terça-feira, 22 de setembro de 2015

A JUSTIÇA QUE DEUS RECOMPENSA


          “Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus...Guardai-vos de exercer a vossa justiça diante dos homens, com o fim de serdes vistos por eles; doutra sorte, não tereis galardão junto de vosso Pai celeste” (Mt. 5:20; 6:1). 

           A justiça a que Jesus se refere era a prática da esmola,da oração, e do jejum. Os escribas e fariseus praticavam a esmola, a oração, e o jejum, mas os praticavam de maneira errada, “a fim de serem vistos pelos homens”, mas os discípulos deveriam praticá-las da maneira certa, “em secreto”.  Na seqüência de Mateus 6:1-18, Jesus se refere aos escribas e fariseus como “os hipócritas”, em virtude se sua conduta propagandística em relação às boas obras que praticavam. Em Lc. 12:1b,Jesus denuncia o caráter dos fariseus, com estas palavras: “Acautelai-vos do fermento dos fariseus, que é a hipocrisia.” É oportuno atentarmos para a recomendação de Jesus,pois estamos num tempo em que alguns líderes religiosos podem ser tentados a imitar a conduta dos políticos, que precisam fazer publicidade de suas ações, para ter o retorno, na formas de votos, no dia das eleições. O político faz isso porque não confia em Deus, e sua publicidade visa impressionar os eleitores. Mas, o líder religioso, assim ensina Jesus, tem como público-alvo de suas ações, não os homens, mas o próprio Deus, o Pai, e espera dele a recompensa. Pode parecer elementar, mas a liderança religiosa de Israel havia caído nessa armadilha, e significa que os líderes da igreja também cairiam.

1.       ESMOLA – Mt. 6:2-4 – faz parte essencial , tanto do judaísmo quanto do cristianismo,  mas deve ser praticada secretamente, para que a recompensa venha de Deus, nosso Pai, que tudo vê, e nos recompensará. A esmola visa suprir a necessidade do outro crente, visando prioritariamente o irmão, e só depois, os de fora. (Mt. 25:31-46).

2.       ORAÇÃO – Mt. 6:5-8 – também faz parte essencial do Evangelho, é individual, “entra no teu quarto”, e deve ser também praticada secretamente, e Deus, nosso Pai, que tudo vê em secreto, nos recompensará. A oração beneficia os de fora, os descrentes, pois é por meio da oração do crente, que eles serão salvos, e não, prioritariamente, pela militância evangelística. (Mt. 25:14-30).

3.       JEJUM – Mt.6:16-18 – o jejum, contrariamente ao que muitos pensam, também faz parte essencial dos deveres do crente. “Disse-lhes Jesus uma parábola sobre o dever de orar sempre e nunca esmorecer” (Lc.18:1). Jesus não disse “se jejuardes”, mas “quando jejuardes” e “quando orardes”, revelando que é um dever do crente, esmolar, orar, e jejuar. O jejum também deve ser praticado secretamente, receberá recompensa, e beneficia o próprio crente, na santificação. (Mt.25:1-13).

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