuero, Mardoqueu agiu de conformidade com a autoridade. De fato, quem pisou na bola, neste caso, foram os dois eunucos, pois eram oficiais encarregados de guardarem as portas, com a precípua  finalidade de impedirem qualquer atentado contra a vida do rei. Mas prevaricaram, fazendo exatamente o que estavam obrigados de impedir.

Desde que o pecado entrou na raça humana, o orgulho se instalou no coração do homem. Facilmente nos ofendemos em decorrência de alguma atitude mais contundente por parte de qualquer pessoa, mormente quando essa pessoa é  autoridade sobre nós. Em nosso coração, facilmente podemos dizer "Quem ele pensa que é?".  Foi o caso dos dois eunucos, que, para infelicidade deles, o caso chegou ao conhecimento de Mardoqueu, que o contou a Ester, e esta, ao rei, em nome de Mardoqueu. Bem que esta noticia poderia não ter vazado, e a conspiração poderia ter sido bem-sucedida, e o rei morto. Mas a justiça retributiva de Deus, como assaz acontece, cuidou para que Mardoqueu tomasse conhecimento, e os dois eunucos fossem punidos com a morte. 

Mardoqueu também foi provado, pois tinha o livre-arbítrio para ficar calado ou falar. Para o bem dele, desta vez ele ficou do lado da autoridade, e denunciou a conspiração. Paulo disse que tudo o que o homem semear, isso também ceifará. A semeadura de Mardoqueu desta vez foi boa, e no tempo certo, o tempo da colheita, ele recebeu a recompensa. O rei foi acometido de insônia, naquela noite  de sorte que não conseguia dormir(Es 6). Foi por providência divina, que o rei não conseguia dormir. Segundo os costumes da época, foi trazida à sua presença o livro das crônicas do seu reinado, e foi lido o que Mardoqueu havia feito no caso de Bigtã e Teres. O rei indagou se havia sido dada alguma recompensa a Mardoqueu, e resposta foi não. Foi também providência divina a aparente ingratidão do rei, na época da conspiração. Deus havia guardado a recompensa para ocasião oportuna. E esta havia chegado. Mardoqueu foi exaltado pela instrumentalidade do próprio Hamã, que foi humilhado, tendo de conduzir o cavalo, montado por Mardoqueu, ostentando uma coroa, e vestindo uma roupa do rei. Hamã ainda teve de declarar publicamente: "Assim se fará ao homem de cuja honra o rei se agrada!". O próprio rei, que havia entregue Mardoqueu e o seu povo, ao extermínio, pelas mãos de Hamã, agora exaltava Mardoqueu, pelas mãos do mesmo Hamã. Assim Deus exerce sua soberania, por meio da autoridade delegada, castigando os malfeitores e recompensando os que fazem o bem. (I Pe 2:14). No caso em questão, a intervenção divina foi potencializada por três dias de jejum, sem comer e sem beber, nem de dia nem de noite, por parte de Ester, Mardoqueu, e de todos os judeus de Susã, a capital.

Estamos vivendo numa época de quase anarquia, pois, há uma rejeição, quase generalizada, a todo e qualquer tipo de autoridade, seja na família, seja na escola, ou em qualquer  outra instituição. Mas os  princípios criados por Deus, para uma vida harmoniosa em sociedade, não mudaram e sua violação traz consequências  desastrosas para todos. "Sujeitai-vos, pois, a toda ordenação humana por amor do Senhor; quer ao rei, como superior; quer aos governadores, como por ele enviados...Vós servos (Oikétai, empregados), sujeitai-vos com  todo temor ao senhor (déspota), não somente ao bom e humano, mas também ao mau...Semelhantemente, vós, mulheres, sede sujeitas ao vosso próprio marido...Igualmentente vós, maridos, coabitai com ela com entendimento, dando honra à mulher..." (I Pd. 2:13,14,18; 3:1,7). Dependendo de como você responde a  esse ensinamento, você é recompensado ou castigado por Deus, seja diretamente, seja por meio de sua autoridade delegada.

sábado, 19 de novembro de 2011

Introdução ao Princípio de Liderança

Introdução ao Principio de Autoridade


Automóvel é o veiculo que se move por si mesmo e autocracia é o que tem o governo em si mesmo, e tudo o mais que tem o prefixo "auto", fala de si mesmo. Nesse sentido, só existe uma Autoridade em todo o universo, que é Deus. Todas as demais, sao autoridade delegada dessa única fonte. 

"Toda a autoridade me foi dada nos céus e na terra", disse Jesus, depois de sua ressurreição. Alias, existe diferença entre autoridade e poder, e aqui a palavra é autoridade (exussia), e não poder (dinamis). Baseados nesse texto - Mt. 28:18 - podemos entender a diferença entre Jesus e Deus, o Pai. Quando se tratava de poder, Jesus era igual ao Pai, como Ele mesmo disse em Jo. 5:19, que tudo o que o Pai fazia, Jesus, o filho, fazia igualmente. Mas Ele não fazia quando queria, pois, apesar de poder, ele precisava ser autorizado pelo Pai. Mas quando ele disse que toda a autoridade lhe fora dada nos céus e na terra, alguém lhe tinha dado toda a autoridade. E, como diz o ditado popular, só se da o que se tem, Deus, o Pai, é quem tinha toda a autoridade, mas Ele a deu a Jesus.

Um outro texto que podemos usar para entender o sentido de autoridade, é I Co.15:27,28, onde é dito que todas as coisas foram sujeitas a Cristo, com exceção do próprio Deus, que foi quem lhe sujeitou todas as coisas. O princípio de autoridade pode ser entendido dentro da própria trindade divina, O Pai, o Filho, e O Espirito Santo. O Pai manda no filho, que manda no Espirito Santo. Há uma hierarquia dentro da trindade, que é a autoridade descendo do Pai pro Filho, do Filho para o Espirito, e do Esprito Santo, entra na Terra, repousando sobre a cabeça de um homem. 


No caso da igreja, a autoridade repousou sobre os apóstolos, como está escrito em At. 1:2, onde é dito que Jesus deu mandamentos pelo Espirito Santo, aos apóstolos, que escolhera. Paulo tinha consciência disto, pois escrevendo a igreja de Corinto, diz "Se alguem cuida ser profeta, ou espiritual, reconheça que as coisas que vos escrevo são mandamentos do Senhor." (I Co. 14:37). Na mesma Carta, no cap. 7, o Apóstolo dos gentios preleciona dizendo "Todavia, aos casados, mando, não eu, mas o Senhor, que a mulher não se aparte do marido..." (v.10), e "Mas aos outros digo eu, não o Senhor: Se algum irmão tem mulher descrente e ela consente em habitar com ele, não a deixe." (v.12).

No caso do Estado, a autoridade de Deus repousava sobre o imperador romano, que no tempo de Jesus adulto, era Tibério César. Pôncio Pilatos, governador da Judéia, recebia sua Autoridade Do imperador. Diante de Pôncio Pilatos, quando este interrogou a Jesus, alegando sua autoridade, Jesus respondeu: "Nenhuma autoridade terias sobre mim, se não te fosse dada de cima." (Jo.19:10,11). Jesus reconheceu a autoridade do governador romano, como de origem divina.

No caso da família, Jesus tambem reconheceu a autoridade de seus pais, como de origem divina, pois "era-lhes sujeito." (Lc. 2:51). Paulo, que, como já sabemos, era porta-voz de Jesus, ensina, em I Co. 11:3 "Mas quero que saibais que Cristo é a cabeça de todo homem, e o homem a cabeça da mulher, e Deus a cabeça de Cristo." Na mesma Carta, em 14:34, ele continua "As mulheres estejam caladas nas igrejas; porque lhes não é permitido falar; mas estejam sujeitas, como também ordena a lei." O mesmo apóstolo toca no assunto novamente em Ef. 5:22 "Vós, mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao Senhor...Vós, maridos, amai as vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela." É bom lembrar que o contexto todo fala de mulheres casadas, dentro da família, onde a responsabilidade da liderança é do marido.


sexta-feira, 18 de novembro de 2011

O Altar de Doze Pedras

No capítulo dezoito do primeiro livro de Reis o profeta Elias conserta o altar do Senhor que estava quebrado. Para isso ele usa doze pedras. Nao utiliza onze nem treze, mas doze. Depois de edificar o altar, ele coloca lenha, pois iria oferecer Holocausto, sacrifício queimado. Depois ele coloca o bezerro partido em pedaços sobre o altar. Em seguida ele manda o povo derramar água sobre o altar, por três vezes consecutivas.

Lembre-se que já fazia três anos e meio que nao chovia, e que a água era um artigo de primeira necessidade. Diante desse quadro, conclui-se que foi um grande sacrifício para o povo derramar essa água. Foi um ato de fé. Em seguida o profeta ora a Deus, e fogo do céu cai sobre o altar e consome o bezerro, a lenha e as pedras. A partir daí o povo declara: "Só Jeová E Deus! Só Jeová e Deus!". Lembre-se que antes disso o profeta havia exigido do povo uma definição, pois este estava dividido na sua lealdade entre Jeová e Baal, por meio do sicretismo religioso introduzido em Israel por Jezabel. A construção e o uso correto do altar levaram o povo a se definir por Jeová.
 
Jesus começou o seu ministério procurando doze pedras para com elas construir um altar para Deus. Só que ao contrário de Elias, as pedras que Jesus reuniu eram pedras vivas -I Pd. 2:4,5. Nao é por acaso que que primeira pedra que Jesus achou - Simão - Ele chamou de Pedro (Petros, pedra). Que Pedro é a primeira pedra do altar está escrito em Mt. 10:1-3.

As doze pedras que Elias usou para edificar o altar nao podiam ter arestas ou irregularidades, pois precisavam se encaixar uma na outra para formar o altar. Para isso elas precisavam ser polidas, buriladas, para tirar as arestas. As pedras que Jesus escolheu tambem precisavam passar pelo mesmo processo chamado de Discipulado. Jesus construiu o seu altar para Deus com as doze pedras que ele preparou Durante três anos no processo de discipulado.No dia de Pentecostes o altar estava pronto. A lenha era a Cruz de Jesus, o bezerro partido era o proprio Jesus. No lugar de Elias, a igreja orava com as onze pedras, mas o fogo só caiu quando as doze pedras foram completadas com a inclusao de Matias. O efeito sobre o povo foi o mesmo do tempo de Elias, pois cerca de três mil se aliancaram com Deus.

Hoje esta acontecendo o mesmo com o movimento de discipulado dos doze. Cada crente esta sendo chamado a levantar doze pedras, dar o polimento para tirar as arestas, por meio do processo de discipulado pratico, e preparar o seu altar para Deus. A unidade dos doze e a prova de que o polimento foi bem feito e em resposta a oracao dos doze, fogo vai cair sobre o altar.

O Altar de Efeso

O cenario de Át.19 é semelhante ao de I Re 18, pois no tempo de Elias o principado que disputava com Jeová a lealdade e adoração do povo era Baal, cuja consorte era Asera. Essa Asera era a mesma Astarte, Asterote, Ártemis, Semiramis. No texto do Antigo Testamento é dito que Asera tinha quatrocentos profetas e Baal quatrocentos e cinqüenta. Aqui em Efeso o apóstolo Paulo é o novo Elias que luta para trazer o povo de volta para o verdadeiro Deus. O resultado e que foi um pouco diferente, pois no caso de Elias, povo terminou dizendo: Só o Senhor e Deus! Só o Senhor e Deus!

E aqui em Efeso o povo gritou por duas horas: grande é a Diana dos Efesios. Sim, o novo nome que esse principado havia adotado para enganar o povo era Diana.
Mas vamos recordar que Elias edificou o altar do Senhor com doze pedras, colocou sobre o altar a lenha, e sobre a lenha o bezerro partido em pedaços. Depois orou ao Senhor, que respondeu com fogo sobre o altar, que consumiu o bezerro, a lenha e as pedras. Que o Senhor Jesus Cristo fez o mesmo, levantando doze pedras para formar um altar para Deus.Só que no caso do Novo Testamento as doze pedras sao "pedras vivas", conforme I Pe. 2:4,5. E que depois de polir as pedras no processo de discipulado, fogo desceu sobre o altar de doze pedras, no dia de Pentecostes, em resposta a oração da igreja.

O que estamos procurando descobrir e se o uso do número doze é invenção humana ou princípio divino. É muita coincidência que os doze discípulos de Éfeso se encaixam perfeitamente nessa doutrina. Nada está na Bibla por acaso. Os doze discípulos de Éfeso eram um altar ao verdadeiro Deus, para contrabalançar o altar de Diana. Só que as doze pedras vivas foram reunidas por João Batista que começou o processo de discipulado, mas não concluiu, pois eles nem sabiam que existia o Espirito Santo.

Paulo completou o processo de discipulado. Elias "edificou o altar em nome do Senhor" e e os doze de Éfeso "foram batizados em nome do Senhor Jesus". Depois que Paulo lhes impôs as mãos veio sobre eles o Espirito Santo, como no dia de Pentecoste, e como o fogo desceu sobre as doze pedras no tempo de Elias.

Então, quando hoje, um segmento da igreja preconiza que a missão de cada crente é edificar um altar com doze pedras vivas, não está criando um absurdo, pois há fortes indícios nessa direção. Todavia, devemos lembrar que os sacerdotes judeus tinham a função de manter o fogo aceso continuamente sobre o altar - Lv. 6:12,13 - e que Abraão levou o fogo para oferecer Isaque em holocausto - Gn. 22 - mas o fogo de que estamos falando é o Espirito Santo.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Tropa de Elite

A idéia de tropa de elite nao é nova. Já o livro de Apocalipse revela no capítulo 14 que o Cordeiro (Jesus) é acompanhado por 144 mil judeus (cap.7), que o seguem por onde quer que Ele vai. Há um contraste deliberado com a multidão que ninguém podia enumerar de 7:9.

Durante o seu ministério terreno Jesus selecionou doze homens a quem treinou para ser a sua tropa de elite. De certa maneira a idéia de tropa de elite é um principio espiritual, pois nao teve origem na terra, mas no céu. Na verdade a igreja está sendo treinada para ser a tropa de elite de Deus. É claro que para pertencer a uma tropa de alguém a pessoa tem que preencher algumas condições. A luz de um texto do Velho Testamento vou procurar destacar um principio que, creio, ser uma regra.

O rei Davi tinha uma tropa de elite. Vamos lembrar que a tropa de elite de Jesus tinha doze homens, a do Cordeiro, em Ap.14, tinha 144 mil, que são doze vezes doze mil, a de Davi tinha 37 homens, que é três equipes de doze mais um. Nao sei o sentido exato dessas coincidências envolvendo o número doze, mas é bom registra-las. Os trinta e sete heróis (a palavra Gibor em hebraico que significa herói aparece em II Rs. 5:1. Se referindo Naaman, guerreiro que tinha realizado grandes feitos na guerra por capacitação de Deus) aparecem registrados no segundo livro de Samuel, cap. 23:8-39.

Para fazer parte dessa tropa de elite de Davi tinha de ser uma pessoa que preenchesse as condições de realizar grandes feitos na guerra. Mas será que era somente isso? Creio que não, pois há uma condição que é exigida em todos os tempos pois e um principio espiritual. Ao ler a história das guerras de Davi e seus companheiros, fico com a forte impressão que o mais valente de todos, o mais dotado da de liderança, o maior herói era Joabe, filho de Zeruia. Mas, pasmem, ele não foi incluído entre os trinta e sete da tropa de elite. Eram três irmãos, sobrinhos de Davi:Joabe, Abisai e Asael. Creio eu que esses três irmãos representam os três níveis da guerra espiritual, que aparecem em Ef. 6:12, Solo, Tática e Estratégica. Em outras palavras: Principados e potestades, Dominadores (Kosmokratoras), Hostes espirituais da maldade. O nome de Joabe aparece três vezes na relação dos trinta, mas sempre de maneira indireta. "Tambem Abisai, irmão de Joabe" (II Sm. 23:18); "Asael, irmão de Joabe" (23:24); "Naarai, beerotita, o que trazia as armas de Joabe, filho de Zeruia" (23:37). O que faltava em Joabe, que o desqualificava para integrar a tropa de elite. Resposta: Joabe nao entendeu o princípio de autoridade, pois tendo começado bem, desacatou Davi repetidas vezes, tendo sido demitido por Davi do Comando do Exercito de Judá. Joabe assassinou Amasa, filho de Jeter, a quem Davi tinha colocado em seu lugar no comando do exercito de Juda. Depois disto reassumiu o comando do exercito por conta própria, sem consultar Davi. O respeito a autoridade constituída e necessário, além de todas as outras qualidades. Submissão e Obediência é o que se exige para que alguém pertença a tropa de elite. O contrário disso é soberba, orgulho, altivez e arrogância, coisas que Deus abomina.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

A PROTEÇÃO DA ALIANÇA

O reino de Deus inclui os céus e a terra, como está escrito no primeiro versículo de Gênesis 1. Como já se vê há mais de um céu. Na verdade existem três céus, já que Paulo fala do “terceiro céu”. Ao primeiro céu podemos chamar de metrópole, enquanto que a terra é uma colônia, assim como Portugal era a metrópole e o Brasil era a colônia. 

Só que a terra se rebelou contra o governo de Deus, se tornando uma província em rebelião. Os verdadeiros motivos dessa rebelião não estão assim tão claros, mas certamente incluem a rebelião de Lúcifer e a desobediência de Adão.

O profeta Daniel fala do príncipe da Pérsia e do príncipe da Grécia, e Jesus fala do “príncipe deste mundo”(Dn.10; Jo.14:30;12:31). O planeta terra se tornou um território hostil e inimigo do reino de Deus. 

Mas o mundo espiritual age por meio de alianças. Quando Deus fez uma aliança com Abraão, em Gn, 17, o reino de Deus pass ou a ter dentro da província em rebelião, alguém a seu favor, e começou a construir uma linhagem de pessoas aliançadas com com Ele, a fim de recuperar a província rebelde. 

Da mesma forma, a igreja de Jesus Cristo é uma tropa aliançada com Deus para recuperar a província chamada terra. A igreja atua através de convidar pessoas a fazer aliança com Deus por meio de Jesus Cristo. Toda a pessoa que faz aliança com Deus, na prática se rebela contra o governo de Satanás, o usurpador, e adota novamente o governo de Deus sobre sua vida.

Uma demonstração dessa verdade está na conquista de Canaã, por Josué, e o povo de Israel. A terra de Canaã é uma figura ou tipo do planeta terra. A terra de Canaã estava infestada de demônios, que se materializavam na forma de ídolos como Moloque, Camos, Dagom, e outros que eram adorados pelos cananeus. A degradação moral era uma prova do caráter dessas divindades, cujo chefe Jesus denunciou como sendo mentiroso e pai da mentira.(Jo.8:44). Por isso Josué recebeu ordens de exterminar aqueles povos, para limpar terra de tal degradação. No cap. 9 de Josué, encontramos os gibeonitas, moradores da cidade de Gibeão, que conhecedores da sentença que pairava sobre eles, enganaram Josué e os príncipes de Israel, e fizeram uma aliança com eles para escaparem do extermínio. No cap. 10 os gibeonitas são atacados por cinco reis dos amorreus e seus respectivos exércitos, embora eles fossem também cananeus. Isso revela uma um princípio que pode incomodar um crente desavisado. É que quando você faz aliança com Deus, os outros que não estão em aliança, podem se sentir ameaçados por sua presença, e ter um comportamento hostil em relação a você.

Mas quando os gibeonitas foram atacados por seus próprios irmãos cananeus, por força da aliança, mandaram pedir socorro a Josué, no arraial em Gilgal. E Josué Sabia que não poderia recusar socorrê-los, em virtude da aliança. “Então, subiu Josué de Gilgal, ele e toda a gente de guerra com ele e todos os valentes e valorosos. E o Senhor disse a Josué: Não os temas, porque os tenho dado na tua mão; nenhum deles parará diante de ti.” (Js.10:7,8).

Se você tem aliança com Deus, tem direito de pedir socorro ao reino de Deus, assim como os gibeonitas. No caso dos gibeonitas, o socorro veio por meio de Josué e seu exército, e no caso do crentes hoje, o socorro vem por meio dos anjos, o exército do reino de Deus. Em Josué 10:9, a expressão “de repente”, é uma senha para indicar o socorro que Deus manda do céu para a terra, para ajudar o seu povo a vencer seus inimigos, na província em rebelião. 

É interessante que em At. 16:25, quando Paulo e Silas estão presos em Filipos, por causa do serviço do reino de Deus, eles oravam e cantavam. Oravam pedindo ajuda ao céu, e cantavam para demonstrar confiança na fidelidade de Deus em mandar socorro. A expressão “de repente” aparece aí. “De repente, sobreveio um tão grande terremoto...”. Por causa da aliança Deus mandou socorro do céu. Um contingente de anjos chegou para libertar os apóstolos do poder do principado chamado “píton”, que manipulou até mesmo o sistema legal, para impedir o avanço do Evangelho. O terremoto revela isso, pois em Mt.28:2 diz “E eis que houvera um grande terremoto, porque um anjo do Senhor, descendo do céu, chegou, removendo a pedra, e sentou-se sobre ela.

Ainda em Josué 10, os cinco reis dos amorreus, depois que seus exércitos foram desbaratados pela espada do exército de Josué, e pelas pedras de saraiva que Deus lançou do céu, se esconderam numa caverna. Depois da batalha Josué mandou trazer os cinco reis, e mandou que seus líderes pisassem no pescoço deles . “e disse aos capitães da gente de guerra, que com eles foram: chegai e ponde os vossos pés sobre os pescoços destes reis. E chegaram e puseram os seus pés sobre os seus pescoços.” Isto foi um ato profético da supremacia da tropa de Deus sobre a tropa de Lúcifer. 

Veja Rm. 16:20 “E o Deus de paz esmagará em breve Satanás debaixo dos vossos pés.” E veja ainda o salmo 149:6-9 
“Estejam na sua garganta os altos louvores de Deus e espada de deis fios, nas suas mãos, para tomarem vingança das nações e darem repreensões aos povos, para prenderem os seus reis com cadeias, e os seus nobres com grilhões de ferro; para fazerem n eles o juízo escrito; esta honra, tê-la-ão todos os santos.”

 Se você está em aliança com Deus, você está debaixo da proteção da aliança. Basta pedir ajuda em nome de Jesus.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

AS DUAS CRIAÇÕES

Geralmente, quase todos os estudiosos da Bíblia estão acostumados com a criação, como sendo aquilo que conhecemos como o universo físico. E de fato, quase tudo na Bíblia trata da criação do mundo físico, ou do universo físico. 

Porém, reconhecendo que a Bíblia é um livro inspirado por Deus, é de se supor, que Deus colocou nela informações criptografadas, que não estão disponíveis ao leitor comum. Uma dessas coisas é a existência de uma outra criação. Vejamos o que está escrito: “MAS, VINDO CRISTO, O SUMO SACERDOTE DOS BENS FUTUROS, POR UM MAIOR E MAIS PERFEITO TABERNÁCULO, NÃO FEITO POR MÃOS, ISTO É, NÃO DESTA CRIAÇÃO...” (Hb.9:11). 

Sabemos que Moisés construiu o tabernáculo no deserto, por orientação de Deus. (Ex.25:8,9). E que aquele tabernáculo foi feito por mãos humanas. E Deus disse a Moisés: “Conforme tudo que eu te mostrar para modelo do tabernáculo e para modelo de todos os seus móveis, assim mesmo o fareis.” (Ex.25:9). E em Hb.8:5 “porque foi dito: Olha, faze tudo conforme o modelo que, no monte, se te mostrou.” 

Ficamos sabendo, então, que há uma outra criação, onde existe um tabernáculo, que serviu de modelo para o que Moisés construiu aqui na terra, ou seja, nesta criação. Ainda em Hb.8:2, esse tabernáculo é chamado de “o verdadeiro tabernáculo” e que foi feito por Deus e não pelo homem. E em Hb. 9:23,24 diz que essa outra criação é o céu. Coisa assombrosa diz o verso 23, pois dá a entender que o próprio céu foi contaminado pelo pecado, e que Jesus precisou fazer a purificação. Não as figuras das coisas que estão no céu, mas as próprias coisas celestiais.

Para entender melhor essa outra criação, vamos considerar o que está dito no primeiro versículo do livro de Gênesis. “No princípio criou Deus os céus e a terra.” Estamos tão acostumados com essa leitura, que não notamos um detalhe. Vamos ler de novo. No princípio criou Deus os céus. 

Tudo indica que Deus não criou a terra logo, mas que entre a criação dos céus e da terra pode ter havido muito tempo. Observe que a palavra céus está no plural. Aliás em grande parte das vezes em que céu aparece na Bíblia, está no plural. Nesse primeiro versículo de Gênesis, céus aparece no plural, e não somente no plural, mas também no dual, que são as coisas que Deus criou aos pares na natureza, como olhos, ouvidos, narinas, etc. O que significa que Deus criou dois céus no princípio. 

À luz de Hb. 9, creio que o tabernáculo revela a aparência do céu. No tabernáculo havia dois lugares restritos, vedados por uma cortina. O santo dos santos era o lugar mais restrito, e representa, creio eu, o primeiro céu, onde está o trono de Deus. O fato de somente o sumo sacerdote entrar lá, significa que somente alguns seres de alta hierarquia, tem acesso a ele. O santo lugar é também um lugar restrito, pois somente os sacerdotes, filhos de Arão, podiam lá entrar, diariamente realizando os serviços sagrados. Creio que esse lugar representa o segundo céu, onde os anjos habitam, e que foi lá que houve a rebelião de Lúcifer. Finalmente, o átrio era o lugar onde todo o povo ficava. Creio também que o planeta terra foi criado tendo como modelo a outra criação. A cidade de Jerusalém é o santo dos santos, a terra de Canaã, que foi dada a Abraão e ao povo judeu, é o santo lugar.(Israel é uma nação sacerdotal, por isso Jesus disse que “a salvação vem dos judeus”), e toda a terra é o átrio.

Outra teoria que precisamos considerar é a da criação da terra. Segundo a paleontologia, a terra tem bilhões de anos de existência. Há uma outra corrente que diz que a terra tem somente seis mil anos de idade, conforme os primeiros capítulos de Gênesis. Há ainda uma terceira corrente que diz que podemos conciliar as evidência científicas com o que diz a Bíblia, se fizermos a leitura correta, das duas. 

Eu sou desse terceiro grupo. Há alguns exegetas que acreditam que o que vemos no segundo versículo de Gênesis um, é uma recriação do planeta terra. A expressão “sem forma vazia”, no hebraico, em outros contextos, significa uma destruição proveniente do derramar da ira de Deus, em juízo. Um desses textos é Is. 45:18. Vejamos alguns fatos. Diz a paleontologia que os dinossauros viveram na terra de cerca de 220 milhões de anos A.C. até 65 milhões de anos a.C., quando foram extintos. Há muitas teorias, ma só vou citar apenas uma como causa da extinção dos dinossauros. Essa teoria diz que em 65 milhões de anos a.C., um cometa atingiu a terra, e que ele tinha um diâmetro de cerca de 10 quilômetros, e que formou uma cratera de cerca de 180 quilômetros de diâmetros, na península de Yucatan, no México. Que essa colisão destruiu toda forma de vida do planeta, inclusive os dinossauros. A idéia a seguir não é minha, mas comungo com ela, à luz do que diz a bíblia em sua linguagem criptografada. A idéia é que esse cometa era Lúcifer arremessado por Deus na terra. Vejamos os textos: Jesus diz “Eu via Satanás, como raio, cair do céu.”(Lc.10:18); “E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o diabo e Satanás, que engana todo o mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele”(Ap.12:9); “E o quinto anjo tocou a sua trombeta, e vi uma estrela que do céu caiu na t erra”(Ap. 9:1). Mas um texto que tem chamado minha atenção ultimamente é Is.22:15-25, que conta sobre Sebna e Eliaquim. Ora, tanto Sebna quanto Eliaquim são dois personagens históricos, à luz de Is. 37:2, que diz “E o rei enviou a Eliaquim, o mordomo, e a Sebna, o escrivão, e aos anciãos dos sacerdotes, cobertos de sacos de pano grosso, a Isaías, filho de Amós, o profeta.” Todavia, estou certo de que Deus revelou, em forma de alegoria, a queda de Lúcifer, usando esses dois homens como figura. Sebna representa Lúcifer, e Eliaquim representa Jesus. Vou citar somente os versos 17 e 18, que parecem indicar o suposto meteoro que colidiu com a terra, exterminando os dinossauros. Em várias versões: 
  • Eis que o Senhor te arrojará violentamente, ó homem forte, e seguramente te prenderá. Certamente te enrolará como uma bola, e te lançará para um país espaçoso.Ali morrerás, e ali irão os teus magníficos carros, ó tu, opróbrio da casa do t eu Senhor.”(IBB< seg. os Melhores Textos); 
  • “Veja que o Senhor vai agarrar você e atirá-lo para longe, ó homem poderoso! Ele o embrulhará como uma bola e o atirará num vasto campo. Lá você morrerá e lá os seus poderosos carros se tornarão a vergonha da casa do seu Senhor!” (NVI); 
  • Fique sabendo que o Senhor vai arrancar você da sua posição importante e jogá-lo para bem longe. Ele apanhará você e o lançará numa terra seca que fica muito longe daqui. E lá você vai morrer, perto dos seus carros de guerra que o enchiam tanto de orgulho, e você será uma vergonha para a casa do seu Senhor!” (Nova Bíblia Viva). 

Que podemos dizer? Que o braço de Deus é forte, e pode muito bem tomar conta de seus filhos.

domingo, 10 de julho de 2011

QUANDO JESUS FOI GERADO?

"E, havendo eles cumprido todas as coisas que dele estavam escritas, tirando-o do madeiro, o puseram na sepultura. Mas Deus o ressuscitou dos mortos. E ele, por muitos dias, foi visto pelos que subiram com ele da Galiléia a Jerusalém, e são suas testemunhas para com o povo. E nós vos anunciamos que a promessa que foi feita aos pais, Deus a cumpriu a nós, seus filhos, ressuscitando a Jesus, como também está escrito no salmo segundo: Meu filho és tu; hoje te gerei. E que o ressuscitaria dos mortos, para nunca mais tornar à corrupção, disse-o assim: As santas e fiéis bênçãos de Davi vos darei. Pelo que também em outro salmo diz: Não permitirás que o teu santo veja corrupção.” (At.13:29-35).

Num certo dia eu estava debatendo com uma Testemunha de Jeová, e ela, repetidamente, citava esta expressão do salmo segundo: Tu és meu filho; eu hoje te gerei. Com isso ela – era uma mulher – queria dizer que Jesus foi gerado, e, portanto, ele teve começo, não sendo, por isso, co-eterno com o Pai. Eu rebatia dizendo que o verbo hebraico “barah”, criar do nada, se refere a Lúcifer, e, por extensão aos anjos, mas não a Jesus. Eu não cedi na discussão, pois cria, como creio, que Jesus é eterno, como o Pai e o Espírito Santo.Todavia, naquele tempo eu não sabia o sentido da expressão do salmo segundo. Mas hoje eu creio que o Espírito Santo me revelou o sentido, na Escritura.

No seu discurso em Antioquia da Pisídia, Paulo, claramente, conecta a expressão do salmo segundo “Tu és meu filho; eu hoje te gerei”, com a ressurreição de Jesus. Além do salmo 2:7, Paulo cita também o salmo 16:10, onde o salmista diz “Não permitirás que o teu Santo veja corrupção.” Ele diz que o corpo de Davi apodreceu na sepultura, mas não o de Jesus.

Eu já entrei três vezes no túmulo de Jesus. É uma caverna. Recentemente eu entendi que aquela caverna é um útero. O corpo mortal de Jesus foi plantado naquele útero, assim como o sêmen do homem é plantado no útero da mulher. Depois de nove meses, o filho que foi gerado, nasce, bem diferente da semente que foi plantada. A gestação de Jesus durou três dias. Mas o Jesus que saiu daquele útero, era bem diferente do que foi plantado. O que foi plantado era mortal e corruptível. O que saiu era imortal e com um corpo incorruptível.

O túmulo de Lázaro – João 11 – era também um útero, mas ele ressuscitou ainda mortal, porque não era tempo, pois Jesus tinha de ser “as primícias dos que dormem.” (I Co.15:20). 
“Ouvi-me vós que seguis a justiça, que buscais ao Senhor;olhai para a rocha de onde fostes cortados e para a caverna do poço de onde fostes cavados. Olhai para Abraão , vosso pai, e para Sara que vos deu à luz; porque, sendo ele só, eu o chamei, e o abençoei, e o multipliquei.” (Is.51:1,2).

Durante muitos anos eu não entendi o texto de Romanos 1:3,4 pois eu não tinha esta revelação. Mas agora este texto é de uma clareza meridiana. Veja o que ele diz: 
“acerca de seu Filho, que nasceu da descendência de Davi segundo a carne, declarado Filho de Deus em poder, segundo o Espírito de santificação, pela ressurreição dos mortos, -Jesus Cristo, nosso Senhor”.

Jesus só foi declarado Filho de Deus em poder, depois da ressurreição. Antes disso, assim como nós, era como uma lagarta no casulo, que depois da ressurreição se transforma em borboleta, por meio da metamorfose. O nosso corpo mortal é o corpo da nossa humilhação. Deus é imortal, e só pode ter filhos imortais. E Jesus só se tornou imortal depois da ressurreição, e se cumpriu a palavra: Tu és meu Filho; eu hoje te gerei. Nós também estamos no processo para nos tornarmos imortais, depois da nossa própria ressurreição ou transformação, no arrebatamento da igreja . (I Ts.4:13-18).

A Testemunha de Jeová estava equivocada, pois o Jesus Espírito estava no princípio com o Pai, que também é espírito. Mas o Jesus homem imortal, foi gerado, passando da mortalidade para a imortalidade, assim como o feto e embrião passam do mundo do ventre de sua mãe, para o mundo exterior , no qual vivemos. O Jesus que ressuscitou tinha carne e osso, o que um espírito não tem. “Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; tocai-me e vede, pois um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho.” (Lc.24:39).

sábado, 18 de junho de 2011

O EVANGELHO DA CURA

E, convocando seus doze discípulos, deu-lhes poder e autoridade sobre todos os demônios e para curarem enfermidades; e enviou-os a pregar o Reino de Deus e a curar os enfermos...E, saindo eles, percorreram todas as aldeias, anunciando o Evangelho e fazendo curas por toda a parte...E, sabendo-o a multidão, o seguiu; e ele os recebeu, e falava do Reino de Deus, e sarava os que necessitavam de cura.” (Lc.9:1,2, 6, 11).

De acordo com este texto das Escrituras do Novo Testamento, o Evangelho consiste de duas coisas:
           1. “Pregar o Reino de Deus” (Lc.9:2); “anunciando o Evangelho” (9:6); “Falava-lhes do Reino de Deus” (9:11); “anuncia o Reino de Deus” (9:60); 
           2. “para curarem enfermidades” (9:1); “curar os enfermos” (9:2); “fazendo curas por toda parte”; “sarava os que necessitavam de cura” (9:11). 

É claro que tanto a expulsão de demônios, quanto a ressurreição de mortos, estão incluídas nas curas. Se separarmos a pregação do Evangelho, das curas, teremos um Evangelho mutilado, como, de fato, tem acontecido. Mateus resume a mesma doutrina assim: “E percorria Jesus toda a Galiléia, ENSINANDO nas suas sinagogas, e PREGANDO o Evangelho do Reino, e CURANDO todas as enfermidades e moléstias entre o povo.


1. A BASE TEOLÓGICA DA CURA

Verdadeiramente, ele tomou sobre si as nossas ENFERMIDADES e as nossas DORES levou sobre si; e nós o reputamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi ferido pelas nossas TRANSGRESSÕES e moído pelas nossas INIQÜIDADES; o castigo que nos trás a paz estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras, fomos sarados.” (Is.53:4,5). 

Em virtude do meu condicionamento teológico denominacional, durante muito tempo eu só via, na profecia de Isaías 53, a menção ao pecado, na forma de transgressões e iniqüidades. O condicionamento teológico me cegava. Até que um dia eu vi que o profeta falava, tanto de pecados, como de doenças. E foi assim que Mateus entendeu quando registrou o seguinte: “E, chegada a tarde, trouxeram-lhe muitos endemoninhados, e ele, com a sua palavra, expulsou deles os espíritos e curou todos os que estavam enfermos, para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta Isaías, que diz: Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e levou as nossas doenças.”


2. O EVANGELHO MAIS FÁCIL

Em Mc. 2:9 Jesus pergunta aos escribas que o censuravam em seus corações, por ter ele declarado o perdão dos pecados do paralítico: “Qual é mais fácil? Dizer ao paralítico: Estão perdoados os teus pecados, ou dizer-lhe: Levanta-te, e toma o teu leito, e anda?” É claro que é mais fácil declarar o perdão dos pecados, do que ordenar a um paralítico que ande. 

O perdão dos pecados não é de fácil comprovação, enquanto que a cura de um enfermo, é de fácil comprovação, até mesmo por meios científicos, como é o caso dos exames laboratoriais. Aos poucos a igreja foi se afastando da cura, por exigir ela uma demonstração de poder. E as novas gerações só conheceram um Evangelho que pregava o perdão de pecados, que é mais fácil. Porém, o prejuízo que advém, desse ensino, não vale a pena. As pessoas têm sido privadas de um aspecto fundamental do Evangelho. 

Ultimamente tem sido dada muita ênfase na Cura Interior, o que é correto, porém corre-se o risco de se perder de vista a Cura Exterior, isto é, a cura do corpo. O Evangelho trás a Cura do Espírito (perdão dos pecados), a Cura da alma (Cura Interior), e Cura do Corpo (cura das doenças e exorcismos).

3. O QUE SÃO AS CURAS

a) SINAIS 
Um sinal é algo que você pode ver ou ouvir e transmite uma mensagem cifrada ou codificada. Por exemplo, uma placa de sinalização em uma rua proibindo o estacionamento, é um sinal, que só pode ser entendido por quem conhece o seu significado. De outra maneira, seria melhor escrever literalmente “É proibido Estacionar”. Mas aí, só seria entendido por quem sabe ler. Por isso que quem não sabe ler, não pode ter Habilitação para dirigir veículos automotores, deduzo eu. Daí que a escrita é também um sinal cifrado. Quem sabe ler os hieróglifos egípcios? Ou grego? ou hebraico? Mas a curas são sinais, senão vejamos. “E estes SINAIS seguirão aos que crerem: em meu nome, expulsarão demônios; falarão novas línguas; pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão...E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor e confirmando a palavra com os SINAIS que se seguiram.Amem!” E em I Co. 14:22 Paulo preleciona “De sorte que as línguas são um SINAL , não para os fiéis, mas para os infiéis; e a profecia não é SINAL para os infiéis, mas para os fiéis.” Paulo não está dizendo nenhuma novidade, pois Jesus já tinha dito que as línguas eram um Sinal. 

Por isso que quando Paulo chegou à ilha de Malta, por conta de um naufrágio, aconteceu o seguinte: “Aconteceu estar de cama enfermo de febre e disenteria o pai de Públio, que Paulo foi ver, e, havendo orado, pôs as mãos sobre ele e o curou. Feito, pois, isto, vieram também ter com ele os demais que na ilha tinham enfermidades e sararam.” (At.28:8,9). Ninguém na ilha jamais tinha ouvido falar do Evangelho, mas as curas foram um sinal de Deus, para credenciar o Evangelho diante dos nativos, que provavelmente se converteram.

b) UM DIREITO DE ALIANÇA 
Em Mt.15:21-28, Jesus a chama de “pão dos filhos”, isto é, um direito de aliança. Embora ele tenha atendido ao pedido da mulher cananéia , que, é óbvio, não tinha aliança, ela se conformou em receber as migalhas que caem da mesa dos seus senhores, e o fez, em virtude de sua fé. A cura como um direito de aliança, já vem desde o Antigo Testamento, em Ex. 15:26: “E disse: Se ouvires atento a voz do Senhor, teu Deus, e fizeres o que é reto diante dos seus olhos , e inclinares os teus ouvidos aos seus mandamentos, e guardares todos os seus Estatutos, nenhuma das enfermidades porei sobre ti, que pus sobre o Egito; porque eu sou o Senhor, que te sara.” 

Observe que neste caso, da cura como um direito de a liança, a cura está condicionada à obediência aos termos da aliança. Na verdade a promessa é de nem adoecer, mas, em caso de adoecer, “Eu sou o Senhor que te Sara(Jeová-Rafá). Em Deuteronômio 28, Deus promete punir com enfermidades, os que forem desobedientes aos termos da aliança. “Será,porém, que, se não deres ouvidos à voz do Senhor, teu Deus, para não cuidares em fazer todos os teus mandamentos e os seus Estatutos, que hoje te ordeno, então, sobre ti virão todas estas maldições e te alcançarão:...O Senhor te ferirá com as úlceras do Egito, e com hemorróidas, e com sarna, e com coceira, de que não possa curar-te. O Senhor te ferirá com loucura, e com cegueira, e com pasmo de coração.” (v.15,27,28). Neste caso, a cura é um direito de aliança,e a enfermidade, um castigo pela quebra da aliança. Neste caso é só para crente, tanto a cura, como o castigo.

c) UM ATO DE MISERICÓRDIA DE DEUS
No caso da cura do endemoninhado gadareno, Jesus conclui seu diálogo com ele, dizendo: “Vai para a tua casa, para os teus, e anuncia-lhes quão grandes coisas o Senhor te fez e como teve misericórdia de ti.” (Mc.5:19). No caso da ressurreição do filho da viúva de Naim, Lucas registra: “E, vendo-a, o Senhor moveu-se de íntima compaixão por ela e disse-lhe: Não chores.” (Lc.7:13). No caso da ressurreição de Lázaro “Jesus chorou.” (Jo.11:35). No caso da parábola do bom samaritano, que Jesus contou, o samaritano “moveu-se de íntima compaixão” , diante do homem ferido.(Lc.10:33). Em casa de Mateus, Jesus disse aos fariseus: “Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia e não sacrifí cio.” E ainda em Mt. 12:7, falando de novo com os fariseus, disse: “Mas, se vós soubésseis o que significa: Misericórdia quero e não sacrifício, não condenaríeis os inocentes.” Jesus curou e cura, motivado por sua compaixão e misericórdia.

d) RESPOSTA DE ORAÇÃO 
Em Jo. 14: 13,14, Jesus diz “E tudo quanto pedirdes em meu nome, eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei.” Mas é claro que é necessário crê, pois ele diz também “Por isso, vos digo que tudo o que pedirdes, orando, crede que o recebereis e tê-lo-eis.” (Mc.11:24). Tiago também diz “Peça-a, porém, com fé, não duvidando; porque o que duvida é semelhante à onda do mar, que é levada pelo vento e lançada de uma para outra parte.” (Tg.1:6).


4. PARA QUEM É A CURA?

Além do que pode ser inferido do que já foi dito, a cura é para os humildes. Em Lc. 4:18, Jesus diz: “O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres, ENVIOU-ME A CURAR OS QUEBRANTADOS DE CORAÇÃO.” No Salmo 51, Davi diz “Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus.” (v.17). Um exemplo clássico é o caso de Naamã, o general sírio. Ele tinha lepra, e enquanto se manteve altivo e orgulhoso, não recebeu a cura, mas quando se humilhou, e obedeceu à orientação do profeta Eliseu, foi curado. (II Rs. 5).