quinta-feira, 17 de setembro de 2015

CRESCICMENTO DA IGREJA E A SOBERANIA DE DEUS


          Estamos numa época em que há uma verdadeira obsessão pelo crescimento da igreja. Os motivos de cada um só Deus pode julgar. Está na moda e na cultura moderna, e a tendência da igreja é agir de maneira irracional, sem perguntar o que diz a Bíblia sobre tal atitude.  

                 Porém,    vamos usar,  de novo,  a alegoria da família de Jacó, para ter um equilíbrio bíblico sobre tal questão. Jacó teve duas esposas legítimas, Lia e Raquel. Essas duas mulheres representam duas igrejas, que, naturalmente, queriam crescer, dar frutos, ter filhos.  No entanto, a Bíblia mostra que essa questão não está sob o controle humano, mas estritamente sob a soberania de Deus.  “Vendo o Senhor que Lia era desprezada, fê-la fecunda; ao passo que Raquel era estéril.” (Gn. 29:31). A igreja chamada Lia começou a crescer, de sorte que ela teve quatro filhos.  Na sequência, como se, de propósito, Deus quisesse mostrar a sua soberania, a Bíblia registra: “e cessou de dar à luz.” (Gn. 29:35b). A igreja parou de crescer sem motivo aparente. Não diz que Lia caiu em pecado, ou coisa semelhante. Simplesmente parou de crescer.  A outra igreja chamada Raquel, vendo o crescimento de sua irmã, ficou com ciúme ou inveja. Será que isso acontece hoje? Ficou desesperada a ponto de dizer a seu marido “Dá-me filhos, senão morrerei.” (Gn. 30:1). Então resolveu usar de meios fraudulentos, pois Sara, sua antepassada, já havia feito isso (o exemplo arrasta), e deu sua escrava  Bila para se deitar com Jacó. Mas filho de escrava(o) é escravo, é  a lei espiritual ( a lei do ventre livre só funciona no mundo natural). 

                 Será que tem alguém usando de meios fraudulentos para fazer sua igreja crescer, embora esse crescimento gere filhos não livres?  Bem, Bila deu dois filhos a Jacó, que, supostamente,  seriam da igreja Raquel. Mas a igreja Lia ainda era maior, quatro para dois. Mas o desejo por crescimento pode ser irracional, e Lia desejou retomar o seu crescimento, imitando o comportamento de Raquel (o exemplo arrasta). Deu sua escrava Zilpa a Jacó, que teve dois filhos com ela. Diz o ditado popular que essas igrejas não estavam crescendo, mas inchando. Agora a igreja de Lia tinha seis discípulos, enquanto que a de Raquel tinha dois. Em seguida Lia compra de Raquel o direito de se deitar com Jacó, e tem mais dois filhos com ele. Isso é prostituir o ministério, pois quem recebe pagamento para fazer sexo, é prostituta. Será que tem alguém prostituindo o ministério, por causa da obsessão por crescimento? Mas estamos procurando na Escritura os fatores do verdadeiro crescimento. Então, vamos a eles. 

                Em primeiro lugar, é necessário que haja intimidade, pois Lia disse “Esta noite me possuirás, pois eu te aluguei pelas mandrágoras de meu filho.” (Gn. 30:16). (A palavra “noite”dá um indicativo do horário da intimidade). Intimidade, no sentido espiritual é oração, pois a Bíblia diz “Ouviu Deus a Lia: ela concebeu e deu à luz o quinto filho.” (Gn. 30:17). E ainda “Lembrou-se Deus de Raquel, ouviu-a e a fez fecunda.”(Gn. 30:22). Deus ouviu tanto a oração de Lia quanto a de Raquel, mas Ele decidiu a hora de responder. Outra Escritura diz: “Ora, Isaque orou insistentemente ao Senhor por sua mulher, porque ela era estéril; e o Senhor lhe ouviu as orações, e Rebeca, sua mulher, concebeu.” (Gn.25:21). Isaque orou vinte anos. 

                Então, o caminho do crescimento da igreja é ter intimidade, por meio da oração, e deixar Deus ser Deus, deixando que exerça sua soberania, quando quiser dar o crescicmento. Lia começou tendo filhos, depois parou, e depois, começou a ter filhos novamente. Mas foi Deus quem decidiu o tempo de dar, o tempo de parar, e o tempo de recomeçar o crescimento. Evitaríamos muito sofrimento, opressão e frustração, se fizéssemos a nossa parte, e deixássemos Deus fazer a dele.

Nenhum comentário: