terça-feira, 15 de setembro de 2015

UMA ALEGORIA DA IGREJA

              Paulo escreve que Sara e Agar são uma alegoria de duas alianças. Sara é a esposa legítima, mulher livre,  que gera filhos legítimos e livres, que é a Jerusalém celestial, ou a igreja. Agar é a concubina, mulher escrava, que gera filhos para a escravidão, Ismael, e que representa os judeus segundo a carne. (Gl.4:21-31).

                 Na mesma linha de pensamento, eu vou aplicar o mesmo princípio à família de Jacó. Jacó gerou doze filhos, que são as colunas da nação de Israel, assim como Jesus adotou doze discípulos, os apóstolos, que são as colunas da igreja. O detalhe é que Jacó gerou doze filhos a a partir de quatro mulheres. Duas mulheres livres, esposas legítimas, Raquel e Lia, aliançadas, e duas mulheres escravas, Zilpa e Bila, servas de Lia e Raquel, respectivamente. Lia ou Léia significa “vaca brava” ou “vaca selvagem”, no hebraico, enquanto que Raquel significa “ovelha”, Deus revelando algo da natureza de cada uma.  Zilpa significa “gota”, no hebraico, enquanto que Bila significa “terna” ou “modesta”.  Lia, a filha mais velha, tinha os olhos enfermos ou baços, enquanto que Raquel, a filha mais nova, era formosa de porte e de semblante. Jacó amava Raquel.

         Essas mulheres são uma alegoria, sendo que Lia representa a humanidade, a mais velha, que é espiritualmente cega. Raquel  representa Israel, descendentes de Abraão, a mais nova. Inicialmente Jacó não amava Lia, mas Raquel, sendo que Lia casou com Jacó, por meio do amor de Jacó por Raquel.  Paulo diz que Israel é a verdadeira Oliveira, sendo que os gentios foram enxertados, no tronco da igreja que, que é originalmente judaica. Porém as duas mulheres são esposas legítimas de Jacó, sendo que Lia deu a Jacó seis filhos, enquanto que Raquel deu dois. Porém, os dois filhos de Raquel (que feras) José e Benjamin. Assim como Jacó amava Raquel – Gn. 29:18 – também amava José “Ora, Israel amava mais a José que a todos os seus filhos” – Gn. 37:3 – e depois da suposta morte de José, passou a amar Benjamin “e só ele ficou de sua mãe, e seu pai o ama” – Gn. 44:20b.

          Sabemos que José foi o mais perfeito tipo de Jesus do Antigo Testamento, e era filho de Raquel, a esposa amada, porque, segundo a carne, o Messias era judeu. É possível que a igreja gentílica tenha dado mais filhos para Deus, do que e igreja judaica, mas não podemos esquecer que os nossos pais, Paulo, Pedro, e os demais apóstolos, eram judeus.  Mas, e as concubinas, Zilpa e Bila, elas também deram quatro filhos para Jacó. Então, um terço dos patriarcas eram filhos das concubinas, mulheres escravas, como Agar. Elas representam os que estão  na igreja, mas não são convertidos, tanto na igreja judaica, quanto na gentílica. Judas, Ananias e Safira, e tantos outros, e, sabe-se lá quantos na igreja de hoje estão perdidos. 

               Lute para ser um filho legítimo, que é liberto do pecado, pois Jesus disse “todo o que comete pecado é escravo do pecado” (Jo. 8:34),  e também “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (Jo.8:36), e ainda está escrito “e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles.” (Mt. 1:21).

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