quarta-feira, 16 de julho de 2014

VESTIDO COM AS ROUPAS DO IRMÃO MAIS VELHO

Gn. 27

Quando Jacó trouxe a Isaque, seu pai, um guisado saboroso, estava vestido com as roupas de Esaú, seu irmão mais velho, ou primogênito.  “Depois tomou Rebeca os vestidos de gala de Esaú, seu filho mais velho, que tinha consigo em casa, e vestiu a Jacó, seu filho menor.” (Gn.27:15).  Se Jacó não estivesse vestido com as roupas de Esaú, teria sido amaldiçoado, em vez de abençoado, como ele mesmo reconheceu. “Porventura me apalpará o meu pai e serei em seus olhos enganador; assim trarei sobre mim maldição, e não bênção.” (Gn.27:12). Então Rebeca, sua mãe, respondeu “Meu filho, sobre mim seja a tua maldição”. (v.13).  Assim vestido, Jacó recebeu de seu pai, a bênção da primogenitura. “Assim pois te dê Deus do orvalho dos  céus, e das gorduras da terra, e abundância de trigo e de mosto; sirvam-te povos, e nações se encurvem a ti; sê senhor de teus, e os filhos da tua mãe se encurvem a ti; malditos sejam os que te  amaldiçoarem, e benditos sejam os que te abençoarem.” (Gn.27:28,29). Isto é uma parábola, “ sombras e figuras”, de realidades que o Novo testamento veio trazer. Neste caso, Isaque representa Deus, Esaú representa Jesus, o Filho primogênito, e Jacó representa todos nós. O N. T. diz “Porque todos quantos  fostes batizados em Cristo já vos revestistes de Cristo...E, se sois de Cristo, então sois descendência de Abraão, e herdeiros conforme a promessa.” (Gl.3:27,29). Todos nós, seres humanos, que comparecermos diante de Deus, para nos submeter ao seu justo julgamento, seremos condenados, por causa do pecado. A Bíblia diz que não há justo, nenhum sequer. (Rm.3:10).  A não ser que também, como Jacó, estejamos vestidos com as roupas do nosso irmão mais velho, Jesus. (Roupas espirituais).  Dele é dito “TODOS OS TEUS VESTIDOS CHEIRAM A MIRRA, A ALOÉS E A CÁSSIA, DESDE OS PALÁCIOS DE  MARFIM DE ONDE TE ALEGRAM.” (Sl. 45:8).

Quando Jacó levou o guisado saboroso, este era feito de “dois bons cabritos das cabras”, preparado por sua mãe.(Gn.27:9).  Ora, os cabritos eram animais domésticos,  filhotes de bode com cabra. O guisado que foi trazido por Esaú, pelo contrário, era de animais selvagens, já que ele fora caçá-los fora da propriedade de seu pai. Os cabritos também representam Jesus, que foi morto e oferecido a Deus, como pagamento pelos nossos pecados. Se qualquer outro ser humano pecador fosse oferecido a Deus em sacrifício, seria rejeitado, pois Jesus era sem pecado. Temos de nos certificar se estamos vestidos com as vestimentas do nosso  irmão mais velho, para não sermos condenados. Assim como Jacó foi submetido a um rigoroso escrutínio, nós também o seremos, na presença de Deus. Jacó também teve suas mãos e seu pescoço cobertos com a pele dos cabritos. “E com as peles dos cabritos das cabras cobriu as suas mãos e a lisura do seu pescoço...E não o conheceu, porquanto as suas mãos estavam cabeludas, como as mãos de Esaú seu irmão; e abençoou-o.” (Gn.27:16,23). As peles dos cabritos também são uma figura da cobertura espiritual, que Jesus nos proporcionou, quando foi morto. Adão e Eva fizeram para si vestes de folhas de figueira, quando pecaram, e descobriram que estavam nus.  Mas, Deus providenciou vestes de peles de animais, e os vestiu. (Gn. 3:7,21). Na Parábola das Bodas, há um registro interessante. “E o rei, entrando para ver os convidados, viu ali um homem que não estavas trajado com vestidos de núpcias. E disse-lhe: Amigo, como entraste aqui, não tendo vestido nupcial? E ele emudeceu. Disse então o rei aos servos: Amarrai-o de pés e mãos, levai-o, e lançai-o nas trevas exteriores: ali haverá pranto e ranger de dentes.” (Mt. 22:11-13).

Tanto Esaú como Jacó, precisaram levar uma oferta de um guisado saboroso, a seu pai,  antes de pleitear receber a bênção da primogenitura. Isto nos ensina que devemos levar a Deus um sacrifício, uma oferta, antes de pleitear  receber a bênção da salvação ou qualquer outra bênção. Esta oferta é o Senhor Jesus Cristo, representado, tanto na figura do irmão mais velho, quanto na dos dois  cabritos. Quem se apresentar a Deus em qualquer outra base, não será aceito, mas amaldiçoado. Siga o exemplo de Jacó.

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