A metáfora da escada já fora usada na Escritura em Gn. 28:12 “E sonhou: Eis posta na terra uma escada cujo topo atingia o céu; e os anjos de Deus subiam e desciam por ela” no caso de Jacó. Há uma meta a ser atingida no topo da escada. Essa meta está declarada por Jesus em Mateus 5:48 “Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste.” Parece difícil, mas em Lucas 6:36 fica mais fácil “Sede misericordiosos, como também é misericordioso vosso Pai.”
Imitar a Deus na sua natureza misericordiosa não parece tão difícil como na sua perfeição. Jesus demonstrou isso na sua vida. Paulo reforça esse ensino ao dizer “Sede, pois , imitadores de Deus, como filhos amados” (Ef. 5:1). E Pedro diz que a nossa meta é sermos participantes da “natureza divina”(II Pd. 1:4), e nos mostra a escada que teremos de subir, degrau por degrau.
O primeiro degrau é a fé (II Pd.1:5). Muitos ficam estacionados nesse primeiro degrau e nunca evoluem para os próximos. Mas o segundo é a Virtude, palavra que significa a excelência que um homem pode atingir na sua natureza humana. A vida de Jesus é o modelo dessa excelência, a medida da estatura do varão perfeito. O terceiro degrau é o conhecimento. Conhecimento intelectual da Escritura, como diz Hebreus 5:12
“Pois, com efeito, quando devíeis ser mestres, atendendo ao tempo decorrido, tendes, novamente, necessidade de alguém que vos ensine, de novo, quais são os princípios elementares dos oráculos de Deus; assim, vos tornastes como necessitados de leite e não de alimento sólido.”
Alguns querem passar da fé para o conhecimento, ignorando a virtude, mas não deve, pois “o conhecimento ensoberbece, mas o amor edifica.” (I Co. 8:1). O quarto degrau é o Domínio Próprio, que é a capacidade de dizer não para as tentações,para os desejos da carne, que são pecaminosos. É fruto do Espírito Santo, como está em Gl. 5:22,23. Exige esforço, mas esse esforço é ajudado pelo Espírito Santo, que habita no crente. A perseverança é o quinto degrau, pois o esforço despendido no domínio próprio ensina o crente a não desistir diante das tentações e provações, mas continuar lutando. (II Pd. 1:6). A Piedade vem em seguida e significa a prática das disciplinas espirituais, como oração, jejum, esmolas (Mt. 6:2, 5, 16), e está para o espírito como o exercício físico está para o corpo. “Pois o exercício físico para pouco é proveitoso, mas a piedade para tudo é proveitosa, porque tem a promessa da vida que agora é e da que há de ser.” (I Tm. 4:8). O sétimo degrau é a fraternidade, FILADELFÍAN, amor aos irmãos, como está em Rm.12:10 “Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros.” E também em I Jo. 3:17 “Ora, aquele que possuir recursos deste mundo, e vir a seu irmão padecer necessidade, e fechar-lhe o seu coração, como pode permanecer nele o amor de Deus?”
O oitavo degrau é o amor Ágape, o sublime amor de Deus, que é capaz de amar os seus inimigos, e que deriva não de alguma qualidade que o objeto possa ter, como no caso do amor Eros, mas deriva da própria natureza do que ama, como no caso de Deus, que é Amor.(I Jo. 4:8,16). Suba esses degraus até o topo e você atingirá a meta que lhe está proposta, ser participante da natureza de Deus.
Nenhum comentário:
Postar um comentário